Supernatural: Segunda Temporada escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 9
Capítulo 9: Croatoan


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!! XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/65481/chapter/9

Dean pára em um corredor, olha para os lados, não há ninguém, pega uma arma no bolso do casaco e a destrava entrando em uma sala à sua frente.

- Não. Não. Você não vai fazer isso. – diz um rapaz loiro amarrado em uma cadeira no centro da sala. – Eu juro que não está em mim.

- Meu Deus! – diz uma moça no canto, assustada. – Nós vamos todos morrer.

- Talvez ele esteja falando a verdade. – diz um rapaz moreno ao lado de Dean.

- Ele não é ele, não mais. – diz Dean se aproximando do loiro.

- Não! Pare! Pergunte a ela! – pede o rapaz desesperado olhando outra mulher de jaleco. – Pergunte à doutora! Não está em mim!

- Eu não sei dizer. – diz ela também assustada.

- Não. Por favor. Não. Não. – diz o rapaz começando a chorar. – Eu juro! Eu Juro!

- Eu não tenho escolha. – diz Dean apontando a arma para ele.

- Não está em mim! – continua gritando o loiro. – Não está em mim!

O rapaz abaixa a cabeça sem esperança.

- Não... Não. – sussurra ele, mas não adianta. Dean atira em seguida.

...

De madrugada, em um quarto de hotel, Sam acorda no chão, assustado. Jane, no outro quarto, junto com Gi que dorme tranquilamente, sente algo de errado, levanta, põe um roupão e corre até o quarto ao lado o vendo com a respiração ofegante.

- Sam! – diz ela correndo até ele. Este a olha. – O que foi?

Dean entra no quarto com sacos de padaria na mão.

- O que aconteceu? – pergunta ele deixando os sacos em cima de uma mesa e correndo até os dois. Sam não responde, parece que sua cabeça vai explodir.

...

Na estrada, Sam tenta recapitular a visão que teve. Gi olha pela janela com sono, Jane presta atenção em Sam e Dean dirige atentamente. O celular de Sam diz que eles devem continuar na 224 Oeste.

- Só tem duas cidades chamadas Rivergrove. – comenta ele.

- E como você tem certeza que é a do Oregon? – pergunta Dean.

- Tinha uma foto. – relembra. – Lago Crater.

- O que mais você viu, Sam? – pergunta Jane.

- Eu vi um quarto escuro, pessoas e um cara amarrado na cadeira. – responde ele.

- E eu o furei todo? – pergunta Dean sem acreditar ainda.

- É. – afirma Sam. – Você achou que tinha alguma coisa dentro dele.

- Um demônio? Ele estava possuído? – pergunta Dean.

- Eu não sei. – responde Sam.

- Todas as suas visões tem a ver com o demônio do olho amarelo. – comenta Dean. – Na sua visão... Tinha fumaça negra? Nós tentamos exorcizá-lo?

- Não, nada. – responde Sam. – Você apenas detonou o cara. Só isso.

- Bem, eu devia ter uma boa razão. – diz Dean.

- Esperamos que sim. – diz Jane séria a ele.

- Como assim? – pergunta Dean a olhando pelo retrovisor. – Eu não ia matar um homem inocente.

Jane não responde.

- Eu não ia! – repete Dean nervoso.

- Eu nunca disse que você ia. – diz ela exitante.

- Ótimo. – diz ele.

- Ótimo. – diz ela também.

- A gente não podia fazer isso amanhã? – pergunta Gi bocejando. – Depois que a gente acordasse e tomasse café da manhã?

- Pensou que ia ser moleza? Eu te avisei. – diz Jane com um sorriso sarcástico a ela.

- Eu só estou dizendo que é de madrugada, por que tem que ser agora? – pergunta Gi.

- Porque o quanto antes melhor. Amanhã talvez... Possa ser tarde demais. – responde Jane e se vira para Sam e Dean. – Olha, nós não sabemos o que é, mas seja o que for... O cara que o Sam viu na cadeira faz parte. Vamos achá-lo e ver do que se trata, entenderam?

Sam concorda com a cabeça.

- Certo. – concorda Dean ainda nervoso. Jane revira os olhos.

...

De manhãzinha, os quatro chegam a Rivergrove, Oregon. Dean estaciona o carro em uma rua. Eles olham por todos os lados. Pessoas andam na calçada normalmente.

- Ele estava lá. – diz Sam apontando um homem moreno que limpa a sua vara de pescar na frente de uma casa.

- Gi, você se importa de ficar no carro? – pergunta Sam gentilmente. – É que...

- Eu fico com ela. – diz Jane. Sam e Dean a olham surpresa.

- Sério? – pergunta Sam. – Você...

- Pode deixar... Eu fico, vão vocês dois... É mais normal só dois policiais. – diz ela com um sorriso.

- Ok. – diz Dean. Em seguida os dois se afastam.

- Eu estou bem. – diz Gi. – Se quiser ir...

- Não... Tudo bem. – diz Jane sem olhá-la. Gi lhe dá um sorriso. – Não, eu não gosto de você.

Gi continua com o sorriso no rosto.

...

- Bom dia. – diz Dean ao homem com a vara de pesca na mão.

- Bom dia. – responde ele. – Posso ajudar?

- Pode. – responde Dean. Ele e Sam tiram suas identificações do bolso. – Billy Gibbons, Frank Beard... Agentes federais.

- Do que se trata? – pergunta o homem em entender.

- Procuramos um cara. – diz Dean.

- Homem jovem, vinte anos. – diz Sam. – Ele tem uma cicatriz fina na raiz do cabelo.

- O que ele fez? – pergunta o homem ficando sério.

- Ora, nada. – diz Sam. – Na verdade estamos procurando outra pessoa e achamos que este jovem pode ajudar.

- É. Ele não está enrascado nem nada. – diz Dean com um sorriso. – Ainda não.

O homem os olha sem saber o que fazer.

- Eu acho que você sabe quem ele é Sr. Sergeant. – diz Dean olhando a tatuagem no braço do homem. Este dá um sorriso. – Meu pai serviu na marinha, ele era cabo.

- De que companhia? – pergunta o homem.

- Eco 21. – responde Dean.

- Você pode nos ajudar? – pergunta Sam mudando de assunto. O homem olha para ele.

- Duane Tanner tem uma cicatriz assim. – diz ele. – Mas eu o conheço, bom garoto. Não se mete em confusão.

- Com certeza. – concorda Dean. – Você sabe onde ele mora?

- Com a família na estrada de Aspen. – responde o homem.

- Obrigado. – agradecem Sam e Dean. Em seguida os dois se afastam de volta para o carro. O homem sentado os olha um pouco desconfiado. Jane e Gi saem do carro e os quatro começam a andar pela calçada juntos. Eles passam por um tronco de árvore, mas continuam andando.

