Changing... Genres? escrita por Black Angel


Capítulo 7
Chapter 7


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei, e agora é pra ficar... Porque aqui, aqui é o meu lugar,,,
Ok, brincadeiras a parte.
Olá, meus cupcakes! Sentiram minha falta? Peço mil desculpas pela demora, só que a imaginação deu um perdido em mim e não teve ninguém que a achasse. Pra terem noção, eu passei duas horas olhando para o Word, não sabendo como desenvolver.
Esse capítulo é mais um capítulo de ligação pro que vai acontecer no próximo... Sem mais demoras, aqui está!
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— Cas?

O anjo levantou seus olhos para a porta, mas nem ao menos fez menção de se levantar. Havia dado tudo errado até agora, era compreensível que ele estivesse triste, porque não o deixavam em paz?

— Cas, abre a porta, eu sei que você 'tá ai.

Um baque fraco na porta. Dean havia encostado sua testa ali. Ele se sentia culpado, sabia que não devia ter deixado Castiel sozinho com Gabriel.

— Olha, abre a porta, sim? Eu- – ele pareceu pensar – Desculpa por ter gritado com você. Deixa eu entrar. – depois de alguns segundos sem resposta, ele voltou a insistir – Cas, vamos conversar.

Castiel se levantou, aproximando-se da porta. Não fez menção de ir abrir, mas encostou suas costas na mesma, escorregando silenciosamente até que estivesse sentado.

— Certo, então só me escuta. – respirou fundo como se tivesse tomando coragem – Eu sei o que você tá sentindo agora, tudo bem? Eu sei como é se sentir traído pelo próprio irmão, e eu sei também que eu não devia ter descontado meus problemas em você. Não com você nesse estado-

— Eu não sou frágil, Dean. – a voz de Castiel foi ouvida tão perto que o coração do loiro deu um salto.

Dean sentou-se de costas para a porta, mais aliviado por fazer Castiel falar.

— Nunca disse isso, mas você tem que admitir que não está no seu melhor momento.

Um pequeno sorriso escapou de Castiel.

— Não mesmo.

— Quer conversar?

O moreno parou para pensar um momento.

— Já não estamos fazendo isso?

— Não, er… Você sabe, não esse tipo de conversa. É que… – Dean murmurou um palavrão – Sam é melhor nesses assuntos.

Castiel riu baixinho, nunca pensou que veria Dean puxar esse tipo de assunto.

— É que… Bem, você conhece a mim e ao Sam. Já aconteceu muita merda entre nós dois como irmãos. E eu pensei que, sei lá, eu pudesse ajudar. Ao que parece, eu sou quase um especialista nesse assunto de decepcionar irmãos. – bateu uma mão na testa – Olha, eu não costumo ter esse tipo de conversa.

— Sério, Dean? – um pontinha de sarcasmo pode ser notada. – Mas por que agora? Por que comigo?

Dean perdeu a fala.

— Olha se não quiser falar, eu-

— Estamos falando Dean. – ele estava afiado, curioso, triste e o loiro lhe devia respostas. Não iria dar pra trás agora.

O caçador limpou a garganta, agradecendo ao fato de não estar lá dentro, encarando o moreno. Tinha certeza que seria bem mais difícil se fosse assim.

— Porque eu pensei que seria bom pra você, ter alguém com quem falar, pra variar. Seus parentes não costumam ser muito receptíveis.

Castiel fez uma careta.

