Warrior escrita por Erika Anjos
Notas iniciais do capítulo
Eu estou muuuuuuito feliz com os comentários, obrigada meus seres mitológicos. :))
Gente vou tentar postar diariamente, mas eu só posso escrever de noite quando chego do trabalho.
Continuem comentando.
Assim que corpo gelou, minhas pernas tremeram, eu preciso sentar, tive sorte de ter uma poltrona a minha frente, deixei meu corpo pesar sobre ela, eu só podia estar sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo.
– Isso só pode ser coisa da minha cabeça. – pensei, na verdade sussurrei.
– Eu sinto muito.
A voz de Edward me fez despertar.
– Sente muito? Você está me dizendo que sente muito? – falei um pouco alterada, um nó na minha garganta me impedia de chorar. – Você só pode estar de brincadeira. – sorri irônica.
– Eu queria conversar com você a um tempo, mas vinha adiando, eu não tinha coragem, desculpa ter falado assim de surpresa, poderia perder a coragem de falar, não posso mais adiar.
Eu estava em estado de choque, não conseguia pensar, um enjoo me atingiu e eu corri para o banheiro mais próximo da sala. Vomitei tudo que ainda havia no estômago, quando não saiu mais, apertei a descarga, escovei os dentes e sentei na tampa do sanitário, eu não podia acreditar. O nó em minha garganta pareceu que foi junto quando apertei a descarga, pois, as lágrimas desceram tão intensamente que perdia o ar, por um instante esqueci como se respira, me sentei no chão e apoiei minha cabeça na tampa, eu precisava parar de chorar.
Chorei por tempos incontáveis, mas eu agora precisava levantar e resolver isso. Levantei e caminhei até a porta, então percebi que a mesma estava destrancada, saí e respirei fundo. Edward estava sentado quando na mesma posição que o encontrei quando chegou.
– Você pode me dizer pelo menos me dizer por quê?
Ele me olhou, parecia pensar.
– Eu preciso de um tempo e...
– Eu conheço você suficiente para saber quando está mentindo, seja honesta comigo, por favor Edward.
Edward baixou a cabeça.
– Você conheceu outra pessoa, eu sei. Estou certa?
– Aconteceu.
– Me olhe, não abaixe a cabeça, me encare. Quem é? Eu conheço? – lágrimas voltaram a descer, mas ao mesmo tempo raiva me dominava.
–Você não a conhece. É a Tânia uma amiga da Alice.
– Não acredito que ela estava sabendo, você com uma vagabunda e minha melhor amiga sabia e não me disse nada. Eu não estou acreditando.
– Alice não sabia, ela soube alguns dias atrás, eu pedi para ela não contar.
– Que droga, Edward. A que ponto chegamos, o que faltou?
– Bella, eu não sei, aconteceu, e eu não podia continuar te enganando.
– Você conseguiu acabar com tudo, com a nossa família, eu estou com nojo de você.
– Eu entendo perfeitamente você.
– Entende? Não, você não entende, você não foi traído.
Eu estava em uma plena indecisão, jogo na cara dele que eu esperava um bebê ou escondia?
– Bella, eu não estou terminando com você por causa de Tânia, eu estou confuso com o que estou sentindo.
– Você está confuso, porque você gosta dela. – eu chorava muito, me sentei no sofá e tapei meu rosto. – Edward eu estou grávida. – Eu não conseguia olhar para ele.
–Co-Como?
– Isso mesmo que você ouviu.
– Você estava me escondendo?
– Sim. O que você queria? Que eu chegasse pra você, lhe abraçasse e falasse que você seria o papai? Parabéns papai. – falei irônica.
– Não seja irônica. – ele estava visivelmente irritado. – Isabella, faz meses que não transamos.
– Espera aí, você está desconfiando de mim, acha o que? Que estou mentindo? O traidor aqui é você.
Ele parecia desconfiado, ele achava que estava mentindo.
– A última vez que transamos você estava bêbado, a quase 2 meses atrás, você nem lembra, você é muito cretino.
– Isabella, você está grávida, isso muda as coisa.
– Eu não estou contando que estou grávida pra te prender. Edward eu te amo, amor idiota, mas não quero uma pessoa infeliz ao meu lado.
– Mas se esse bebê for meu...
– For seu? É seu. Você é um idiota, eu estou com muita raiva. Amanhã vá atrás de um advogado que eu assino o divórcio. Arrume suas malas. Irei dormir no quarto de hospedes.
Subi as escadas e me tranquei no quarto de hospedes, chorei até meu pulmão arder, eu o amava, mas desconfiar da minha fidelidade era demais para mim, apertei o lençol até meus dedos doerem, eu não podia gritar.
