Changing... Genres? escrita por Black Angel


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

ANTES QUE ME MATEM!
Olá meus cupcakes, eu voltei e com um belo motivo do porque ter demorado tanto tempo, na verdade, dois motivos.
Primeiro: Eu não gostei do plot. Eu já tinha escrito a história toda, mas ela não me agradou e eu então excluí os caps seguintes porque eu tive uma ideia melhor.
Segundo: Quando eu ia voltar a escrever, eu tive que parar, porque ta rolando uma obra aqui em casa e eu tinha que ajudar a resolver as coisas.
Eu ia segurar esse cap até eu terminar de reescrever a história toda, mas seria uma puta maldade e injustiça (desculpem o palavrão), então decidi postar logo.
Sem mais delongas, me desculpem pela demora, mesmo.



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Era um plano arriscado, ela sabia. Jogar dos dois lados, sendo vigiada de perto por um vampiro que tinha como objetivo principal estraçalhar seu pescoço ao primeiro sinal de traição. Katie olhou de relance para Vincent, que agora observava atentamente cada expressão usada por ela enquanto explicava a história inventada para os irmãos Winchester.

Sam estava lá, muito bem acordado, havia literalmente sido jogado da cama. Gabriel ouvira as batidas na porta, acordando de supetão. Havia adormecido na cama do moreno e agora a tela preta de espera do Netflix ocupava onde antes estava a série que assistiam.
Levantou da cama silenciosamente, puxou os cabelos levemente sem saber o que fazer. Se atendesse a porta, Dean com certeza não iria gostar nada, e por sua vez, pioraria sua situação ali.

Bateram na porta mais uma vez, dessa vez mexendo na maçaneta, e Gabriel então agradeceu a todos os deuses que conhecia por terem trancado a porta.

Olhou para o relógio, o que diabos eles queriam às 5 da manhã?! Tentou acordar Sam, chacoalhando-o, mas acabou por botar força demais, fazendo ele rolar até cair, pelo menos ele havia aberto os olhos, assustado e dolorido, e a primeira coisa que ele viu foi uma figura desesperada de Gabe mimicando com uma mão para que se mantesse quieto e com a outra para que fosse até a porta. Assim que Sam saiu com Dean do quarto, ele caminhara na ponta dos pés até o seu próprio.

Dean agora prestava atenção na menina a sua frente. A história seria totalmente credível, mas ainda sentia uma pontada de desconfiança, alguma coisa não se encaixava direito ali. A menina parecia esconder alguma coisa.

—- Como você disse que achou o Sr.Estou-sempre-de-cara-feia mesmo?

A menina engoliu em seco, o que não passara despercebido por seu acompanhante, mas manteve a face numa expressão sarcástica.

— Eu te disse, assim que eu saí da cela, eu vi que tinha mais uma ao meu lado e que havia alguém ali dentro. As chaves estavam com o guarda que eu nocauteei.
Dean parecia querer intervir novamente.

— Se não fosse por ela – Vincent começou, botando a mão no joelho de Katie, olhando para ela com uma gratidão que ela sabia que era falsa – eu ainda estaria lá, ou até pior, morto.

Ele olhou sério para Dean.

— Ainda não terminou, eles virão atrás de nós assim que souberem onde estamos – ele fez uma pausa, testando as palavras na sua cabeça antes de sair de sua boca – Na verdade, ainda é estranho a facilidade com a qual saímos de lá, ainda não sei o que planejavam com isso, mas venho investigando esse grupo a muito tempo. É uma rede muito grande para uma mesma espécie.

Dean pareceu mais interessado. Katie se lembrou da conversa que teve com Vincent no carro.

"– Se eu começar a falar, não me interrompa, retruque ou conteste. Eu vou fazer com que eles acreditem no que foi contado depois que você falar". E assim, a menina se manteve calada, observando incomodada a mão que permanecia em seu joelho.

— Mesma espécie?

— Sim, uma espécie de organização só de vampiros, com um sistema específico de localização de ninhos que parece se expandir cada vez mais. Ela é comandada por uma espécie de criatura com força inigualável, quase uma entidade.

Dean revirou os olhos.

— É, já tivemos o prazer de topar com o pai dos vampiros. A questão é, porque ele decidiu agir em massa agora?

Vincent sorriu, mas não como fez antes, era um sorriso sombrio, que se dissipou tão rápido que Kate duvidava que mais alguém tivesse notado.

