Supernatural: Segunda Temporada escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 7
Capítulo 7: Os Suspeitos Habituais


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!...XD



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Baltimore, Maryland.

À noite em uma delegacia de polícia todos trabalham com empenho.

- Sobre que nomes? – pergunta um detetive no celular. – Ah, esses são os meus favoritos até agora. Pelo que sabemos tem possíveis identidades em três estados.

Em sua sala um fax chega.

- Te ligo depois. – diz o detetive pegando a folha.

Um tempo depois, policias vão até um motel no meio da estrada.

- Merda. – diz Jane deitada em sua cama.

- O que foi? – pergunta Sam que estava acariciando-a.

- Policiais. – responde ela.

- O que? – pergunta Sam e vai até a janela rapidamente, a abrindo um pouco e vendo viaturas se aproximando. – O que eles estão fazendo aqui?

- Vieram nos pegar. – responde Jane. – Lembra quando a gente teve que lidar com aquele transformador que ficava usando a aparência do Dean?

- Você só pode estar brincando que só agora eles foram investigar aquilo? – pergunta Sam nervoso. – E o Dean?

Jane apenas o olha.

- Já o pegaram. – responde ela em seguida. – Eu sabia que deveria ter ido com ele.

- O que vamos fazer? – pergunta Sam andando de um lado para o outro. – A gente tem que sair daqui.

- Não. Vamos deixá-los nos levar. – diz Jane. – A gente já se safou de coisas piores. Não podemos ficar fugindo o tempo inteiro.

Sam a olha preocupado.

...

Um tempo depois na delegacia.

- Primeiro pensei que só estava aumentando o nível do jogo de vocês. – diz o detetive a um rapaz sentado à sua frente. – Fraudes de cartões de crédito, arrombamentos. Essa me confundiu. Violações de túmulos? Mas essas infrações estão longe de assassinato... Então recebemos um fax de St. Louis, onde você é suspeito de torturar e assassinar uma jovem. Entretanto ninguém pode provar nada já que você supostamente morreu lá. Mas tenho que dizer algo, você me parece muito saudável. Sabemos que Karen Giles não foi a primeira que você assassinou, mas te garanto que ela é a última.

Dean o olha sair da sala de interrogamento.

...

Em outra sala de interrogamento, uma detetive entra com dois copos de café.

- Achei que vocês poderiam estar com sede. – diz ela. Sam e Jane se olham.

- Certo, você é a policial legal. Cadê o malvado? – pergunta Sam.

- Está com o seu irmão. – responde ela com um sorriso sarcástico. – Ele está sendo detido por suspeita de assassinato e vocês por cumplicidade.

- Assassinato? – diz Sam nervoso.

- Você parece estar mesmo surpreso. – diz a detetive. – Ou você é um ótimo ator?

- Quem ele assassinou? – pergunta Sam.

- Chegaremos lá. – diz a detetive.

- Não podem nos deter aqui sem uma acusação formal. – diz Sam.

- Podem sim. – diz Jane em seguida. – Por 48 horas.

- Exato. – concorda a detetive com ela. – Você como estudante de direito deveria saber disso, Sam.

Jane a olha nervosa.

- Sei tudo sobre você, Sam. – continua a detetive. – Tem 23 anos, sem emprego, nem endereço fixo, sua mãe morreu quando era um bebê, ninguém sabe sobre o paradeiro do seu pai e agora tem o caso do seu irmão, Dean, cuja a morte foi um exagero. Interrompam quando der na telha.

Jane e Sam apenas a olham.

- Ok, vou continuar. – diz ela. – Sua família se mudou bastante quando você era um garoto, apesar disso você só tirava A na escola. Entrou em Standford com bolsa de estudos integral. Aí cerca de um ano atrás houve um incêncio em seu apartamento. Uma fatalidade, Jessica Moore, sua namorada.

Sam olha para Jane, que não tira os olhos da detetive.

- Depois que ela morreu, você sumiu do mapa e deixou tudo para trás. – continua a mulher.

- Precisava de um tempo para superar. – comenta Sam de cabeça baixa.

- Sabe tanta coisa a respeito dele... – começa Jane. – E de mim, o que você tem para contar?

- Incrivelmente... Eu não tenho nada, o que é muito estranho. – diz a detetive a encarando. – É como se você nem existisse.

- Ótimo, isso mostra que até vocês detetives não são tão bons assim como dizem que são. – diz Jane chegando mais perto dela. A detetive recua.

- Jane. – diz Sam segurando sua mão. Ela o olha. Sam sussurra. – Está tudo bem, lembra o que você disse? Já nos safamos de coisas piores.

Jane lhe dá um pequeno sorriso e se afasta da detetive em seguida.

- Como tem sido para vocês viajar pela estrada sem parar em um lugar fixo? – continua a mulher.

- Ótimo. – responde Sam. – Tipo... Vimos a segunda bola gigante de novelo de linha dos EUA.

- Que ótimo. – diz a detetive. – Passamos a impressão digital do Dean pela AFIS. Bateu possívelmente com o carro mais de 12 vozes.

- Possivelmente, ou seja, é inútil. – diz Jane.

- Mas me faz perguntar, o que iremos descobrir quando passarmos a sua impressão digital. – diz a detetive a ela.

- Certifique-se de me avisar, ok? – pede Jane sem se intimidar e toma um longo gole de seu café. A detetive vai até Sam.

- Sam, você parece ser um bom garoto. – sussurra ela. – Não é culpa sua o Dean ser seu irmão e você ter que lidar com a namorada rebelde dele. Não podemos escolher nossa família.

Jane dá um sorriso sarcástico para o alto.

- Como se eu não pudesse escutá-la. – sussurra ela para si mesma.

- Nesse momento estão exumando um corpo em St. Louis. – diz a detetive a eles. – estão tentando descobrir como o Dean simulou a própria morte depois de torturar todas aquelas garotas. Ele é um bandido e posso afirmar que a vida dele acabou.

