Fairy Space - Interativa escrita por Yoko Dailandyn


Capítulo 4
– Cristalina da Morte


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora pessoal. Acabei me enrolando toda aqui. Enfim, espero que gostem do cap.
Bjus!



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Sala do Mestre

– Cristalina da Morte. - as palavras sairam da boca da mestre como facas. Num tom afiado e desconfiado. Ela observava Aiko atentamente, esperava uma rápida resposta da garota, mas a mesma continuou a olhar para o chão sentada no sofá da sala. Aiko contara a mestre quase todo o passado dela, porém, não contou a ela o que realmente a mestre queria saber. Provavelmente porque não se sente a vontade contando algo intimo a outras pessoas, ou porque nem mesmo ela, a dona desse poder, sabe de sua existência. A segunda opção era a mais óbvia.

– Esse foi o apelido dado a mim por toda a população de várias cidadelas que foram prejudicadas por minha magia. - sua voz saiu fina e baixa, por algum motivo não podia evitar de contar a mestre sobre ela, sentia-se segura, mas ao mesmo tempo ameaçada. Tudo estava confuso para Aiko naquele momento. - Eu não tenho muito controle dela, de vez enquando, eu até desmaio por causa dessa mágia. - disse ela se encolhendo mais no sofá. - Harry diz que isso ocorre quando eu libero uma enorme quantidade de poder que nem eu mesma posso controlar, mas eu não acho que seja isso. - mais que depressa, Aiko levanta a sua cabeça olhando seriamente para os olhos da mestre que a observava atentamente enquanto Aiko terminava de contar sua história.

A garota sentiu um certo medo em dizer isso, pois não confiara isso a ninguém, a não ser Harry. E se contasse a ela? Qual seria o problema se contasse a ela? Se perguntava Aiko enquanto tentava arranjar as palavras certas para contar o que ela sentia.

Depois de uns minutos pensando nisso, finalmente, pronta a depositar sua confiança na mestre soltou as palavras rápida, afim de não se arrepender depois.

– Eu sinto que há algo dentro de mim, um poder que eu não possa controlar. - deu uma pausa em suas falas voltando a se ajeitar no sofá, encolhida. - É algo desconhecido, e eu sinto que esse poder está cada vez aumentando, se descontrolando... como se -

– Como se ele estivesse querendo sair. - a mestre interrompeu as palavras de Aiko de uma forma rápida. Como se tivesse lido a mente de Aiko e falado a frase que Aiko estava prestes a falar.

A garota olhou confusa para a criança a sua frente, por dentro, aliviada por confiar na pessoa certa, ou criança nesse caso. Por fora, assustada, pois essa simples criança sabia exatamente o que Aiko estava sentindo naquele momento. Seu coração disparava a cada minuto mais forte. Estava confusa, assustada, mas não podia disfarçar o seu alivio por encontrar alguem que a entenda, alguém que não seja o Harry.

–*-

Após terminar os seus lanches, a guilda discutia sobre o que fazer com o intruso, que ainda estava caído no chão. Não podiam deixá-lo ali preso sem tomar uma providência. Alguns membros insistiam em dizer que o garoto provavelmente é espião do conselho mágico. Tayra, era uma das poucas que concordavam com essa teoria.

– Eu sugiro que cortemos a cabeça desse espião e mandamos para o conselho mágico com um bilhete escrito: Mande mais, monstro. - Tayra dizia em meia a discusão da guilda. Alguns membros não puderam deixar de rir, e alguns até concordar. O intruso gritava que não era um espião, mas era uma voz que ninguém ouvia, ou não queriam ouvir.

– Tayra, para de falar besteira. - Sleber cospi as palavras num tom sério e desafiador. Alguns membros, que são a favor de soltar o garoto concordaram com Sleber sem excitar.

– Não podemos tratá-lo como um intruso só porque entrou na guilda sem autorização. - Amaya, dizia chamando a atenção de todos da guilda. Apesar de não demonstrarem, sabiam que ela estava certa, pois estariam julgando o garoto sem ao menos dar liberdade de explicações.

– Será que dá para vocês pelo menos me levantar! - o garoto, julgado por intruso por uns, espião por outros, gritou balançando a cadeira no chão, afim de chamar a atenção de todos. Toda guilda olhou para o garoto no chão por alguns segundos até finalmente voltarem a discutir. - Senhor, tenha piedade de mim. - disse-o em meio aos sussurros revirando os finos olhos.