— Não é dele que estou falando. Dizem que um tão poderoso quanto, ou até mais. Dizem que fora mordido pelo mesmo, mas que diferentemente dos outros, ele renasceu mais forte que os outros, nascendo com a habilidade de drenar poder de outros vampiros. Dizem... – a pausa proposital deu espaço para o clima de tensão que Vincent pretendia criar – Que ele matou o próprio pai da espécie.

O silêncio mortal se instalou no ambiente, Dean fora quase totalmente convencido de que o outro não representaria uma ameaça muito grande. Não que confiasse nele, mas pareciam estar do mesmo lado naquela batalha.

Um estardalhaço de metal e madeira se chocando assustou-os, tirando-os do transe em que estavam, cada um em sua mente. Um palavrão bem alto ecoou pelos corredores logo após que o barulho cessou. Sam segurou a ponte entre seus olhos numa espécie de face palm, sabendo exatamente quem fora responsável por ambos.

Já na cozinha, Gabriel se encontrava no meio de varias panelas e louças espalhadas pelo chão. Se martirizava mentalmente por ter tirado o copo de baixo primeiro. Pelo menos, não havia quebrado nada, o único copo de vidro estava seguro em sua mão. Começou a re-empilhar as panelas e tudo corria bem, até que a bendita da leiteira escorregou de novo e ele teve que segura-la com as duas mãos... Espera, ele não tinha que estar segurando um copo?

Fora tudo muito rápido, o copo se estilhaçou no chão, ao mesmo tempo em que abaixava seu pé descalço e porque ele não estava de sapato mesmo? Ah sim, havia esquecido no quarto de Sam. Definitivamente, o universo estava contra ele. Maldito karma!

No segundo palavrão, que agora soava mais como um grito, Sam se levantou e em meio minuto já se encontrava na cozinha, onde um poça vermelha e um Gabriel choroso se encontravam.

— Não se mexa.

A primeira resposta que passou pela cabeça de Gabriel foi um comentário sarcástico (algo sobre estar decepcionado por sentir vontade correr uma maratona naquele instante), mas preferiu se manter calado diante da disposição do moreno a ajudar.
Mais alguns segundos depois e Castiel e Dean também estavam lá. Os olhos de Cas se arregalaram e sua mão cobriu a boca diante do cenário. Dean resmungou alguma coisa sobre Gabriel sempre ter o timing perfeito para fazer merda e agarrou a vassoura no canto da cozinha, varrendo os cacos do caminho para que Sam passasse.
Assim ele o fez analisando o machucado de perto. Gabriel se controlava para não soluçar alto. A dor era terrível e como diabos os humanos conviviam com isso?!
Sam olhou para Gabe, que estava de olhos fechados enquanto lágrimas escorriam do mesmo e não pensou duas vezes antes de levantá-lo nos braços e caminhar para o banheiro.

Castiel pôs-se a ajudar Dean a catar os cacos. Ajoelharam no chão limpo e se puseram a catar os cacos maiores próximos, ainda longe do sangue, que Dean iria limpar assim que terminassem. Ele não se enjoava mais com nada do tipo, já havia visto piores, bem piores. E não que fossem muitos cacos também, ou que o tamanho fosse enorme, era um copo, afinal. Mas o mesmo havia se quebrado em vários pedacinho menores.

— Ai! – praguejou Dean baixo quando a pontinha espetou seu dedo. Não era nada demais, nem sangrava direito, mas fora o suficiente para que Cas o olhasse alarmado. Percebendo o olhar do mesmo, Dean tratou de acalmá-lo – Não foi nada, somente um furinho, viu? – Dean sorriu, com uma lembrança de sua infância, sentindo um dejá vu – Minha mãe dizia que esse tipo de machucado se curava mais rápido se uma pessoa a quem fossemos importantes beijasse. – ele se lembrava de ter pego o dedo machucado de Mary e ter enchido de beijos.

E então foi surpreendido quando sentiu sua mão ser levada e seus dedos se encontrarem com algo quente. Castiel mantinha os olhos fechados e as bochechas coradas e, tão rápido quanto vieram, os lábios se foram. Dean umedeceu os próprios, sentindo um calor subir para seu rosto enquanto encarava o outro, ele se surpreendia em como o outro conseguia ser tão...

E então os olhos azuis que o hipnotizavam estavam lá de novo, encarando-o esperançosos.

Dean, ainda meio lento, sorriu e esfregou um dedo no outro, vendo que o mesmo realmente havia parado de sangrar.

