Unidas pelo Sangue escrita por All StarCherry


Capítulo 3
Minha culpa


Notas iniciais do capítulo

sei que foi meio eu sofrido esse cap
mais ta ai ne?
nao eskece de comenta, indica ou qualquer coisa pô! 71 pessoas leram e so 3 comentaram ¬¬
assim eu voou para...
agora q ta ficando interessante¬¬"



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- Como é que é? – eu perguntei – Semi-oquê?

E foi quando a Senhorita Rodrigues se tornou uma criatura negra com dois metros de altura, garras afiadas e asas de morcego. Eu quase não fiquei surpresa, mas foi só quase

Não duvidava que ela na verdade não fosse humana – na real essa era mesmo uma grande teoria minha –, mas puxa! Por essa eu não esperava. Ela me olhou com aqueles olhos cor de sangue e pegou-me pela gola da camisa.

- Já cansei desse joguinho. – disse ela, foi nesse momento que Luna fez algo que realmente me surpreendeu, desde que morávamos com nosso “tio” ele nos obrigou a fazer karatê, kung fu, ginástica olímpica e esgrima, ela simplesmente pegou uma faca e ficou em perfeita posição de ataque posição de ataque, mas não tão confiante quanto sua postura parecia tentar esprimir.

Luna golpeou a Senhorita Rodrigues no braço em que ela me segurava. Braço? Não. Aquilo parecia mais uma mistura de ferro com osso e pele. Uma pele quase de couro. Pareceu não doer muito, mas foi o suficiente para me soltar com um rugido de dor.

- Quer ir primeiro, querida?

A última palavra saiu como um rugido.

- Pode vir! – demostrava confiança... e medo, pegou mais uma faca e jogou para mim, eu a peguei no mesmo instante, meu corpo estava no automático enquanto tentava por minha cabeça para funcionar.

- Acho que no fundo – talvez nem tão no fundo – sempre quis fazer isso. – e lhe dei um chute no braço cortando-lhe em seguida de raspão.

Nós continuamos com os chutes fortes e cortes de raspão, não adiantava quanta força botássemos, as facas pareciam não cortar realmente a pele daquela coisa, ainda bem que a cozinha era grande.

Tudo bem que ela estava uma bagunça e tal, mas resistia bravamente. Aquela coisa tentou agarrar meus pés nem eu sei como, mas me esquivei sendo assim aquelas garras fizeram uma rachadura na parede com o impacto.

Ela tentou me agarrar e – provavelmente arrancar minha cabeça – e, ao invés da minha cabeça, ela pegou a cafeteira com o café ainda quente.

Não sei ao certo, mais em uma tentativa desesperada finquei a faca na barriga daquela coisa. Senhorita Rodrigues  rugiu encarando-me furiosa, porém sorrindo.

Tentei. Juro que tentei puxar a faca, mas ela não saia.

Meus olhos castanhos encararam os seus vermelhos quando a Senhorita Rodrigues ergeu suas garras de encontro ao meu pescoço, mas - por sorte ou azar acertando meu rosto.

Caí no chão.

Minha visão já embaçada.

Pude ver Luna em uma expressão de desespero, ela hesitou por um segundo e isso foi o suficiente para aquela coisa agarrar seu braço que continha a faca. Ela deu um chute forte na mão do monstro, ele grunhiu de dor e torceu a mão de Luna... eu podia vê-la chorar sem forças para resistir, então o monstro lhe deu um tapa, raspando as garras em seu rosto.

Luna caiu com força no chão, apoiada no braço da faca...ele parecia torcido. Isso não era bom...

Aquela coisa sorriu como se ela apenas estivesse se divertindo com aquilo, então sua expressão sumiu e ela virou cinzas. De trás dela pude ver John e nosso professor de Mitologia Grega: Nicolas, segurando dois grandes arcos.

- John... – consegui murmurar.

- Vai ficar tudo bem, somos seus protetores.

Então tudo apagou.

Eu já estava me perguntando se havia morrido e me chingando por ser tão jovem e nem sequer fazer metade das coisas que queria fazer em vida quando minha visão clareu.

Correndo. Uma garota estava correndo no meio de uma floresta.

Tinha cabelos claros como os meus, e, desesperadamente, eu tentei falar, mas minha voz não saía. A garota começou a olhar para os lados como se procurasse algo e vi seus olhos. Caramelos escuros. Era Luna.

Ela parecia desesperada e corria a toda velocidade

- Aléxis! – ela me chamou, – Aléxis! – minha visão foi sumindo – ALÉXIS! – e eu só pude ouvir sua voz

Tudo apagou e eu acordei em uma cama ofegante e suada. Com a respiração acelerada e tudo girando ao meu redor.