Logo, após longos minutos discutindo sobre o intruso, uma pequena brecha de luz dourada invade a guilda. A atenção de todos é roubada por essa luz, que é bastante conhecida por todos. Essa luz, é a mesma que invoca o teletransporte dos membros da guilda.

Após alguns segundos, a pequena brecha de luz desaparece dando lugar a três membros da guilda que chegara de missão.

Lysandre Rockenbach, um rapaz de baixa estatura, beirando a um metro e cinquenta e três. Apresenta traços infantis e corpo esquio, não possui musculos, porém é dono de uma pele pálida. Possui cabelos negros como piche, é um tanto longo principalmente em sua franja. Dono de finos olhos cobalto seguido de finos cilios negros. Além disso, possui uma estranha cauda grossa seguido de orelhas de gato a condizer com os outros fios de seus cabelos. Os pelos de sua cauda e orelha são densos e macios. Trajava um jeans negro saruel e um regatão branco um número maior do que deveria, marcado pela onomatopeia “Nyah!” escrita em letras maiúsculas rubras. Aos pés veste um tênis de cano alto, estilo all star, de cor azul escuro e nos braços um blazer azul bic.

Amber Harumi, possui uma pele branca e aparentemente sem vida, apesar disso apresenta uma pele suave e sensível. Mede 1,90 de altura, e não possui peitos fartos, porém, não é uma tábua. Seus cabelos são longos e ondulados em duas mexas de lados opostos, seguido de uma breve coloração branco-azulado que dava um certo destaque na garota. Dona de finos olhos avermelhados com um certo brilho de desconfiança, seguido de finos cilios negros. Trajava um vestido preto que possui diversas rendas brancas e laços negros sobre o mesmo. Usa luvas pretas "transparentes" seguido de longas mangas pretas. Calça botas plataforma (10 cm) da mesma cor.

Soren Ryghfury, um garoto de altura mediana, dono de uma pele levemente bronzeada seguido de musculos ligeiramente desenvolvidos, mas não deixando de ser proporcional ou demonstrando possuir muita força física. Possui finos olhos cor verde-esmeralda que dava um certo destaque sobre o garoto. Seus loiros cabelos não são muito longos, levemente arrepiados. O brilho dourado que envolvia a marca da guilda, que se localizava na panturrilha direita, foi desaparecendo aos poucos dando lugar a cor original de sua marca, castanho-claro. Chegara na guilda com um certo sorriso travesso no rosto o que chamava a atenção de toda a guilda.

Lyssandre, sem dizer ao menos uma palavra, passa direto por todos da guilda sentando, enfim, num balcão próximo dando um certo suspiro de alivio e cansaso. Do mesmo jeito, Amber também passa direto sentando-se no balcão ao lado de Lyssandre com sua atenção totalmente roubada pela guilda a qual estavam discutindo sobre algo.

– O que está pegando aqui? - Soren, ignorou totalmente o fato de Lyssandre e Amber terem senta-se ao balcão longe da guilda, dando a atenção a todos fazendo essa seguinte pergunta. Olhara em volta sentindo que havia algo diferente ali, ou alguém, dando de cara com o garoto preso a cadeira caído no chão da guilda. - Quem é essa criatura? - num tom provocativo e atrevido, ele faz essa seguinte pergunta segurando-se para não rir do garoto.

– Parece que esse garoto entrou por engano na guilda, ele está sendo julgado por intruso e espião. - Yellow dizia enquanto saía da cozinha segurando um copo com um suco de laranja em suas mãos. 1,80 de altura, musculos desenvolvidos demonstrando possuir uma grande força física. Seus olhos chamavam a atenção de algumas pessoas, são azuis bem claro parecidos como diamantes. Trajava uma calça branca não muito colada, andava sem camisa o que deixava amostra o seu peitoral totalmente definido, porém, o que também chamava a atenção de todos era uma enorme cicatriz que o mesmo possuía nas costas.

Soren, começa a dar crises de riso chamando a atenção de toda a guilda que o olham indignados. Suas risadas, apesar de serem impróprias naquele momento, é contagiosa o que acabava por fazer com que outros membros da guilda começassem a rir junto. Depois de alguns minutos rindo sem saber o porque, Soren recupera o seu fôlego o mais rápido possível.

– Vocês realmente acham que ele - aponta para o garoto caído no chão. - é um intruso?! - Soren não se controla voltando a rir da cena.

