Warrior escrita por Erika Anjos


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Eu estou muuuuuuito feliz com os comentários, obrigada meus seres mitológicos. :))
Gente vou tentar postar diariamente, mas eu só posso escrever de noite quando chego do trabalho.
Continuem comentando.



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Assim que corpo gelou, minhas pernas tremeram, eu preciso sentar, tive sorte de ter uma poltrona a minha frente, deixei meu corpo pesar sobre ela, eu só podia estar sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo.

– Isso só pode ser coisa da minha cabeça. – pensei, na verdade sussurrei.

– Eu sinto muito.

A voz de Edward me fez despertar.

– Sente muito? Você está me dizendo que sente muito? – falei um pouco alterada, um nó na minha garganta me impedia de chorar. – Você só pode estar de brincadeira. – sorri irônica.

– Eu queria conversar com você a um tempo, mas vinha adiando, eu não tinha coragem, desculpa ter falado assim de surpresa, poderia perder a coragem de falar, não posso mais adiar.

Eu estava em estado de choque, não conseguia pensar, um enjoo me atingiu e eu corri para o banheiro mais próximo da sala. Vomitei tudo que ainda havia no estômago, quando não saiu mais, apertei a descarga, escovei os dentes e sentei na tampa do sanitário, eu não podia acreditar. O nó em minha garganta pareceu que foi junto quando apertei a descarga, pois, as lágrimas desceram tão intensamente que perdia o ar, por um instante esqueci como se respira, me sentei no chão e apoiei minha cabeça na tampa, eu precisava parar de chorar.

Chorei por tempos incontáveis, mas eu agora precisava levantar e resolver isso. Levantei e caminhei até a porta, então percebi que a mesma estava destrancada, saí e respirei fundo. Edward estava sentado quando na mesma posição que o encontrei quando chegou.

– Você pode me dizer pelo menos me dizer por quê?

Ele me olhou, parecia pensar.

– Eu preciso de um tempo e...

– Eu conheço você suficiente para saber quando está mentindo, seja honesta comigo, por favor Edward.

Edward baixou a cabeça.

– Você conheceu outra pessoa, eu sei. Estou certa?

– Aconteceu.

– Me olhe, não abaixe a cabeça, me encare. Quem é? Eu conheço? – lágrimas voltaram a descer, mas ao mesmo tempo raiva me dominava.

–Você não a conhece. É a Tânia uma amiga da Alice.

– Não acredito que ela estava sabendo, você com uma vagabunda e minha melhor amiga sabia e não me disse nada. Eu não estou acreditando.

– Alice não sabia, ela soube alguns dias atrás, eu pedi para ela não contar.

– Que droga, Edward. A que ponto chegamos, o que faltou?

– Bella, eu não sei, aconteceu, e eu não podia continuar te enganando.

– Você conseguiu acabar com tudo, com a nossa família, eu estou com nojo de você.

– Eu entendo perfeitamente você.

– Entende? Não, você não entende, você não foi traído.

Eu estava em uma plena indecisão, jogo na cara dele que eu esperava um bebê ou escondia?

– Bella, eu não estou terminando com você por causa de Tânia, eu estou confuso com o que estou sentindo.

– Você está confuso, porque você gosta dela. – eu chorava muito, me sentei no sofá e tapei meu rosto. – Edward eu estou grávida. – Eu não conseguia olhar para ele.

–Co-Como?

– Isso mesmo que você ouviu.

– Você estava me escondendo?

– Sim. O que você queria? Que eu chegasse pra você, lhe abraçasse e falasse que você seria o papai? Parabéns papai. – falei irônica.

– Não seja irônica. – ele estava visivelmente irritado. – Isabella, faz meses que não transamos.

– Espera aí, você está desconfiando de mim, acha o que? Que estou mentindo? O traidor aqui é você.

Ele parecia desconfiado, ele achava que estava mentindo.

– A última vez que transamos você estava bêbado, a quase 2 meses atrás, você nem lembra, você é muito cretino.

– Isabella, você está grávida, isso muda as coisa.

– Eu não estou contando que estou grávida pra te prender. Edward eu te amo, amor idiota, mas não quero uma pessoa infeliz ao meu lado.

– Mas se esse bebê for meu...

– For seu? É seu. Você é um idiota, eu estou com muita raiva. Amanhã vá atrás de um advogado que eu assino o divórcio. Arrume suas malas. Irei dormir no quarto de hospedes.

Subi as escadas e me tranquei no quarto de hospedes, chorei até meu pulmão arder, eu o amava, mas desconfiar da minha fidelidade era demais para mim, apertei o lençol até meus dedos doerem, eu não podia gritar.