- Dean não é um bandido. – diz Jane nervosa.

- Eu sei que ele é seu namorado, mas sua vida não precisa acabar também por culpa dele. – diz a detetive. Sam revira os olhos.

- Dean não é meu namorado. – diz Jane. – É só um amigo.

- Ela é minha namorada. – diz Sam. A detetive os olha.

- Bom... Isso é uma surpresa para mim. – diz ela. – Melhor ainda, agora fica mais fácil abandonar o Dean .

- Você quer que a gente se revolte contra ele? – pergunta Sam também ficando nervoso.

- Não. – responde a detetive. – Ele já está no papo. Afinal foi pego no flagra na cena do crime de Karen Giles, só queremos que vocês completem as peças que estão faltando.

- Porque faríamos isso? – pergunta Jane cruzando os braços.

- Porque posso falar com o promotor público. – responde ela. – Fazer um acordo para vocês. Podem seguir com suas vidas. A do Dean praticamente já era.

- Meu pai e Tony Giles eram velhos amigos. – comenta Sam. – Trabalharam juntos. Conhecemos ele desde criança. Então... Viemos assim que soubemos de sua morte.

...

(Flashback)

Dean, Jane e Sam estão sentados na mesa de um café. Dean lê o jornal enquanto Jane e Sam tomam suas chícaras quentes de café puro e forte.

- Aqui está. – diz Dean e põe o jornal na mesa. – Anthony Giles.

- Quem é ele? – pergunta Sam. Jane pega o jornal.

- Advogado de Balimore trabalhando até tarde no seu escritório, chequem aí. – responde Dean.

- Sua garganta foi cortada, mas a sala estava limpa. – lê Jane. – Nem DNA, nem digital.

- Não pare de ler, agora é a melhor parte. – diz Dean.

- Câmeras de segurança não conseguiram uma imagem do agressor. – continua ela e olha para Dean.

- Ou alguém alterou essas fitas. – comenta Dean com um sorriso.

- Ou é um assassino invisível. – completa Sam.

- Meu tipo favorito. – diz Dean. – O que acham agentes? Querem checar isso?

- Eu não vou ser o Scully, você vai. – diz Sam ao irmão.

- Não... Eu sou o Mulder lembra? – diz Dean e olha para Jane. - E você é a mulher ruiva.

- Crianças. – diz ela e levanta da mesa.

(Fim do Flashback)

...

- Teria sido um pouco difícil para o Dean matar o Tony. – diz Jane à detetive. – Já que não estávamos na cidade na hora.

- Continuem, o que aconteceu depois? – pergunta a detetive.

- Certo. – diz Sam. – Foi aí que fomos visitar Karen, ela estava quase descontrolada.

- Queríamos apenas dar apoio. – comenta Jane.

...

(Flashback)

Na case de Karen.

- Seguro. – diz a garota. – Esqueci totalmente do seguro.

- Sentimos muito por incomodá-la agora. – diz Sam. – A companhia tem que fazer sua própria investigação.

- Esperamos que entenda. – diz Jane.

- Claro. – diz ela.

- Se pudesse nos dizer qualquer coisa. – diz Jane. – Que se lembre sobre a noite que o seu marido morreu.

- Tony e eu íamos jantar. – começa Karen. – Ele ligou e disse que estava tendo problemas no computador e que ele tinha que trabalhar até tarde, apenas isso.

- Tem idéia de quem poderia ter feito isso com ele? – pergunta Sam.

- Não. – responde Karen. – É como eu disse à polícia, não tenho idéia.

- Tony mencionou algo incomum nos dias que precederam sua morte? – pergunta Dean.

- Incomum? – pergunta Karen.

- Sim. – responde Dean. – Tipo estranho...

- Estranho? – pergunta Karen.

- Barulhos estranhos, visões. – explica Dean. – Qualquer coisa assim.

- Bom... – começa Karen. -... Ele teve um pesadelo um dia antes de sua morte.

- Que tipo de pesadelo? – pergunta Jane.

- Disse que acordou no meio da noite e havia uma mulher no pé da cama. – responde ela. Os três se olham. – Quando piscou ela sumiu, mas foi só um pesadelo.

- Ele disse como ela era? – pergunta Dean.

- A aparência dela faz alguma diferença? – pergunta Karen.

- Nossa companhia é bastante detalhista. – diz Sam.

- Ele disse que ela era pálida e que tinha olhos vermelhos e escuros. – responde Karen.

Os três se olham novamente e em seguida Karen começa a chorar.

(Fim do Flashback)

...

- Aí eu coloquei minha mão no ombro dela. – comenta Jane para a detetive. – E disse para nos ligar se precisasse de algo... Foi isso, fim de papo.

- Estou tentando ajudá-los aqui. – começa a detetive. – Mas vocês precisam ser honestos comigo.

Sam e Jane reviram os olhos nervosos.

- Temos uma testemunha que viu dois jovens e uma moça, cuja descrição bate com a de vocês. – comenta a detetive. – A testemunha disse que vocês arrombaram o escritório de Giles.

- Karen nos ligou depois. – continua Sam. – Ela disse que tinha algumas coisas que queria do escritório do Tony, mas que a polícia não a deixou entrar. Tipo, uma foto da viagem deles à Paris e algumas outras coisas.

- Foi errado entrar em uma cena do crime. – diz Jane. – Mas ela nos deu a chave.

...

(Flashback)

Sam, Dean e Jane ficam parados em frente a porta do escritório de Tony. Jane olha para os lados, não há ninguém. Se vira para a porta e roda a maçaneta que abre facilmente.

- Acho que não precisaremos disso aqui. – diz Dean guardando um clipes no bolso. Jane lhe dá um sorriso e eles entram com lanternas na sala.

