New Security Life- INTERATIVA escrita por Escritora do Hades


Capítulo 62
Capítulo 62- Amanhã, eu venho buscá-los...


Notas iniciais do capítulo

Oi! Baum?
Geeente, desculpem eu passar três dias sem postar, mas eu avisei, não?
Aqui estou eu, de madrugada, escrevendo caps para vocês! Só terminei esse, pois cheguei tarde e tal, mas aguardem!
Prometi, e vou cumprir!
Aproveitem!



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POV’S Charlie

A fúria, a tristeza e a amargura que repreendi durante todos os anos vieram à tona.

Perdi meu melhor amigo de infância, perdi minha amada e única sobrinha, o membro da minha família que eu mais adorava, perdi todos os meus animatronics, a fonte do meu sustento e todos os que amo me odeiam.

Minha vida é uma bela porcaria, não?

Eu realmente não mereço isso, certo? O.k., o.k., admito, posso ter matado um monte de jovens sem dó e piedade, ser um homem sem um pingo de remorso ou escrúpulos, contratado um homem para matar pessoas a sangue frio, praticar magia negra com almas inocentes e não ter pensado em ninguém além de mim mesmo, mas bem, não é nada tão grave, afinal...

Eu sou muito injustiçado!

Enquanto eu tentava ajudar Víncent a se levantar, Freddy estava ocupado ficando de boa aberta.

Alguns animatronics estavam tranquilos, como se entendessem a situação perfeitamente bem e estivessem acostumados a ouvirem todo dia que são almas de mortos.

Outros estavam chocados demais para demonstrar expressões. Estes choravam ou pareciam melancólicos, estando sendo amparados por outros.

Havia aqueles que estavam irritados, os olhos brilhando de pura raiva. Outros animatronics tentavam contê-los.

Tinha também aqueles amargurados que preferiam sofrer em silêncio. Eram aqueles que estavam afastados dos outros, imersos em seus próprios pensamentos dolorosos.

Eu dei um tapa na cara de Víncent.

—Ei, seu bunda mole, levante!-resmunguei.

Freddy, já liberado de seu torpor, olhou para mim, furioso, apertando seus punhos com força até ficar com o nó dos dedos brancos.

Engoli em seco, nervoso.

—Você...você...-Freddy começou, hesitante, como se as palavras estivessem presas em sua garganta-...você me matou...e...me tirou da minha...da minha família...- as lágrimas já deslizavam por seu rosto.

Ué, robôs podem chorar? Pelo visto, sim...

Forcei um sorriso nervoso, já sentindo que a situação estava indo de mal a pior. Larguei Víncent por um minuto e comecei a torcer as mãos, sentido o suor descer por meu rosto.

—Hum, bem, há uma explicação plausível para isso...-comecei, nervoso.

Freddy se aproximou a passos lentos. Um a um, os animatronics começaram a se levantar e a se aproximarem também, os olhos de todos ficando vermelhos como luzes LED.

Engoli em seco novamente, começando a puxar Víncent em direção ao elevador. Ouvi um guincho louco do teto, como o de um computador dando defeito, e olhei para cima, dando de cara com Mangle e seu endoesqueleto, ambos rosnando para mim.

Soltei um grito nada másculo.

Frederick e os outros não faziam nada. Estavam simplesmente encarando a cenas, meio horrorizados, pasmos.

Alguns animatronics estavam literalmente pegando fogo.

—Explicação plausível?-repetiu Freddy. Sua voz era robótica, não havendo o mínimo resquício de humanidade. O robô soltou uma risada amargurada- explicação plausível?! Você acha que há explicação em...matar pessoas? Arrancar a vida de pessoas inocentes...tirá-las de suas famílias...acabar com suas vidas...

A raiva inchou dentro de mim.

—Não haja como se fosse melhor, Fazzbear!-cuspi- você me chama de monstro insípido e cruel, mas nenhum de vocês hesitou em matar vigias noturnos antigamente, hesitou? Matar pessoas inocentes que estavam cumprindo com seu dever, matar pessoas que tinham a vida inteira pela frente, que tinham família!-minhas palavras eram ácidas, carregadas de veneno. Soltei uma risada de escárnio- vocês são tão nojentos quanto eu! Tão culpados, tão impuros, tão terríveis quanto eu! Não venham dar lição de moral, pois vocês não estão com essa bola toda!

Pela primeira vez da história, ninguém tinha palavras.

Todos congelaram onde quer que estivessem. Ninguém se moveu, todos afetados por minhas palavras.

Cambaleante, me ergui, puxando Víncent comigo. Caminhei a passos firmes até o elevador, e ninguém tentou me impedir.

Antes das portas se fecharem, avisei:

—Amanhã, venho buscar meus animatronics...-minha voz era, surpreendentemente, calma.

As portas fecharam.

Era hora do plano B.


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Notas finais do capítulo

Afinal, Charlie tem razão? Somos tão sem escrúpulos quanto ele? O que acham?
E qual será o "Plano B"? Deixem nos comentários!

Beijos e até!