– Eu não entendo a graça. - Yumiko comenta em meio as risadas de Soren segurando-se para não rir junto, percebendo que se tratava de um assunto sério.

Novamente, Soren volta a ficar desesperado por ar, tentando pegar fôlego.

– A graça é que vocês erraram de instruso, ou espião, seja lá como vocês gostam de chamar esse tipo de desgraças. - ao parar de rir, Soren adiquire um semblante sério e um tom desafiador. - Ele não me parece ser um espião. - finalmente termina dando uma rápida olhada para Hiodan a qual o mesmo o observava em meio a todos da guilda.

– Mas porque? - Yumiko pergunta confusa, não sabia o porque dele dizer isso. Todos estavam confusos naquele momento, não sabiam mais em quem confiar ao ouvir essas palavras de Soren. Qualquer um ali ao lado deles pode ser um espião.

– Porque ele não tem cara, e além do mais, se fosse um espião saberia ser discreto. - Soren responde cruzando os braços ainda num semblante sério. Dessa vez encarava todo mundo da guilda, esperando que eles lessem o que o seu olhar dizia, em quem o seu olhar estava apontando, acusando.

– Realmente - foi a vez de Mizuki Hisame fala. Observava a conversa da guilda calada, não dera sua opinião a tudo isso que estava acontecendo. Enquanto ao intruso/espião, não interessava muito ela. Por isso não se envolveu nesse assunto, porém, dessa vez ela não pôde deixar de entrar na conversa. - Ele não parece ser um espião. - Hisame é Albina, dona de longos cabelos, possui grandes olhos avermelhados o que dava um certo charme na garota. Trajava uma blusa verde seguido de uma calça preta. Amarrado em sua cintura estava o seu casaco quadriculado vermelho, seus sapatos são vermelhos com poucos detalhes chamativos. Ouvir a voz de Hisame naquele momento era como ouvir um mudo falar, pois ela esteve muda desde que o garoto desconhecido entrou na guilda do nada. Não dera sua opinião, não mostrava interesse no assunto.

– Exatamente, Hisame, agora só temos um problema . - Soren olha pra Hisame com um certo sorriso travesso no rosto. A mesma fuzilava Soren com o seu olhar, pois sabia que ele iria começar com as palhaçadas dele naquele momento. - a sua boca ta muito longe da minha, sabia? - Soren termina de dizer lançando um olhar sedutor sobre Hisame a qual a mesma sentiu o rosto corar, porém, para não demonstrar fechou a cara na hora olhando seriamente para Soren.

– É questão de Higiene, já pensou em usar colgate? - Hisame responde de uma forma rápida e fria saindo logo em seguida do local. A guilda, inclusive o intruso/espião, começaram a gritar e sem que ninguém percebesse Hisame não conteve seus risos.

Depois de alguns minutos com a guilda toda ainda gritando no ouvido de Soren, finalmente se acalmaram e o silêncio reinou sobre o lugar.

– E-Enfim - Soren da um certo gaguejo disfarçado seguido de uma tosse falsa para chamar a atenção de todos. - ele não sabe ser discreto, não sabe colocar uma mascara e se tornar uma pessoa totalmente diferente afim de nos espionar. - termina apontando para o garoto caído no chão a qual o mesmo tentava desesperadamente pegar o fôlego que perdeste após rir da patada de Hisame. - Ao contrário de certa pessoa. - Soren se vira pra Hiodan lançando um olhar nada agradável, um olhar desconfiado. Do mesmo jeito, Hiodan o encara sem rebatê-lo.

–*-

O clima na sala do mestre estava um tanto tenso, Aiko sentia um certo peso no coração, não pelo clima e sim por contar a mestre tudo. Não sabia se fez certo, se podia confiar nela, mesmo porque, darks guilds estavam atrás dela. Quem não garante que essa guilda seja uma Dark guild? Aquele silêncio já estava torturando-a de tal forma que a mesma não aguentou.

– E entao? - Aiko fala num tom alto e sério, estava sem paciência, precisava sair dali e encontrar Harry. - Posso ir?

– Não, não pode. - após quebrar o silêncio, a tensão reinou mais forte naquela sala. Aiko estava quase explodindo ali, não aguentava aquele silêncio, não aguentava nem olhar mais para a cara da criança a sua frente. Aquilo a torturava de tal forma. Depois de alguns minutos se encarando, a mestre finalmente voltou a falar de uma forma rápida. - Dark guild estão atrás de você, sair agora não é uma boa opição.

