New Security Life- INTERATIVA escrita por Escritora do Hades


Capítulo 63
Capítulo 63- Somos uma família, e família fica junta!


Notas iniciais do capítulo

Oi, amados! CHEGAY!!!!!!! COM MAIS UM CAP, O SEGUNDO!
APROVEITEM!



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POV’S Ana

Deus, eu não...eu não...eu não posso, eu não quero acreditar!

Os animatronics...Blake...eles...eles matavam...vigias...?

Então, era por isso que Mike não queria que nem eu ou as meninas trabalhássemos na pizzaria. Era por isso que Scott estava preocupado com Jéssie. Era por isso que Mike nunca falava de seu trabalho ou por quê sempre desviava de assunto quando eu perguntava.

Os animatronics, o meu namorado...matavam vigias...vigias como eu! Como a Charlie, como a Jéssie, como...como...

Mas eles são inocentes, afinal.

São injustiçados, mortos que queriam vingança. Não posso julgá-los...

Esses animatronics...jovens mortos...eles foram os que mais sofreram nisso tudo...nesse jogo doentio...

As lágrimas começaram a fluir como uma cachoeira que não queria parar de jorrar.

Ao meu lado, Jésse lutava contra suas lágrimas e tentava ser forte.

Charlotte há muito tempo já desabara.

Mike estava sério e mordia seu lábio inferior com tanta força que sua boca sangrava.

Jeremy tentava consolar a irmã.

Scott estava abatido.

Vaneloppe estava rígida.

Diana chorava.

Michael e Anne permaneciam juntos e abraçados, como se passassem forças um para o outro.

A esposa de Frederick, Lucy, estava desolada, chorosa e murmurava sobre seus filhos perdidos.

Louise estava pensativa e tão rígida quanto Van.

Frederick estava pasmo e tinha a expressão de um pai ferido e perdido, confuso e desolado.

Os animatronics estavam...sem expressão.

Pareciam mais perdidos do que todos. Estavam olhando para nenhum lugar em particular, como se estivessem com a mente vagando em outro lugar.

Blake balançou a cabeça, como se estivesse se repreendendo, e se voltou para mim.

Seus olhos azuis tão escuros demonstravam um brilho de confusão, raiva e amargura. Blake parecia tão...indefeso. Ele parecia não saber em quem ou em quê acreditar. Suas orelhas de lobo estavam abaixadas, outro sinal de que ele estava mal.

Fungando, saí de meus próprios pensamentos e me sentei ao lado de Blake no sofá e o abracei, tentando, de algum modo, reconforta-lo.

Blake estava com os olhos marejados, mas rapidamente os secou e me abraçou de volta. Ele fungou e secou as últimas lágrimas que desciam por meu rosto. Deu um triste sorriso.

—Eu não queria que você tivesse que passar por tudo isso...-murmurou ele.

—Blake, eu te amo muito para te deixar sofrer sozinho-retruquei, beijando-o na ponta do nariz- eu jamais, em toda a minha vida, iria te deixar mergulhado em tristeza...

Ele soltou um suspiro.

—Você não muda nunca-observou ele.

—Isso é ruim?-questionei.

Blake sorri, parecendo genuinamente feliz agora.

—Não-disse ele- isso com certeza não é ruim...

Sorri para Blake.

Nunca estive tão feliz em tê-lo comigo.

POV’S Anne

Eu não posso acreditar nisso.

Simplesmente não quero.

Mas é real.

Meu tio, o único membro da minha família que realmente me amou, é um assassino a sangue frio que cometeu atrocidades tão vis que me dão náuseas.

Eu poderia ter sido uma de suas vítimas...

Depois de um tempo chorando com Michael me consolando, acabamos por inverter os papeis. Agora, Michael chorava em meu ombro, murmurando sobre seus irmãos mortos. Eu o consolava e tentava tranquiliza-lo.

Em todos esses anos, eu nunca havia visto Michael chorar como hoje.

Parecia que toda a tristeza que ele acumulou ao longo dos anos tinha jorrado.

—Mich, vai ficar tudo bem...-eu disse, mesmo sabendo que essa história estava só começando a piorar.

—A-a-anne...-gaguejou Michael, entre lágrimas- c-como isso v-vai term-m-minar bem?

—Michael, somos uma família, não?-observei- se estivermos todos juntos, vai dar tudo certo...

Michael não disse nada por um tempo e ficou apenas chorando em meu ombro. Me abraçou com mais força e eu acariciei seus cabelos escuros.

Depois de uns minutos que pareceram séculos, Michael solta uma fungada e se afasta um pouco para poder me encarar.

Encaro-o.

Nunca notei que em seus olhos cinzentos há resquícios de verde, como os olhos de Frederick.

É lindo.

Ele esboçou um leve sorriso. Limpei suas lágrimas com meu polegar. Mich me puxou para mais perto.

—Eu te amo-murmurou ele.