- Esperem. – diz Jane parando de repente. Os três a olham. – Olhem.

Jane aponta para o tronco onde está escrito ‘’ Croatoan’’.

- Croatoan? – pergunta Dean sem entender.

- É. – responde Jane. Sam e Gi se aproximam deles.

- Roanoke... A colônia perdida? – pergunta Gi.

- É. – responde Jane novamente. Sam concorda com a cabeça também entendendo. Apenas Dean olha para os lados como quem não entendeu ainda.

- Dean, você prestava atenção nas aulas de história? – pergunta o irmão.

- Claro. – responde ele. – O tiro que correu o mundo... Decretos virando lei.

Todos reviram os olhos com as baboseiras dele.

- Isso não é aula, é a letra de uma música. – diz Jane inconformada. Dean olha para o alto e pensa por um instante.

- Tanto faz. – diz ele por fim.

- Roanoke foi uma das primeiras colônias inglesas na América. Fim do século XVI. – começa Gi.

- Ah, claro... Claro. – diz Dean começando a se lembrar. – Eu me lembro. A única coisa que deixaram para trás foi uma palavra deixada na árvore... Croatoan.

- É. – diz Sam com uma expressão de ‘’Finalmente!’’. – E um monte de teorias... Ataque indígena, doenças.

- Mas ninguém sabe o que aconteceu. Eles todos se foram. – continua Jane. – Sumiram de um dia para outro.

- Vocês acham que é isto que acontece aqui? – pergunta Dean com um sorriso.

- Aquilo que eu vi na minha cabeça, não era bom. – comenta Sam olhando a palavra no tronco. – O que vocês acham que faria isso?

- Olha, como eu já disse... Suas visões estranhas têm a ver com o demônio de olho amarelo. – diz Dean. – Então...

- Acho melhor pedirmos ajuda. – diz Jane, interrompendo-o. – Bobby, Ellen talvez.

- É, é uma boa idéia. – diz Sam e pega seu celular. – Estranho... Está sem sinal.

Dean pega o seu e olha.

- O meu também. – diz Dean.

- Estranho. – diz Gi. Jane vai até um orelhão perto deles.

- A linha já era. – diz ela e se aproxima deles novamente. – Bom... Se eu fosse massacrar a cidade, essa seria a primeira coisa que eu faria.

...

Em seguida os quatro vão até a casa de Duane na estrada Aspen.

- O que eu faço? Eu não tenho distintivo. – diz Gi.

- Se quiser, você pode esperar no carro. – diz Sam.

- É... É melhor. – diz ela e se afasta na direção do Impala novamente.

Dean bate na porta a casa e um rapaz a atende.

- Sim? – pergunta ele.

- Oi. – diz Dean e mostra seu distintivo. – Procuramos Duane Tanner. Ele mora aqui, não é?

- Ele é meu irmão. – diz o rapaz.

- Podemos falar com ele? – pergunta Sam.

- Ele não está aqui agora. – responde.

- Você sabe onde ele está? – pergunta Jane o olhando fixamente.

- Sei. Ele foi pescar no lago Roslyn. – responde.

- Seus pais estão? – pergunta Dean.

- Sim. Estão lá dentro. – responde ele.

- Jake? Quem está aí? – pergunta um homem se aproximando da porta.

- Agentes federais, senhor. – diz Dean. – Viemos falar com seu filho Duane.

- Por quê? Ele não fez nada de errado, fez? – pergunta o homem.

- Não. – responde Jane. – Só queremos fazer perguntas de rotina. Só isto. Quando ele deve voltar da viagem?

- Não sei ao certo. – responde o homem.

- Será que sua esposa sabe? – pergunta Sam.

- Pode ser, eu não sei. – diz o homem olhando para dentro de casa. – Mas ela não está aqui no momento.

- Ah, seu filho disse que ela estava. – diz Jane dando um sorriso para ele.

- Eu disse? – diz o rapaz devolvendo o sorriso a ela.

- Ela foi á mercearia. – comenta o homem pondo uma de suas mãos no ombro do filho. – Quando Duane voltar, ele tem algum número para encontrar vocês?

- Não, tudo bem. Nós voltamos depois. – diz Dean. Em seguida os três se voltam em direção do Impala atrás da casa.

- Aquilo não foi sinistro? – pergunta Sam. – Muito certinho.

- Tem algo errado aqui. – diz Jane e se vira para a casa novamente. Dean e Sam a seguem. Eles vêem por uma janela, Jake e o pai rondando uma mulher presa em uma cadeira no meio da cozinha.

- Tudo bem, mãe. – diz o rapaz pondo as mãos no ombro da mulher que chora assustada. – Não vai doer nada.

Em seguida o pai, vai até ele com uma faca e faz um corte em seu braço. Dean e Sam preparam suas armas enquantoJane se aproxima da janela. O sangue de Jake cai no ombro despido da mulher. Em seguida, Jane levanta os braços e faz a janela, junto com uma parte da parede em pedaços, distraindo o rapaz e seu pai. Sam e Dean entram rapidamente e apontam suas armas para os dois. O homem vem correndo com raiva até eles. Dean atira duas vezes e o homem cai. Jake que está na mira da arma de Sam, atravessa a janela ao seu lado, o vidro se estilhaça na grama do quintal e ele corre mata adentro. Sam abaixa sua arma sem fazer nada. Dean e Jane o olham sem entender.

...

Em seguida, Jane e Sam levam a mulher amarrada na cadeira para dentro do carro e Dean coloca o homem baleado no porta-malas. Eles vão até o consultório médico ali perto.

- Olá? – pergunta Sam entrando com a mulher no consultório. Jane e Gi vão logo atrás. – Olá? Precisamos de um médico!

Uma jovem loira com tiara rosa na cabeça sai de uma sala correndo.

- Sra. Tanner, o que aconteceu? – pergunta ela.

- Ela foi atacada. – diz Jane.

- Dra. Lee. – chama a jovem.

- Calma. – diz Sam à mulher que começa a chorar.

- Tragam-na para cá. – pede a doutora apontando um cômodo. Sam, Jane e Gi entram com a mulher na sala.

- Ei. – diz Dean trazendo o homem baleado nas costas.

- Este é... – começa a doutora assustada.

- Sr. Tanner. – completa Dean.

- Ele foi atacado também? – pergunta a doutora vendo sangue nas mãos do homem.

- Não. Na verdade, ele foi o agressor e acabou levando um tiro. – responde Dean.

- Tiro? – pergunta a doutora assustada.

- É. – afirma Dean.

- E quem é você? – pergunta a doutora a ele.