– E quem me garante que essa guilda não seja um deles? - seu tom de voz estava alto e autoritário, apesar dessa rebeldia, a mestre mostrou não se preocupar com as suas pequeninas acusações.

– Pra você - sem intervalo, a mestre volta a falar dando uma rápida pausa. Jogou seu corpo mais para trás cruzando os seus braços e pernas mostrando um certo semblante de uma criança inocente. - isso é uma Dark Guild? - a pergunta não era retórica, Aiko sabia disso, porém não respondeu. Abaixou sua cabeça refletindo sobre essa mesma pergunta. De alguma forma, Aiko sentia que essa guilda não tinha más intenções, mas o medo de ser pega por uma é tão grande que qualquer guilda, para ela, está atrás do que ela esconde de si mesma. - Não pode sair, para a sua segurança e para a segurança de todos. - terminou a pequenina descruzando os seus braços voltando o seu pequeno corpo para a posição em que estava antes.

– E quer que eu faça o que? Entre para essa guilda? - a pergunta saiu retórica, e a mestra sabia disso, porém, não podia deixar de responder. A pequenina assentiu levemente com a cabeça, Aiko suspira indignada revirando os olhos. - Eu não quero. - responde friamente.

– Você quer que esse poder caia nas mãos de Dark guild? - a pequena mestre perguntou de uma forma rápida, aquilo pesou sobre Aiko, não podia deixar que aquilo caísse em mãos erradas, mas também não podia abandonar Harry.

Depois de longos minutos pensando sobre o acordo, finalmente Aiko toma uma decisão olhando seriamente para a mestre a qual não demonstrava nenhum tipo de expressão.

– Tudo bem, eu aceito entrar para a guilda. - finalmente diz num tom de voz sério, porém, a mestre não cantou vitória, pois sabia que existia um mas/porém/no entanto, nessa história toda. - Com uma condição. - Aiko esperou que a mestre dissesse algo, mas nada venho da parte dela. - Quero procurar por Harry. - disse de uma forma rápida e sem excitar, a mestre concordou com Aiko de uma forma rápida dando um leve sorriso para a mesma.

– Sem ploblemas. - responde a pequenina.

–*-

A guilda ainda está discutindo sobre o intruso, alguns membros não acreditavam muito que ele seja um espião, mas não podiam descartar essa idéia. E essa questão incomodava a todos, o certo seria levar o garoto até a mestre e ela saberia o que fazer com ele, mas ninguém queria preocupá-la, não agora.

– Se o conselho quisesse pôr um espião em nossa guilda vocês não acham que eles ja teriam feito a muito tempo? - Meiko Aisu dizia em meio a discusão chamando a atenção de todos. Ela não costuma falar muito, porém não podia deixar de dar sua opinião. 1,70 de altura, dona de um corpo magro, possui uma cintura fina, seios fartos e pernas definidas, além do mais, possui uma cicatriz na sombrancelha esquerda. Sua pele é extremamente branca e fria ao toque. Possui cabelos loiros e ondulados a quais os mesmos batem em seus ombros. Dona de grandes olhos verdes-esmeraldas que chama a atenção de qualquer um, no entanto, são indecifráveis. Trajava uma calça preta bem colada as suas curvas, um top cinza que deixa metade de sua barriga a mostra seguido de uma jaqueta azul escura.

– Exatamente Meiko - Soren se aproxima da garota botando seus braços envolta do pescoço da mesma terminando em seu ombro. - já disse que você está linda hoje? - termina dando um daqueles famosos sorrisos sedutores. Meiko cora levemente virando o rosto de imediato.

– Oh, tira essas patas da minha irmã! - Após perceber a aproximação de Soren em Meiko, Takeru chega empurrando Soren para se afastar da garota. - Se aproxime dela de novo e você ouvirá os anjos dizerem que chegou a sua hora. - ameaçou ele pondo-se na frente da garota a qual a mesma fica envergonhada e ao mesmo tempo inconformada com o que está acontecendo.

– Relaxa ai, tio. - Soren diz em meio as risadas.

– Takeru, chega. - Meiko o segura os seus braços delicadamente. Takeru vira-se para a sua irmã afim de protestar, porém o sorriso da garota o faz calar-se e abrir também um leve sorriso aos lábios. Takeru tem 1,86 de altura, tem uma pele branca seguido de um corpo forte e bem desenvolvido. Possui uma cicatriz em seu braço direito. Dono de negros cabelos curtos, olhos finos azuis como o céu a quais são bastante expressivos. Trajava uma calça preta folgada com uma blusa branca, seguido de uma bota preta sem muitos detalhes chamativos.

