Percy Jackson e a Volta ao Passado escrita por MartaTata


Capítulo 2
2. Viajo no tempo.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia minha gente linda!
Postei esta fanfic ontem no Spirit mas já à uns dois dias no Nyah!, e presumo que estejam a gostar da fanfic até agora, afinal, estão aqui a ler o segundo capítulo!
Obrigada a todos os que favoritaram e comentaram! Espero os vossos comentários de novo, e muitos mais!!

Boa leitura, semi- Deuses!



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Pensei que iria sonhar novamente com Poseidon, Tyson ou até Chronos. Mas nada disso aconteceu. Em vez disso, aconteceu algo totalmente diferente que jamais achei que fosse sonhar.

Pelo que eu entendi, estava num local que conhecia bastante bem. O monte Olimpo, com todos os Deuses maiores e menores, até mesmo alguns que não conhecia. Estavam todos na forma de Deuses, com uns seis metros de altura e rostos tão sérios que me petrificavam.

A primeira coisa que notei foi que Poseidon estava presente, o que era estranho. Calculei que aquele sonho não fosse do presente, já que o meu pai, Deus do mar, estava preso no seu castelo graças a Chronos, caso contrário mataria Tyson.

A segunda coisa que me chamou atenção foi Zeus sério e pálido. Parecia assustado com algo, o que era de facto estranho para o ‘todo poderoso’ Deus dos raios e rei dos Deuses. Só depois é que me apercebi de uma coisa que me deixou arrepiado:

O raio mestre de Zeus estava quebrado ao meio.

Se isso era possível? Não faço a mínima ideia, mas aquilo surpreendeu- me. Como poderia o símbolo de Zeus quebrar assim, do nada? E quais as consequências disso? Obviamente, não seriam poucas.

“ – Chronos…”. – Murmurou Hestia, com uma voz um pouco séria. Entendi pela cara de todos e pelo nome que Hestia pronunciara, quem fora o responsável por isso. – “Ele… Venceu, desta vez.”.

Um silêncio incomodativo surgiu na sala. Avistei Poseidon avançar três passos em direção a Zeus, em silêncio. Uns segundos depois, erguei o seu tridente para o ar, deixando um feixe de luz da cor do mar aparecer dos céus e atingir o raio mestre, na esperança de lhe dar poder para regenerar.

“ – É inútil.”. – Concluiu Athena, Deusa da guerra e da sabedoria, mãe de Annabeth. – “Chronos conseguiu vencer esta guerra. Os semi- Deuses foram todos aniquilados.”. – Entendi a dor na voz de todos ao que se dirigia.

Eu estava a ver o futuro. A vitória de Chronos. O que não me agradara nada.

“ – A profecia… Não se cumpriu.”. – Murmurou Ares, com o fogo nos seus olhos a extinguir- se. – “Ele conseguiu controlar o tempo. Mexeu com o futuro. É imperdoável!”. – Terminou com a última frase bem alto, esmurrando com força o seu trono, amolgando- o com a forma do seu punho cerrado.

“ – Ares, chega.”. – Ordenou Apolo, com um suspiro tenso. – “Artémis fez de tudo para que ela e as caçadoras tentarem derrotar Chronos… Todas foram derrotadas. Ele matou a minha irmã”. – Afirmou, com uma ponta de raiva e tristeza na voz. O Deus mais animado de todo o Olimpo estava de rastos. O que significava o fim de tudo. Se Artémis e as suas caçadoras morreram… Significa que a Tália também.

“ – Se nenhum de nós pode fazer nada… Existe alguma opção para salvar tudo e todos?”. – Perguntou uma voz de esperança no meio dos Deuses. Afrodite avançou quatro passos, ficando à frente de todos os Deuses. Depois de todos olharem para ela, a Deusa estendeu a mão para o céu, ficando na forma humana.

“ – Afrodite, o que é que…”. – Murmurou Hermes, chocado com o gesto da Deusa. Ela interrompeu- o, dizendo algo naquela língua desconhecida que Poseidon falou, no meio sonho anterior ao invocar Chronos.