- Agente Federal. – responde Dean arrumando o homem nas costas. – Eu tenho um distintivo, mas...

- Ah, desculpe... Pode levá-lo para dentro. – diz a doutora lhe dando passagem e eles entram no quarto.

...

- Espere... Você disse que o Jake ajudou? – pergunta a doutora à Sra. Tanner sem acreditar. Todos prestam atenção. – Seu filho Jake?

- Ele me bateu. – afirma ela chorando. – Me amarrou.

- Eu não acredito. – diz a jovem de tiara rosa olhando fixamente para a Sra. Tanner.

- Pam. – diz a doutora a interrompendo e se vira de volta para a mulher. – Beverly, você faz idéia de por que eles fariam isso? Algum histórico de independência química?

- Não. Claro que não. – responde ela. – Eu não sei porquê. Em um minuto eles eram meu marido e meu filho... E no outro, o diabo estava neles.

- Temos que conversar. – diz Jane a Sam e Dean e sai da sala com os dois atrás. – Esses caras piraram de repente.

- O que vocês acham? Múltiplos demônios, possessão em massa? – pergunta Sam.

- Se isto é possessão pode haver mais. – comenta Dean. – E Deus sabe lá quantas. Pode até ser uma convenção maligna. Só tem um jeito de arrasar uma cidade... Você começa de dentro.

- Nós não vimos fumaça do demônio no Tanner ou qualquer outro sinal. – comenta Jane.

- Seja o que for, alguma coisa o transformou em um monstro. – diz Dean andando de um lado para o outro e em seguida olha para o irmão. – Se você pegasse o outro, era menos um para nos preocupar.

- Dean. – diz Jane nervosa o parando.

- Desculpa, ta bom? – pede Sam também nervoso. – Eu hesitei Dean... Era um garoto.

- Não. – discorda Dean. – Era uma coisa. Não é uma boa hora para você mostrar seu coração Sam.

Em seguida a doutora vem até eles.

- Como a Sra. Tanner está? – pergunta Jane.

- Terrível. – responde ela nervosa. – Que diabos aconteceu lá?

- Não sabemos. – responde Dean.

- É? Pois vocês acabam de matar o meu vizinho. – diz a doutora.

- Nós não tivemos escolha. – diz Dean.

- Talvez não. – diz a doutora. – Precisamos do xerife e eu preciso do legista.

- As linhas estão mudas. – comenta Sam.

- Eu sei. Eu já tentei. – diz a doutora. – Digam que vocês tem rádio no carro, por favor.

- É. Nós temos. – diz Jane. – Mas não funciona como todo o resto.

- Eu não entendo o que está acontecendo. – diz a doutora confusa passando a mão na cabeça.

- Qual a distância até a próxima cidade? – pergunta Jane.

- Uns 60 km até Sidewinder. – responde a doutora.

- Tudo bem... Eu vou até lá ver se consigo ajuda. – diz Jane.

- Eu vou com você. – diz Sam.

- Não. – diz Jane se virando para ele.

- Você não vai sozinha, Jane. – diz Sam nervoso. – Lembra do que...

- Sam. – diz Jane o interrompendo. – Pára. Você precisa confiar em mim, ok?

A doutora olha para Dean sem entender e este apenas lhe dá um sorriso discreto.

- E a doutora pode precisar de vocês aqui. – continua Jane. – Para a proteção. Alguém pode vir e atacar, nunca se sabe.

- O que? – pergunta a doutora assustada. – Nos proteger do que?

- Depois conversamos sobre isso. – diz Jane a ela.

- Mas... – começa Sam.

- Sam. – interrompe Dean. – Ela está certa. Podem precisar da gente aqui.

- É. – afirma Jane. – E eu não vou sozinha... A Giovanna vai comigo.

- Eu? – pergunta esta surpresa saindo da sala ao lado. – Sério?

- Vamos ficar bem. – diz Jane a Sam e o beija rapidamente. – Dean, empresta o carro?

Ele joga as chaves para ela.

- Vamos. – diz Jane a Gi. As duas saem do consultório e partem com o Impala.

Um tempo depois na estrada elas avistam um carro parado com sangue nos vidros.

- Fique aqui. – diz Jane. Gi se vira para ela assustada e afirma com a cabeça. Jane dá um sorriso para ela. – Qualquer coisa grita.

Em seguida ela se aproxima do carro ensangüentado, vê pelas janelas estilhaçadas os bancos todos cheios de sangue. Olha para o chão, encontra uma faca ensangüentada e a pega, olhando em seguida para os lados.

...

No consultório, a doutora recolhe uma amostra de sangue do Sr. Tanner e começa a examiná-lo.

- Nossa. – diz ela um tempo depois.

- O que foi? – pergunta Sam.

- A taxa de linfócitos dele está muito alta. – responde. – Ele estava lutando contra uma infecção viral.

- Sério? – pergunta Dean. – Que tipo de vírus?

- Não sei ao certo. – responde ela.

- Acha que uma infecção o faria agir daquele jeito? – pergunta Sam.

- Nenhuma que eu conheça, mas... – começa a doutora. – Algumas causam demência, mas não aquele tipo de violência. Além do mais, nunca ouvi falar de uma que deixasse isso no sangue.

- Isso o que? – pergunta Sam.

- Esse resíduo estranho. – responde ela. – Se eu não conhecesse, até diria que é enxofre.

Dean e Sam se olham.

- Enxofre. – dizem os dois juntos.

...

Jane e Gi continuam indo até a próxima cidade pela estrada, quando vêem pessoas interditando-a com armas e carros.

- O que é isso? – pergunta Gi sem entender. Jane identifica um dos rostos parados lá na frente como o de Jake Tanner. Ele dá um sorriso para ela enquanto aponta sua arma. De repente um homem bate na parte de cima do carro com as mão enquanto as olha pela janela. Giovanna se assusta com a chegada repentina dele enquanto Jane o olha calmamente.

- Oi. – diz o homem. – Desculpem, a estrada está fechada.

- É, eu posso ver. – diz Jane. – O que houve?

- Quarentena. – responde o homem.

- Quarentena? – repete Jane. – Por quê?

- Eu não sei. – responde ele. – Tem alguma coisa lá.

- Quem disse a você? – pergunta Jane.

- O xerife do condado. – responde o homem.

- Ele está aqui? – pergunta Jane.

- Não. – responde o homem. – Ele ligou. Por que vocês não saem do carro para conversarmos?

- Ora, você é mesmo muito bonito. – diz Jane com um sorriso a ele e se vira para Gi. – Mas... Não faz nosso tipo, não é?

- É. – responde Gi o mais normal possível.

