Changing... Genres? escrita por Black Angel


Capítulo 8
Chapter 8


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEUS CUPCAKES!
Meu computador estará quebrado por um bom tempo, mas eu dei um jeito de pedir um computador emprestado para reescrever e postar esse capítulo pra vocês, odeio passar tanto tempo sem postar nada.
Bem, vou dar um jeito de continuar postando os caps regularmente sem a ajuda do meu not... Psé, a vida é assim. Espero que gostem, fiz com muito carinho e trabalhei nessas últimas 3hrs para passar ele pra vocês u.u Isso mostra o quanto eu amo vcs hein ;)



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Gif do capítulo:

Naquela noite fria, Amanda fora uma das últimas a sair do parque.  Amanda Kesherburn era loira, com cabelos cacheados até a cintura, olhos verde esmeralda e bochechas rosadas. Era uma jovem consideravelmente altruísta, um tanto simpática, e excepcionalmente bonita. Vinha de uma família rica, morava na área nobre da cidade porém trabalhava no parque, na barraquinha de algodão doce, por opção. Apesar de as personalidade, estudava Moda numa faculdade boa e cara.

Caminhando sobre a escuridão do parque, Amanda sentiu seu nariz esfriar, percebeu então que era hora de ir embora, uma longa caminhada a esperava até a saída. Não costumava deixar aquela hora, porém, seu chefe havia adoecido subitamente com o frio que chegara. Sentiu seu estômago reclamar por comida e lembrou-se dos biscoitos que havia posto na bolsa, definitivamente iria comê-los na viagem de ônibus de volta para casa. E sabia que levaria esporro de seus pais, que não entendiam por que teimava em trabalhar ali. Amanda sabia que trabalhava ali porque gostava. Agora, no breu da noite, o parque ainda mostrava sua beleza. A lua refletida no lago parque era uma das imagens mais lindas que já havia visto. Era por aquilo que vivia. A felicidade das crianças ao brincarem, dos pais, dos casais enamorados...

Um vento passou balançando seus cabelos para trás, deixando-a com um tremor sobre a espinha. Apertou a echarpe vermelho carmim em seu pescoço, numa tentativa de se aquecer, porém, sendo meramente decorativo e de tecido muito leve, não fez muito efeito. Bufou, apressando os passos, ouvindo somente o barulho de seu salto e o vento fazendo o metal dos brinquedos rangerem levemente. Amanda era humilde, sim, mas usava roupas caras, de marca. Era um luxo que ela se dava, como recompensa de todo trabalho. Naquele momento, tirou suas luvas vermelhas de dentro da bolsa, vestindo-as, e logo depois, fechou o casaco preto de fivelas de prata ainda mais em seu corpo. Sua calça jeans preta feita sob medida, sua touca levemente caída para trás, seu scarpin vermelho, tudo deveria ser perfeito, vestir-se bem era uma coisa que lhe dava prazer imenso.

Continuou andando, já dava para ver o lago que ficava perto da entrada. Pensou ter ouvido um rosnado. Parou, olhou para trás, mas não viu nada. Deu de ombros, era somente sua mente cansada pregando peças, voltou a andar, seu salto batendo nos ladrilhos era novamente o único barulho. Esfregou uma mão na outra, seus dedos estavam congelando, viria com uma roupa mais quente no dia seguinte. Estancou no mesmo lugar subitamente. Definitivamente havia ouvido alguma coisa. Virou-se para trás a tempo de ver uma sombra mexer-se sobre a luz da lua. Amanda se assustou, dando passos para trás, mas logo depois se repreendeu por isso. Era uma silhueta semelhante a de um cachorro.

O rosnado era claramente ouvido, com certeza estava com fome. Não tinha ideia de como ele havia entrado ali, mas iria dar algo para ele comer. Ele provavelmente estava com mais medo dela que ela dele. Meteu a mão dentro da bolsa, puxando seus biscoitinhos.

— Vem aqui, vem. Não vou te machucar... – virou o pacote, derrubando dois biscoitos em sua mão. Agachou-se, estendendo-a. – Eu sei que está com fome, venha cá.

E a criatura veio, mas à medida que se aproximava, menos parecia um cachorro. O rosnado era bestial, Amanda sentiu um calafrio, não era um bom sinal. Viu os olhos sem alma da coisa e sentiu o medo paralisa-la. Era o fim.

Suas mãos se fecharam esmagando os biscoitos, num surto, conseguiu se levantar para correr. Lembrou-se tarde demais dos documentários de canais de animais. “Nunca dê as costas para um animal em ataque.”. Suas últimas lembranças eram de pedir perdão a qualquer entidade que se encontrava acima de si e de ver seu próprio sangue se misturar com o carmim, banhando sua echarpe.

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Capítulo IX

Dois dias depois.

O clima na cozinha naquela manhã não estava nem um pouco agradável. Gabriel estava praticamente com uma aura depressiva em torno de si. Mexia em sua comida com o garfo, não se sentindo realmente com fome. Fazia 10 horas que Castiel saíra do quarto. Fazia 10 horas que o moreno não lhe dirigia a palavra. Quer dizer, não adequadamente.

