Reino Esquecido escrita por Beato


Capítulo 9
Capítulo 9 – Irmandade




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Já havia se passado uma semana desde que Ceci havia encontrado Minerva, agora elas se encontravam regularmente na entrada da floresta, e Minerva a guiava por lá, a ideia era ensinar a Ceci algumas magias e como ficar menos vulnerável contra a Influência. Ceci estava agora com Minerva, embaixo da ponte, no coração da floresta.

– Pega. – Minerva estendia um colar com uma pedra verde no centro. – Ele tem um filtro de percepção, as pessoas não vão notá-lo, mas ele está aí pra impedir que Teodora saiba que você está vindo aqui. – Ceci pegava o colar o colocando em volta do pescoço. – Agora preste atenção, ele não pode realizar desejos nem nada, mas ele é movido por desejo, você precisa, literalmente, desejar pra não ser vista, e não será. Nem mesmo Teodora pode acha–la com isso, mas não fale isso pra ninguém, ninguém mesmo, nem mesmo em quem você acha que confia, nem mesmo repita para mim, nem mesmo se eu perguntar. Teodora tem um poder bem especifico, ela pode assumir a forma de qualquer pessoa, mas não tem acesso as suas memórias. Então sempre que nos vermos vamos falar uma palavra, algo sutil que tenha a ver conosco...

– Mas o que está acontecendo? – Ceci ouvia tudo com atenção, mas ainda se sentia em dúvida. – Por que esconder tudo?

– Porque Teodora usa minha magia pra se manter viva, se eu sair ela me acharia facilmente. Ela quer o fim de tudo, eu não sei o que, mas parece que algo a está mantendo longe do castelo, e é só por isso que Katrina ainda está viva. O plano é impedir que ela cometa suas maldades.

– Mas... – Ceci começava a contrariar, mas logo parava mudando pra uma outra pergunta. – E o que você acha que podemos fazer? Digo, vou te ajudar no que eu puder, sou sua irmã e eu te amo, assim como amo Katrina e Loki, mas me diz... que chance temos?

– Bem... – Minerva sentia a aflição de Ceci e tentava a acalmar. – Está tudo bem, Ceci. Nós temos sangue mágico e juntas podemos fazer isso, você só precisa acreditar e ter esperança. Nós vamos caçar uma bruxa, você vai ver.

––X––

– Ceeci? – Loki entrava na biblioteca chamando por Ceci, mas logo via que ela não estava lá, a biblioteca estava vazia. "Estranho", pensou, mas deu de ombros voltando para os aposentos da irmã. – Katri?

– Sim? – Katrina agora estava com os cabelos soltos. – Não ia voltar para Ceci?

– Ia, mas não a achei. – Ele dizia cabisbaixo. – Ela quase nunca saia, mas agora parece ter ficado frequente suas saídas, e o pior é que nunca sei para onde ela vai.

– Relaxa! – Katrina dizia sorridente. – Uma garota as vezes precisa de espaço, ela não está fugindo, vá devagar.

– Sim, eu sei... – Disse ele suspirando. – Mas as vezes eu acho que a culpa é minha, sabe, por não dar atenção o suficiente. Ela é minha melhor amiga, não quero que ela se sinta só.

– Loki, senta aqui. – Katrina indicava sua cama, para ele sentar–se perto dela. – Maninho, não precisa mentir pra mim, sei que você gosta dela, mas como eu disse vá com calma. Tudo tem seu tempo.

Katrina mal acabava de falar e uma batida ouviu–se da porta.

– Pode entrar. – Katrina disse em voz alta.

– Katri? – Era Ceci quem perguntava. – Ah, deixa... Fiquei sabendo que Loki estava a minha procura, eu ia perguntar se você sabia dele, mas parece que já o achei.

– Onde você esteve? – Loki perguntava se sentindo frustrado.

– So fui dar uma volta. – Ela dizia com um sorriso. – Precisava de mim?

– Não exatamente... Bom, Maninha, eu vou indo, se precisar de mim é só chamar.

Loki saiu do quarto da irmã deixando Ceci para trás, ela por sua vez fechou a porta e o seguiu, achou estranho o comportamento dele, mas mesmo assim o seguiu. Loki entrou em seu quarto e fechou a porta na cara de Ceci. Ceci bateu na porta e quando percebeu que não seria respondia começou a gritar de lá mesmo.

– O QUE EU FIZ? – Gritou indignada com aquela reação, nunca havia visto o amigo assim. – POR QUE VOCÊ ESTÁ BRAVO?

– VOCÊ SOME SEM DIZER NADA, NÃO ME CONTA NADA!

– EXISTEM COISAS QUE VOCÊ NÃO CONTA TAMBÉM, TODOS TEM SEGREDOS! – Ceci gritou em resposta.

A porta se abriu e com a mesma velocidade Loki puxou Ceci para dentro e fechou–a novamente.

– Quando foi que escondi algo de você? – Suas palavras agora estavam sutis, ele olhava diretamente para seus olhos.

– Você foi sempre assim? Sempre se sentindo o mais inocente... – Ceci dizia com os olhos cheio de água. – Você acha que não sei que você esteve por aí com certas garotas? Acha que não sei de Paloma ou de Nadja? – Loki estava sem chão, não entendia como ela sabia daquelas duas. – Eu sei tanto sobre você, não se faça de santo pra mim e nem use isso pra me controlar, nun-ca mais! – Ceci agora estava com ódio no olhar. – Você não é meu dono, não é meu namorado, e se um dia quiser ser, vai ter que parar de mentir. Antes que nem amizade exista entre nós.

Com isso ela se virou e saiu do quarto o deixando pensando na besteira que acabara de fazer, havia acabado de brigar com a única pessoa que não queria brigar.


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