Supernatural: Segunda Temporada escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 6
Capítulo 6: Sem Saída


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!^.^



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Los Angeles, Califórnia.

Em um apartamento sendo reformado com as luzes piscando, uma jovem de cabelos loiros em um tom dourado anda de um lado para o outro da cozinha enquanto fala ao telefone.

- Já olhei os fusíveis, estão normais. Deve ser a fiação. – diz ela. – Você prometeu que esse lugar estaria pronto quando eu me mudasse para cá... Não. Você tem que vir agora. Por favor... Obrigada.

Em seguida ela desliga o telefone e vê uma gosma preta na mesinha do telefone.

- Que nojento. – diz ela tocando. Em seguida, a mesma gosma pinga em seu ombro. A moça olha para o teto, mas não há nada. Ela ouve um barulho e vai até um dos buracos que ainda há na parede, onde começa a jorrar a mesma gosma novamente em grande quantidade.

- Que diabo! – diz a jovem nervosa, chegando mais perto do buraco. De repente um olho aparece lá dentro e ela berra caindo assustada para trás.

...

No estacionamento do bar de Ellen, Dean, Sam e Jane conversam enquanto saem do Impala.

- Los Angeles. – diz Dean.

- O que há em L.A? – pergunta Sam.

- Uma jovem foi sequestrada por um culto satânico. – responde ele.

- Qual o nome dela? – pergunta Jane. – Katie Holmes?

- Sem graça. – diz Dean parando e a olhando.

- É engraçado. – diz Sam ironicamente. – E para você, Dean... É tão da hora.

Jane dá um sorriso para ele e Dean revira os olhos. Um barulho vem de dentro do bar.

- E por outro lado. – diz Jane se aproximando da porta. – Briga de mulher.

Dentro do bar, Ellen e Helena discutem.

- Sou sua mãe. – diz Ellen nervosa. – Não tenho que ser sensata.

- Não pode me manter aqui. – diz Helena nervosa.

- Não aposte nisso, querida. – continua Ellen impaciente.

- O que vai fazer? Me acorrentar no porão? – pergunta Helena. Dean, Jane e Sam entram no bar.

- Você teve idéias piores do que essa recentemente. – diz Ellen. – Não quer ficar aqui? Não fique. Volte para a faculdade.

- Aquilo não era lugar para mim. – diz Helena. – Eu era uma aberração com uma coleção de facas.

- Seu lugar é se matando em uma estrada empoeirada no fim do mundo? – pergunta Ellen. Helena olha para os três atrás delas. Ellen faz o mesmo em seguida, percebendo o olhar da filha.

- Pessoal essa não é uma boa hora. – diz ela.

- Com certeza não é mesmo. – diz Jane.

- Raramente bebemos antes das dez mesmo. – diz Dean. Os três se viram para sair do bar.

- Esperem. – pede Helena. – Quero saber a opinião deles sobre isso.

- Não ligo para a opinião deles. – diz Ellen. Em seguida um casal de turistas com dois filhos bebês no colo entram. Os quatro com a mesma blusa.

- Vocês estão abertos? – pergunta o pai.

- Sim. – diz Ellen.

- Não. – diz Helena ao mesmo. Elas se olham.

- Vamos ver se o Arby’s seguindo a rua está aberto. – diz o homem em seguida e eles saem do bar. Dean, Jane e Sam se olham. O telefone toca.

- Harvelle’s. – diz Ellen atendendo-o. – Sim, Pastor?

Helena se vira para os três.

- Há três semanas uma jovem desapareceu de um apartamento na Filadélfia. – diz ela entregando-os um envelope. Dean apenas a olha. – Peguem, o envelope não morde.

- Não, mas... Sua mãe sim. – diz ele.

- Apenas pegue. – insiste Helena e Jane o pega, abrindo em seguida.

- Continue. – diz ela a Helena.

- Essa garota não foi a primeira. – continua a garota. – Nos últimos oitenta anos, seis mulheres desapareceram. Todas no mesmo prédio, e todas eram...

- Loiras... Incrível. – completa Jane e entrega o envelope a Dean. Helena a olha. – Desculpe, continue.

- Somente acontece em cada década ou duas. – continua ela. – Os tiras nunca estabeleceram um padrão. Então... Ou estamos lidando com um serial-killer bem antigo, ou...

- Quem investigou isso? O Ash? – pergunta Dean dando uma olhada nos papéis.

- Eu mesma investiguei. – diz Helena com um sorriso orgulhoso.

