Unidas pelo Sangue escrita por All StarCherry


Capítulo 4
Talvez seja hoje, talvez não


Notas iniciais do capítulo

Ta ai,
um cap grandinho pra vcs se divertirem
qero reviews assim que acabarem de ler ein? ú.ù



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Unidas Pelo Sangue

Cap.:4 Talvez seja hoje, talvez não

A partir desse dia vivemos no acampamento, chalé 11.

O chalé 11 era bastante apertado, não que eu esteja reclamando, gosto de viver nele.

Já estamos aqui faz umas duas semanas, as coisas mudaram bastante... Menos essa mania de Luna em tentar nos comparar com os deuses.

Céus! O que temos de parecido com eles? Já não ligo tanto para isso... Não é que eu não tenha curiosidade de saber quem é nosso pai ou nossa mãe, ter tenho, mas... já me acostumei tanto com o chalé 11 que parece até estranho considerar a possibilidade de me mudar de lá.

E fico pensando naquela profecia

“As filhas do deus grande ”

Na primeira vez que a ouvi não dei tanta atenção, estava mais preocupada com Luna, mas agora... Quíron dizia para não me preocupar, afinal, logo depois de nós, chegaram mais duas garotas.

Maryan e July, mas ainda assim minha aflição não sumia. “As filhas do deus grande”, não me leve a mal, mas elas não eram parecidas, era mais fácil concluir que seriamos nós as da profecia do que elas duas.

Maryan tinha os cabelos ondulados mel, olhos azuis na medida certa, era esbelta e já chegava a minha altura, tinha 12 anos. July tinha cabelos castanhos chocolate, olhos castanhos avermelhados , mas eu podia jurar que eram cor de fogo, ela era alva, esbelta e também chagava a minha altura, tinha 12 anos.

Elas não se pareciam, eram contrárias para dizer a verdade, mas ainda assim eram nossas melhores amigas no acampamento.

Agora você deve estar se perguntando: e o Percy?

Bem, o Percy... eu fui muito má com ele quando nos conhecemos... mas eu estava nervosa, temia por minha irmã.

Depois de entender – e engolir – essa história de ser uma semideusa, fui procurá-lo e lhe pedi desculpas, ele foi compreensivo e nos ajuda desde aquele dia, é uma boa pessoa... acho que jamais conheci um garoto assim...

Não é que eu esteja gostando dele! Ele é meu amigo, só isso. Ele tem as suas manias e vive incentivando Luna com essa coisa de tentar descobrir quem são os nossos pais...

Hoje ele me veio com uma proposta interessante, Percy arrumou uma reunião no Olimpo para tentar falar com os deuses e fazê-los nos proclamar. Sinceramente não sei como ele tem aceso a essas coisas, mas... Não sei se é isso que eu realmente quero... gosto tanto dessa vida que temos agora, talvez não ir seja uma boa opção, mas Luna quer tanto descobrir...

- Pense não só por você, pense por Luna também.

E foi tudo que ele disse antes de ir embora. Pensar por ela... sempre penso por ela... sempre pensei...

Estava no chalé de Hermes, deitada em um dos sacos de dormir. O chalé estava vazio... e eu continuava no meu debate silencioso. Ela queria tanto saber...

Foi então que a porta se abriu, não quis olhar para ver quem era, já sabia. Estávamos em horário de almoço e ninguém – nínguem mesmo – do chalé de Hermes faltaria ao almoço, apenas uma pessoa: Luna.

Ela sentou-se ao meu lado, olhando para o teto, talvez se perguntando o porquê de eu estar tão concentrada olhando pra ele.

- É legal?

- Hm?

- É legal olhar para o teto enquanto todos estão lá fora comendo e se divertindo? – lá vinha Luna com aquele tom sarcástico que só ela tinha.

- É. É legal – respondi no mesmo tom sem tirar os olhos do teto.

- Então tá... – ela suspirou.

Pensava em como lhe dizer, o que ela iria querer fazer? Provavelmente aceitar a proposta de Percy... Graças aos céus ele não tinha contado a ela sobre isso.

- Luna... – Ela já ia se levantar, mas ao ouvir minha voz Luna parou.

- Hm? O que foi Aléxis?

- Luna... você quer tanto assim descobrir quem são nossos pais?

- É claro que quero! Você não?

- Não é isso! Não é que eu não queira, mas... – não havia lhe contato da profecia e não seria hoje que iria contar.

- Mas...? – incentivou Luna.

- Mas... Ah, Luna! É complicado!

- Para você é tudo tão complicado!

- Luna me escuta, – ela me olhou fazendo bico – e se isso mudasse nossa vida para sempre?

Os olhos de Luna se tornaram confusos.

- C-como assim, Aléxis..?

- Só responda!

- E-eu... – e seus olhos ficaram firmes – Nós iríamos dar um jeito. Sempre demos.

A olhei surpresa. É verdade, sempre demos um jeito.

- Então está certo.

- Hm?

- Luna, amanhã vamos a uma reunião com os deuses, vamos descobrir quem são nossos pais... ao menos um deles...

Pude sentir os olhos dela brilharem e ela quase chorar de tanta alegria.