Ele me beijou, me pegando de surpresa, mas não precisou de nem um segundo para que eu o beijasse de volta.

Um carnaval estava se realizando em meu peito.

Certo, não era o momento mais certo para estarmos nos declarando e tudo o mais, mas foi no calor do momento.

Nos separamos e Michael me abraçou com força, como se tivesse medo de me perder.

—Também te amo, Ursinho...-murmurei de volta, retribuindo o abraço.

POV’S Louise

A raiva borbulhava dentro de mim.

Como alguém pode ser tão sem escrúpulos e cometer uma barbaridade dessas?

Deus, pelo visto, Charlie Fazzbear é esse alguém.

Ao meu lado, tio Frederick desabara. Estava chorando junto com a mulher e surpreendentemente com Freddy, e pareciam estar tentando se reconfortar.

Michael e Anne, obviamente, estavam juntos.

Por incrível que pareça, Mike tentava consolar Diana, e Van estava brigando com Mike, como se despejar sua raiva nele trouxesse uma sensação boa para minha prima ruiva.

Jésse estava sentada com Wolff, tentando consolá-lo.

Eu nunca havia visto o energético e alegre lobo festeiro chorar.

Charlotte estava chorando no ombro de Ômega, que parecia confuso sobre o que fazer.

Acho que ele não tem experiência em consolar garotas.

Os novos animatronics, coitados, pareciam confusos demais! Mal haviam chegado e já estavam descobrindo isso!

Mas nem todos estavam confusos.

Alguns dos novos animatronics estavam entendendo bem a situação e tentavam consolar os outros. Estes que consolavam eram os animatronics que meu tio Fred consertara, doados de outros estabelecimentos.

Neste momento, meu maior trabalho era consolar o gato Felix, o primeiro animatronic que eu havia construído.

O pobre gato compulsivo por abraços estava aos soluços. Ele havia literalmente se jogado no sofá e se enrolado feito uma bola, chorando litros. Eu me sentei ao seu lado e murmurei algumas coisas, tentando acalmá-lo, enquanto acariciava seus cabelos negros.

Depois de um tempo, Felix se desenrolou e se sentou, me puxando para um abraço forte. O gato começou a chorar em meu ombro. Eu o abracei de volta e tentei reconforta-lo. Ele se afastou depois de um tempo e me encarou com seus hipnotizantes olhos dourados, sua presa sobressaindo-se em seu lábio inferior.

—O q-q-que vai a-a-acontecer com a g-g-gente agora?-perguntou Felix, entre soluços.

Eu dei um fraco sorriso.

—Eu não sei...-admiti- mas o importante é que somos uma família, e sendo assim, vamos enfrentar a situação todos juntos...

Felix sorriu pela primeira vez naquela choradeira toda.

POV’S Autora

No dia seguinte, choveu como nunca.

O céu estava cinzento e opaco, sem-vida e tristonho.

Esse céu refletia no humor de todas as pessoas na empresa Robbins.

2:30 da manhã, Charlie Fazzbear estava adentrando no estabelecimento, juntamente com seu parceiro de crime, Víncent.

Não cumprimentaram ninguém, pois, aliás, ninguém os cumprimentara também.

A empresa inteira sabia da briga de ontem à noite.

Fazzbear e Vínce entraram no elevador e se dirigiram imediatamente para o andar do famoso inventor Frederick Robbins.

O homem loiro, geralmente tão alegre, hoje estava deprimido e amargurado. Ele, sua família, amigos e seus animatronics aguardavam pacientemente a chegada de Fazzbear.

Afinal, ninguém queria deixar os animatronics na mão de Charlie, mas que escolha tinham? Todos os robôs estavam assinados legalmente no nome de Fazzbear e nenhum membro da família Robbins, Schmidt, Walker, Fitzgerald ou Tsukino nada podia faz.

Não demorou muito para Charlie chegar.

Junto com ele, estavam os brutamontes Carl e Antony, os carregadores dos robôs, e Víncent, seu lacaio.

Ninguém se cumprimentou formalmente, ninguém gritou, ninguém fez drama. A sala estava mergulhada num profundo e sinistro silêncio.

Nem mesmo o elétrico pessoa do “Ballade” emitia algum som.

Frederick, um pai ferido, com a dor mascarada por uma camada de frieza e amargura, se despediu de todas as suas criações.

Todos os outros seguiram seu exemplo.

Logo, cada animatronic se levantou e entrou em um caixote de madeira que aguardava pacientemente por seus humanoides.

Fazzbear lacrou cada caixote pessoalmente, para impedir quaisquer tentativas de surpresas inesperadas durante o caminho.

Um a um, os animatronics foram engolidos pela escuridão e pela solidão de suas caixas.

Sem sequer se despedir, Fazzbear, Carl, Antony e Víncent desceram com os caixotes.

Ninguém sabia que a história estava só começando.

 


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Notas finais do capítulo

YYYYYAYYY, E AÍ?
COMENTEM, BEIJOS, E ATÉ!