- Ali. – diz Jane. Os três vêem uma mancha enorme de sangue no carpete. – Foi aqui que acharam o corpo. O corte na garganta foi tão profundo que parte da sua medula espinhal foi exposta.

- O que acham? – pergunta Dean. – Espírito vingativo?

- É. Talvez. – responde Sam.

- Ele viu aquela mulher no pé da cama. – diz Jane e vai até uma mesa no centro da sala. – Olhem isso.

Sam e Dean olham para a folha, onde está escrito vários ‘’DanaShulps’’.

- O que é isso? Um nome? – pergunta Sam.

- Está por todos o lugares. – diz Jane pegando mais folhas iguais.

- Muito trabalho e pouca diversão tornam o Jack um bobão. – diz Dean com um sorriso. Jane e Sam o olham.

- Cala a boca. – diz Sam rindo. Jane olha para a mesa à sua frente.

- Entramos oficialmente no Reino dos Estranhos. – diz ela.

- O que? – perguntam Sam e Dean ao mesmo tempo sem entender.

- Olhem. – diz ela e passa sua mão sobre a mesa. A palavra ‘’DanaShulps’’ aparece no centro.

- Estranho. – diz Dean. – Muito estranho.

- Talvez o Giles a conhecia. – comenta Sam.

- Talvez seja o nome da nossa misteriosa garota pálida de olhos vermelhos. – diz Jane com um sorriso.

- Bom... – começa Dean. – Vamos ver o que descobrimos.

Em seguida os três começam a procurar por todo o escritório alguma coisa relacionada ao nome.

- Dana Shulps não é mencionada uma única vez em parte alguma. – comenta Dean depois de procurarem por tudo. - Não há uma D.Shulps ou qualquer tipo de Shulps, pô!

- Ótimo. – diz Jane nada feliz.

- O que conseguiram? – pergunta Dean.

- Nada. – responde Sam checando no computador de Tony. – Nenhuma Dana Shulps morou ou morreu em Baltimore nos últimos 50 anos.

- E agora? – pergunta Dean.

- Temos que decifrar a senha do Giles. – diz Sam. – Se não, eu não consigo entrar nos arquivos do computador. Pode ter algo nos arquivos pessoais dele, eu consigo decifrar em meia hora.

- Maravilha. – diz Dean e se senta em uma cadeira ao lado de Jane à frente dele. – Então acho que vou encher lingüiça.

Jane o olha e ele começa a fazer sons de puns com a boca. Sam o olha nervoso.

- Dean. – diz Jane e ele a olha. – Por que você não vai falar com a Karen? Ver se ela conhece uma tal de Dana Shulps.

- Claro. – concorda ele. – Eu estava com essa idéia na cabeça.

- Maravilha. – diz Sam. Em seguida Dean se levanta e começa a ir em direção à porta.

- Botem para quebrar, espertinhos. – diz ele. – Em todos os sentidos.

Jane e Sam reviram os olhos e Dean sai do escritório rindo.

- Bom... Eu sei que você consegue descobrir a senha em um segundo, mas... – começa Sam.

- Sam. – interrompe ela. – Fica tranqüilo, não vou tirar esse prazer de você, pode descobrir a senha à vontade.

Ele lhe dá um sorriso.

- Eu acho melhor eu ir ver o Dean. – diz ela. – É bem provável que ele fale alguma besteira ou dê em cima da Sra. Giler.

Jane levanta e vai em direção à porta, mas Sam a puxa rapidamente e lhe dá um longo beijo.

- Tudo bem... Eu fico, já que você insiste. – diz Jane com um sorriso a ele e Sam a beija novamente. Em seguida ele a levanta e coloca sentada em cima da mesa.

- Eu te amo tanto. – diz ele passando os dedos no cabelo dela.

- Eu também te amo. – diz Jane com um sorriso e lhe dá vários beijos pelo rosto.

(Fim do Flashback)

...

- Então Dean voltou para a casa da Karen para checar se ela estava bem. – comenta Sam. – Tipo... Ela ficou bem transtornada antes.

- Porque vocês não foram com ele? – pergunta a detetive. Sam e Jane se olham.

- Nós voltamos para o hotel. – mente Jane confiante.

- Falando nisso. – diz Sam. – Como sabia que estávamos lá?

- Nós somos a polícia, lembram? – diz a detetive. – Conseguimos o que queremos. Agora... Vamos parar de enrolação. Vocês dois estavam com Dean o tempo todo quando estavam em Baltimore, porque separar agora? Porque Dean deixou vocês para assassinar Karen?

- Ele não matou ninguém. – repete Sam.

- Eu ouvi a chamada de emergência. – diz a detetive. – Karen estava apavorada, ela disse que alguém estava na casa.

...

(Flashback)

À noite na casa de Karen, esta assiste a um filme com uma expressão de choro. De repente um vulto passa no corredor à frente da sala. Ela olha assustada, tira o óculos, mas não enxerga nada. Karen respira aliviada, dá um pequeno sorriso e põe os óculos novamente. De repente na porta que dá para o corredor dos outros quartos aparece o espírito de uma moça. Karen se assusta, dá um grito e liga a luz do abajur. O espírito desaparece, Karen olha para os lados, levanta do sofá sem tirar os olhos da porta, pega uma lanterna no ármario ao lado da tv e começa a andar pela casa cuidadosamente. Em seguida sobe até seu quarto e tranca a porta. Liga para o serviço de emergências.

- Alô? – pergunta ela. – Acho que vi alguém na minha casa.

- Qual é o seu endereço, senhora? – pergunta a atendente.

- É Av. Clinton, 421. – responde Karen assustada. – Por favor, você pode...

De repente a linha fica muda.

- Alô? – diz Karen. – Alô?!