- I-isso é sério? – gaguejou – Sério mesmo?

- É claro que é sério! Acha que eu brincaria com uma coisa dessas?

Luna sorriu e me abraçou.

- Obrigada.

Apenas pude sorrir. Nós iríamos descobrir um de nossos pais amanhã, pelo menos eu espero.

_______________________________________________________________

Depois disso o dia até passou tranquilo no acampamento, a não ser pelo fato de Luna quase me matar de tanto falar e falar, o que ela falava? Coisas como“Já pensou se formos filhas de Afrodite?”“E se no final formos filhas de Demeter?”ou então “O que você acha, Aléxis? Qual deles pode ser nosso parente?”.

Ela só falava mais e mais e aquilo estava me deixando maluca! Eu lhe disse que queria respirar um ar e fui me perdendo em direção a floresta, não me leve a mau, mas é que se eu não me afastasse dela tinha certeza de que iria acabar pulando em seu pescoço para ela calar aquela boca.

Não olhava por onde ia, deixava meus passos me guiarem e fui acabar parando no campo de treinamento. Não olhei direito, mas logo percebi a presença de alguém. Era ele, meu melhor amigo no acampamento, Thyler.

Thyler era um filho de Apolo. Ele era simpático, brincalhão e sempre com aquele ar de conquistador. Era alto, moreno de cabelos negros e olhos castanhos penetrantes, sim, eu tinha que admitir, ele tinha uma beleza que me deixava sem ar.

As pessoas no acampamento sempre diziam que ele era caidinho por mim e que ele era aquele conquistador galinha, mas desde que eu vim para o acampamento, ele tomou as "rédeas".

Já não sabia mais no que acreditar, ele podia sim ter aquele ar conquistador, mas sinto que ele não o usava em mim e se usava, era sem querer.

Ele tinha um corpo um tanto musculoso e embora não parecesse comigo era sempre gentil, sabia a hora de escutar calado e a hora de comentar sobre o meu caso.

Já o havia contado da proposta de Percy, mas nunca da profecia. Não me lembrava exatamente o que ela dizia, apenas me lembrava de uma frase: “As filhas do deus grande”.

Aproximei-me e logo ele me notou.

- Hm? – ele parou por um momento e assim seu sorriso simpático invadiu seu rosto. – Ah! Oi!

- Oi – peguei uma espada. Nunca me dava muito bem com as espadas aqui do acampamento, elas nunca se encaixavam direito na minha mão, muito menos na de Luna.

Ele pareceu perceber minha angústia e se posicionou em ataque.

- Contou à ela? – Thyler me mandou um golpe fraco.

- Contei. – mandei-lhe uma esquiva forte.

- E então...? – ele disse com um pouco de esforço. Acho que foi forte demais...

- E Então que ela não para de falar! – tentei lhe tirar a espada, mas ao invés da dele cair para um lado, as duas caíram. Corri a procura de mais uma espada, Thyler pegou uma lança. Ia pegar uma espada só, mas acabei pegando duas.

- Está ficando mais covarde. – foi tudo o que ele disse assim que viu as duas espadas em minhas mãos.

Para minha surpresa, eu me dava muito bem com duas espadas do que com uma só, mas mesmo assim... elas não encaixavam bem na minha mão.

Ele atacava com as duas partes da lança e eu defendia forte.

- Não sou covarde! – rebati tão forte seu ataque que Thyler saltou para trás.

- Então por que duas? – ele apontava para minhas espadas. – Falta de confiança em vencer?

Thyler queria me provocar e sabia muito bem como fazer isso. Parti para cima dele, atacando tão forte que ele apenas recuava com medo da lança partir. Thyler lançou-me um ataque rápido pelos pés, mas assim que o fez se arrependeu, pois eu defendi com as duas espadas, o que fez sua lança quebrar em duas.

Ele bem que tentou se virar com essas duas partes, tentou fazê-las de arma, mas assim que o fez usei o truque para lhe tirar a espada, neste caso, aquele toco de madeira.

Não sei como, mas consegui fazer isso com as duas ao mesmo tempo, ele se surpreendeu com isso assim como eu e foi pego de surpresa. Suas duas partes da lança voaram para outro canto da área de treinamento, eu girei, pus uma espada na sua garganta e a outra em sua nuca.

- Pelos deuses! Como fez isso?

E finalmente saí de meu transe

- Han... instinto, – chutei – eu acho... – assim baixei as espadas em minhas mãos.

- Você acha? – Thyler riu. – Pode me ensinar? 

- Instinto não se ensina – Que desculpa besta; pensei.

- Ah! – indagou ele, mas em seu rosto seu sorriso somente aumentou quando ele disse simpático: – Tudo bem, mas fica me devendo essa.

- O que? Eu venço e fico devendo a você?

- Hm... – Thyler coçou o queixo pensativo. – É! – sorriu travesso.

Apenas o olhei incrédula. Suspirei. Sentei-me no gramado olhando o sol, era realmente maravilhoso. Thyler sentou-se ao meu lado, ele tinha começado a falar sobre um assunto qualquer, mas logo minha atenção era voltada para a reunião com os deuses.