“ – Não!”. – Berrou Hefesto, ao ouvir a terceira palavra da Deusa. – “Afrodite, não o faças!”. – A Deusa parou o discurso, olhando para todos os Deuses de seis metros, sendo que ela deveria ter agora um metro e sessenta.

“ – É a única solução, Hefesto.” – Afirmou, com uma voz séria e melodiosa. – “Quem estiver comigo, espero que faça o mesmo que farei agora. Caso contrário, Chronos torturará tudo e todos no Tártaro.”.

Um silêncio reinou o local. Afrodite continuou com a palma da mão virada para o céu, esperando que algum Deus a segui- se. Uns segundos depois, Hestia aproximou- se dela, ganhando a forma de humana igualmente. Ficou na mesma posição que a Deusa do amor, esperando por mais Deuses.

“ – Vocês irão sacrificar os vossos poderes, corpos e almas para que algum dos semi- Deuses se lembre de tudo como era, sem o futuro alterado… É isso?”. – Perguntou Poseido, surpreendido.

“ – Exatamente, Poseidon.”. – Respondeu Apolo, seguindo o exemplo de ambas as Deusas. – “Escolheremos um dos semi- Deuses do passado para que se lembre de tudo e que veja isto como um sonho. Que tente acordar todos da armadilha e maldição de Chronos.”.

Uns minutos depois, todos os Deuses estavam na forma humana, com a palma da mão virada para o céu. O único Deus que ainda possuía seis metros e que parecia estar contra era Athena.

“ – Antes de eu me sacrificar pelos nossos Deuses passados…”. – Murmurou Athena. – “Poderei saber quem será o semi- Deus escolhido?”.

“ – Sim Athena. É ele.”. – Respondeu Hermes como se lê- se os pensamentos da Deusa da sabedoria. A mesma sorriu sarcasticamente, tornando- se na forma humana. Depois, olhou na minha direção, como se soubesse desde o início que estava ali.

“ – Perseu Jackson, filho de Poseidon e Sally Jackson. Sabes que eu não gosto de ti, semi- Deus atrevido que me desobedeceu ao se aproximar da minha amada filha, Annabeth Chase. Porém…”. – Ela colocou a palma da mão virada para o céu, com um sorriso. – “Salva o mundo uma vez mais, mortal. Salva Annabeth.”.

E os Deuses desapareceram sem deixar rasto, ficando um uma visão escura.

Acordei lentamente, sem me lembrar bem do sonho. Só minutos depois de ficar deitado e sem me mexer é que me recordei de cada palavra. Lembrei- me de todos os Deuses se sacrificarem pelo mundo e por eles, confiando em mim.

Mesmo antes de concluir mentalmente que era, mais uma vez, a esperança do mundo, o despertador tocou, revelando onze horas da manhã. Num salto, saí a correr da cama e destranquei o quarto. Nem me lembrei de arrumar a cama e o quarto, para a inspeção diária, mas creio que não era tão importante comparado ao facto de que iriamos morrer todos em breve.

Corri para a grande casa, na esperança de encontrar Quíron e revelar- lhe o meu sonho e tudo o que estava a acontecer. Tinha fé em encontrar alguém no caminho que soubesse do mesmo que eu, mas sem sorte. As atividades começaram normalmente como se nada de mal fosse, ou estivesse a acontecer.

Por sorte, ou azar, a uns dez metros à minha frente estava Annabeth, sozinha a andar pronta para mais uma manhã no Campo Half- Blood, ou Campo dos meio- sangue, como quiserem chamar.

“ – Annabeth!”. – Gritei, sem parar uma única vez da minha casa até ela. Ela olhou para trás, esperando que eu me aproxima- se dela. Assim que o fiz, recuperei o fôlego, e uns segundos depois, olhei- a novamente. – “Precisamos de falar com Quíron. Agora!”.

“ – Porquê?”. – Perguntou, um pouco confusa. O cabelo dela estava apanhado e os seus cabelos loiros desciam do ombro direito, como se estivesse mais bonita a cada dia que passa- se. Uns fios de cabelo brancos que se localizavam na franja do cabelo haviam sumido, sem eu bem entender o porquê. Ignorei esse facto, já que havia mais coisas importantes para falar.