As luzes começam a piscar. A máquina de impressão ao lado do computador começa a imprimir uma olha. Karen a olha e  vê vários ‘’Danashulps’’ escritos por ela. A moça sai do quarto às pressas, arruma a lanterna e se vira para a sala, dando de cara com o espírito da garota de antes. Em seguida Karen começa a berrar.

Dean bate na porta um tempo depois.

- Karen, você está aí? – pergunta ele, mas ninguém responde. Dean olha para os lados e pega o clips do bolso. – Eu sabia que um dia ia ser útil.

Ele abre a porta com facilidade e entra na casa. A luz está apagada, ele tenta acendê-la, mas em vão, sobe as escadas, vê a porta do quarto de Karen entreaberta, entra no quarto e a vê estirada no chão com sangue ao seu lado. Se aproxima e vê a garganta de Karen cortada. Em seguida, Dean nota a folha impressa e a pega.

- Fala sério! Mas que diabo. – diz ele nervoso. De repente vê algo nos pulsos de Karen, se aproxima mais e levanta um de seus braços, onde encontra duas marcas roxas. – Mas... O que?

- Parado! Fique de joelhos! Deixe as mãos vazia! – pede um dos dois policias que entram no quarto rapidamente. Dean se vira assustado para eles com as mãos levantadas. – Algeme-o.

O outro policial vai até ele e o prende.

(Fim do Flashback)

...

Na delegacia, o detetive que entrevista Dean apenas o olha do lado de fora pensativo. A detetive de Sam e Jane entra na sala e se aproxima.

- Está chegando em algum lugar com ele? – pergunta ela.

- Não. – responde o homem. – Apenas um monte de gracinhas e você?

- A história daqueles dois bate com as do Dean até o último detalhe. – responde ela.

- É eles são muito bons. – diz o detetive e levanta da cadeira. Os dois começam a andar pela delegacia. – Eu admito.

- Se não arrancarmos algo do Sam e da Jane não teremos nada além de muitas provas circunstanciais. – comenta a detetive.

- Dean foi pego na cena do crime com sangue nas mãos. – diz o detetive. – Júris já condenaram por muito menos.

- É, mas... E a arma do assassinato? – pergunta a detetive. – E o motivo? A dúvida é muito razoável... Diana.

- Sua dúvida é razoável? – pergunta o detetive pondo sua mão no rosto da parceira, esta continua o olhando. – Se mantivermos a pressão um deles cede e não se esqueça de St. Louis. Estou te falando esse Dean é o assassino.

- Sei que Tony Giles era seu amigo. – diz a detetive a ele.

- É, ele era um ótimo amigo. – diz o detetive.

- E sei que você quer resolver isso o mais rápido possível. – continua ela. – Tony conhecia criminosos de todos os tipos, talvez um deles...

- Criminosos? – interrompe o detetive. – Ele era um advogado de defesa, pelo amor de Deus. É claro que ele conhecia criminosos.

- Ok, vamos voltar para os três. – diz a detetive.

- Não. É o seguinte... – começa o detetive. - Deixe eles no banho maria por um tempo.

A mulher o olha com receio e eles param de andar.

- Venha cá. – diz ele. A detetive lhe dá um sorriso, se aproxima e eles se beijam. Em seguida cada um vai para um lado do corredor.

...

Na sala de interrogamento, Dean olha para a mesa e pensa.

- Dana Shulps... Dana Shulps... Dana Shulps. – ele fica repetindo.

Na outra sala, Jane e Sam também pensam. Sam pega um papel e uma caneta e escreve o nome Dana Shulps.

- Talvez não seja um nome. – diz Jane. Sam a olha.

- Anagrama, talvez? – pergunta ele e começa a escrever várias vezes o nome com as letras invertidas.

Na sala de Dean entra um homem de terno, todo arrumado.

- Sr. Winchester? – pergunta ele.

- Sim. – responde Dean.

- Sou Jeffrey Kraus. – se apresenta o homem e fecha a porta. – Sou da defensoria pública, sou seu advogado.

- Graças a Deus, estou a salvo. – diz Dean com um sorriso, mas ao mesmo tempo sem entender. O advogado se senta. – Me empresta um papel e uma caneta?

- Claro. – diz ele e as entrega. – A polícia ainda não achou a arma, isso é bom. Mas, pegaram suas digitais e literalmente sangue nas suas mãos e os seus antecedentes criminais... Sr. Winchester, o que está fazendo?

Dean também escreve em seu papel várias vezes o nome Dana Shulps com as letras invertidas.

- Acho que isso é um anagrama. – comenta ele sério.

- Um o que? – pergunta Jeffrey sem entender.

- Um anagrama... Mesmas letras, palavras diferentes. – explica Dean. – Pode me fazer um favor? Veja se reconhece alguma dessas palavras. Nomes locais, lugares, qualquer coisa assim.

- Entende a seriedade dessas acusações? – pergunta Jeffrey olhando em seus olhos..

- Estou algemado em uma mesa, é claro que entendo. – responde Dean com um sorriso. – Só para me agradar, dê uma olhada.

Jeffrey pega o papel à sua frente.

- Bom... – começa ele e olha para a palavra Supash Land que Dean escreveu. – Sup eu não sei, mas Ashland é uma rua não muito longe daqui.

- Rua? – pergunta Dean. Jeffrey lhe entrega o papel de volta enquanto afirma com a cabeça.

- Vamos começar com onde estava  na noite em que Anthony Giles morreu. – começa o advogado.

- Você pode entrar na sala do meu irmão? – pergunta Dean.

- Sr. Winchester... – começa Jeffrey impaciente. – Você está arriscando a pena de morte.

- Obrigado pela análise judicial, Matlock. – diz Dean. – Mas se quiser me ajudar, entregue isso a meu irmão e à Jane.

...

