Changing... Genres? escrita por Black Angel


Capítulo 4
Chapter 4


Notas iniciais do capítulo

Backstreet's back, alright!



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–- Então tudo isso aconteceu porque você não sabe ficar quieto?

Dean alfinetou mais uma vez quando Gabriel terminou de contar seu lado do acontecimento.

–- Eu não sei ficar quieto? Olha quem fala! Você está morrendo de ansiedade para cortar umas cabeças monstruosas. Duvido que não faria o mesmo se estivesse tão entediado quanto eu.

E lá se iam os dois em mais uma briga. Castiel já estava com a paciência esgotada de tantas, o anjo pressionou as pálpebras.

–- Será que dá para os dois pararem e focar no problema? -- Sam cortou os dois -- Como fazemos pra vocês voltarem ao normal?
Gabriel revirou os olhos.

–- Oh sweet, achei que já tinha explicado. Não tem contra-feitiço, só tempo de validade.

–- É impossível, todo feitiço tem uma maneira de ser quebrado.

Gabe sorriu maliciosamente, observando Sam, que o encarava desconfiado.

–- Ter como ser quebrado ele tem, mas para nós -- ele apontou para si e para Castiel, logo então para notar que ele olhava para Dean. Um olhar que Gabriel conhecia muito bem. -- Ou pelo menos para mim, ele não tem volta. -- ele olhou Sam e seu olhar se tornou meio melancólico, coisa que o mesmo não notou -- Eu acho... -- balançou a cabeça, em busca de espantar pensamentos -- Mas devido a dificuldade do que é requisitado, eu prefiro esperar o efeito passar. O preço é muito arriscado para que eu aposte as minhas fichas, sweet.

Sam assentiu, ainda desconfiado.

–- E o que acontece agora?

Dean perguntou.

–- Agora? Esperamos, comemos pipoca, assistimos Netflix... Aproveitamos... -- o arcanjo sorriu travesso.

Castiel franziu o cenho, não entendendo absolutamente nada.

–- Como assim? Como poderíamos aproveitar isso Gabriel? Somos humanos.

–- Oh, Cassy, de muitas maneiras. -- Dean lançou seu melhor olhar de fuzilamento -- Ah Deann-o, não me diga que não pensou no mesmo?
Dean estava prestes a respondê-lo, provavelmente a base de palavrões, mas Sam decidiu cortar o mal pela raiz.

–- Certo, han, e sem querer ofender, mas... Como devemos nos referir a vocês agora? -- agora nem Gabriel ou Cas tinham entendido a pergunta. Sam ficou desconfortável ao sentir o olhar dos dois sobre si -- Vocês sabem, hm... Homem, mulher, anjo?

–- Ah, claro, isso. Sim, óbvio. Lá fora, acho melhor não nos chamar de anjos, pode causar alvoroço -- o arcanjo brincou -- Mas sabe... -- Sam sentiu um arrepio ao ver como Gabriel o olhava -- Aqui você pode me chamar do que quiser... Certo, Cassy?

O anjo assentiu, sem notar o duplo sentido da frase. Dean se levantou antes que Gabriel falasse mais alguma besteira em que Cas cairia.

–- Ótimo, dúvidas esclarecidas, vamos ao trabalho.

E batendo as mãos, como num incentivo, Gabriel fez o mesmo, levantando Cas consigo.

–- Eu ainda tenho assuntos a tratar com esse aqui, divertam-se na nossa ausência, garotos.

E lá se foi o loiro puxando-o para fora do lugar. Dean olhou para Sam, como se falasse, ironicamente, "Sério?".

–- Ótimo, voltamos ao tédio. -- o loiro bufou -- Vou a garagem, preciso reparar minha baby.

Sam estava prestes a dizer "de novo?" quando seu irmão simplesmente saiu, sem dar mais nenhuma explicação.

O caçador revirou os olhos, procuraria um caso assim que acabasse o café.
–x-x-x-x-x-

–- Gabriel, o que pretende com isso?

Castiel perguntou parado e confuso ao loiro, que estava medindo seus braços. O mesmo, agora passando a fita métrica que havia encontrado pela cintura do moreno.

–- Tirando suas medidas, precisamos de roupas. E com certeza não as deles, nem as nossas cabem agora. -- ele se esticou com dificuldade ao pescoço do mesmo, enrolando a fita ali -- Droga de altura de anão -- resmungou.

Não que Castiel estivesse tão alto assim, mas ele sempre fora mais alto que Gabriel e agora, nos corpos femininos, não era diferente.

Cas estava parado, com os braços esticados para os lados, deixando que Gabriel lhe medisse o busto. O sobretudo e o paletó jogados sobre a cama, a camisa social aberta enquanto Gabriel o media em diferentes direções.

"Vamos, não tenha vergonha, eu sou seu irmão. Ou irmã, se preferir", foram essas as exatas palavras que ele usou para convencê-lo. Agora ele se arrependia imensamente de ter cedido.

–- Vamos, agora fique quieto, eu vou medir suas pernas e depois, preciso do seu número para sapatos.
Cas assentiu.

–- Como você pretende sair? Sam e Dean não vão deixar você ir, não com seu... Histórico.

Gabriel sorriu.

–- Ah, Cassy, você sabe, eu sempre consigo o que eu quero, quando eu quero.

–x-x-x-x-x-

Sam estava em seu quarto a algumas horas, encostado sobre os travesseiros, com seu notebook sobre suas pernas. Ele estava procurando casos em potencial a dias e nada, mas ele tinha que continuar procurando.

Notícias sobre celebridades, subcelebridades, reality shows, músicos em todos os sites, mas nada de sobrenatural acontecendo.

Ele estava feliz por isso, por um lado, isso significava que ninguém estava sendo ferido, ou morto por esses bichos. Mas se ele tivesse que passar mais um dia observando o Dean lavar o Impala pela centésima vez, ele iria acabar enlouquecendo.

Sam decidiu olhar em um último site antes de dar uma pausa para o almoço.

"Morte estranha em casa de família: Família inteira assassinada em uma noite. Na casa fechada, sem sinais de arrombamento, hoje pela manhã foram encontrados os corpos da vítimas. A polícia acredita que tenha sido um assassinato por encomenda. A vizinha, amiga da família, conta que ouviu os gritos da mulher durante a noite, mas devido ao histórico do casal, brigando constantemente, ela não havia dado importância a eles. Sinais de esfaqueamento encontrados nos corpos."

Sam sorriu. Não era muita coisa, talvez fosse só um assassinato feito por humanos, mas mesmo assim, era o suficiente para tirar-lhes de casa.

Ele só tinha dois problemas. Dois problemas com asas de mais e noção de menos.


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