— Eles não são maus. Eles só… Sentem demais. Veem demais. Eles, nós vivemos demais. Se você visse metade das coisas que vimos Dean. As guerras levando inocentes, os humanos se dividindo e classificando, a morte nos momentos mais injustos, o amor no momento mais inoportuno. – ele sentiu os olhos marejarem um pouco – Tudo isso Dean, nós vimos tudo isso. Depois de alguns séculos, ficava cada vez mais difícil ver a beleza nesse mundo. Alguns de nós se fecharam, passaram a ver só a corrupção do ser humano, passaram a vê-los com superioridade, como se não fossem mais dignos de proteção. E mesmo assim eu não posso culpá-los, porque eles quase tinham razão em tudo. Os humanos mudaram Dean, mas o que os anjos esqueceram, é que parte da culpa era nossa. Almejando o sucesso, um anjo, Gadreel, deixou a cobra entrar no Éden, você conhece a história. A partir daquele momento eu sabia que não seríamos tão diferentes de vocês, porque nos rendemos aos mesmos pecados que vocês naquele dia, apesar de muitos anjos terem se julgado perfeitos. Eles não são tão maus assim Dean.

O loiro não sabia o que falar, poucas vezes viu Cas falar assim.

— Gabriel foi um dos que mais sofreu no processo. Ele acreditava na humanidade, chegava ao fascínio. Tudo isso, ver fazê-los as escolhas erradas, foi acabando aos poucos com ele, mudando-o. – ele pausou, pensando se deveria prosseguir – Já ouviu falar na história de Gabriel, não? É a ele que pedem quando querem se curar, quando estão doentes. E ele realmente fazia jus a esse cargo. Mas depois do que houve em nossa família, do que houve com a humanidade, Gabriel fugiu, achou que seria melhor viver como queria enquanto pudesse. – fungou, algumas lágrimas persistentes teimavam em escapar, apesar de o anjo continuar se negando a chorar – É por isso que eu continuo confiando nele, por isso que eu ainda acredito nele. Ele não é assim.

Pela primeira vez desde que tinha estado ali, Dean queria entrar no quarto. Ele sabia que Castiel estava chorando naquele momento, um aperto forte em seu peito apareceu com essa constatação.

— Dean, obrigado pela conversa, mas gostaria de ficar sozinho agora, por favor.

A voz do anjo estava tão embargada, tão quebrada, que Dean quase arrombou aquela porta para ver como ele estava. Ao contrário do que pensou em fazer, segurou o aperto e se levantou.

— Cas, eu… – ele ouviu um “por favor” sendo murmurado com sofreguidão – Eu vou esperar, tudo bem? Quando quiser sair, falar, eu estarei aqui, com Sam. Você sabe onde nos achar. Tudo bem?

Mais uma vez houve silêncio, dessa vez, Dean acatou como um sim, saindo de perto da porta.

—x-x-x-x-x-x-

Era um duelo de olhares, ou ao menos parecia assim. Dourado vs Castanho. Pelo menos era assim na cabeça de Gabriel.

Eles estavam na cozinha, o loiro sentado a mesa, Sam encostado na pia de braços cruzados. Ele não havia se pronunciado desde que Cas se trancou no quarto.

— Nós podemos ficar o dia inteiro assim, querido. – palavras proferidas com sarcasmo – Ou você pode começar a falar.

Sam o olhou incrédulo.

— É incrível como você não demonstra um pingo de arrependimento. Você não viu em que estado deixou seu próprio irmão?

Era óbvio que o loiro estava arrependido, ele só não devia explicação a nenhum Winchester intrometido. Era um problema dele, não era? Ele não deveria prestar desculpas a ninguém mais. Principalmente, o orgulho não deixaria

— Ok, primeiro de tudo, você, definitivamente, não é a melhor pessoa para me passar sermões sobre machucar irmãos. Se você já se esqueceu dos os anos em que vocês passaram ferrando um com o outro, eu posso te lembrar de cada um deles – ele respirou fundo, lembrando-se que estava brincando com fogo quando viu o olhar sério de Sam – E segundo, antes que pense que eu sou um desalmado, eu não sou obrigado a mostrar meu arrependimento a você. A única pessoa a quem preciso fazer isso está trancada no próprio quarto e se recusa a falar comigo.

Sam balançou a cabeça, negando.

