Bella

Tentei me mexer, gemi, meu corpo estava dolorido, não conseguia abrir os olhos devido a claridade, um flash de lembrança passou em minha mente, minha filha, abri os olhos abruptamente.

– Calma Sra. Cullen. – pensei em corrigi-la.

– Cadê minha filha. – tentei levantar da cama.

– Se acalme.

– Eu quero ver minha filha, o que aconteceu?

– Vou chamar o Dr. Samuel, espere quieta, ela irá lhe explicar tudo direito.

Demorou 5 minutos e o doutro adentrou meu quarto.

–Bom dia.

– Cadê minha filha doutor? – eu estava mais que aflita.

– Durante o parto ela se prendeu ao cordão umbilical, ela estava ficando sem oxigênio, conseguimos reverter a situação e tirar ela rápido, mas um pedaço da placenta desprendeu antes da hora e lhe causou uma pequena hemorragia, agora estudo sobre controle.

– Doutor, minha filha, cadê ela?

– Ela está bem, no primeiro momento ela não chorou ao nascer, mas não demorou e ela abriu o berreiro, está em observação, ela está saudável.

– Eu quero vê-la.

– Você precisa descansar e ela também.

– Você acha que vou conseguir descansar sem ver minha filha? Ou você me deixa ver Olívia ou eu vou andando sozinha onde quer que ela esteja.

Ele respirou pesado, sabia que não podia lutar contra a vontade de uma mãe.

– Enfermeira Adelina leve a Senhora Cullen até a filha.

– Me chame de Bella.

Adelina saiu do quarto e voltou com uma cadeira de rodas, sentei na mesma e fui levada até o berçário, a enfermeira me empurrou até mais próximo de uma caixa onde ficam os bebês.

– Aqui está ela.

Levantei-me e olhei para Olívia, meu coração se apertou quando a vi, ela tinha um cateter no nariz e alguns fios ligados a ela.

– Vocês disseram que ela estava bem. – senti vontade de chorar.

– Ela estar, esses fios é para monitora-la, o cateter é para ajuda-la a respirar, mas logo não precisara disso, ela está bem.

Concordei com a cabeça. – Posso pega-la?

– Sim, claro.

Ela me ajudou a pegar minha filha, quando senti Olívia pela primeira vez em meus braços meus olhos se encheram de água, no segundo seguinte lágrimas desceram de meus olhos, a melhor sensação do mundo é poder segurar ela depois de tudo que aconteceu, a emoção que sentir se assemelhou muito de quando peguei Antonny pela primeira vez, o amor incondicional que sentia dele desde a barriga só aumentou quando pude toca-lo pela primeira vez e com Olívia não foi diferente.

– Eu te amo. – passei o nariz em seus cabelos ralinhos

– Ela precisa descansar e você também. – ouvi a voz da enfermeira

Com relutância deixei Olívia de volta no berçário, Adelina levou-me de volta para o quarto, foi então que me dei conta de que estava sozinha no hospital, peguei o parelho celular e percebi que havia 5 ligações de Rose e 12 ligações de Edward. Disquei o número de Rose primeiro.

– Pelo amor de Deus Isabella, onde você está?

– Calma Rose, eu estou no hospital.

– O QUE? NO HOSPITAL?

– Sim, eu ten...

– Qual hospital? Você está bem? O que aconteceu?

– Ei calma, eu estou bem, eu entrei em trabalho de parto, tentei te ligar, mas você não atendeu.

– Puta que pariu, me passa o endereço agora, eu não acredito que você teve Olívia aí sozinha.

– Sim, quando você chegar conversamos melhor. – passei o endereço para ela e encerrei a ligação.

Olhei para o celular e percebi que precisava ligar para Edward. Contra minha vontade liguei pra ele.

Edward

Passei a noite sem dormir em claro, eu estava muito preocupado, o aperto no peito havia passado, mas minha preocupação só aumentava, acabei por ficar irado, já era 7:00 da manha e ninguém retornava minha ligação, Bella só pode estar com medo de ligar. Peguei meu celular para ligar novamente, quando ia apertar no botão para discar o mesmo começa a tocar.

– Edward.

– Porra Bella, cadê o Antonny, deixa eu falar com ele.

– Ele não está comigo. Calma, o que aconteceu? Por que está nervoso?

– Eu passei a noite te ligando, não custava nada atender. – falava nervosos.

