Avatar: A lenda de Tara - Livro 1 Terra escrita por Glenda Leão


Capítulo 7
Traição


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar esse mais cedo ♥



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– Me impressiono com sua perspicácia Tara. – Yuka diz. – Mais alguém tem algo a acrescentar a conversa antes que eu mate todos vocês?

– Eu sabia, desde que te conheci estive com o pé atrás – eu exclamo mentindo, ela me enganou direitinho, a todos nós, ao lado de Yuka, além de Ivy estão mais algumas pessoas que eu havia visto durante o almoço no refeitório. Quantos traidores.

– Engraçado, sempre pensei que Suna fosse a pessoa podre daquele lugar, quem poderia imaginar que a Yuka seria uma traidora – Kadda faz piada da situação e me seguro para não arremessa-lo para longe daqui. – Tenho que parabeniza-la. – Kadda estendeu a mão para cumprimenta-la, não era brincadeira, ele está realmente orgulhoso de Yuka. Ela sorri ao ver o gesto dele, mas antes que ela pudesse machuca-lo eu mesmo o fiz. Fiz um corte em seu ombro.

– Ei!

– Cale a boca imbecil. – Yuka e eu falamos juntas, ela sorri e logo volta sua atenção para Suna que ainda não disse uma só palavra.

– Suna, você não deseja acrescentar algo a conversa? Sei que deve estar com muitas duvidas na cabeça, como “Por que você esta fazendo isso meu amor?”. Vá, pergunte. – senti o pequeno coração de Suna se partir.

– Yuka, você nos traiu! – protestou Suna, cuspindo as palavras de sua boca. – Você traiu minha confiança, a confiança de todos nós.

– Que mania horrorosa de afirmar o obvio. Isso é uma das coisas que eu mais odeio em você e que eu era obrigada a suportar durante o tempo em que estava infiltrada naquele lugar imundo.

O ódio de Suna veio à tona e sem o menor controle tentou atacar Yuka. Ivy se postou de frente a ele com espadas de gelo em seus braços. Com um golpe certeiro, a espada de gelo tão fria quanto a pessoa que a empunhava atingiu o abdômen de Suna lançando-o de volta ao meu lado. Quando percebeu o que se passou, Suna levou as mãos ao local. A dor do corte o fez cair de joelhos, e o sangue escorreu pelo ferimento. Atordoada, não pude fazer nada. Kadda apoiou a cabeça de Suna em seu braço impedindo que ele desabasse completamente no chão. Suna fechou os olhos a espera da morte. Minha raiva nesse momento era psicótica. A mesma sensação do momento em que levei o tiro preenche meu corpo, dessa vez sei exatamente o que fazer, algo me guia. Todos ficaram chocados com a velocidade com a que fui para cima de Ivy e quebrei seu pescoço como vi Suna fazer com um radical há alguns minutos atrás. Deixo seu corpo jogado no chão e ergo a cabeça, os rostos deles em pânico.

– Você é a próxima Yuka. – digo a ela, quando vou ataca-la ouço a voz de Kadda.

– Tara, precisamos fazer algo, Suna não esta resistindo. – Esqueço-me de Yuka e dos outros radicais e vou até eles. Um impulso me fez pegar a bolsa de água ao lado do corpo de Ivy. Não consigo acreditar no que estou fazendo agora, com uma facilidade incrível e sem treino algum eu dobro a água de dentro da bolsa e a levo até o ferimento de Suna. Estou curando ele. Volto a ouvir a respiração de Suna, levanto a cabeça e dou um sorriso de alivio para Kadda.

– Tara, seus olhos... Estão brilhando. – lembro-me dos radicais e viro-me para terminar o que comecei, mas todos já estão fugindo em pequenos aviões, não consigo imaginar de onde eles os tiraram. Yuka olha para nós com um controle na mão esquerda, da um sorriso e aperta o único botão do controle. O andar térreo é destruído pela explosão, sei que todos que estavam lá agora estão mortos. O prédio começa a tremer. Caio de joelhos e tapo meus ouvidos com as mãos, tentando em vão abafar o barulho da explosão. Não tenho o direito de ficar aqui parada, preciso salvar Kadda e Suna, mas agora que aquela sensação desapareceu não tenho ideia do que fazer. Sei que estava em estado de avatar, mas não sei como entrar de novo. Pego Suna nos ombros já que ele ainda não está completamente curado, Kadda está desesperado ao meu lado. Ouço grunhidos la embaixo, ao olhar para a rua vejo Zena, com certeza nos farejou até aqui, agradeço aos espíritos pela minha sorte.

– Ei garota, estamos aqui! – Como se tivesse lido meus pensamentos ela se aproxima da calçada. – Vamos Kadda, pule!

– P-pular? – ele observa a altura do terraço até o chão.

– Sim, enquanto isso eu desço com Suna usando meus cabos de metal.

– Você esta louca? Zena é uma toupeira-texugo e toupeiras-texugo são cegas, como ela vai saber em que lugar estou caindo, posso morrer se não conseguir pousar nas costas dela.

– Se ficar ai parado vai morrer com certeza.

– M-mas... – Uma segunda explosão! Dessa vez o primeiro andar desaba, com o impacto quase caímos pela beirada do terraço.

– Chega, não tenho tempo para isso! – enrolo Kadda com o cabo de metal e jogo para fora do prédio, com um pequeno salto Zena o apara ainda no ar, agora é a minha vez. Seguro firme Suna nos meus ombros, agradeço por ele não pesar tanto. Lanço com precisão meu cabo de metal na parede do prédio à frente e saio do terraço. Pouso de uma forma nada confortável, eu e Suna rolamos um pouco no chão, mas ao menos ainda estamos vivos. Kadda saiu de seu estado de pânico e recobrou a consciência, ele trouxe Zena até o nosso lado e puxou Suna para cima, pulei logo atrás para impedir que Suna caísse. Kadda guia Zena pelo caminho de volta a cede dos heróis rebeldes enquanto o prédio termina de desabar logo atrás de nós. O caminho esta lotado de pessoas curiosas para saber o que aconteceu, felizmente elas abrem caminho para evitarem ser pisoteadas por Zena. Todos nos olham torto se perguntando como e porque três adolescentes destruíram aquele prédio. Depois de uns quarteirões vejo fumaça indo em direção ao céu, sinto um aperto no peito e torço para não ser o que eu estou pensando. Chegamos em frente a cede. O prédio esta queimado, na rua não consigo distinguir as pessoas que estão mortas das que estão feridas, os poucos que estão inteiros tentam retirar mais corpos dos escombros. O lugar que antes cheirava a liberdade agora fede a fumaça, sangue e carne queimada.


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