- Eu agradeço se vocês saírem do carro só por um minuto. – insiste o homem ainda com um sorriso amigável.

Jane se vira novamente para Gi e esta lhe pede em sua mente para que não os mate.

- Sinto muito. – diz Jane se virando para o homem novamente. – Mas temos que ir.

Em seguida Jane acelera o carro e da a volta na estrada, voltando para Rivergrove. O homem se prende na janela do Impala com uma expressão feroz. Os outros que interditam a estrada começam a atirar. Jane empurra o homem e ele voa diretamente para o chão de costas.

...

- Eu não entendo. – diz a Sra. Tanner virada para a doutora. – Está dizendo que meu marido e Jake estavam doentes?

- É o que estamos tentando descobrir. – responde ela e se aproxima da mulher. – Diga Beverly, durante o ataque, você lembra... De ter tido contato com o sangue deles?

- Ai meu Deus! – diz a Sra. Tanner se lembrando. – Você acha que eu peguei esse vírus?

- Beverly, eu não sei o que pensar. – diz a doutora. – Mas, se permitir, vou colher uma amostra do seu sangue.

A Sra. Tanner concorda com a cabeça e coloca sua mão em cima da mão da doutora amigavelmente. Em seguida ela a ataca lhe dando um soco na cara. Sam e Dean vão até ela para impedí-la, mas Beverly é forte demais e os empurra brutalmente. Dean cai por cima da cama de examinação direto para o chão e Sam bate em um armário de vidro, o quebrando. A Sra. Tanner pega um tesoura, mas Sam pega o extintor de incêndio e bate em sua cabeça, a fazendo cair desacordada. Ele e Dean se olham surpresos.

...

Jane e Gi voltam atentamente por uma rua vazia da cidade.

- Sabe... Eles não eram mais humanos. – diz Jane. – Porque queria que eu não os matasse?

Gi olha para os lados pensativa.

- Bom... Antes eles foram humanos. Eles não tem culpa de ter ficado daquele jeito. – diz ela.

- Hum... Se continuar pensando assim, não vai conseguir lidar com isso. – diz Jane. – Ainda mais se você quer ficar com a gente.

- É... Eu sei. – diz Gi se virando para a frente. – Pela visão do Sam... O Dean não perdoa nada.

- É... – diz Jane. – Droga.

- O que f... – começa Gi, mas de repente o homem moreno de antes que lehs indicou a casa dos Tanner pára na frente do carro e aponta uma arma para elas.

- Filho da mãe... – diz Jane.

- Saiam do carro! – grita o homem.

- Vamos. – sussurra Jane para Gi. As duas levantam os braços e fazem o que ele pede. – Muita calma, grandão.

- Vocês são um deles? – pergunta o homem sem abaixar a arma.

- Não. Você é? – pergunta Jane calmamente.

- Não. Você pode estar mentindo. – diz o homem.

- Você também. – diz Giovanna. Jane a olha com um sorriso e se vira para o homem novamente.

- Tudo bem. – diz Jane. – Não podemos ficar aqui o dia todo, não é? Vamos pegar mais leve antes de... Nos matar.

O homem abaixa a arma devagar.

- O que está havendo com todo o mundo? – pergunta ele.

- Não sabemos. – responde Jane.

- Meu vizinho... O Sr. Rogers... – começa o homem assustado.

- Ele tem um vizinho chamado Sr. Rogers? – sussurra Gi para Jane.

- Você é mais parecida com o Dean do que eu imaginava. – diz ainda olhando o homem.

 - Ele me atacou com uma machadinha. – continua ele. – Eu o derrubei. Ele não é único. Está acontecendo com todos.

- Estamos indo para a casa da doutora. Ainda tem gente sobrando. – diz Jane.

- Eu vou dar o fora daqui. – diz o homem.

- Não tem como. – diz Gi. – Eles bloquearam a ponte. Venha com a gente.

- Eu não acredito em vocês. – diz ele.

- Tudo bem. Fique aqui. – diz Jane. – Esteja a vontade.

Em seguida Jane entra no carro. Giovanna continua olhando o homem.

- Vamos. – diz Jane a ela.

- Vem com a gente. – diz Giovanna a ele. O homem pega uma arma menor e se aproxima ainda hesitante do carro. Giovanna o deixa entrar no banco de trás e se senta ao lado de Jane. Esta lhe entrega uma arma. Giovanna a olha sem saber o que fazer.

- Por precaução. – diz Jane. Giovanna pega a arma e aponta para o homem, um pouco assustada por ter de segurar aquilo. – Essa vai ser uma viagem muito relaxante.

Em seguida eles partem.

...

A doutora consegue recolher uma amostra do sangue de Beverly e começa a examiná-lo.

- E se todos nós pegarmos isso? – pergunta Pam. – E se todos ficarmos loucos?

- Você tem que ficar calma. – diz a doutora vendo-a começar a chorar. – Nós só podemos esperar. A namorada de um dos agentes foi buscar ajuda.

- E quem disse que ela vai conseguir? – pergunta Pam. – Quem disse que ela não vai ser atacada e vai vir aqui nos atacar? Não posso ficar aqui.

Sam e Dean a olham se levantar.

- Eu tenho que ir. – continua ela.

- Pam. – diz a doutora.

- Não. Você não entende. – diz ela. – Meu namorado está lá fora. Eu preciso ver se ele está bem.

Sam e Dean vão atrás dela.

- Espere. – pede Dean. - Sabemos que está nervosa, mas é mais seguro ficar aqui agora. A ajuda já vem.

- A Jane está trazendo ajuda. – diz Sam. – Confie nela.

Em seguida eles ouvem barulho de carro estacionando.

- Aí vem ela. – diz Sam apontando a porta com um sorriso. Pam se vira para ela.

- Abram a porta. – pede Jane. Sam a abre e ela, Gi e o homem moreno entram.

- Acharam um telefone? – pergunta Dean.

- Bloqueio na estrada. – responde Jane. Dean e Sam a olham sem entender. Ela se vira para o homem. – Preciso conversar com eles, a doutora está lá dentro.

- Tudo bem. – diz ele e entra na sala.

- Jane... O que está acontecendo lá? – pergunta Sam.

- Por incrível que pareça, eu não sei. – diz Jane. – Como você disse, não é a toda hora que eu vou saber tudo e que as coisas vão vir de mão beijada.

- O sargento foi o único homem que achamos. – comenta Gi.

- A doutora descobriu alguma coisa? – pergunta Jane. – Tipo com o que estamos lidando?

- A doutora acha que é um vírus. – responde Dean.

- E o que vocês acham? – pergunta Jane.

- Que ela está certa. – responde Sam. – Os infectados tentam infectar os outros com o seu sangue. Contato direto.