– A mamãe ama você, não liga pra ele está bem, meu amor, você e Antony agora são minha vida.

O cansaço me venceu e dormir, acordei assustada, na mesma lembrei da madrugada e voltei a chorar, eu precisava ser forte, Antony ficaria arrasado. Thonny. Olhei para o aparelho na cômoda e marcava 9:00, eu dormi muito. Levantei as pressas, passei no quarto do meu filho e ele não estava, será se Edward o tinha levado, desci as escadas e Thonny estava assistindo televisão e Edward na cozinha. Cheiro de bacon frito embrulhou meu estômago na hora, corri para o banheiro, e vomitei, escovei os dentes e toquei a barriga.

– Querendo se mostrar aparente meu amor? Você não faz a mamãe se enjoar pela manha. – Saí do banheiro.

– Está bem mamãe?

– Estou sim, meu amor. – sentei no sofá com ele e o abracei.

– A senhora parece triste, não gosto de ver você assim. – Thonny falou fazendo cara de triste também.

– Estou bem. Eu te amo. – sussurrei no ouvido dele.

– Eu também – sussurrou ele também, sorri.

– Nem foi para a aula, né?

– Ninguém me chamou, eu acordei e fui chamar a senhora, mas só o papai estava lá, ele disse que eu podia ficar em casa hoje. Onde você estava mamãe?

– Dormi no quarto de hospedes.

– Por quê?

– Eu gosto de lá. Já tomou café?

– Não, papai está fazendo.

Beijei a cabeça dele e caminhei para a cozinha, Edward estava lá fazendo panquecas.

– Bom dia, está bem?

Nem dei ao trabalho de responder.

– Arrumou suas malas? Vamos conversar com Antony e o levarei para passear, não quero que meu filho te veja saindo de casa.

– Irei falar com o advogado hoje.

– Estarei esperando, me ligue e acertaremos suas visitas a Antony, não apreça aqui sem antes me ligar.

– Não me afaste de Antony.

– Não seja estupido.

– Obrigado, sei que estou sendo um cretino...

– Poupe sua saliva, não é por você, Antony te ama.

Ele não falou nada e sentei para esperar café da manhã e olhei para ele, essa era a última vez que o veria cozinhando para mim. Se dói? Sim, parece que meu coração está sendo esmagado.

– Está pronto. – disse olhando para mim. – Antony venha tomar café.

Antony apareceu na cozinha e tomamos café da manhã juntos pela última vez. Depois levei Antony para tomar banho, coloquei uma roupa de passeio nele.

– Vamos sair mamãe?

– Sim, meu amor.

Edward entrou no quarto e sentou na cama de Antony.

– Filho, papai quer conversar com você.

– Fiz alguma coisa?

– Não, filho.

Edward engoliu.

– O papai vai pra casa do vovô e da vovó, papai vai morar com eles agora.

– Nós vamos também? – perguntou olhando para mim

– Não, bebê, só o papai – respondi.

– Por quê? – perguntou triste.

– Filhos, as vezes um homem e uma mulher se casam, mas algum tem depois eles se separam, isso aconteceu com nós dois. – disse ele apontando para mim. – Eu estou indo embora, mas isso não significa que o papai não o ame, eu amo muito você, eu vou sempre pegar você, sempre que sua mãe deixar você irá comigo para a casa dos vovôs.

– Você vai deixar de ser meu pai?

– Não, nunca, você é meu filho. Filho, eu estou me separando da mamãe não de você.

Antony começou a chorar e Edward o abraçou.

– Não quero que você vá embora. Você vai nós deixar.

– Não, meu amor, eu estou indo morar em outra casa, mas eu nunca vou deixar você. Eu te amo.

– Eu também te amo, papai.

Eles ficaram abraçados e até acho que vi Edward chorar, meus olhos se encheram de lágrima, mas as controlei.

– Filho, nós precisamos ir.

– Não quero deixar o papai. Eu que ele vai embora quando nós sairmos. Eu quero estar aqui.

– O papai tem que ir, mas eu prometo que quando chegar na casa do Carlisle eu ligo.

Eu não queria que meu filho o visse indo embora, mas foi em vão, Antony queria ficar. Edward já estava na porta com a mala na mão. Antony correu a abraçou a perna dele.

– Fica bem, filho. – beijou a cabeça dele.

Antony o soltou, Edward saiu pela porta e Antony começou a chorar, ele correu para a sala e se jogou no sofá. Ver meu bebê chorando, me doeu, doeu tanto que comecei a chorar. Sentei no chão e acariciei a cabeça de Antony, ele se virou e me abraçou, nós choramos juntos.


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Notas finais do capítulo

Comentem :)
Obrigada meus seres mitológicos *--*