“ – Está a acontecer de novo! Poseidon está em perigo e eu explico- te pelo caminho!” – Peguei na mão dela, começando a correr. – “Rápido!”.

Ela deu um pequeno grito, recolhendo a mão, vermelha. Estranhei, parando de andar e olhando- a. Não sei se fora vermelha de raiva ou vergonha (Poderia até ser dos dois), mas ela libertou um olhar reprovador.

“ – Porque haveria de ir eu se nem te conheço!?”.

Seria menos doloroso ser esfaqueado sete vezes por Chronos. Senti o meu corpo petrificar naquela frase. O meu coração parou por um segundo e, do nada, tudo deixou de fazer sentido para mim, até mesmo o facto de nem eu saber quem era.

“ – Annabeth… Eu sou o Percy, lembras- te?”. – Perguntei, com uma voz um pouco trémula. Sentia- me um pouco assustado, e a hiperatividade mantinha- me a mexer os dedos rapidamente e o estômago às voltas, com os nervos.

“ – Percy?”. – Perguntou, num tom indiferente. – “Deves ser novo no campo. Anda, vou levar- te ao Senhor H para te conhecer.

“ – Eu não preciso que o senhor D me…”. – Interrompi- me a mim mesmo, depois de ouvir aquela afirmação. – “Senhor H?”.

“ – O dono do campo, o Deus Hefesto.”. – Respondeu- me, um pouco confusa. – “Porque lhe chamas- te senhor D?”.

Tinha os braços a tremer de nervos. Não faço ideia do que estava a acontecer, mas não tinha intenção de descobrir. Afastei- me com três passos a andar para trás, fingindo que estava com pressa.

“ – Desculpa, eu confundi- te com outra Annabeth… Estou um pouco cançado, eu vou dormir um pouco mais.”. – Não esperei a resposta da loira, pois corri pelo caminho inverso da grande casa, com medo do que poderia encontrar mais. Se nem Annabeth sabia de nada, não me interessava mais nada.

Só depois é que me lembrei novamente do sonho. De todas as memórias terem desaparecido e os Deuses se sacrificarem para eu me lembrar de toda a verdade. Precisava de salvar todos, sendo eu o único que sabia de tudo.

“ – Percy!”. – Gritou uma voz, para minha alegria. Olhei para trás, avistando Rachel a correr para mim, com os seus longos cabelos ruivos a baterem contra o vento. Sorri- lhe levemente, aliviado por, pelo menos, ela saber quem eu era.

“ – Olá, Rachel.”. – Acenei, com uma voz mais calma. Os nervos haviam ido embora, só por saber que Rachel sabia da minha existência. Pelos vistos, algumas memórias haviam ficado. – “O que está a acontecer, Rachel? Não vês que todos estão estra…”.

Fui interrompido por algo que jamais achei que iria acontecer. Rachel a beijar- me.

Pelo que eu entendi, a Rachel pensa que namoramos. O que pode ficar pior?

Além disso, tenho de fingir que está tudo bem, que somos namorados e suportar a pequena ideia de andar de mãos dadas com o ‘Oráculo’. Sim, pelos vistos nesta confusão toda, ela não é mais o Oráculo.

“ – Então… Amorzinho.”. – Comecei, quebrando o silêncio da nossa caminhada. Estávamos de mãos dadas, enquanto eu tentava ser o melhor ator do mundo. E eu era horrível em teatro, já que uma vez com doze anos tentara encenar a peça da “Alice e o país das maravilhas” e eu sendo o coelho estraguei a peça inteira. Não queiram saber, a sério. – “Eu tive um sonho um pouco estranho, que acabou por me baralhas um pouco. Quem é que é o Oráculo mesmo?”.

Rachel olhou- me com os olhos verdes- claros, como se fosse um alien. Depois de uns segundos, disse apenas um nome que eu jamais achei que iria ouvir em resposta àquela pergunta:

“ – Clarisse”.