Em sua sala, a detetive relata em seu computador o assassinato de Anthony Giles e sua mulher. De repente o nome ‘’DanaShulps’’ aparece em toda a tela, a assustando. Ela olha para os lados, quando volta o olhar para a tela do computador o nome não se encontra mais ali.

...

Na sala de Sam e Jane, os dois lêem o bilhete que Dean mandou. ‘’ Ei Hilts, Ashland é o nome de uma rua - McQueen.’’.

- Ele também descobriu. – diz Jane com um sorriso para Sam que lhe devolve outro.

- Espero que isso tenha tido algum significado. – diz Jeffrey a eles. – Mas gostaria de conversar sobre o caso de vocês agora.

- Com certeza, Matlock. – diz Sam.

- Vocês são mesmo irmãos. – diz Jeffrey. – Agora. Como vocês sabem... O promotor pode ficar interessado em...

Em seguida a detetive entra na sala.

- Precisamos de você na outra sala. – diz ela ao advogado. Sam e Jane se olham.

Na outra sala há uma câmera na frente de Dean e vários policias em volta.

- Detetive. – diz seu parceiro à mulher que entra com Jeffrey na sala. – Seu garoto decidiu confessar.

- Sr.Winchester, aconselharia veementemente contra isso. – diz Jeffrey espantado sem entender nada.

- Fale diretamente para a câmera. – diz o detetive. – Declare seu nome para o registro.

- Meu nome é Dean Winchester. – começa ele olhando para a câmera. – Sou um aquariano. Gosto de pôr do sol, longas caminhadas na praia e mulheres formosas. E não matei ninguém, mas sei quem matou, ou o que matou. Claro que não tenho certeza, pois nossa investigação foi interrompida, mas a nossa teoria é que estávamos procurando por algum tipo de espírito vingativo.

- Como é que é? – pergunta a detetive.

- Tipo o gasparzinho, o fantasma sanguinário. – explica Dean. – Tony Giles viu e aposto que Karen também viu, mas o interessante é a palavra que ele deixou  para trás. Por alguma razão o espírito está tentando nos dizer algo, mas comunicar-se atráves do véu da morte não é fácil. As vezes os espíritos confundem as coisas. Lembram do ‘’Onissassa’’ no filme ‘’O Iluminado’’?

Os policias se olham confusos.

- Mesmo conceito. – continua Dean. – As vezes, fragmentos de palsvras e outras vezes...

Dean tira o papel com o nome Dana Shulps várias vezes escritos com as letras invertidas e mostra à câmera.

- São anagramas. – diz ele. – Pensávamos que isso era um nome, mas agora achamos que é uma rua... Ashland. Lá é a origem do que quer que esteja acontecendo.

A detetive olha para Dean com uma expressão assustada.

- Seu canalha arrogante. – diz o detetive nervoso. – Tony e Karen eram boas pessoas e você faz piadas?

- Não estou fazendo piadas, Ponch. – diz Dean com um sorriso a ele.

- Você os assassinou à sangue frio igual aquela garota em St. Louis. – comenta o detetive se aproximando dele com raiva.

Dean olha novamente para a câmera.

- Aquilo não fui eu. – diz ele. – Foi um metamorfo que se parecia comigo.

Em seguida, o detetive o pega pela camisa e o joga na parede.

- Pete, já chega. – diz a detetive.

- Você queria saber a verdade. – diz Dean. Pete o olha com raiva, mas o solta.

- Prendam-no. – ordena ele e sai da sala com raiva. Pete e a detetive vão até a sala de Jane e Sam, mas não os encontram. – Droga.

O detetive se aproxima da janela aberta e olha por ela. São mais de três andares.

- Cadê eles? – pergunta a detetive e vê um bilhete na mesa.

- O que eles fizeram? – pergunta Pete.  – Tem uma saída de incêndio lá... O que foi?

- Esses três. – começa a detetive. Pete pega o bilhete.

- Hilts? McQueen? O que é isso? – pergunta ele.

- Steve McQueen faz o personagem Hilts no filme ‘’Fugindo do Inferno’’. – responde ela. O homem dá um riso sarcástico.

...

Um tempo depois a detetive vai até o banheiro, liga as luzes, mas elas apenas piscam.

- Droga. – diz ela e vai até a pia, onde as torneiras abrem sozinhas. A detetive se assusta e em seguida, das torneiras, começam a sair vapor que encobre todo o banheiro. No espelho à sua frente o nome Dana Shulps começa a ser escrito. Ela passa a mão pelo espelho, o limpando, vê uma moça atrás de si e se vira apavorada. O espírito se aproxima com a garganta cortada tentando falar algo.

...

Um tempo depois a detetive entra na sala de Dean.

- Podemnos terminar logo com isso? – pergunta ele. – Estou um pouco cansado. Foi um longo dia com o seu parceiro me agredindo e tudo o mais.

- Quero saber mais sobre aquele lance que você falou para a câmera. – diz ela se sentando á sua frente.

- Time Life. – diz Dean com um sorriso. – Mistérios do desconhecido. Ótimo livro.

- Vamos fingir por um momento que você  não é um louco varrido. – começa ela. – O que uma dessa coisas estaria fazendo aqui?

- O espírito vingativo? – pergunta ele. – São criados por mortes violentas. Voltam por alguma razão, normalmente horrenda, como vingança nas pessoas que a machucaram.

- E esses espíritos... – começa a detetive passando a mão no pescoço. - São capazes de matar pessoas?

Dean a olha por um instante e nota em seu pulso duas marcas semelhante às de Karen. A detetive também olha.

- Não sei. – comenta ela espantada. – Não estavam aí antes.

- Você viu, não é? – pergunta Dean. – O espírito.

- Como sabe? – pergunta ela.

- Porque Karen tinha as mesmas marcas nos pulsos. – responde ele. – E aposto que se olhar na foto da autopsia de Tony, ele terá também. Tem algo a ver com esse espírito, só não sei o quê.