Mal dei-me conta de onde estava quando minhas respirações ofegantes cercaram o ar.

- Onde...

- Acampamento meio-sangue – foi então que o vi. Um garoto de olhos verdes mar, cabelos pretos e um sorriso simpático. Acho que corei um pouco... – Bem-vinda – ele sorriu de novo.

Mas eu sequer podia falar. Olhei para os lados em busca de prender meu foco em outra coisa e tudo que pude reparar foi uma espécie de quarto que eu jamais conheci.

- Bem, acho que talvez você não saiba... – o garoto começou. – ...e eu até não seja a melhor pessoa para te dizer isso,mas... acho que posso tentar.

Eu apenas assenti virando-me para ele. Devia parecer uma idiota vermelha, como um pimentão! Mas eu estava numa cama e ele em uma cadeira ao meu lado, ele era tão bonitinho e educado que eu nem prestei atenção no fato de estar quase morta há algum tempo.

- Bem... sabe as historias de deuses gregos e tal?

Assenti novamente.

Mas que caralhos isso tem a ver?

- Então... – ele respirou fundo. – É tudo real.

Han? Acho que eu ouvi errado, só pode ser.

- Como é?

- É eu estou dizendo que é tudo real!

- Está bem.

Pobre garoto, tão bonitinho, mas tão maluquinho.

- Está bem?

- E eu sou o Papai noel!

- Essa não...

- É serio, eu sou o Papai noel!

- Chega, já entendi!

- É, eu também, agora me diz... Quem é você?

- Eu sou Percy Jackson.

- Muito bem e... Onde estou? E por que estou aqui? Onde está minha irmã? E John e o professor Nicolas...?

- Calma, calma... Ahn... uma coisa de cada vez.

- Não! – já estava ofegante de novo. Primeiro ele zoou com a minha cara, agora eu quero respostas. Eu exijo isso. – Se você não vai me ajudar, então caia fora!

Percy me olhou nos olhos curioso.

- Talvez Ares... - murmurou.

O quê?

- Do que está falando?!

- Você sabe algo sobre seus pais?

Aquilo me deixou estática. Meus pais... eu podia ignorar a senhorita Rodrigues e tudo que saía da boca daquela maldita cobra... mas aquilo de um jeito me abalou...

- Eu sou órfã – admiti – eu não sei de nada. – já não o olhava.

- Nada?

- Só que... – e eu respirei fundo – um deles morreu... e o outro... sumiu...

- Você... sabe qual? – Percy me incentivou.

- Não...

Ele não disse nada, mas eu podia sentir seu olhar sobre mim. Uma mecha de meu cabelo que sempre insistia em cair em meu rosto caiu sobre o mesmo. Eu sorri.

- Mas sabe – virei-me para ele –, dizem que tenho os cabelos de minha mãe – sorri ainda mais, esta era uma coisa que apenas eu tinha. Era meu orgulho. – e os olhos...

Percy então sorriu, tentei sentar, mas isso me deu um cansaço mortal e de repente tudo ficou escuro, deixando-me apenas ouvir uma voz: – Às vezes... eu queria que tudo fosse como antes....

Acordei novamente suada e ofegante, isso já está me fazendo sentir estanha. Procurei o garoto com meus olhos... o tal Percy, mas ele não estava no quarto. Levantei-me com cuidado, ainda estava meio zonza.

Sai do quarto em direção a qualquer lugar, podia ver pela janela um local todo aberto coberto por árvores e gloriosos e vastos chalés ao longe, não queria prestar atenção a isso, não agora. Passei direto adentrando ainda mais a tal casa quando comecei a ouvir vozes.

- Então meu caro centauro – e do nada toda a historia grega passou pela minha cabeça. Centauro? Só pode ser brincadeira... – de quem acha que elas podem ser?

- Ainda não há como concluir nada, Senhor D. – Senhor D? Demeter, Dionísio... Céus, o que estou pensando?

Foi quando pude ouvir passos rápidos seguidos de uma respiração acelerada.

- Quiron. – uma voz feminina disse cansada. Se eu pudesse apostar diria que ela veio correndo de um lugar ao longe e que os passos que cessaram e a respiração ainda descontrolada saia dela.

- Ah! Olá, cara Rachel.  – a voz do Centauro soou simpática.

- Desculpe-me incomodar, mas é que... – estava tentando olhar pela fechadura da porta, mas a garota parecia sem uma expressão certa. Rachel tinha cabelos ruivos e bonitos olhos verdes como os do garoto, Percy. Ela vestia roupas com cores fortes e alegres com cada qual peça com cores diferente. Uma névoa verde tomou conta de seu corpo e seus olhos já não eram dos mesmos tons quando ela pareceu ver-me por trás da porta.