Admito que tive vontade de rir na altura, e até soltei umas gargalhadas. Porém, Rachel olhou- me como se estivesse a dizer a verdade. O que me chocou mais ainda.

“ – Espera. Mas ela não namorava com o…”. – Fui interrompido assim que Rachel colocou a sua mão na minha boca, impedindo de me pronunciar o nome do namorado dela.

“ – Esse nome não é bem visto aqui, Percy! Já devias saber que foi ele que tentou ressuscitar Chronos!”. – Sussurrou- me Rachel, fazendo- me suar pelas mãos.

Como assim o Chriz Rodriguez, namorado da Clarisse, ​tentou despertar Chronos? Isso significa que o Luke… Está vivo ou nunca existiu?

Mesmo antes de querer perguntar sobre o Luke a Rachel, reparei que ela me guiava para a Casa Grande, o que me fez arrepiar um pouco.

“ – Porque vamos para lá?”. – Perguntei, apontando para a maior casa do campo. Rachel suspirou, olhando- me.

“ – Percy, estás com amnésia? Eu já disse que como não sabemos quem é o teu pai, precisamos de falar com o Senhor H e Quíron.”. – Respondeu- me. Fingi que concordava com aquela ideia, apercebendo- me que todos achavam que era novo no campo. Mas depois veio a grande dúvida:

“ Se Rachel é uma humana normal que só pode entrar por ser o Oráculo… Como ela está aqui?”.

“ – Rachel…”. – Murmurei, fazendo a mesma olhar para mim. Apertei a mão dela, com medo da resposta. – “Qual dos Deuses é o teu pai ou mãe?”.

Rachel abriu a boca para me responder, porém Quíron cavalgou até nós, com um sorriso no rosto. Estava igual, sem nenhuma diferença, exceto o facto de ser seguido por Hefesto, que estava sujo e com uma chave inglesa na mão.

“ – Suponho que sejas o novo semi-Deus do campo. Bem vindo! Posso saber o teu nome?”. – Perguntou Quíron, como se fosse o seu discurso padrão para os novatos. Como se eu fosse apenas mais um.

“ – Eu responderei a todas as suas perguntas. Mas, primeiro, preciso de saber em que ano eu estou.”. – Afirmei, deixando todos confusos à minha volta. – “Parece de loucos, eu sei. Mas os semi- Deuses têm sonhos que nos confundem às vezes, e preciso de saber em que época estamos.”.

“ – Estamos no ano 2011, Percy.”. – Respondeu Rachel, fazendo um arrepio surgir desde os meus pés até à ponta dos cabelos.

“Este era o ano em que o Grover foi raptado”. – Murmurei mentalmente.

“ – Quantos anos eu tenho?”.

“ - Tens 16 anos, Percy…”.

“ – De onde nos conhecemos?”.

“ – Quando eu te salvei a vida de uma invasão de monstros na nossa escola”.

“ – Sou filho de quem?”.

“ – Sally Jackson e algum Deus que ainda não sabemos, afinal, ainda não foste reclamado”.

“ – Existe algum Grover Underwood no campo?”.

“ – Sim, e ele é o teu maior inimigo. Ele quase foi raptado à três dias mas tu salvaste- o. E isso deixou- o com mais raiva de ti”.

Aquelas perguntas bastaram para eu entender tudo o que se passava. Todos tinham as mentes alteradas, e nada poderia ser feito. Apenas se eu os tentasse ajudar.

As minhas pernas tremeram. Virei costas e comecei a correr para longe da casa e de todos os outros, fechando os olhos com força e desejando que tudo fosse mentira. Fosse uma piada de mau gosto dos Deuses ou que tudo fosse apenas um sonho.

Assim que abri os olhos, o meu coração parou pela segunda vez naquele dia, pelo mesmo motivo. Um suor frio invadiu- me o corpo e desejei que os meus olhos estivessem a mentir pela milésima vez no mesmo dia.

Annabeth estava a beijar o Luke.


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Notas finais do capítulo

Segundo capítulo e já estou a adorar isto! :3 Adoro um final assim totalmente "omg", faz- me sentir... Arg, não sei explicar!! >
Kissus!



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