– Eu não podia atender. O que aconteceu?

– Eu quero saber como Antonny estar, eu tive uma sensação ruim ontem a noite como se algo estivesse sendo tirado de mim, queria saber se Antonny estava bem, mas você fez o favor de me deixar apreensivo não atendendo a droga do telefone.

– Eu já disse que não podia, e Antonny estar bem, ele está com a Rose, acabei de falar com ela, Thonny está bem.

Me preparei para falar para ela que queria falar com Antonny o mais rápido possível quando ouço uma voz do outro lado da linha. “Bellinha, que susto você me deu, era pra mandar alguém desse hospital continuar tentando ligar para Rose, nós ficamos...” a voz parou na mesma hora.

– Bella.

– Edward, preciso desligar, assim que poder falo para Antonny ligar.

– Bella você estar no hospital? Você está bem?

– Eu estou bem sim, é normal mulheres grávidas estarem em hospitais.

– Não quando uma pessoa fala desesperada, eu ouvi uma pessoa falar desesperada.

– Eu estou bem.

– Sério mesmo?

– Sério mesmo.

– Fica bem e manda Antonny me ligar.

Ela não respondeu e desligou, sem dúvida estava preocupado com ela, a voz que ouvi do lado dela era masculina, sem dúvida era companheiro dela, Antonny me falou que o chefe dela estava cheio de gracinhas para cima dela, as palavras de Thonny me fez rir, ele estava com ciúme da mãe e eu também estava, ele me falou que Damon fala que está louco para ver o bebê, será se ele é o pai desse bebê?

Perguntei a Josh onde ele a tinha visto para tirar aquelas fotos, ele disse que estava sendo justo, ele achou estranho Bella abraçar aquele homem – das fotos – de uma forma amável e decidiu tirar fotos para me mostrar, ele estava se sentindo culpado por meu termino com Bella, mas quando Alice contou a ele que Bella estava grávida e que o filho não era meu, Josh simplesmente passou a dizer q ele acabou com as mentiras de Bella. Josh e eu somos como irmãos, eu não acredito que ele esteja mentindo.

Bella

– Emmett, vou lhe matar.

– O que eu fiz?

– Estava falando com Edward, agora ele sabe que estou no hospital.

– Precisa saber mesmo para parar de ser idiota e vir atrás da família dele.

– Ele não virá. – falei com um tom quase de pesar. - Cadê a Rose?

– Está lá fora com Antonny, não querem o deixar entrar. Rose pediu parar vir falar com você, fale para alguém liberar a entrada dele.

Assenti e pedir parar ele chamar o médico, consegui com muito drama deixar Thonny entrar. Antonny entrou no quarto correndo, e Rose logo atrás.

– Antonny, não pode correr por dentro do hospital.

– Você está desobedecendo a Rose Antonny?

– Desculpa mamãe, eu queria ver logo você.

– Tudo bem, mas não a desobedeça mais, peça desculpa.

Meu filho abraçou Rose e se desculpou, a mesma beijou a cabeça de Antonny.

– Bella você me deu um baita susto, quando vi suas ligações já era de manhã, que tipo de amiga eu sou.

– Aquela amiga que amo, eu entendo, você estava com Antonny, e obrigada por cuidar dele.

– Eu queria estar aqui com você, e cadê nossa bebê?

–É mamãe cadê minha irmãzinha?

– Ela está descansando filho.

– Quando vamos poder vê-la? – perguntou Emmett.

– Não hoje, nós tivemos uma complicação.

– Que tipo de complicação?

Olhei para Antonny mostrando que não queria falar perto dele, Rose virou para Emmett.

– Amor, você pode levar Antonny até a lanchonete para comer algo?

– Eu não quero ir, quero ficar aqui.

– Vamos comer alguma coisa e depois voltamos, campeão. – Disse Emmett entendeu que Rose e eu precisávamos conversar.

Antonny foi contra vontade, eu queria ele aqui, mas não queria ele ouvindo conversa de adulto.

– O que aconteceu Bella?

– Eu poderia ter perdido Olívia, na hora de nascer ela enrolou o cordão umbilical no pescoço, tiveram que tira-la as pressas, ela estava ficando sem oxigênio, ela poderia não ter resistido Rose.

– Meu Deus, e como ela estar?

– Bem, ela não sofreu nada de mal, ela está sendo monitorada, eu queria ela aqui, ela é muito linda, você precisa vê-la.