- Ei! – ele acenou bem em frente ao meu rosto.

- Ah! Desculpe...

- Pensava na reunião, certo?

- Certo... – murmurei mais para mim mesma do que para ele

- Está ansiosa? – ele tentava me entender

- Não sei ao certo...

- O que for será. – Thyler sorria simpático, acho que corei um pouco.

- Obrigada.

Nós ficamos um pouco mais lá conversando, porém logo ele teve que ir para seu o chalé resolver uma briga qualquer. Parti em direção ao chalé de Poseidon, afinal, uma hora ou outra eu teria de enfrentar Percy e lhe contar sobre minha decisão.

Estava distraída demais em meus pensamentos e mal notei quando dei uma bela de uma cabeça com alguém a minha frente.

- Ai! – dissemos

- Desculpe – disse massageando a testa onde havia batido. Baixei meu rosto para ver quem era e assim minha expressão mudou – July!

Ela apenas sorria ainda massageando o ponto onde havíamos colidido, July abriu a boca para me cumprimentar ou assim eu imaginava, mas apenas disse:

- Au!

A olhei surpresa, eu não a via durante tanto tempo... ela havia ido morar com seus pais adotivos. Sabia que ela voltaria logo e isso me mantinha com esperanças e tudo que ela tinha a me dizer agora era... “Au”?

- É tudo o que tem a dizer?

- Pera aí... – ela ainda massageava a testa. – Que cabeça dura você tem, já vi que quando lhe dizem isso não é só figurativamente.

- Engraçadinha...

Ela riu.

- Sabe que estou brincando.

- É. – admiti. – Senti falta desse seu jeito doido.

July apenas sorria.

- Bom, eu estava te procurando e... Ah, pode me ajudar aqui? – pediu minha mão e com um impulso a puxei do chão. – ...Luna disse que você queria pegar um ar. – continuou.

- Ah, bom, é uma longa história.

- Temos o resto do verão todo.

- Vai mesmo me obrigar a falar, não é?

- Com certeza.

Lhe contei enquanto íamos em direção ao chalé de Poseidon

- Quer dizer que vão descobrir?

- Talvez.

- Fico feliz. – dizia ela.

- Você também será reconhecida, assim que chegar aos treze anos.

- Já está perto...

Sorri, já tínhamos chegado ao chalé de Poseidon. Batemos na porta e esperamos alguma reação, ouvimos coisas sendo jogadas para o chão e um grito de Percy: “Já vai!”

Ele pareceu feliz ao nos ver, sorriu simpático.

- Você decidiu?

- Não está sabendo? – disse. – Isso me surpreende... – suspirei.

- Hm?

- Eu me decidi, ou melhor, Luna decidiu por nós.

- Entendi... – Percy coçou a nuca ainda confuso.

- Bom... eu só queria saber quando partimos para o Olimpo e quem vai?

- Será amanhã pela manhã, às 7 horas, iremos Annabeth, você, Luna, Clarisse e eu.

- Clarisse?

- É para resolver umas questões dela... nada para se preocupar – ele sorria, mas eu podia ver um tanto de medo em seus lábios, não medo dessas tais questões, talvez medo de eu descobrí-las

- O.k.... Obrigada, Percy – ele já ia fechar a porta. – Dê um “oi” para Annabeth por mim. – eu sorri maliciosa e assim a porta se fechou quase em um estrondo com Percy provavelmente mais vermelho que um pimentão.

July ria ao meu lado.

- O que foi?

- Não acredito que disse isso.

- O que?

- “Dê um “oi” para Annabeth por mim” – July tentou inutilmente imitar minha voz.

Dei de ombros.

- O que tem de mais?

- Já pensou se estraga a moral dela assim? – July ainda ria baixinho.

- Annabeth não é assim, ela não se deixaria cair por algo tão infantil, – July me olhou curiosa. – ela sabe que é tudo brincadeira – sorri.

- Tudo bem, vou ficar quieta. – e levantou as mãos em um sinal de rendição.

Então foi a minha vez de rir, ter ela ao meu lado realmente fazia falta.

- July. – a chamei.

- Hm?

- A Mary já chegou?

- Sim, eu a encontrei no caminho. Por quê?

- Por nada, apenas é bom saber...

Conversarmos mais um pouco e logo teve o jantar, e Luna com aquela mania de nos comparar aos deuses... ela estava tão animada com isso que podia jurar que teria um infarto a qualquer minuto.

Depois do jantar, na hora de dormir, ela não conseguia pregar os olhos. Os fechava e nada dela pegar no sono. Nós dormíamos uma ao lado da outra, peguei sua mão e ela se limitou a sorrir, quando finalmente adormeceu lhe beijei na testa e dormi ao seu lado, aguardando pelo o que o futuro me guardava.


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Notas finais do capítulo

ja leu?
gosto?
dexa um review, indica a historia
e me diz oq vc mais gosto ate agora
 
criticas seriam otimas
e me digam oq vcs qerem q aconteça
eu ja tenho uma ideia firme
mais qem sabe eu possa incluir a sua aki?
vlw
bjks
           Sinceramente,
                                  Isabella



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