- E tem mais. – diz Dean. – O vírus deixa vestígios de enxofre no sangue.

- Um vírus demoníaco. – diz Jane.

- É. – concorda Sam. – Parece uma zona biológica demoníaca. O que ao menos explica as minhas visões.

- É como uma praga bíblica. – comenta Gi.

- Andamos olhando no diário do papai. – diz Sam. – Achei uma coisa sobre a colônia Roanoke.

- Que coisa? – pergunta Jane.

- O pai tinha uma teoria sobre Croatoan. – responde Dean. – Ele achava que era o nome de um demônio, também conhecido como Dever ou Reshef.

- Um demônio de praga e pestilência. – diz Sam.

- Mas... Por que aqui? Por que agora? – pergunta Jane sem entender começando a andar de um lado para outro. – O que aquele maldito quer?

- Não fazemos idéia. – diz Sam. – Não sabemos como essa coisa vai se espalhar. Temos que sair daqui e avisar as pessoas.

- Eles pegaram um! Aqui! – grita o sargento no corredor. Os quatro vão até lá apressadamente.

- É a mulher, ela está infectada. – diz Dean.

- Nós temos que resolver isso. – diz o sargento a eles. – Não podemos deixá-la aqui. Meus vizinhos... Eles eram fortes. Quanto mais esperarmos, mais ela se fortalece.

Os quatro se olham. Em seguida Dean pega sua arma e entra na sala.

- Vocês vão matar Beverly Tanner? – pergunta Pam surpresa e assustada.

- Doutora, tem tratamento para isso? – pergunta Sam. – Qualquer tipo de cura?

A doutora não responde.

- Você pode curá-la? – pergunta Jane.

- Pelo amor de Deus, nem sei ainda o que é! – responde ela.

- Eu disse, é uma questão de tempo até ela escapar. – diz o sargento apontando seu rifle para uma despensa dentro da sala, onde Beverly está trancada.

- Deixem-na lá. – diz Pam. – Não podem matá-la como a um animal.

- Sam. – diz Dean. Os dois vão até a porta da despensa. Sam destranca a porta. Dean e o sargento preparam suas armas. Em seguida eles abrem a porta. O sargento e Dean entram rapidamente e apontam suas armas para Beverly.

- Mark. O que está fazendo? – pergunta ela chorando para o sargento. – Mark, são eles. Eles me trancaram aqui. Eles tentaram me matar. Eles estão infectados, não eu. Por favor, Mark! Você me conhece a vida toda. Por favor!

O sargento, Sam e Gi a olham tristemente.

- Tem certeza de que ela é um deles? – pergunta Dean olhando para Sam. Jane e Gi o olham. Sam faz que sim com a cabeça.

- Tenho. – diz ele. Em seguida Dean se adianta se pondo na frente de Mark.

- Não! – grita Beverly, mas é tarde. Dean atira três vezes.

...

À noite, o sargento olha a rua pela persiana da janela. Alguns infectados andam pela calçada. Sam e Dean preparam algumas armas. Sam olha para o irmão que não está nem um pouco transtornado com o que fez. De repente eles ouvem vidro se quebrando.

- Meu Deus! Tem algo em mim? – pergunta Pam que estava levando os vidros com as amostras de sangue até o armário. Um deles se quebra e o sangue cai nela. – Eu estou bem?

- Calma, está tudo bem. – diz a doutora a ela.

- Porque ainda estamos aqui? – pergunta Pam. – Por favor, vamos embora.

- Não podemos. – diz Jane entrando na sala com Sam, Dean e Gi atrás. – Essas coisas estão em toda a parte.

- Ah Deus. – diz Pam.

- Calma. – diz a doutora a ela. Mark entra na sala.

- Ela tem razão em uma coisa. – diz Sam a eles. – Não podemos ficar aqui para sempre. Temos que ir para algum lugar. O bar da estrada, sei lá. Mas precisamos ir. Temos que avisar as pessoas sobre isso.

- É. Bem pensado. – diz Dean. – ‘’A Noite dos Mortos Vivos’’ não termina nada bem.

- Eu não sei se temos escolha. – diz Mark. – A turma daqui é muito boa com os rifles. Mesmo com tudo o que temos, somos um alvo fácil.

- A não ser que a gente arranje explosivos. – diz Jane. Sam olha para os lados e vê alguns vidrinhos em cima do armário da sala.

- Podemos fabricá-los. – diz Sam com um sorriso a Jane. Em seguida ele pega um dos vidros e mostra a eles.

- Ei! Me deixem entrar! Por favor! – grita alguém lá fora enquanto bate na porta fortemente. – Me deixem entrar!

- É Duane Tanner. – diz Mark com seu rifle na mão. Este vai até a porta e o deixa entrar.

- Graças a Deus! – diz o rapaz e entra na clínica apressadamente.

- Você está bem? – pergunta Mark enquanto eles vão até o corredor.

- Esse é o cara que eu... – começa Dean.

- É. – responde Sam.

- Quem mais está aqui? – pergunta Duane a Mark enquanto se dirige a sala.

- Ei, calma aí. – diz Dean o interrompendo. – Doutora, quer dar uma olhada no Duane?

A doutora afirma com a cabeça.

- Pam? – chama ela enquanto entra na sala com eles atrás.

- Quem são vocês? – pergunta Duane olhando para os quatro.

- Não importa quem somos. – diz Dean. Duane se senta em uma cadeira. – Doutora.

- Tudo bem. – diz ela. – Vou examiná-lo.

- Duane... Onde esteve até agora? – pergunta Mark desconfiado.

- Eu estava pescando lá em Roslyn. Voltei hoje à tarde. – responde ele. – Eu vi Roger McGill ser arrastado da própria casa por gente conhecida. Eles o cortaram com suas facas. Eu corri, fiquei escondido no mato. Alguém viu minha mãe e meu pai?

- Estranho. – sussurra Dean para Sam e Jane.

- Você está sangrando. – diz Jane chegando perto de Duane.

- O que houve? – pergunta Dean desconfiado.

- Eu estava correndo. Devo ter tropeçado. – responde o rapaz.

- Amarre-o. Deve ter corda na despensa. – diz Dean a Mark.

- Espere. – diz Duane se levantando sem entender.

- Senta aí! – diz Dean apontando sua arma para ele. Duane o olha assustado.

- Desculpe Duane. Ele está certo. – diz Mark voltando com a corda. – Nós temos que ter cuidado.

- Cuidado com o que? – pergunta Duane.

- Eles sangraram em você? – pergunta Jane o olhando desconfiada.

- Não. Que droga. Não. – responde ele.

- Doutora? Podemos ter certeza? Algum exame? – pergunta Sam.

