Avatar: A lenda de Tara - Livro 1 Terra escrita por Glenda Leão


Capítulo 6
Caçada


Notas iniciais do capítulo

Fiquei decepcionada comigo mesmo depois que escrevi esse capitulo :(



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/660797/chapter/6

Devoro o Satay com uma rapidez incrível, não sei a quanto tempo estou sem comer e essa luta só aumentou meu apetite, todos riem.

– Obrigada Kadda, o Satay estava delicio... – meu elogio é interrompido por um arroto inesperado, me sinto envergonhada, mas os outros me acompanham arrotando também e todos caímos na gargalhada. Kadda parece aceitar nosso pequeno show de arrotos como um elogio.

Todos estão felizes e voltam a conversar, Suna se volta para Yuka e começa a falar:

– Yuka, nós podíamos levar eles dois para a Caçada de hoje a noite, o que acha?

– Bem, talvez não seja uma boa ideia, pode ser perigoso e não acho que eles irão se interessar. – comenta Yuka.

– Desculpe interromper, mas... o que é essa “Caçada”? Vamos matar algum animal? – Suna parece se divertir com minha pergunta. – Eu disse algo engraçado?

– É uma operação de ataque que fazemos contra os radicais – Suna explica enquanto ele, Yuka, Kadda e eu saímos do refeitório – Reunimos um pequeno grupo com alguns dos nossos melhores para ataca-los antes que nos ataquem. Sabemos onde eles estão se escondendo depois do ultimo ataque graças a um informante e planejamos invadir o lugar e queima-los vivos – É impressionante como Suna fica contente ao saber que poderá ver alguém morrer – Pensei que vocês dois quisessem nos acompanhar.

– Você está brincando? Suna você tem suas laminas sempre ao seu alcance se algum dia eu disser não pra isso quero que as enfie em minha garganta – Aceito o convite animada, um pouco mais de ação não vai me fazer mal.

– Divirtam-se então. Essa Caçada não é pra mim – resmunga Kadda enquanto chegamos a sala em que eles três estavam quando eu acordei.

– Por favor, Kadda vamos, nós precisamos de você – Junto as mãos e suplico com meus olhos de bebê cão urso polar.

– Não acho isso, desde que começamos a viajar juntos em momento algum você se deu ao trabalho de me treinar, por isso não acho que eu serei muito útil.

– Eu sinto muito por isso, serio. Escute Kadda não existe treinamento melhor do que esse, nós estaremos em campo e você poderá mostrar seu potencial arrebentando aqueles malditos.

– Não tenho cer... – o interrompo antes que termine a frase.

– Estamos dentro Suna. – ele sorri e passa a mão pela cintura de Yuka.

– Sairemos ao escurecer, descansem. – os dois saem da sala nos deixando sozinhos.

– Você é impossível – Kadda afunda seu rosto em uma almofada.

– Haha desculpe – sorriu e bagunço seus cabelos.

O dia se despede e a noite logo aparece, acordo Kadda que havia dormido no sofá, ele se apronta ainda a contragosto. Suna disse para irmos para o terraço do prédio, lá o encontramos junto de Yuka e mais três pessoas.

– Esses são Zorrin – Yuka apresenta o garoto de olhos e cabelos castanhos – Essa é Zaila – uma garota negra, de olhos escuros e cabelos em dreads. – E por fim, essa é Ivy... uma grande amiga – ela tem cabelos na cor azul e olhos verde claro, não tem cara de muitos amigos.

– Apresentações feitas, acho que já podemos ir. – diz Suna.

– Você esta falando serio? Sete pessoas são suficientes para invadir uma base dos radicais? Eles tem armas – Kadda questiona Suna.

– Nós temos o avatar, serio estamos com a vantagem.

– Você é ridículo, Tara ainda não é um avatar completo.

– Na verdade Kadda, apenas seis pessoas aqui já bastam para essa operação, você não é necessário.

– Vou te mostrar quem não é necessário – Kadda faz um esforço inesperado e dobra uma enorme quantidade de areia que estava na rua. Ele acerta Suna que é lançado para longe e só não cai do prédio porque se segura no ultimo momento. Todos ficamos impressionados até mesmo Kadda que parecia não saber que tinha essa capacidade.

– Você é um dominador de areia Kadda – Aperto seu ombro carinhosamente.

– Sim, eu sou... – ele observa suas mãos mas logo seu rosto assume uma expressão de decepção – É uma subdobra inútil.

– Não fale assim Kadda – Tento consola-lo.

– Detesto interromper o casal, mas nós temos que ir – obedecemos Suna e começamos a correr por cima dos telhados dos prédios sendo guiados por ele que nos mostra exatamente aonde pisar.

Pousamos no telhado de um açougue, Yuka aponta um edifício no fim da rua onde parece funcionar um cassino. Chegamos até o telhado do edifício e eu começo a descer um por um usando meu cabo de metal até uma janela no primeiro andar, Yuka disse que o informante a deixaria aberta para que pudéssemos entrar. Embora o andar térreo esteja bem iluminado e cheio de pessoas, o andar em que estamos está em um breu total.

– O que esta acontecendo? – Kadda pergunta tão baixo que temos dificuldade de ouvir, mas não de entender que algo de muito errado estava acontecendo aqui. Ouvimos o som de armas sendo engatilhadas. Alguém ascende a luz da enorme sala onde estamos e o que vemos é a imagem de pelo menos dez pessoas mirando em nossas cabeças.

Com o susto que levou, Kadda fez o mesmo que fez no terraço da sede, ele dobrou uma certa quantidade de areia da rua pela janela em que entramos e formou uma enorme nuvem de poeira que ocupou todo o lugar, ela era tão densa que, a principio não pude distinguir quem era quem, mas logo segui meus instintos e consegui identificar cada um, todos avançavam uns contra os outros, senti Yuka e Ivy dobrando água das garrafas que trazem junto ao corpo, elas derrubaram pelo menos duas pessoas, Suna e Kadda derrubaram alguns e eu esfaqueei dois radicais com as laminas que formei com meus braceletes de metal, presente do meu pai. Quando a nuvem se dissipou oito radicais estavam caídos e mortos, mas os acompanhando estavam Zorrin e Zaila. Yuka, Ivy e mais dois radicais haviam sumido. Um Suna determinado passou correndo por cima dos corpos os ignorando, Kadda e eu o seguimos.

Subimos as escadas até o quarto e ultimo andar, paramos em um largo corredor, os dois radicais que haviam escapado antes agora guardavam uma porta no fundo do corredor. Vivas ou mortas Yuka e Ivy só podem estar lá.

Os dois logo nos veem, como Kadda não pode usar sua dominação ele fica atrás e deixa que Suna e eu cuidemos disso.

Suna imobilizou o primeiro radical com os braços e usou uma pequena parcela de sua força para girar a cabeça do guarda. Essa pequena parcela de força foi suficiente para que a cabeça do guarda girasse em um ângulo de trezentos e sessenta graus, Suna largou o corpo sem vida dele no chão. Derrubei o outro radical no chão e segurei sua cabeça enquanto enterrava a lamina de minha pulseira direita em seu ouvido. Kadda e eu seguimos Suna até a sala atrás da porta, nela há uma escada que dá para o terraço do edifício, nós três subimos. Suna é o primeiro a chegar em cima do terraço, ele esta paralisado, em choque e com razão, bem na nossa frente estavam Ivy e Yuka, cercadas por radicais, mas não como reféns...

– Yuka, você é uma líder radical. – o espanto não impede que as palavras saiam da minha boca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Avatar: A lenda de Tara - Livro 1 Terra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.