A detetive se vira para o vidro que dá para a outra sala e se olha nele.

- Eu sei. – diz Dean. – Você acha que está ficando louca, mas vamos pular isso. Porque as últimas pessoas que viram esse espírito morreram pouco tempo depois.

A detetive pára de piscar.

- Você me escutou? – pergunta ele.

- Acha que vou morrer? – pergunta ela se virando para ele novamente.

- Precisa falar com a Jane. Ela irá ajudá-la. – responde Dean.

- Você a está entregando. – diz a detetive.

- Cheque o primeiro hotel na lista amarela. – continua Dean. – Procure por um Jim Rockford, é assim que nos achamos quando nos separamos. Pode prendê-los se quiser, ou pode deixá-los salvar sua vida.

...

Logo em seguida, a detetive faz o que Dean lhe explicou. No hotel, Sam e Jane ouvem uma batida na porta e se olham.

- É a detetive. – diz Jane a ele.

- Como ela... – começa Sam.

- Temos que atender. – diz Jane e se aproxima da porta.

- Não, Jane... – diz Sam, mas ela abre a porta do mesmo jeito. A detetive a olha com expressão de assustada.

- Entre. – pede Jane e fecha a porta em seguida. A detetive lhe mostra os pulsos sem dizer nada. Jane os olha e os toca enquanto Sam se levanta e se aproxima.

- Apareceu depois que eu vi o espírito. – comenta a detetive.

- Certo. – diz Jane. – Vai ter que nos contar exatamente o que você viu.

- Devo estar ficando louca. – diz ela começando a andar pelo quarto. – Vocês são fugitivos, deveria prender vocês.

Jane e Sam reviram os olhos.

- Nos prenda depois, ok? – diz Sam impaciente. – Depois que terminarmos isso, mas agora precisa conversar com a gente, certo?

A detetive aceita com a cabeça.

- Ótimo. – diz Jane e se senta na cama à frente dela. – Como era o espírito?

- Ela era bastante pálida e sua garganta estava cortada. – responde. – Seus olhos eram vermelhos escuros, parecia que ela queria me dizer algo, mas ela não conseguia. Estava muito ensanguentada.

- Temos investigado todas as garotas... – começa Sam, mas de repente Jane se levanta depressa da cama e vai até uma mesa no canto do quarto, pega várias fotos de garotas que morreram na rua Ashland. – Jane?

- Como conseguiram isso? – pergunta a detetive surpresa. – São fotos de cenas de crimes e de álbuns de criminosos.

Jane lhe dá um sorriso.

- Bom... Você tem o seu emprego... Nós temos o nosso. – diz ela e começa a folhear as fotos, parando em uma delas e mostrando à detetive. – É ela?

- É... Tenho certeza. – diz a detetive surpresa. – Como...?

- Intuição. – responde Jane rapidamente. A detetive continua olhando-a. – Claire Becker, 28 anos. Desaparecida há cerca de 8 ou 9 meses.

- Mas eu não a conheço. Por que viria trás de mim? – pergunta a detetive.

- Antes de morrer ela foi presa duas vezes por tráfico de heroína. – comenta Sam. – Você já trabalhou em Narcóticos?

- Sim. Eu e Pete trabalhávamos lá antes de irmos para homicídios. – responde ela.

- Já a prendeu? – pergunta Jane.

- Não que eu me lembre. – responde.

- Aqui diz que a última vez que ela foi vista foi entrando na rua Ashland 2911. – continua Sam. – A polícia vasculhou o lugar, mas não encontrou nada.

- Acho que temos que olhar com nosso próprios olhos. – diz Jane. – Temos que ver se achamos seu corpo.

- O que? – pergunta a detetive.

- Temos que jogar sal e queimar seus ossos. – explica Sam. – É o único jeito de colocar o espírito para descansar.

- Claro. – diz a detetive surpresa.

...

Um tempo depois os três entram na rua Ashland e vão até o número 2911,

- O que estamos procurando? – pergunta a detetive.

- Avisaremos quando acharmos. – diz Sam e olha uma escada no canto da sala escura, indo até ela. – Jane eu vou subir, você fica aqui com a detetive.

Jane concorda com a cabeça e ele sobe. Eles olham por todos os lados da sala. Jane pára em frente à uma parede de tijolos e não tira os olhos. Em seguida, a detetive ouve um barulho e se vira assustada. Claire aparece à sua frente tentando falar novamente, estica um dos braços para tentar alcançar a detetive que recua apavorada.

- Jane. – tenta gritar ela, mas sua voz falha. – Jane!Sam!

Jane se vira para ela e Sam desce as escadas apressadamente.

- Estou aqui. – diz ele. – O que foi?

- O que aconteceu? – pergunta Jane.

- Claire. – responde ela.

- Onde? – perguntam Sam e Jane seguindo o olhar da detetive, mas não vendo nada.

- Ela estava aqui. – comenta ela.

- Ela atacou você? – pergunta Sam.

- Não, só estava estendendo a mão. – comenta ela.

Jane se aproxima da janela em que Claire apareceu do outro lado da sala.

- Sam me ajude a afastar esse armário. – pede ela, já que não pode usar seus poderes na frente da detetive. Sam a ajuda e os três olham para a janela, onde está escrito ‘’ Ashland Sup’’, depois do Sup as letras estão desgastadas.

- Nossa pequena palavra misteriosa. – diz a detetive. Os três se viram para a parede de tijolos, onde as letras aparecem por causa da luz do sol que reflete na janela.

- Agora tudo faz sentido. – diz Sam e pega seu aparelho eletromagnético.

- O que é isso? – pergunta a detetive.

- Espíritos e certos restos mortais emitem frequências eletromagnéticas. – explica Jane.

- Se o corpo de Claire estiver aqui, o aparelho indicaria? – pergunta a detetive.