– A mamãe ama você, não liga pra ele está bem, meu amor, você e Antony agora são minha vida.
O cansaço me venceu e dormir, acordei assustada, na mesma lembrei da madrugada e voltei a chorar, eu precisava ser forte, Antony ficaria arrasado. Thonny. Olhei para o aparelho na cômoda e marcava 9:00, eu dormi muito. Levantei as pressas, passei no quarto do meu filho e ele não estava, será se Edward o tinha levado, desci as escadas e Thonny estava assistindo televisão e Edward na cozinha. Cheiro de bacon frito embrulhou meu estômago na hora, corri para o banheiro, e vomitei, escovei os dentes e toquei a barriga.
– Querendo se mostrar aparente meu amor? Você não faz a mamãe se enjoar pela manha. – Saí do banheiro.
– Está bem mamãe?
– Estou sim, meu amor. – sentei no sofá com ele e o abracei.
– A senhora parece triste, não gosto de ver você assim. – Thonny falou fazendo cara de triste também.
– Estou bem. Eu te amo. – sussurrei no ouvido dele.
– Eu também – sussurrou ele também, sorri.
– Nem foi para a aula, né?
– Ninguém me chamou, eu acordei e fui chamar a senhora, mas só o papai estava lá, ele disse que eu podia ficar em casa hoje. Onde você estava mamãe?
– Dormi no quarto de hospedes.
– Por quê?
– Eu gosto de lá. Já tomou café?
– Não, papai está fazendo.
Beijei a cabeça dele e caminhei para a cozinha, Edward estava lá fazendo panquecas.
– Bom dia, está bem?
Nem dei ao trabalho de responder.
– Arrumou suas malas? Vamos conversar com Antony e o levarei para passear, não quero que meu filho te veja saindo de casa.
– Irei falar com o advogado hoje.
– Estarei esperando, me ligue e acertaremos suas visitas a Antony, não apreça aqui sem antes me ligar.
– Não me afaste de Antony.
– Não seja estupido.
– Obrigado, sei que estou sendo um cretino...
– Poupe sua saliva, não é por você, Antony te ama.
Ele não falou nada e sentei para esperar café da manhã e olhei para ele, essa era a última vez que o veria cozinhando para mim. Se dói? Sim, parece que meu coração está sendo esmagado.
– Está pronto. – disse olhando para mim. – Antony venha tomar café.
Antony apareceu na cozinha e tomamos café da manhã juntos pela última vez. Depois levei Antony para tomar banho, coloquei uma roupa de passeio nele.
– Vamos sair mamãe?
– Sim, meu amor.
Edward entrou no quarto e sentou na cama de Antony.
– Filho, papai quer conversar com você.
– Fiz alguma coisa?
– Não, filho.
Edward engoliu.
– O papai vai pra casa do vovô e da vovó, papai vai morar com eles agora.
– Nós vamos também? – perguntou olhando para mim
– Não, bebê, só o papai – respondi.
– Por quê? – perguntou triste.
– Filhos, as vezes um homem e uma mulher se casam, mas algum tem depois eles se separam, isso aconteceu com nós dois. – disse ele apontando para mim. – Eu estou indo embora, mas isso não significa que o papai não o ame, eu amo muito você, eu vou sempre pegar você, sempre que sua mãe deixar você irá comigo para a casa dos vovôs.
– Você vai deixar de ser meu pai?
– Não, nunca, você é meu filho. Filho, eu estou me separando da mamãe não de você.
Antony começou a chorar e Edward o abraçou.
– Não quero que você vá embora. Você vai nós deixar.
– Não, meu amor, eu estou indo morar em outra casa, mas eu nunca vou deixar você. Eu te amo.
– Eu também te amo, papai.
Eles ficaram abraçados e até acho que vi Edward chorar, meus olhos se encheram de lágrima, mas as controlei.
– Filho, nós precisamos ir.
– Não quero deixar o papai. Eu que ele vai embora quando nós sairmos. Eu quero estar aqui.
– O papai tem que ir, mas eu prometo que quando chegar na casa do Carlisle eu ligo.
Eu não queria que meu filho o visse indo embora, mas foi em vão, Antony queria ficar. Edward já estava na porta com a mala na mão. Antony correu a abraçou a perna dele.
– Fica bem, filho. – beijou a cabeça dele.
Antony o soltou, Edward saiu pela porta e Antony começou a chorar, ele correu para a sala e se jogou no sofá. Ver meu bebê chorando, me doeu, doeu tanto que comecei a chorar. Sentei no chão e acariciei a cabeça de Antony, ele se virou e me abraçou, nós choramos juntos.
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Comentem :)
Obrigada meus seres mitológicos *--*