- Chequei o sangue da Beverly. – diz a doutora.

- Minha mãe? – pergunta Duane se sentando novamente.

- Levou três horas para o vírus incubar. – comenta a doutora. – O enxofre não apareceu no sangue antes disso. Então não tem jeito de saber. Não antes de Duane surtar.

- Sam. – diz Jane. Ele a olha. Esta aponta com a cabeça para Dean. Sam afirma com a cabeça em seguida.

- Dean. – diz ele. – Precisamos conversar. Agora.

Dean tira os olhos de Duane e olha o irmão sair da sala. Dean entrega sua arma para Jane e o segue. Em seguida, Mark começa a amarrar Duane.

- Esta começando Dean. – diz Sam. – A minha visão.

- É, eu imaginei. – diz Dean.

- Você não pode matá-lo. – pede Sam. – Ainda não. Não sabemos se ele foi infectado ou não.

- Acho que sabemos muito bem. – diz Dean. – O cara aparece no meio do nada. Ele tem um corte na perna. A família toda foi infectada.

- Tudo bem. – diz Sam. – Então, vamos deixá-lo amarrado e esperar para ver.

- Para que? Para ele dar uma de Hulk e infectar mais alguém? – pergunta Dean. – Não, obrigado. Não dá para arriscar.

Dean tenta voltar para a sala, mas Sam não o deixa passar.

- Também não gosto disso, ok? – diz ele. – Mas é um trabalho duro e você sabe.

- É claro que é trabalho duro, Dean. – diz Sam. – Nós temos que lutar com isso. Este é o objetivo.

- E o que ganhamos com isto? – pergunta Dean.

- Consciência limpa, para começar. – responde Sam.

- Ora, agora é muito tarde. – diz Dean e volta para a sala.

- O que está acontecendo com você? – pergunta Sam.

- Como é? – pergunta Dean sem entender.

- Você pode matar um homem inocente... E não está nem aí. – diz Sam. – Você nem parece mais o mesmo, Dean. Quer saber? Você está agindo como uma dessas coisas que combatemos!

De repente Dean empurra Sam para o outro lado e vai até o corredor que dá para a sala e tranca a porta para que Sam não passe.

- Ei! Dean abra essa porta. – pede ele nervoso. – Não faça isso, Dean. Não.

Em seguida Dean pega outra arma, coloca balas nela, olha de volta para a porta onde trancou Sam na sala de espera e entra na sala de exame.

- Não, não, não. – diz Duane olhando a arma na mão de Dean. – Você não pode...

- Dean, o que está fazendo? – pergunta Jane se aproximando.

- Fica aí! – manda ele.

- O que você está fazendo? – pergunta Gi também assustada com a expressão séria de Dean. Este aponta sua arma para Duane.

- Não. Não. Eu juro! Não está em mim! – grita ele desesperado.

- Meu Deus! Nós vamos todos morrer. – diz Pam em um canto da sala.

- Talvez ele esteja falando a verdade. – diz Mark a Dean.

- Não. Ele não é. Não mais. – diz Dean.

- Não! Pare! – grita Duane e se vira para a doutora. – Pergunte a ela! Pergunte à doutora. Não está em mim!

Dean olha para a doutora.

- Eu não sei dizer. – diz ela.

- Por favor! Não! – diz Duane começando a chorar. – Eu juro, não está em mim! Não está em mim!

- Não tenho escolha. – diz Dean sério.

- Não. – sussurra Duane. – Não.

- Dean. – diz Jane. – Esse não é você.

Um tempo depois abaixa a arma.

- Droga! – diz ele. Duane fica ofegante. Em seguida, Jane vai até o corredor e destranca Sam.

Dean, Jane e Gi começam a fazer explosivos com a orientação de Sam. A doutora vem até eles.

- Já se passaram quatro horas. – diz ela. – O sangue de Duane está limpo. Eu não acho que ele foi infectado. Eu quero desamarrá-lo se for possível.

Os quatro se olham. Sam olha para a doutora.

- Claro. – concorda ele.

A doutora se afasta para a outra sala.

- Você sabe que eu vou perguntar porquê. – diz Sam a Dean.

- É, eu sei. – afirma ele. Em seguida Sam vai até a outra sala.

- Como você está, Pam? – pergunta ele vendo a garota com uma expressão séria.

- Bem. – responde ela sem olhá-lo. – Vai acabar logo.

De repente Jane olha para o corredor que dá para a outra sala.

- Tem algo errado. – sussurra ela.

- O que? – pergunta Gi que está a seu lado. Dean olha para elas. Jane se concentra e tenta ouvir o que está sendo dito entre Sam e Pam.

Na outra sala, a jovem loira fecha a porta.

- De fato... Eu esperei por isso o tempo todo. – diz ela.

- Por isto o que? – pergunta Sam sem entender. Pam se aproxima bem dele.

- Pegar você sozinho. – responde ela.

- Droga! – diz Jane e corre até a outra sala. Pam ataca Sam que cai de costas no chão. Jane abre a porta bruscamente e agarra a garota por trás, a jogando na parede. Esta pega uma faca, se corta e corre para cortar Jane também.

- Pode tentar a vontade. – diz esta com um sorriso a ela. Dean, Gi e Mark correm até a sala. De repente Sam se levanta e se põe na frente de Jane, atacando Pam também.

- Não, Sam! – grita Jane, mas é tarde. Pam é rápida demais, faz um corte no peito de Sam e encosta seu próprio sangue na ferida dele.

Jane pega a arma que Dean lhe entregou antes e atira três vezes nas costas da garota que cai morta no chão. Jane vai até Sam, mas Mark se põe na frente.

- Não. – diz ele. – Ela sangrou nele... Ele pegou o vírus.

Dean e Gi olham o olham com os olhos arregalados. Jane se vira para Sam com a mesma expressão.

...

Um tempo depois, Sam é colocado na cama de examinação. Este segura um gelo na ferida.

- Doutora, olhe a ferida dele. – pede Dean rodeando a mesa. Ninguém se mexe. – Doutora!

- Porque ela tem que examiná-lo? – pergunta Mark. – Todo mundo viu o que aconteceu.

- O sangue dela entrou na sua ferida? – pergunta a doutora à Sam.

- Qual é! Claro que entrou! – diz Mark nervoso.

- Nós não temos certeza. – diz Jane apesar de ter.

- Não podemos arriscar! – diz Mark. – Você sabe o que temos que fazer.

Jane levanta da cadeira ao lado da mesa em que Sam está e se aproxima do homem.

- Ninguém vai atirar nele! – diz ela nervosa. – Qualquer um que ousar apontar uma arma para ele, eu acabo com a pessoa.

- Ele não será seu namorado por muito tempo. – diz a doutora.