- Tenho que admitir. – diz Sam. – Já pegamos a estrada por muito menos.

- Ótimo, gostaram do caso? – pergunta Ellen. – Então o aceitem.

- Mãe... – começa Helena nervosa.

- Helena! Essa família já perdeu o bastante. – diz Ellen. – Não vou te perder também. Não mesmo.

Logo depois, Jane, Sam e Dean partem para Filadélfia e entram no apartamento em que os desaparecimentos ocorrem.

- Tenho que admitir. – diz Jane a eles. – A Helena fez uma bela pesquisa.

- Mas, você consegue vê-la aqui? Trabalhando nesse tipo de coisa? – pergunta Dean.

- Acho que não. – responde Jane dando uma olhada por todos os lados depois de pensar um pouco. – Ela não saberia lidar com tudo isso.

- Você está sentindo alguma coisa? – pergunta Sam a ela.

- Sinceramente, não. – responde Jane, mas de repente se vira para um buraco na parede e vai até ele. – Espera.

- O que foi? – pergunta Sam e se aproxima também. Jane toca em uma gosma preta no buraco.

- Isso é ectoplasma. – diz ela estranhando.

- Ectoplasma? – pergunta Dean e toca na gosma também. – Então eu acho que sei com o que estamos lidando.

- Ah pelo amor de... – começa Jane, mas já é tarde.

- É o homem gosma de marshmallow. – diz Dean e dá risada. Jane revira os olhos e Sam o olha nervoso.

- Eu só vi esse tipo de coisa duas vezes. – comenta Sam. – Para fazer essa coisa tem que ser um espírito muito irritado.

- Temos que achá-lo antes que ele pegue mais garotas. – diz Jane. Os dois irmãos concordam com a cabeça.

Em seguida os três saem do apartamento e andam pelo corredor do prédio. Ouvem vozes vindo em sua direção. Dean e Sam se escondem, menos Jane.

- Jane, o que está fazendo? – sussurra Dean. – Sai daí.

- O que ela está fazendo aqui? – pergunta Jane nervosa. As pessoas se aproximam para virar no corredor que eles se encontram.

- Ela? Ela quem? – pergunta Sam sem entender. Este e Dean saem do esconderijo também.

- Helena. – responde Jane. A garota olha para Jane e lhe dá um sorriso.

- Jane. – diz Helena e vê Sam e Dean. – Dean, querido, aí está você. Jane é a amiga de quem eu lhe falei. Esse é meu namorado Dean e este é Sam, namorado da Jane.

- Prazer em conhecê-los. – diz o corretor do prédio a eles e se vira para Dean. – Que garota essa sua.

- É... Ela é uma pimentinha. – diz Dean pisando descretamente no pé de Helena. Esta o olha, mas lhe dá um sorriso falso.

- Vocês já olharam o apartamento? – pergunta Helena.

- Sim. – responde Jane. – É o lugar perfeito para vocês dois ficarem. Não deixaria meus melhores amigos viverem em um lugar qualquer... E esse apartamento foi feito para vocês.

- É um ótimo andar. – concorda Dean.

- Como entraram aqui? – pergunta o corretor se lembrando.

- Você disse que podíamos entrar que a porta estaria aberta. – responde Jane olhando fixamente nos olhos dele.

- Que bom que gostaram daqui. – diz o corretor a ela não se lembrando mais de sua pergunta.

Helena olha para Jane fascinada com seus olhos que mudam de cor, mas se vira para o corretor novamente.

- Ed, quando foi que a última inquilina se mudou? – pergunta Helena.

- Cerca de um mês atrás. Saiu escondida sem pagar o aluguel. – responde ele.

- Azar dela, a gente sai ganhando. – diz Helena abraçando mais Dean. – Porque se o Dean gostou está bom para mim.

- Que doce, querida. – diz ele e lhe dá outro pisão. Jane e Sam se olham com um sorriso.

- Vamos alugá-lo. – diz Helena ao corretor e lhe entrega um maço de dinheiro. Sam e Dean olham surpresos para a quantidade que ela entrega.

- Certo. – diz Ed pegando o maço.

...

Dentro do apartamento, Dean arruma suas armas enquanto senta em uma cadeira. Jane se senta entre as pernas de Sam no sofá.

- Vamos no cara e coroa pelo sofá. – diz Helena olhando para Dean.

- Sua mãe sabe ao menos que você está aqui? – pergunta ele sem olhá-la.