Takeru volta para a mesa onde estava sentado, porém, Soren pôde sentir o peso do olhar de Takeru. O peso de seu olhar o incomodava, no entanto, Soren não demonstra, somente dá mais um de seus sorrisos travessos.

– Se me permitirem, levarei esse garoto para a mestre - Kousuke diz dando leves passos até o garoto levantando a cadeira, a qual o mesmo está preso, do chão. A guilda o observou enquanto o mesmo desamarrava o jovem da cadeira.

Kousuke Hakamichi, um homem que possui 1,85 de altura, dono de uma pele exageradamente branca. Tem musculos bem definidos e um maxilar marcado seguido de uma covinha bonitinha em seu queixo. Seus cabelos avermelhados são lisos com uma leve ondulação nas pontas que passam um pouquinho dos ombros. Possui finos olhos dourados que chamam um pouco de atenção das pessoas, seguido de sombrancelhas grossas e lábios finos. Trajava uma regata branca deixando a amostra os seus musculos seguido de uma calça jeans preta. Em seus pés, um tênis preto sem muitos detalhes chamativos.

O garoto, após ser desamarrado, se levantou da cadeira se espreguiçando de tal forma que parecia que seu corpo iria quebrar naquele momento.

– Finalmente. - Comemorava ele enquanto terminava de se espreguiçar.

– Levarei você até a mestre, ela saberá o que fazer com você. - Kousuke disse após finalmente o garoto ter terminado de se espreguiçar. Por alguns segundos ele excitou, porém aceitou ir até a mestre mesmo estando um pouco, um tanto, com medo do tipo de pessoa que ela pode ser.

O garoto seguiu Kousuke subindo uma escada que leva até a sala do mestre, no caminho, o garoto não parava de perguntar que tipo de mestre era ela, porém, em nenhum momento Kousuke demonstrou perder a paciência.

Na subida da escada, Kousuke e o garoto dão de cara com Aiko a qual a mesma descia as escadas timidamente. Após Aiko perceber que os dois estavam subindo, parou imediatamente no meio da escada virando o rosto corada, meio envergonhada e timida. Kousuke e o garoto continuam a subir as escadas sem dizer uma unica palavra até finalmente passar por ela. Aiko vira e olha pro Kousuke timidamente chamando a atenção do mesmo com a sua aparência. Kousuke no mesmo momento para de subir as escadas estando ao lado de Aiko, o mesmo lentamente pousa a sua mão sobre o ombro de Aiko com um leve sorriso a enfeitar o seu rosto.

– Seja bem-vinda. - Kousuke diz em meio aos sorrisos voltando a subir as escadas junto com o garoto. Aiko se vira para Kousuke rapidamente afim de dizer ao menos um obrigada, porém apenas sorriu voltando a descer as escadas.

Kousuke e o garoto entram na sala da mestre lentamente dando de cara com a pequenina sentada de frente a mesa dando umas rápidas revisadas numa papelada com pequeninos óculos em seus olhos. Logo, a pequena percebe a presença dos dois retirando os óculos em seguida dando atenção a eles.

– Uma criança? - o garoto diz num tom de desconfiança, olhava para a pequena e para Kousuke rapidamente afim de explicações. - Só pode ser brincadeira? - revira os olhos.

– Talvez - a pequena responde de uma forma rápida contendo um leve sorriso sobre os lábios. - Ou talvez não.

–*-

Aos balcões da guilda, onde serve a comida, estavam sentados Lyssandre e Amber, um ao lado do outro. Observavam atentamente a confusão sobre o intruso da guilda sem ao menos trocar uma única palavra entre si.

Após tudo isso acabar, e Kousuke levar o garoto até a mestre, Soren se afastou de todos da guilda seguindo até o balcão onde se encontrava os seus companheiros de missão. Ele vinha com um certo sorriso no rosto que contagiava Amber, porém a mesma forçava a não demonstrar o pequenino sorriso em seus lábios. Sempre demonstrando ser aquele tipo de garota fria e reclusa.

– Até quando vão ficar ai com cara de paisagem? - Soren chega fazendo a seguinte pergunta puxando um banco próximo até ele, sentando-se por fim a frente de seus amigos.