- Ninguém vai atirar em ninguém! – grita Dean nervoso. – Ainda mais no meu irmão!

- Você ia atirar em mim! – grita Duane.

- Se não calar a boca, eu é que vou atirar em você! – diz Jane.

- Jane. – diz Sam a ela. – Eles têm razão. Eu fui infectado... Me passe a arma que eu faço sozinho.

- Esqueça. – diz ela inconformada.

- Jane, eu não quero virar uma daquelas coisas. – diz Sam.

- Nós ainda temos tempo. – diz Dean se aproximando dele.

- Tempo pra que? – pergunta Mark a eles. – Olha... Sei que ele é seu irmão e seu namorado e sinto muito. Mas vou ter que resolver isso.

Ele pega sua arma.

- Eu só vou falar uma vez. – diz Jane. – Faça um movimento e estará morto antes de bater no chão. Você entendeu? Eu fui clara?!

- Jane. – diz Sam.

- Então o que devemos fazer? – pergunta Mark nervoso.

- Dean. – diz Jane pegando a chave do carro que ainda está com ela. Dean entende e concorda com a cabeça. Ela joga as chaves para Mark. – Dêem o fora daqui, só isso. Peguem o carro lá fora. Vocês têm bastante explosivos. E tem um arsenal lá.

Mark a olha surpreso. Jane olha para Gi, Duane, a doutora e Dean.

- Vocês todos vão com ele. – continua Jane. – Vocês tem poder de fogo para acabar com qualquer coisa.

- Do que você está falando? – pergunta Dean surpreso. – Eu não vou deixar vocês dois aqui.

- Nem eu. – diz Giovanna se aproximando deles.

- Vocês vão sim. – diz Jane a eles. – Nem que eu tenha que usar meus métodos.

Dean e Giovanna se olham sem saber o que fazer.

- Entenderam? – pergunta Jane vendo que a ficha deles caiu.

- Mas... E você? – pergunta Mark a ela.

- Eu vou ficar aqui. – responde ela depois de um instante.

- Jane. Não. Não. – discorda Sam. – Vá com eles. Eles podem precisar.

- Não. Você não vai se livrar de mim tão fácil. – diz Jane com um sorriso a ele.

- Não. Ele está certo. – diz Mark a ela. – Venha conosco.                                                         

Jane o olha sem dizer nada. O sargento entende isso como um ‘’não’’.

- Está bem. – diz ele. – Esse é o seu funeral.

Em seguida Mark, Duane e a doutora, saem da sala.

- Lamento. – diz a doutora se virando para eles. – E... Obrigada por tudo agentes.

- Na verdade... Não somos agentes. – diz Dean.

- Ah... – diz a doutora. Dean e os outros lhe dão um rápido sorriso. Ela devolve outro e sai da sala.

- Vocês também... Vão! – manda Jane. – Isso não vai terminar aqui. Vocês dois podem continuar... Dean você pode até achar que não, mas... Eu acho que a Gi pode lidar com isso. Então... Leve-a junto com você.

Giovanna abre um sorriso para Jane que lhe dá um também.

- Você tem certeza disso? – pergunta Dean tristemente.  

- Tenho. – diz Jane. – Vão.

Dean da uma última olhada para Sam que olha para baixo sem acreditar no que está acontecendo. Em seguida ele e Gi saem da sala. Jane vai até a porta e a tranca.

Sam levanta a cabeça e a olha com lágrimas nos olhos. Em seguida, Jane vai até ele e o abraça.

- Jane... Não faça isto. – diz Sam a abraçando mais forte. – Dê o fora daqui.

- Nem pensar. – diz ela e limpa as lágrimas de Sam.

- Jane... Por favor, eu te peço. – diz Sam apavorado. – Deixe a arma e saia.

- Pela última vez, Sam. – diz Jane sem nenhum sorriso. – Não.

Em seguida ela começa a andar pela sala. Sam dá um soco na mesa com raiva.

- Foi a coisa mais burra que você já fez. – diz ele.

- Não sei não. – diz Jane. – Lembra quando eu tentei matar você, o Dean e o John? Aquilo foi a coisa mais burra que eu já fiz. Apesar de que sou eu a culpada pela morte do pai de vocês.

- Do que você está falando? – pergunta Sam. – Não foi sua culpa.

- Não? – diz Jane e dá uma risada sarcástica. – Foi a vida dele pela minha, Sam... É claro que foi minha culpa. Se for para eu perder você... Eu vou junto.

- Jane, eu estou doente. – diz Sam. – Acabou para mim. Não tem que acabar para você.

- Sam. – diz Jane o fazendo parar. – Quando você se transformar, por mais que doa em mim... Eu vou te matar ao mesmo tempo que você me mata.

- Você pode continuar sem mim. – continua Sam.

- E quem disse que eu quero continuar? – pergunta Jane.

- O que? – pergunta Sam surpreso. Jane se senta em uma cadeira na parede de frente para ele.

- Estou cansada, Sam. – responde ela e pega a arma de Dean de seu bolso do casaco. – Cansada desse trabalho. Desta vida. Deste peso que eu carrego, essa culpa. Meu pai é a pior pesso... Coisa do mundo. Eu tirei o John de você e do Dean.

- E você vai desistir desse jeito? – pergunta Sam. – Só por minha causa? Você vai mesmo me deixar te matar?

- O que você acha?! – pergunta Jane se levantando com raiva. – Você acha que eu posso agüentar sem você?!

- Me escuta. – pede Sam. – Eu sei que o lance do meu pai...

- Não. – interrompe Jane. – Em parte é por causa disso, mas...

- É porque então? – pergunta Sam sem entender.

De repente alguém bate na porta. Jane a olha surpresa. A abre.

- Achou que a gente ia embora mesmo? – pergunta Dean com um sorriso. Jane olha para Sam, que olha para o irmão ainda com lágrimas nos olhos. – Vocês precisam ver isto.

Em seguida todos vão para fora da clínica. Encontram Duane, Mark e a doutora lá. Eles olham para os lados, só se ouve o vento e o barulho dos grilos.

- Não tem ninguém. Em lugar algum. – diz a doutora. – Todos se foram.

Jane olha para o tronco com a palavra Croatoan gravada.

- Doutora. – diz ela. – Será que poderia examinar o Sam?

- Claro. – responde a doutora. – Vamos lá para dentro.

Depois de retirar uma amostra de sangue, a doutora começa a examiná-lo.

- Bem, cinco horas e seu sangue ainda está limpo. – diz ela. – Eu não entendo, mas você escapou do perigo.

- Mas, eu fui exposto. – diz Sam sem entender. – Como é que eu não fui infectado?