Um calafrio passou pela minha espinha quando ouvi sua voz de novo.

“As filhas do deus grande irão surgir

E juntas, o destino irão cumprir

Atrás do monstro que sozinho fugiu

Sete deverão ir

Com a ajuda de um amigo contarão

Que será aquele que os deixou em uma missão”

A névoa a abandonou. Rachel caiu como uma marionete, como se a medida que a névoa se foi houvessem-lhe cortado as cordas. Ela com certeza cairia de cara no chão se não fosse por um ... CENTAURO?

O susto que levei foi tão grande que sem querer abri a porta caindo de quatro no chão. O tal Senhor D me olhou não muito surpreso. Pra dizer a verdade ele parecia mais era entediado.

- Quiron?  – Rachel parecia confusa – Bem, como eu estava dizendo...

- Esqueça.  – pediu ele.

- Mas Quiron esta uma confusão lá no... – foi quando ela me viu – Entendo. – disse somente. Se virou e foi embora.

Comecei a me levantar enquanto Senhor D me olhava com curiosidade.

- Não parece tão surpresa. – concluiu. 

Qual é! Já tinha visto e enfrentado a minha professora de história do mundo que se tornou um monstro enorme e tentou me comer. Não me surpreenderia muito se me dissessem que pôneis existem. Como um cara como ele me surpreenderia? Quer dizer, ele era baixinho e gorducho. Tinha nariz vermelho, grandes olhos chorosos que fitava-me curiosos e cabelo cacheado tão preto que era quase roxo. Mal prestei atenção a suas roupas, porém ele usava uma camisa verde mar que parecia despertar-me lembranças.

- O garoto...  – consegui murmurar.

- Percy nos falou sobre seus pais, vai ser difícil descobrir qual dos deuses...  – Quiron parecia querer ser simpático, porém meu mundo pareceu parar.

- É tudo real...

Eu mal pude acreditar.

O sr. D parecia normal diante do meu estado de choque.

- Bem, eu sou Quiron e este é sr.D – mas eu ainda não conseguia processar tal informação. – Bem-vinda ao acampamento – ele sorria.

- Quiron, o centauro...? Aquele que treinou semideuses?

- Sim, sim, sou o próprio.

- Chega disso – sr. D reclamou  –, Alexandra, não é?

- Aléxis – corrigi.

- Muito bem Alexandra,  – ele olhou para Quiron  – creio que seja melhor manda-la ao chalé 11.

Ele assentiu.

- Espera ai! Tudo bem, essa coisa de deuses é difícil de digerir, mas onde está minha irmã?

Foi quando o sr. D interveio.

- Tem certeza de que ela é sua irmã?

- Como assim? É claro que tenho certeza!

- Você pode provar?  – soou como um desafio.

- Eu... eu...

Eu nunca tinha pensado nisso, o pensamento atravessou meu peito como uma bala. Direto no alvo. Direto em meu coração.

- Foi o que pensei.

Então a raiva chegou a mim, eu criei Luna e a mim mesma! É claro que ela é minha irmã, ela tem os cabelos de nossa mãe, tudo bem que não tem os olhos, mas e daí?

- Luna é minha irmã! Sou tudo que ela tem! Nós duas num mundo enorme desses, sempre foi assim!

Sr. D me olhou com interesse, logo dando de ombros e me ignorando. A raiva tomava cada vez mais conta de mim.

- Segundo quarto a direita. – Quiron sorria simpático e minha raiva se foi.

- Obrigada.

Segui até a casa novamente.

Segundo a direita...

Adentrei o quarto com o maior silêncio possível e lá estava Luna. O braço enfaixado, os olhos fechados e uma expressão de medo nos lábios. Puxei uma cadeira que havia no quarto e assim sentei-me ao seu lado. Peguei sua mão. Seus olhos se abriram e tomaram cor com o tempo. Luna sorriu.

- Aléxis... – ela passou a mão pelo meu rosto e doeu um pouco, só então percebi que tinha sido lá em que a senhorita Rodrigues tinha me acertado. – é culpa minha.

E logo seus olhos estavam tristes. Apenas a abracei com força e cuidado por medo de machucá-la.

- Cale a boca.

- Aléxis...

- O que?

- Para o que der e vier, não é?

- Sim,  – podia sentir uma lágrima solitária escorrer pelo meu rosto – Para o que der e vier.

_

E esse foi nosso primeiro dia no acampamento meio-sangue...


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Notas finais do capítulo

ja leu?
Comenta pÔ!
da uma indicação, qualquer coisa,
o dedo nao cai e faz bem ao coraçao do escritor s2
 
se nao eu paro é serio
to me matando pra escrever esses capitulos ¬¬"



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