- Eu disse que estava indo para... – começa Helena com um sorriso.

- Las Vegas? – interrompe Jane e dá risada. – Acha que ela vai engolir essa?

- Não sou burra. – diz Helena se virando para ela enquanto cruza os braços.

- É claro que não. – diz Jane com um sorriso. – Por isso mandou o Ash ficar usando um cartão de crédito, onde o rastro manda para os cassinos?

- Exato. – diz Helena toda orgulhosa de si. Jane a olha por uma fração de segundos.

- Gosto de você. – diz ela com um sorriso a Helena que lhe devolve outro. Sam e Dean se olham surpresos.

- Ainda acho que você não deveria mentir para a sua mãe. – diz Dean. – E nem deveria estar aqui.

Helena olha para Sam e Jane e novamente para Dean.

- Mas eu estou. – diz ela. – Então aguente as pontas e conforme-se.

- De onde conseguiu todo aquele dinheiro? – pergunta Sam curioso.

- Trabalhando na Road House. – responde Helena.

- Caçadores não são de dar boas gorjetas. – diz Dean.

- Nem são tão bons no pôquer. – diz Helena com um sorriso. Jane dá risada.

- Vocês vão ter que arranjar uma boa desculpa. – diz ela. – E já vou dizendo a Ellen não está nada feliz.

Helena a olha sem entender. Dean já pega seu celular que toca em seguida. Ele dá um sorriso sarcástico para Jane que lhe devolve outro.

- Sim? – pergunta Dean o atendendo.

- Ela está com vocês? – pergunta Ellen desesperada.

- Olá, Ellen. – diz Dean olhando para Jane ainda.

- Ela deixou um bilhete dizendo que ia para Vegas. – diz Ellen. – Não acredito nisso.

Helena se aproxima de Dean.

- Não conte para ela. – sussurra ela nervosa.

- Vou contar sim. – sussurra Dean.

- Eu vou te matar. – sussurra Helena rapidamente.

- Dean? – pergunta Ellen na linha.

- Eu não a vi. – responde Dean à ela.

- Tem certeza disso? – pergunta Ellen.

- Tenho certeza. – afirma Dean.

- Por favor, se ela aparecer tragam ela de volta, está bem? – pede Ellen.

- Com certeza. – diz Dean.

- Certo, obrigada querido. – diz Ellen e desliga.

Dean olha para Helena que lhe dá um grande sorriso.

...

Um tempo depois Helena põe a planta do prédio que eles estão em cima da mesa na frente de Dean.

- Esse lugar foi construído em 1924. – comenta ela enquanto roda sua faca pelos dedos. - Era um armazém que foi convertido em apartamento há alguns meses.

- O que era aqui antes de 1924? – pergunta Dean.

- Um campo vazio. – responde Helena.

- O mais provável é que alguém teve uma morte sangrenta no prédio e agora o morto voltou para infernizar. – comenta Sam.

- Eu já olhei isso. – diz Helena. – Nos últimos 82 anos, não houve nenhuma morte violenta. A não ser um zelador que escorregou no chão molhado.

Ela olha para Dean que anda de um lado para o outro da sala.

- Quer se sentar, por favor? – pede ela. Dean a olha e se senta.

- Já olharam os registros policiais. – diz Dean. – E os registros de  morte do município?

- Já. – responde Jane. – Registros de Obituários, do necrotério e mais outras sete fontes. Ela sabe o que está fazendo.

Helena lhe dá um sorriso.

- Isso não foi decidido ainda. – diz Dean. Helena o olha e revira os olhos. – Dá para abaixar a faca?

- Certo, então... – começa Sam. – Deve ser algum tipo de objeto amaldiçoado que trouxe o espírito com ele.

- Temos que escanear o prédio inteiro. – diz Helena e olha para Jane. – Todo o lugar que conseguirmos encontrar.

- Eu posso fazer isso. – diz Jane a olhando também.

- Ótimo. Então... A gente fica com os dois últimos andares. – diz Helena a ela.

- Claro. – concorda Jane. – Sam, você e o Dean vão nos outros andares... Qualquer coisa é só gritar.

Ela dá um sorriso para eles e os dois lhe devolvem outro, mas irônico por causa da piada.

- Vamos. – diz Sam indo até Jane e lhe dando um último beijo. Em seguida ele sai com Dean pela porta. Helena e Jane vão para os dois últimos andares.

...