- Eu não sei. – responde a doutora. – Mas, você não foi. Veja, se agente comparar com as amostras dos Tanner... O que?

Sam a olha.

- O que? – pergunta ele.

- O sangue deles. – responde a doutora. – Está sem o vestígio do vírus. Sem enxofre. Nada.

...

Um tempo depois Duane coloca suas coisas na caminhonete de Mark.

- Doutora. – diz ele. – Eu e o sargento vamos sair daqui. Vamos para o sul. Você devia vir.

- É melhor ir para Sidewinder. – diz ela. – Tragam as autoridades. Se é que vão acreditar em mim.

Duane e Mark afirmam com a cabeça.

- Cuidem-se. – diz a doutora. Em seguida Mark acena para ela e para os outros quatro.

- E o Sam? – pergunta Dean a doutora.

- Ele vai ficar bem. – responde ela. – Sem sinais de infecção.

Em seguida ela entra na clínica. Duane e Mark partem na caminhonete. Dean, Gi e Jane olham para Sam.

- Ei, não olhem para mim. – diz ele. – Não faço idéia.

- Eu juro, eu vou perder o sono com esse caso. – diz Dean. – Porque aqui? Porque agora? Para onde todo mundo foi? Eles não podem ter derretido.

- E porque eu sou imune? – pergunta Sam olhando para o chão.

- É. Quer saber? Esta é uma boa pergunta. – diz Dean e entra no carro. – Você está começando a achar que foi o único que escapou.

- Fala sério, Dean. – diz Gi e também entra no carro, no banco de trás. – Seu irmão não foi infectado. É um ótimo motivo para você ficar feliz.

 Sam olha para Jane que pára na sua frente. Ela se aproxima bem dele e lhe dá um longo beijo.

- A gente não vai se livrar um do outro tão cedo. – diz Jane com um sorriso enquanto passa as mãos no cabelo dele.

Sam lhe dá um sorriso e abre a porta do carro para ela entrar. De repente Jane se vira para a rua, por onde a caminhonete de Mark foi.

- Jane? O que foi? – pergunta Sam olhando sua expressão séria.

- Eu não sei. – diz ela. – Eu senti alguma coisa... Esquece.

Jane entra no carro ao lado de Gi e Sam ao lado do irmão. Em seguida eles partem.

Na estrada, Mark dirige tranquilamente com Duane ao seu lado.

- Pode parar um pouco? – pergunta Duane ao sargento.    

- Está bem. – diz Mark e para o carro no acostamento.

- Eu preciso fazer uma ligação. – diz Duane.

- Os telefones não funcionam. – diz Mark a ele.

- Eu sei o que fazer. – diz Duane e pega uma taça com caveiras em volta.

- Que coisa é essa? – pergunta Mark olhando-a. De repente Duane corta a garganta do sargento com uma pequena faca escondida na manga do casaco e o sangue cai na taça. Quando o sangue para de jorrar, Duane põe a mão dentro da taça, pegando um pouco do líquido e jogando de volta em movimento circular. Um redemoinho se forma.

- Acabou. Você vai gostar. – diz Duane sozinho. – Eu não acho que mais testes sejam necessários. O rapaz Winchester com certeza é imune como se esperava... Sim, claro.

Duane olha para Mark, morto ao seu lado na caminhonete.

- Não ficou nada para trás. – diz ele com um sorriso demoníaco. Em seguida seus olhos ficam inteiramente pretos.

...

De manhã, Dean também pára no acostamento de frente para um lago e árvores em volta. Os quatro saem do carro e se sentam em uma cerca para apreciar a vista, respirar um pouco e tomar uma cerveja. Sam olha para Jane que olha fixamente o lago enquanto bebe um gole de sua garrafa.

- E aí? – diz Sam a ela. Jane o olha. – Vai me dizer afinal do que estava falando?

Jane olha para os lados sem saber o que fazer.

- Como assim? – pergunta Jane. Dean e Gi os olham.

- Como assim? – repete Sam. – Você disse que estava cansada de tudo isso. E não era só por causa do meu pai.

- Esquece. Eu estava nervosa. – diz Jane com um sorriso a ele.

- Esquecer? Não dá. – diz Sam. – Nem pensar.

- Eu achei que a gente ia morrer e falei o que meu deu na telha. – mente ela.

- Não, não, não. – diz Sam com um sorriso a ela. – Você não vai conseguir escapar Jane. Pode ir falando.

- E se eu não quiser? – pergunta ela.

- Do que vocês estão falando? – pergunta Dean. – O que rolou lá dentro?

- Nada. – diz Jane. – Não quero falar sobre isto, certo?

- Então eu vou ficar te perguntando até você me dizer. – diz Sam a ela.

- O que está havendo? – pergunta Gi à Dean.

- Eu sei lá, Sam. – diz Jane. – Eu só acho que nós quatro podíamos... Ir para o Grand Canyon.

- O que? – pergunta Sam.

- É... Sabe. A gente fica na estrada de um lado para o outro. – continua Jane. – Sabia que eu não conheço o Grand Canyon? Me deu vontade.

- É isso aí. – diz Dean a ela e eles batem na mão um do outro com um sorriso. – Ou podemos ir para Hollywood pegar a Lindsay Lohan.

Gi dá um tapa em suas costas.

- Ai, eu estou brincando. – diz Dean com um sorriso a ela.

- Vocês não estão dizendo coisa com coisa. – diz Sam.

- Eu só estou dizendo que podíamos dar um tempo de tudo. – diz Jane. – Porque temos que ficar com toda a responsabilidade? Porque não podemos viver um pouco?

- Porque está dizendo isso? – pergunta Sam a ela sem entender. Jane se vira para o lago novamente e dá outro gole em sua cerveja.

- Não, não, não. – diz Sam. – Jane, você é minha namorada. Seja o que for que está pesando para você, me deixe ajudar um pouco.

- Não posso. – diz Jane o olhando. – Eu prometi.

- A quem? – pergunta Sam.

- John. – responde ela. Dean e Sam a olham sem entender.

- Do que você está falando? – pergunta Sam começando a ficar curioso, mas ao mesmo tempo assustado.

- Pouco antes do pai de vocês morrer... – começa Jane. Gi abre a boca surpresa.

- Ele morreu? – sussurra ela para si mesma.

- Ele me disse uma coisa. – continua Jane hesitante. - Ele me contou uma coisa sobre você... Sam.

- O que? – pergunta ele assustado. – Jane... O que ele disse a você?

Jane olha para o chão, mas em seguida olha para os olhos de Sam fixamente.

...

Fim do Nono Capítulo da Segunda T. de Supernatural


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews??? Continuem lendo!!! XDBjaooo...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Supernatural: Segunda Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.