- É... A teoria é essa. – responde Sam e se aproxima mais da parede. O aparelho começa a apitar fortemente.

- Jane, porque você não parava de olhar para essa parede quando chegamos aqui? – pergunta a detetive. – É como se você soubesse que algo está aí.

Jane olha para os lados.

- Já sei. – diz a detetive. – Intuição.

Jane lhe dá um sorriso confirmando. Sam pega um ferro caído no chão ao lado do armário velho e mofado e começa a bater com ele na parede de tijolos. Alguns deles caem, por trás da parede á um espaço vazio.

- Definitivamente há algo aí. – diz Jane vendo o buraco.

- Sabem... Isso está me incomodando. – diz Sam.

- Claro. – diz a detetive. – Você está desenterrando um corpo.

- Não é isso. – diz ele. – Na verdade isso faz parte do ramo.

- Então o que? – pergunta a detetive.

- Nenhum espírito vingativo que já enfrentamos queria ser eliminado. – explica Jane.

- É. – concorda Sam. – Porque Claire nos levaria até seu corpo? Não faz sentido.

Ele continua derrubando os tijolos.

- Preciso de uma mãozinha aqui, ou não vou acabar isso nunca. – diz ele e olha para Jane, esta olha para a detetive e de volta para Sam, que insiste.

Jane revira os olhos e se aproxima da parede, dando um chute forte nela. Todos os tijolos em volta caem. A detetive a olha boquiaberta e sem palavras. Os três retiram um saco comprido de lá de dentro e o colocam no chão. Sam pega sua faca e corta a corda que o prende.  Eles desenrolam o pano e vêem o corpo de Claire. A detetive mostra os pulsos.

- Os pulsos dela foram machucados iguais aos seus. – diz Sam. Jane continua olhando para o cadáver e vê no pescoço de Claire um colar. Jane olha em seguida para a detetive que também a olha. – O que foi? Esse colar representa alguma coisa para você?

- Já o vi antes. – responde a detetive.

- Ele é raro, foi feito sob medida na rua Carson, certo? – pergunta Jane e toca no colar do pescoço da detetive. – Você tem um igual.

- Pete me deu. – comenta ela já sabendo onde isso vai dar.

Sam se levanta.

- Agora tudo se encaixa direitinho. – diz ele.

- Como assim? – pergunta a detetive.

- Claire não é um espírito vingativo. – explica Jane. – Ela é um aviso de morte.

A detetive se levanta.

- Claire não está matando ninguém. – continua Jane. – Ela está tentando avisá-los.

- Às vezes espíritos não querem vingança. – diz Sam. – Querem justiça. Esse é o motivo de ela ter nos trazido aqui, ela quer que a gente saiba quem a matou.

- Detetive, até onde você conhece o seu parceiro? – pergunta Jane.

- Meu Deus! – diz a detetive depois de pensar um pouco.

- O que foi? – pergunta Sam.

- Cerca de um ano atrás sumiu heroína da cadeia. – começa ela. – Obviamente foi um policial. Nunca descobrimos quem foi, mas seja lá quem foi precisaria de um atravessador.

- Como um traficante de heroína. – diz Jane. – Alguém como Claire.

...

No meio da estrada, Dean é levado em um carro da polícia por Pete.

- Então eu estou sendo extraditado para St. Louis? – pergunta Dean. – Decidiu me transferir pessoalmente 1287 km às duas da manhã?

Pete não responde apenas olha fixo pela estrada com um ar sombrio.

- Isso não pode ser boa coisa. – sussurra Dean para si mesmo.

...

Em um carro, Jane, Sam e a detetive vão em direção à delegacia. Esta última telefona avisando que está a caminho, mas lhe dizem que Pete levou Dean.

- Ok, obrigada. – agradece ela e desliga o celular.

- O que foi? – pergunta Sam. Jane olha para a janela com uma expressão séria.

- Pete saiu da delegacia. – responde a detetive. – E levou o Dean.

- O que? – pergunta Sam com os olhos arregalados.

- Ele disse que o prisioneiro tinha que ser transferido e o levou com ele. – explica a detetive. – A central está tentando se comunicar com ele, mas ele não atende o rádio.

- Rádio. – repete Jane. – Ele pegou um veículo do município.

- Sim. – afirma ela.

- Então tem um rastreador via satélite, basta ligar. – continua Jane.

...

Na estrada, Pete pára um pouco mais para dentro da floresta e Dean olha para os lados.

- Pausa para o xixi, tão cedo? – pergunta ele com um sorriso. – Deveria dar uma olhada na sua próstata.

Pete o olha de lado e sorri também, saindo do carro em seguida.

- Desgraçado. – diz Dean. Pete abre a porta para ele sair. – Eu estou bem aqui na van. Faça o que precisa fazer.

De repente, Pete o pega pela camisa e o atira no chão.

- Você é um folgado filho da mãe. – diz o detetive. – Acha que o povo de St. Louis vai engolir o lixo que você falou? Mas vou lhe fazer um favor, você não vai chegar a St. Louis. Vai morrer tentando escapar.

Em seguida ele tira uma arma do casaco e aponta para Dean.

- Espera! Espera! – pede Dean com as mãos erguidas. – Vamos conversar, certo? Não vai querer fazer algo que vai se arrepender depois.

Pete não abaixa a arma.

- Ou talvez vai. – diz Dean.

- Pete, abaixa a arma. – pede a detetive apontando sua arma para o parceiro. Sam e Jane ficam ao lado dela.

- Diana? – pergunta ele sem entender. Dean olha para os três. – Como me achou?

- Sabemos sobre a Claire. – diz Jane.

- Não sei do que estão falando. – diz Pete nervoso.

- Abaixa a arma! – pede a detetive novamente.

- Acho que não. – diz ele com um sorriso. – Você é rápida no gatilho, mas eu sou mais.