— E eu tenho certeza que ele não vai sair de lá tão cedo. Será que você não entende? Enquanto você for inconsequente, exatamente como foi agora, ele não vai te perdoar, mesmo que saia do quarto. – se desencostou da borda da pia. – E quando você se tocar que ele não te perdoar, Gabe, você vai entender o porque que não vale a pena manter esse orgulho ridículo, e vai vir pedir ajuda.

Gabriel abiu e fechou a boca algumas vezes, nenhuma palavra saía. Satisfeito com o efeito, Sam se dirigiu a porta.

— Porque você iria me ajudar? – soou como um fio de voz

Sam parou na porta, sem se virar para o mesmo.

— Eu não faço isso por você.

Seguiu seu caminho, deixando Gabriel sozinho com seus pensamentos.

O loiro bufou, abaixando a cabeça, cobrindo-a com os braços, puxando levemente seus cabelos, desejando que a resposta caísse dos céus. Ironicamente, ela não caiu.

— Droga.

Se levantou, indo para o seu quarto. No caminho, estava o quarto de Cas, ainda fechado. Pensou em bater, mas mudou de ideia assim que lembrou das palavras dele.

Eu confiei em você, diversas vezes. E acabei assim, enganado, de novo”

Tinha sido algo assim tão mal, o que fez? Estava pensando no seu irmão, afinal. Não era complicado entender seu lado. Bufou, decidindo que Cas precisava daquele tempo, assim como ele. Talvez tivesse mesmo pisado na bola. Talvez Sam tivesse razão no que falou. Talvez ele merecesse aquilo… Ou talvez não.

Gabriel fechou a porta fortemente, com um baque, ele precisava pensar no que fazer, estava em desvantagem, completamente. Se tivesse seus poderes naquele momento, poderia concertar tudo com um estalar de dedos. Era terrível sentir-se tão imponente.

—x-x-x-x-x-x-

— Como ele está?

O loiro olhou para o irmão na porta. Estava deitado sobre a cama, encarando o teto, quando ouviu Sam, se levantou, sentando-se. Encarou-o, cansado, da ponta da mesma.

— Nada bem, não quis abrir a porta pra mim.

Sam assentiu, apoiando seu peso no portal.

— Compreensível – Dean o olhou estranho – Olha, ele está mal, desestabilizado. Psicologicamente e fisicamenteSam frisou. – Talvez, pra gente, só tenhamos que dar um tempo pra ele se recuperar. Se acostumar, no mínimo. Garanto que você estaria tão confuso quanto, ou pior que isso, se fosse você passando por um feitiço desses. Ele até que está reagindo bem a essa parte. – ele pausou – Eu só não entendi porque ele ficou… Emotivo.

Dean suspirou.

— Ele tem motivos. Uma eternidade aturando ele pisar na bola. Uma hora todo mundo explode. – Sam sorriu, como se tivesse pensado em algo engraçado. – O que?

— Não, nada. É que… – ele riu – Bem, é que tem toda a situação dos “hormônios”, deixando ele.. Sensível? – Dean o olhou como se ele fosse estranho. – O que? Vai me dizer que não percebeu isso?

Ele fechou os olhos, se recusando a pensar sobre o assunto.

— Isso realmente não me interessa, Sam.

Sam sorriu.

— Pois deveria, no próximo trabalho, ele vai com você.

— O que? – arregalou os olhos – Ele não está nem em condições de sair do quarto, Sam.

— Bem, você tem duas opções. Ou leva ele, ou deixa ele aqui, sozinho. E nós dois sabemos que não é prudente deixar o Gabe sozinho aqui, em nenhum dos casos.

Bufou, a ideia de deixar Cas no Bunker sozinho de novo, com Gabriel ou não, não lhe deixava nem um pouco feliz.

— É, não é. Ele vem no próximo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido.
Vou tentar não demorar tanto no próximo, basta minha criatividade colaborar comigo :v
Se gostaram, se houve algum erro, comentem! Críticas, construtivas claro, serão muito bem-vindas.
Kissus kissus
Até mais.