— Viu? Não há nada a se preocupar. – sua voz saira rouca, Dean agora sentia o ímpeto de beijar Cas ali mesmo, aproximou-se – Obrigado

Um beijo na bochecha fora o máximo que se permitira fazer, voltando logo em seguida para encarar a face angelical do outro novamente, mais corada que nunca. Um grito de dor irrompeu pelos corredores, despertando Dean novamente.

Ele tinha que se controlar, merda! Se afastou com um impulso forte para trás e voltou a catar os cacos em silêncio. Castiel o imitou, a face completamente avermelhada ainda.
Na sala porém, Katherine passava por um mau bocado. Veja bem, vampiros já conseguem ouvir seu sangue pelas suas veias quando estão com fome, imagine então sentir o cheiro de sangue fresco tão próximo e vulnerável.

Não era como se Vincent estivesse realmente faminto, havia se alimentado, não a muitas horas, mas quando aquele aroma deliciosamente tentador chegou aos seus sentidos, fora mais que natural que suas presas surgissem afiadas por entre os dentes. Katie se desesperou naquele segundo, quando juntou os pontos e percebeu o que acontecia, segurando os pulsos do outro, impedindo que ele se levantasse. Claro que ele poderia empurrá-la se quisesse, mas sua parte consciente o impediu que prosseguisse, não iria estragar tudo ali, não depois de tudo que passara para chegar até aquele momento. Respirou calmamente, tentando focar em qualquer coisa que não fosse seu instinto de atacar. Tinha que achar alguma coisa que fizesse voltar ao normal, como fora treinado.
Katherine agora segurava os lados de seu rosto, fazendo com que focasse, ou quase, na figura que agora lhe parecia quebradiça. Sim, ele poderia quebrá-la em dois se quisesse, em três, em quatro, somente pela a insolência de tocá-lo como se tivesse controle sobre suas ações. Quem ela achava que era?

Ok, aquilo estava enfurecendo ele, deveria pensar em outra coisa, que não envolvesse morte, de preferência.

Pensar em seu plano ou em sua missão não o ajudaria em nada também. A voz de Katie estava tão distante e tão alta ao mesmo tempo. Olhou em seus olhos, eles reluziam de medo, ela tinha motivo para isso. Passou a analisá-la, as maças do rosto, o nariz fino, mas foi o pescoço lhe chamou a atenção, o coração da garota batia tão rápido que ele podia ouvir e a artéria se destacava rapidamente junto com a pulsação. Estava tão perto que podia quase sentir como seria mordê-la e sugar todo o sangue que havia ali até nada mais sobrar além de uma casca vazia.

Apertou os olhos, apertando junto os braços da cadeira em que estava. Se permitiu sentir a firmeza das mãos que seguravam seu rosto, percebeu que mesmo que a garota estivesse apavorada, as mãos não tremiam.

Se ela conseguia manter a calma, ele também conseguiria. Apagou tudo ao seu redor, focando naquilo e somente naquilo. Aquilo seria sua âncora, as mãos calmas e precisas. Lentamente, sentiu suas presas se recolherem e a própria respiração estabilizar, o cheiro do sangue não o incomodando mais. Pensou rapidamente na possibilidade de agradecer Katherine, mas a idéia foi descartada nem meio segundo depois.

Agora ele teria que se concentrar no problema maior ali. Fora lhe dito que haviam dois humanos e dois anjos naquele lugar, havia se preparado para dois seres super-poderosos e uma luta difícil. Teriam que tirá-los do bunker assim que desse, pois o mesmo era fortemente protegido e não valeria a pena uma invasão. Mas a principal questão que o incomodava era: Desde quando anjos sangram?

Uma idéia passou pela cabeça de Vincent, talvez eles estivessem fracos demais para se curar instantaneamente? Oh, isso seria simplesmente perfeito!

Soltando a respiração que nem sabia que havia prendido, ele sorriu.
Gabriel respirava pesadamente, havia perdido bastante sangue e agora estava pálido. Sam o havia carregado e depositado na banheira e agora tratava de seu pé, com toda a calma e frieza que havia.

— Isso vai ter que levar ponto, e vai doer. Muito.

Gabriel pensou em como aquilo poderia ser pior, era impossível, não? Não. Assim que Sam começou a mexer, definitivamente a dor dobrou de tamanho.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro é só avisar!
Kissus kissus,
Até mais!



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