- Por que está fazendo isso? – pergunta ela.

- Não fiz nada, Diana. – diz Pete.

- É um pouco tarde para isso. – diz a detetive.

- Não foi minha culpa. – diz Pete. – Claire ia me entregar, não tive escolha.

- E Tony? E Karen? – pergunta ela.

- Mesma coisa. – responde Pete. Dean olha para Jane e Sam. – Tony lavava o dinheiro, aí ficou nervoso e queria confessar. Tenho certeza que ele contou tudo à Karen. Sujeira geral, tive que limpar. Entrei em pânico.

- Mais quantas pessoas vão morrer por causa disso, Pete? – pergunta a detetive.

- Tem uma saída. – diz ele. – Esse Dean é um presente, podemos jogar a culpa toda nele.

Jane dá um passo a frente, mas Sam a segura pela mão.

- Limpo, nada de julgamento. – continua Pete. – Apenas mais um meliante morto.

- Ei. – diz Dean.

- Ninguém vai questionar nada. – continua o detetive. – Diana, por favor. Ainda te amo.

Ela o olha por um momento e abaixa a arma. Sam a olha surpreso.

- Obrigado. – agradece Pete e aponta sua arma novamente para Dean. Em seguida a detetive atira na perna do parceiro que cai no chão com dor.

Jane e Sam vão até Dean e o ajudam a se levantar.

- Porque não me compra outro colar então? Panaca! – diz a detetive se aproximando de Pete. Este segura as pernas dela, a fazendo cair de costas, pega sua arma e aponta para os três, mas em seguida aponta para a parceira. Os quatro olham além de Pete. Este se vira rapidamente. O espírito de Claire o olha com ódio. O homem fica boquiaberto. Em seguida Diana atira no peito de Pete e este cai morto no chão.

...

Ao amanhecer, a detetive continua ao lado do corpo do parceiro, pensativa. Jane, Sam e Dean apenas a olham.

- Mais um caso resolvido... E praticamente sem nossa ajuda. – diz Dean.

- É. – concordam Sam e Jane. Em seguida Diana se levanta e vem até eles.

- Está tudo bem? – pergunta Dean.

- Na verdade, não. – responde ela. – Claire era um aviso de morte. O que acontece com ela agora?

- Deve ter acabado. – diz Sam.

- Ela está descansando agora. – diz Jane em seguida.

- E agora, detetive? – pergunta Dean.

- Bom... Como Pete confessou, estragou o caso de vocês três. – responde ela. – Eu diria que temos uma boa chance de anular o caso de vocês.

- Faria isso por nós? – pergunta Sam com um sorriso.

- Espero que sim. – diz ela. – Mas as acusações de assassinato em St. Louis... Aí já é outra história. Não posso ajudá-los...

- A menos... – começa Jane com um sorriso vendo a expressão pensativa da detetive.

- A menos que eu tenha dado as costas sem querer e vocês fugiram. – completa ela. Dean e Sam se olham surpresos. – Posso dizer que os suspeitos escaparam.

- Tem certeza? – pergunta Sam.

- Claro que ela tem certeza, Sam. – diz Dean com um sorriso.

- Poderia perder seu emprego com algo assim. – diz Jane. Dean a olha.

- Só quero vocês por aí fazendo o que fazem de melhor. – diz ela. – Confiem em mim, vou dormir melhor à noite.

Os três lhe dão um sorriso.

- Tomem cuidado. – diz ela a eles. – Agora os três são fugitivos. Dêem o fora daqui, tenho que comunicar isso pelo rádio.

- Por acaso você não saberia onde meu carro está? – pergunta Dean.

- Está apreendido no pátio em Robertson. – responde ela. Os três se olham.

- Nem pensem nisso. – diz a detetive de repente.

- Está tudo bem. – diz Sam. – Não esquenta. Vamos improvisar.

- É. Somos muito bons nisso. – diz Jane.

- É, notei. – diz ela com um sorriso.

Em seguida os três se afastam pela estrada.

- Mulher legal. – diz Sam.

- É... Para uma policial. – diz Dean.

- Ela parece familiar para você? – pergunta Jane com um sorriso.

- Não. Por quê? – pergunta Dean.

- Por nada. – diz Jane.

- Estão com fome? – pergunta Dean.

- Não. – respondem Sam e Jane juntos.

- Não sei por que, mas fiquei com vontade de comer uma sopa de ervilha. – diz Dean. Sam e Jane se olham e se dão as mãos. Dean os olha. – Aí sim, sério, vocês dois precisam de um tempo só para vocês. Falando nisso... Vocês já...

- Cala a boca, Dean. – diz Jane já sabendo o resto da pergunta.

- Só por curiosidade. – diz ele e dá risada.

- Sério, cara, você exagera às vezes. – diz Sam revirando os olhos.

- Ah, pára de ser dramático. – diz Dean. De repente Jane pára de andar e fica com uma expressão séria. – O que foi? Jane?

- Ah, isso não é nada bom. – diz ela olhando para frente.

- O que está acontecendo? – pergunta Sam.

- Vocês já vão ver. – diz Jane. Os três continuam olhando pela estrada. De repente eles ouvem um barulho, de motor de carro. O Impala de Dean aparece vindo na direção deles.

- Mas... O que? – pergunta Dean sem entender.

O carro pára na frente deles. Uma moça conhecida pelos três sai do carro. Sam e Dean a olham surpresos.

- Lembra quando você disse que a gente ia se ver de novo? – pergunta ela olhando para Dean. – Bom, agora é pra valer... E eu vim para ficar.

- Giovanna*. – diz Dean paralisado. Jane e Sam continuam olhando-a.

Fim do Sétimo Capítulo da Segunda T. de Supernatural

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*(Rota 666) – Primeira Temporada (Cap. 13).


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Notas finais do capítulo

Reviews???? bjssss...^.^



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