“Gabriel, me passe o suco, por favor.”, “Com licença, Gabriel” e várias monossílabas. O moreno evitava ficar perto de si o máximo que podia. O arcanjo estava a ponto de pirar, não aguentava mais ser ignorado por seu irmão. Sim, havia ferrado tudo com a “brincadeira” que fez, mas não era motivo para tanto... Ok, talvez fosse, mas Gabe sentia que era o suficiente, já havia aprendido a lição.

Por outro lado, Castiel estava sofrendo tanto quanto ele. Odiava-se por fazer aquela promessa, não sabia quanto tempo iria aguentar botar aquela cara de indiferença. Olhou para cima, procurando suporto do outro lado da mesa, mas o que viu não o ajudou muito.

Os irmãos Winchester pareciam alheios a qualquer tipo de situação estranha que se passava naquela mesa. Dean devorava um sanduíche de ovos e bacon com uma voracidade como se não tivesse comido a dias... Sendo que não era bem o caso. Já Sam bebia sua vitamina tranquilamente, mexendo em seu computador.

Cas soltou um suspiro pouco audível, mas que chamou a atenção de todos na mesa. Gabriel levantou seus olhos do prato para seu irmão, sendo ignorado descaradamente de novo. Dean e Sam se entreolharam, perguntando um ao outro o que faria, ao que parecia, nenhum dos dois tinha realmente uma resposta. Sam limpou a garganta.

— Então, Dean, eu achei algo interessante aqui. – o loiro se mostrou genuinamente interessado, não parando de comer. – Okoboji, Iowa. Jovem encontrada morta jogada em lago do parque Arnolds. Não foi afogamento. O zelador da manhã a encontrou, seu corpo estava jogado em um dos barcos, todo arranhado, o médico legista botou no relatório que foi ataque de animal.

— Deixa eu adivinhar, a única coisa faltando era seu coração, hã?

Sam assentiu, fechando discreta e rapidamente a segunda aba do computador quando virou o computador para seu irmão com as fotos da cena do crime.

— Sério Sam? – largou o sanduíche quase terminado de volta no prato. – Perdi o apetite.

Castiel parecia alheio a conversa, Dean viu sua chance ali.

— O que acha Cas?

O moreno levantou seus olhos, surpreso e confuso.

— O que?

— Eu perguntei, o que acha? Quer vir comigo? Sam vai ter que ficar aqui de qualquer forma, precisa fazer coisa de nerd, sabe como é. – mentiu – E então?

Os olhos de Cas pareceram ganhar um pouco de brilho, ajeitou o cabelo, que havia caído novamente em seus olhos, para trás da orelha, assentindo.

Dean levantou-se, limpando o farelo das mãos.

— Então vamos, daqui a Iowa não é tão longe.

Castiel concordou levemente com a cabeça, se levantando também.

— Mas eu não tenho mais um terno que caiba nesse corpo.

— Na verdade, tem sim. – Gabe o interrompeu, com a voz miúda, nunca havia visto seu irmão acuado, era de lhe cortar o coração. – Eu comprei um desses terninhos femininos para você, achei que fosse precisar. Está em uma das sacolas que deixaram no seu quarto – resmungou novamente, começando a comer contra a vontade, indicando que não iria falar mais nada.

O moreno ficou sem palavras. Havia ficado muito feliz com a notícia de que seu irmão se preocupou com esse detalhe. Mas manteve a expressão firme, até Sam sentiu a frieza nesse ato.

— Obrigado Gabriel. – passou a mão em seu ombro, como um agradecimento.

“Ele teria me abraçado, isso teria feito seus olhos sorrirem, como faziam quando via os humanos antigamente...”, esses pensamentos passavam pela cabeça de Gabe. Ele soube que havia ferrado as coisas seriamente.

Castiel agradeceu a Sam pelo café da manhã e se retirou da cozinha. Dean foi logo em seguida, para arrumar as coisas e o Impala. A cozinha ficou novamente em silêncio.

Já engoliu o orgulho pra pedir ajuda ou prefere esperar por mais gelo pra tomar junto? – Sam comentou sorrindo brevemente com um pouco de sarcasmo, voltando a abrir a aba do computador que havia fechado.

Gabriel afastou o prato, abaixando a cabeça nos braços cruzados.

Um grande momento de silêncio se passou, quando Sam estava prestes a alfinetar novamente, Gabe o interrompeu, a voz falhando.

— Se está com raiva de mim, grite comigo. Se não gosta de mim, me diga isso na minha cara. Se não suporta que eu fique aqui, eu saio. – ele levantou a cabeça, encarando Sam com os olhos meio marejados. – Mas, por favor, não faz isso comigo. Eu perdi uma das únicas pessoas que realmente se importaram comigo até hoje. Você não acha que isso não é uma punição por si só? Eu não tenho um coração de pedra, sabia?

Sam engoliu em seco, talvez tivesse pegado um pouco pesado demais com ele.

— Você não o perdeu. – disse antes que seu cérebro pudesse processar uma frase. – Ele só está chateado com você. Ok, muito chateado, mas não irrecuperável. – Gabriel o encarou, as lágrimas quase escapando de seus olhos. Passou a mão pressionando para que não chorasse – Gabe – chamou-o –, você só precisa pedir. O que é torna isso tão difícil?

E assim, o arcanjo Gabriel quebrou.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido.
Amo vcs, obrigada pela paciência que estão tendo.
Kissus kissus,
Até mais.