– Não tenho interesse aos assuntos da guilda. - Lyssandre respondeu num tom arrogante revirando os seus finos olhos. Soren sentiu como se tivesse tomado uma facada no coração, porém não demonstrou, continuou sorrindo.

– E você Amber? - Soren se virou para a garota fazendo essa seguinte pergunta a ela.

– Eu estou bem, obrigada. - Amber responde dando de ombro sabendo que essa não era a resposta que Soren estava querendo ouvir.

Soren suspirou pesado, pois sabia que com eles não acharia um assunto a conversar. Era inútil falar com eles e esperar uma resposta boa e não uma patada. Amaya, Hisame e Yellow se aproxima dos três sentindo que havia um certo clima tenso ali.

– Nossa, que feio. - Amaya diz fazendo cara feia para os três sentados a sua frente. - O clima está pesado aqui, não dá nem pra respirar. - termina de uma forma rápida fazendo certos movimentos como se não conseguisse ao menos respirar ali.

– Soren, porque eu tenho a impressão que você tem uma certa rivalidade com Hiodan? - Yellow foi fazendo a seguinte pergunta logo em seguida olhando para o garoto inconformado. Soren suspira pesado revirando os olhos.

– Porque eu suspeito dele? - Soren responde fazendo uma pergunta retórica e Yellow pôde sentir o peso dessa pergunta, o mesmo o encara fixamente.

– Não entendo - Amber começa a dizer, a mesma não olhava para eles, seu olhar estava vidrado ao chão. - Hiodan é membro dessa guilda já vai fazer três anos.

– Enquanto você está nessa guilda não faz nem um ano. - Yellow termina o que Amber ia dizendo de uma forma rápida, Amber o encara por alguns segundos e logo em seguida dá de ombros ignorando a interropção.

– Eu sei, mas ainda suspeito dele até que me provem ao contrário. - Soren responde num tom arrogante já estando cheio desse assunto, afim de ao menos mudar, pois já estava o incomodando.

– Não vejo a hora de provarem ao contrário - Hisame dá uma pequena pausa em suas falas e encara Soren como se fosse fuzila-lo nesse exato momento. - e você quebrar a cara. - termina ela saindo dali com os pés pesados deixando um certo Soren confuso.

Aiko termina de descer o ultimo degrau das escadas lentamente chamando a atenção de todos que estavam conversando sobre assuntos aleatórios. A garota não sabia o que fazer naquele momento. Se apresentar seria legal, mas a timidez é tão grande que a impedia de ao menos dizer o seu nome.

Finalmente, depois de longos segundos, Chiara Fulmine, dá os primeiros passos até Aiko com um largo sorriso no rosto. Chiara, assim como Aiko, entrara também a pouco tempo na guilda. Não participara da discução sobre o garoto intruso, somente observava tudo aquilo formando suas próprias opiniões, porém, não as revelando.

Chiara sabia como Aiko estava se sentindo naquele momento, porém, a diferença é que Aiko é timida, Chiara não é.

Chiara tem uma altura mediana, mais ou menos 1,65. Seus cabelos são negros em um corte curto com um lado um pouco maior que o outro. Seus olhos são grandes em um tom de laranja bem vivo, é quase impossível não olhar para os olhos dela, pois eles são bastante chamativos. O nariz é um pouco empinadinho e a boca é pequena com o formato bem definido. É caucasiana, tem os ossinhos da clavícula bem marcados. Suas sobrancelhas são bem arqueadas, sempre parecendo que ela está desconfiada ou brava com alguma coisa, dando um semblante bem sério pra ela. Trajava um colete jeans azul claro com todos os botões fechados até a gola, short jeans de tom mais escuro que o colete e um tênis vermelho que vai até o tornozelo. Em seu braço esquerdo usa uma pulseira de macramê com um pingente de uma incrível pedra, a pedra é transparente e quando alguém se aproxima para ver melhor parece que tem alguns relâmpagos dentro dela.

– Bem-vinda, me chamo Chiara Fulmine. - Chiara estende suas mãos para Aiko a qual a mesma encara as pequeninas mãos da garota com surpresa por vir falar com ela tão abertamente. Depois de alguns segundos, Aiko aperta sua mão com um leve sorriso.

– Aiko Hashimoto, prazer. - o sorriso de Aiko aumentara mais, sentia-se confortável com Chiara. Aquela timidez de antes foi embora e a garota pôde sentir uma certa segurança com Chiara.

