As 15:00

P.O.V Marcelina

Eu e Paulo chegamos da escola há duas horas, e nossa mãe ainda não chegou do trabalho. Provavelmente ela vai trabalhar até de noite.

Resolvi deixar a janta pronta.

Esquentei um pouco de macarrão de ontem e fiz um suco de uva, porque era tudo o que tinha.

As 17:30

P.O.V Paulo

Estávamos assistindo tv, quando nossa mãe chega.

Ela estava com uma expressão daquelas de quem vai ter um ataque cardíaco.

Logo Marcelina também percebeu e sentamos ela no sofá.

– Mãe, o que aconteceu?! - Marcelina fica desesperada.

– O-o-o se-se-u Ger-Ger-mano... - Ela começa, gaguejando.

– O que tem ele, mãe? - Pergunto.

– E-e-ele m-m-me de-de-mitiu.

Ela concluiu e começou a chorar.

– ELE FEZ O QUÊ? - Marcelina grita, furiosa.

– O filho dele me acusou de roubar um dinheiro da empresa. - Ela parou de chorar um pouco. - Mas eu não roubei nada!

– Então, você foi acusada injustamente? - Eu disse, começando a ficar com raiva.

– Mas agora esse moleque vai ver! - Marcelina vai em direção a porta.

– Marcelina, não! - Eu gritei.

– Como assim não, Paulo?

– Ele pode fazer alguma coisa com você!

– Mas, não é você que compra briga com todo mundo que te irrita? Não é você que sempre reclama que eu não sei me defender? Um Guerra nunca foge. Você que me ensinou isso, Paulo. Eu vou lá sim, e ai de quem tentar me impedir!

Ela saiu e bateu a porta.