– Eu irei ver, ela sem dúvida é uma linda menina.

– Ela tem os cabelos da cor dos dele, igual de Antonny também. – eu já chorava.

Rose me abraçou e deu o conforto que precisava.

– Você devia deixar o orgulho de lado e falar com ele.

– Não é só eu a orgulhosa, eu não estou preparada para falar com ele depois de tudo, eu estou machucada, as feridas estão abertas Rose, eu preciso de um tempo.

– E a Olívia? Vai ficar longe dele? Ela é um bebê, mas precisa de um pai.

– Não faz eu me sentir culpada, eu entendo isso, mas não vou suportar se ele rejeitar Olívia, já foi difícil ele longe com ela na barriga, uma rejeição dele agora pode fazer com que eu mate ele, aí vai ser Olívia e Antonny sem pai.

Rose soltou um risinho.

– Espero que vocês dois não sejam bobões por muito tempo, tem uma criança aqui chamada Olívia que depende da decisão dos pais.

– Para Rose. – comecei a chorar e minha amiga me abraçou.

–Você o ama, para de ser assim Bella.

– Para você de ser assim, eu não vou atrás dele, eu era feliz Rose, mas nós dois destruímos isso, ele mais ainda.

– Okay, não vamos falar disso, quero saber da minha afilhada.

Ficamos conversando sobre Olívia por horas a fio, Antonny voltou da lanchonete e os três foram até o berçário ver a mais nova integrante da nossa família. Eles voltaram e dava para ver o encantamento nos olhos deles, Thonny ficou bastante animado pela irmã, Olívia e eu ficaríamos no hospital por mais alguns dias, pedi que Rose ficasse com Antonny e a mesma aceitou de bom grado.

Uma semana depois Olívia e eu recebemos alta, ficamos mais tempo do que eu esperava, Emmett me buscou no hospital junto com Thonny e Rose, minha amiga estava no banco do carona, mas ficou o percurso inteiro virada para trás apenas para ficar olhando Olívia, Thonny não foi diferente, passou o caminho inteiro olhando a irmã. Olívia estava no bebê conforto que ganhei de presente de Emmett e Rose, eles disseram não poderiam passear coma afilhada sem segurança. Eu estava feliz, meus filhos estão bem, e estamos indo para casa, encontrei amigos perfeitos como Emmett e Rose, eles agora são como irmãos para mim.

Chegamos em casa e meus amigos ficaram comigo por algumas horas, quando a noite começava a cair eles se foram, disseram que eu precisava descansar. Coloquei Olívia no berço e fiquei admirando-a, ela tem a pele clara, os cabelos cor de cobre, os olhos de um verde esmeralda, me encantavam só de olhar, ela era uma mistura perfeita minha e de Edward, uma bonequinha, uma boneca de porcelana. A deixei dormindo e fui até o quarto de Antonny, o mesmo ainda falava no telefone com o pai, pedi para ele se despedir para poder jantarmos, sem pigarreio ele desligou e fomos jantar.

Quando terminamos Antonny foi assistir televisão e eu lavar os pratos, subia constantemente para ver como Olívia estava, desci e assisti um pouco de tevê com Thonny, precisava matar a saudade do meu filho, quando subi para amamentar Olívia, Thonny foi comigo.

– Ela parece uma boneca.

– Sim, ela é linda não é?

– Sim, ela tem o cabelo e os olhos iguais os meus.

– Vocês são irmãos, por isso.

– Acho que o papai ia achar ela bonita.

– Você conversa com ele sobre sua irmã?

– Não, tenho medo de ele ficar zangado igual daquela vez, mas acho que se ele ver ela vai achar Olívia bonita.

– Vai sim.

A semana que se seguiu foi um eterno desastre, Olívia sofria de cólicas, não deixava ninguém dormir, Antonny estava cansado por acordar de madrugada com os choros da irmã, por duas vezes ele dormiu na sala de aula e eu recebi um recadinho da professora, decidi pedir de Rose para ele dormir por alguns dias na casa dela, eu estava um desastre, não dormia por noites, quando conseguia cochilar Olívia acordava, estava nas últimas, Olívia era tudo menos quieta, paciência zero e as cólicas só pioravam tudo, a paciência ela herdou de Edward, Olívia sem dúvida me daria o trabalho que Antonny não me deu.