– Quer vir conversar com a gente? - Chiara convida Aiko segurando sua mão a puxando, trazendo-a para mais perto de todos. Porém, logo Aiko solta sua mão de Chiara. - O que foi? - Chiara pergunta voltando a se aproximar de Aiko esperando uma resposta rápida, porém nada vem. - Eu sei que todos aqui tem cara de cachorros, mas garanto que eles não mordem. - Aiko não pôde deixar de soltar uma breve risada deixando um certo rastro de sorriso em seu rosto. - Missão cumprida. - Chiara da um largo sorriso em seguida.

– Missão cumprida? - Aiko pergunta com uma certa dúvida em seu olhar.

– Sim, pois eu fiz você sorrir. - Chiara aponta para os seus lábios abrindo novamente um largo sorriso arrancando por fim mais um leve sorriso de Aiko.

– Obrigada. - agradece ela ainda com aquele rastro de sorriso, porém volta a olhar pro chão timidamente. - Eu não poderei participar das conversas de vocês, eu tenho que encontrar meu amigo, Harry. - finalmente Aiko diz de uma forma rápida voltando a olhar pra Chiara a qual a mesma continuava a sorrir.

– Não seja por isso - Chiara pega nas mãos de Aiko apertando-as firmemente com um olhar determinado. - Te ajudarei a encontrar o seu namorado!

– Ele não é meu namorado. - Aiko rebate com uma careta.

– Posso ir com vocês? - Yumiko se aproxima das duas fazendo a seguinte pergunta com um leve sorriso em seu rosto.

–*-

Um jovem alto, magro a qual possuía olhos azuis claros dono de longos cabelos negros a jorrar sobre o seu suntuoso manto branco, passava por um corredor escuro com lentos e firmes passos a quais ecoavam sobre esse corredor. Se dirigia a uma imensa porta branca com detalhes em pretos. A energia que emanava sobre aquela porta era esmagadora, aquilo deixava uma certa dúvida se abria ou não ela. O corredor era estreito, porém o teto era alto a ponto de sumir na escuridão do corredor.

O jovem pôs sua mão sobre a porta empurrando-o em seguida, o salão após a porta era muito iluminado e extremamente enorme. Um imenso salão circular, várias tochas acesas rodeavam o salão iluminando-o de tal forma. A sombra do jovem dançava ao som do crepitar das chamas. O chão do salão era de mámore branco e logo a frente se encontrava aquele que o jovem procurava. Sentado a uma poltrona de frente a uma mesa a qual havia uma bola de cristal sobre ela estava um homem que trajava sobre ele um manto branco pesado que o tampava totalmente, da cabeça aos pés.

Não podia-se ver muito dele, somente uma parte de seu rosto, os seus lábios. Aqueles lábios finos, porém ameaçadores.

– O senhor tinha razão. - o jovem parou de frente a aquele estranho homem dizendo essas seguintes palavras chamando a atenção do homem.

– Corrijindo, eu sempre tenho razão. - disse-o com um sorriso esmagador nos lábios que dava até um certo cala-frio no jovem a sua frente. - Aiko Hashimoto, na guilda Fairy Space - novamente ele abre mais um de seus sorrisos, porém esse era pesado, muito mais pesado. Um sorriso ameaçador, destruidor. - do jeitinho que eu esperava. - terminou ele olhando atentamente para a bola de cristal a sua frente.

– Devo continuar dando-lhe mais informação? - sua pergunta saiu rápida e ele ja sabia sua resposta sentindo um certo peso em seu coração.

– Mas é claro. - seu tom de voz aumentou assustando o jovem. - Sua divida ainda não está paga, meu caro. - novamente seu tom de voz abaixa. Na bola de cristal aparece a imagem de Aiko, Yumiko e Chiara no local onde se encontrava Aiko antes de ser lançada longe pela barata gigante. Ele botou o foco da imagem totalmente em Aiko e um sorriso abriu. - Mas logo tudo isso irá acabar.


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Notas finais do capítulo

Ufa, consegui ç.ç Essa semana ficou mein complicado pra mim, mas eu consegui ç.ç
E o cap acabou saindo maior do que o esperado. ç.ç talvez a leitura tenha ficado cansativo. ç.ç Enfim, prometo que o próximo cap não irá ser tão grande. Não irá passar de tres mil palavras ç.ç
Enfim, Reviews? ç.ç