- Medo? – pergunta Jane de repente se virando para Helena em um dos corredores. – Não... É ódio.

- O que? – pergunta Helena sem entender.

- Bom, é o que você queria me perguntar. – responde Jane a ela. – Se eu não tenho medo do meu pai, do que ele pode fazer comigo... Então, eu respondi.

- Eu esqueço que você pode ler mentes. – diz Helena com um pequeno sorriso.

- Não é culpa sua. – diz Jane recomeçando a andar. – Eu é que tenho que pagar por ter esses poderes.

- Mas você decidiu ajudá-los e não matá-los. – diz Helena. – Você não é que nem o seu pai e provou isso ficando do nosso lado.

- É... – diz Jane. – Você não deveria estar aqui.

- O que? – pergunta Helena.

- Sua mãe se preocupa com você por isso que ela não quer te colocar nisso. – responde Jane. – Helena, você tem escolhas. Ninguém em sã consciência escolheria essa vida. Se eu não fosse quem eu sou, eu estaria tocando minha vida, fazendo faculdade... Até ano passado eu pensava que eu era uma garota normal com um pai normal e que perdeu a mãe em um acidente de carro, mas não... Eu sou filha de um demônio que matou a própria esposa por ver que ela estava indo pelo caminho certo.

- Mas você faz esse trabalho. – diz Helena.

- Porque eu quero acabar com o meu pai e quero poder proteger quem eu amo. – diz Jane.

- Eu também. – diz Helena.

- Você merece uma vida melhor e não essa cheia de sofrimentos. – continua Jane. – Você pode se machucar e se isso acontecer eu vou me sentir responsável por você.

De repente Jane pára.

- Espera. – diz ela. Atrás de Helena por uma passagem de ar na parede, uma mão aparece na grade. Jane a puxa, mas a mão some em seguida.

- Está sentindo esse cheiro? – pergunta Helena em seguida. – Parece vazamento de gás.

- Não... É outra coisa. – diz Jane e se vira para o respiradouro na parede novamente. Vai até ele e se ajoelha a sua frente. Ela põe a mão na grade, a arranca com facilidade, em seguida põe sua mão lá dentro e começa a procurar algo. Ela pega algo e faz uma expressão séria enquanto retira a mão, mostrando um tufo de cabelo loiro. – Parece que alguém está guardando lembrancinhas.

...

Tarde da noite, uma moça entra em seu apartamento, no mesmo em que os quatro estão. Ela põe sua bolsa em cima do balcão da cozinha e abre uma correspondência. Nela cai a mesma gosma preta do teto. A moça olha para cima, mas não vê nada. Joga a correspondência no lixo. As luzes começam a piscar e as paredes a raxar.

- Esse maldito prédio. – diz a moça nervosa. – Juro por Deus...

Ela se vira para o telefone, mas as paredes recomeçam a raxar bruscamente. Ela olha assustada, pega o telefone apressadamente, mas ele não funciona.

- Vou me mandar daqui. – diz ela, mas a porta não abre. A raxadura chega perto do respiradouro ao seu lado. De repente uma mão sai de lá e pega sua perna, fazendo-a gritar. Em seguida ela é arrastada.

...

No dia seguinte, Jane acorda, levanta da cama e vai até a sala.

- Bom dia. – diz Helena.

- Bom dia. – diz ela.

- Sam e Dean foram buscar café. – diz Helena.

- Hum... – diz Jane e se senta a frente dela na mesa. – Parece que você não dormiu essa noite.

- Eu fiquei revisando tudo. – comenta Helena. Jane vê a faca que ela segura.

- Era do seu pai, não é? – pergunta Jane.

- Sim. – responde Helena. – Posso te fazer uma pergunta? Como eu sou idiota, você já deve saber a pergunta.

- Não. Eu não estou lendo sua mente. – diz Jane. – Vá em frente. Era o que eu devia fazer mais, parar de ler tanto as mentes, me enfraquece, mas eu não posso evitar, é automático.

- O que você se lembra do seu pai? – pergunta Helena. – Como ele era com você?

Jane olha para frente paralisada com a pergunta

- Por favor, me diga. – pede Helena.

