Percy Jackson e a Volta ao Passado escrita por MartaTata


Capítulo 1
1. Sonho com o fim do mundo.


Notas iniciais do capítulo

Esta é a minha primeira fanfic de Percy Jackson.. Algo de errado, por favor, falem comigo!
Obrigada pela atenção e boa leitura! Espero muitos comentários vossos >



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O meu dia seria considerado normal, dentro dos possíveis, mesmo antes de acordar.

No meu sonho estava a observar Poseidon, o meu pai, no seu castelo debaixo da água salgada. O meu irmão Tyson estava ao lado dele, com uma cara assustada. Poseidon suspirou, olhando para Tyson uma última vez antes de dar três passos em frente.

Ergueu a palma da mão direita para a frente, proferindo várias palavras que não entendi. Não era latim, se não teria reconhecido algo do que ele acabava de pronunciar. Era uma língua estranha, talvez grego atual, não sei. Eu apenas entendia grego antigo, e mesmo se fosse atual, notaria algumas parecenças.

Quando terminou, Tyson fechou o olho, murmurando qualquer coisa que não entendi, pois logo de seguida um grande feixe de luz invadiu a sala principal do palácio. Eu mesmo fui obrigado a olhar para outro lado, já que estava lá apenas em presença de espírito. E espíritos não têm olhos para fechar.

Quando observei o meu pai, Deus do mar, ele possuía uma aparência diferente da qual estava à três segundos atrás. Tinha um ar bem jovem, de uns trinta anos, forma humana. A mesma forma que usava para falar comigo e que conquistou a minha mãe.

“ – Chronos.”. – Pronunciou. Libertei um arrepio pelo corpo inteiro, assim que ouvi aquele nome. Tentei dizer algo, mas era impossível. A coragem e as palavras evaporaram. – “Ainda tens tempo de te remediar. Caso não o faças, começarás uma segunda guerra. O resultado da primeira irá se repetir”.

Uma gargalhada que reconhecia bastante bem soou pela sala. Tyson tremeu totalmente, com vontade de correr, mas continuou ao lado do seu pai, embora contra a sua vontade. Não o censuro, não é nada fácil estar a ouvir novamente aquela voz que, ainda hoje, tenho pesadelos com ela e me persegue de vez em quando nas alturas que estou mais fraco.

“ – Poseidon, continuas bastante inocente me relação a mim…”. – Murmurou, fazendo uma pausa. A luz branca continuava ali, apenas trazendo a voz de Chronos para nós a ouvir- mos. – “ Ambos sabemos bem que, se eu voltar a criar uma guerra, o vosso lado só piorará. Perderam muitos guerreiros e semi- Deuses contra mim. Os meus monstros regeneram- se; Os vossos filhos não.”

“ – Basta!”. – Berrou o Deus do mar, erguendo, desta vez, a mão esquerda com a palma da mão virada para o feixe de luz, destruindo o mesmo à velocidade do som. Consegui ouvir um último sussurro de Chronos, o rei dos titãs:

“ – Perseu Jackson… Assim que acordares, a minha maldição começará. Lembra- te de mim; De Luke e todos os teus companheiros falecidos. E sente a dor que causaste a todos”.

Abri os olhos e num salto sentei- me, a tremer. Suava bastante, colocando a mão na testa e tentando respirar normalmente - Missão impossível.

Novamente, a frase de Chronos surgiu na minha mente, dando- me um arrepio.

“Assim que acordares, a minha maldição começará”.

Chronos referia- se a 'este' acordar do sonho ou a outro tipo de acordar? Era tudo tão confuso, e mal tive tempo para pensar no que fazer em seguida, já que o som do mar aumentou brutalmente do nada.

Rapidamente, saí da cama e corri para fora da minha cabana, até à costa. Não parei o caminho inteiro, mesmo com as pernas a doerem. O meu pai e Tyson poderiam estar em perigo, e não iria descansar até saber que estavam bem.

Assim que coloquei os pés descalços na areia molhada, dei três passos. Senti a espuma do mar roçar- me nos pés, o que me relaxou bastante, já que conseguia sentir o poder de Poseidon através das ondas. Com certeza, eles estavam bem.

Mas isso não explicava porquê da agitação da água salgada. Pedi mentalmente para não me molhar, assim que mergulhei livremente na costa. Novamente, pensei em algum animal marinho para me levar ao fundo; Ao reino de Poseidon.

Rapidamente, um golfinho apareceu rapidamente, enquanto andava de um lado para o outro animado e a exclamar, na minha mente: “Viva, viva! Irei transportar o filho do Deus pelo mar!”.

Pedi gentilmente para me levar até um pouco mais fundo, para ter a certeza que a presença de Tyson estava segura. Porém, dois minutos depois, ouvi a voz do meu pai na minha mente:

“ – Percy!”. – Chamou. – “Não desças! Serás morto automaticamente!”.

“ – Porquê?”. – Perguntei, ordenando para o golfinho parar de nadar. – “O Tyson está bem?”.

“ – Percy, estão todos bem. Agora, volta para a tua cabana. Agora.”. – A voz dele ficou bastante fria, o que não era hábito dele, a menos que algo horrível fosse acontecer. Ou que estivesse a acontecer.“Não discutas, por favor. Obedece- me e o Tyson ficará bem. Chronos exige que fiques afastado do mar até às onze horas da manhã, fechado na cabana. Obedece, caso contrário, ele matará Tyson.”.

Um silêncio na minha mente reinou. Acenei para o golfinho me transportar para a superfície, e andei calmamente, no total silêncio até à cabana de Poseidon, como se nada tivesse acontecido.

Não podia fazer nada, com Chronos a ameaçar a morte do meu irmão. Decidi obedecer, apenas desta vez. Não gostava nada de obedecer a Chronos, aquele que fez todos sofrer; Aquele que matou muitos dos meus amigos, incluindo Luke, beckendorf e Silena.

Rapidamente, sem saber ao certo o porquê, Annabeth surgiu nos meus pensamentos, a chorar lágrimas grossas pela perda de Luke, o seu querido e amado irmão. Cerrei o punho, contrariado, avistando a minha pequena cabana a cem metros de distância.

Se Chronos volta- se, ele poderia matar, à vontade, muitos de nós. E não queria perder mais amigos, já que nos primeiros cinco anos que soube tudo sobre os Deuses, foram muitas aventuras perigosas, que nem todos sobreviveram. Lembro- me até hoje de Bianca di Angelo e das lágrimas de Nico a culpar- me.

Entrei na cabana, trancando a porta à chave. Era contra as regras do campo dos mestiços trancar as cabanas, apenas num caso de morte. E acho que aquilo estava incluído. Não queria ter a tentação de sair novamente, já que poderia custar a morte a Tyson. E essa morte, eu jamais conseguiria dormir em paz.

Deitei- me na cama, num grande suspiro, decidido a dormir. Talvez volta- se a sonhar novamente com o que estava a acontecer. Mesmo não sabendo se isso era seguro, amanhã iria falar com Quíron, e contar- lhe tudo.

Porém, adormecer fora a pior coisa que fizera.


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Notas finais do capítulo

Este capítulo foi apenas um prólogo do que vem aí!
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