- Ele foi sempre um pai super protetor. – começa Jane. – Ele sempre dizia que me amava e que nunca ia me deixar partir, que eu era tudo para ele. Todos os ‘’namorados’’ que eu tive, ele dava um jeito de eles simplesmente desaparecerem da minha vida. Eu sempre achava que era porque ele me amava demais, eu pensava que era porque ele não queria me dividir com ninguém, mas era porque ele não queria que eu conhecesse o amor. Ele nunca amou minha mãe de verdade, apenas a escolheu para botar outra criança com poderes no mundo que continuasse com algo que talvez ele não pudesse terminar, só que ela era humana, ele estava tão desesperado que nem ligou para isso.  Ele quer ter o mundo nas mãos para controlá-lo como bem quiser. Eu sempre o obedecia, no que quer que fosse. Eu achava estranho o porque dele me ensinar tantas coisas desde os sete anos. Um tempo depois eu dominava todos os tipos de luta.

- Ele deve ter ficado orgulhoso. – diz Helena com um sorriso.

- Eu só conseguia saber se ele estava feliz ou nervoso quando ele aparecia na forma humana, o que era bem raro. Ele pegava o corpo de um homem qualquer e se apossava dele por um tempo. – diz Jane. – E o seu pai?

- Eu ainda usava trancinhas quando meu pai morreu, mas... – começa Helena. - Lembro dele chegando em casa de uma caçada, ele entrou de repente pela porta como o Steve McQueen ou algo assim e me pegou nos braços. Eu sentia o cheiro daquela velha jaqueta de couro dele e minha mãe que ficava azeda e zangada na hora que ele saia, voltava a sorrir. Nós... Nós éramos uma família, sabe?

Jane apenas a olha.

- Quer saber porque eu quero entrar nessa? – pergunta Helena.

- Por quê? – pergunta Jane.

- Por ele. – responde Helena. – É o meu jeito de estar perto dele... Agora me diga o que há de errado com isso?

- Nada. – diz Jane com um sorriso discreto a ela e olha rapidamente na direção da porta. – Eles chegaram, sem café e com más notícias.

Sam e Dean entram no apartamento em seguida.

- Tem policiais lá fora. – diz Sam rapidamente. – Outra garota desapareceu.

Jane se levanta da mesa surpresa.

...

Sam, Jane e Helena procuram por alguma coisa dentro do envelope de pesquisas.

- Theresa Ellis. – diz Dean entrando no apartamento novamente depois de um tempo. – Apartamento 2-F, o namorado dela informou o desaparecimento pela manhã.

- E o apartamento? – pergunta Helena.

- Rachaduras por todo o reboco, paredes e teto. – responde Dean. – Também tem ectoplasma.

- Tirando isso e o tufo de cabelo... – começa Sam. - Eu diria que o desgraçado está entrando pelas paredes.

- O problema é que a história do prédio está limpíssima. – diz Helena. Jane pega uma das fotos e a olha fixamente.

- Estamos olhando no lugar errado. – diz Jane. Os três a olham. –

- Como assim? – pergunta Dean.

- Deem uma olhada. – diz Jane e vira a foto para eles.

- Um campo vazio? – pergunta Sam olhando onde o prédio foi construído.

- Foi onde esse prédio foi construído. – diz Helena.

- Deem uma olhada no prédio ao lado. – diz Jane. Eles olham. – As janelas.

- Barras. – diz Sam.

- Estamos no lado de uma prisão? – pergunta Dean.

...

- Valeu Ash, e se você contar alguma coisa para a mamãe... – começa Helena falando no celular. – Isso e com alicate ainda por cima.

Em seguida ela desliga.

- Certo. – diz ela. – Essa era a prisão Moyamensing. Construída em 1935, demolida em 1963 e saquem só isso, usavam para executar pessoas por enforcamento no campo vazio ao lado.

- Precisamos de uma lista de todas as pessoas enforcadas lá. – diz Sam.

- Ash já está fazendo isso. – diz Jane olhando para Helena. Esta confirma com a cabeça.

Um tempo depois, eles olham no laptop de Sam todos os nomes mandados por Ash.

- 157 nomes? – diz Sam surpreso.

- Temos que reduzir isso. – diz Dean.

- É. – concorda Jane. – Espera, pare.

Sam pára de passar os nomes.

- Herman Webster Mudgett. – lê ela.

- O que tem? – pergunta Helena.

- Não era o nome verdadeiro daquele H.H. Holmes? – pergunta Jane a Sam e Dean.

- Só pode estar brincando. – diz este último.  Em seguida eles pesquisam sobre o homem.

- Holmes foi executado na prisão Moyamensing em 7 de maio de 1986. – lê Dean a pesquisa.

- H.H.Holmes em pessoa. – diz Sam com um sorriso. – Vamos lá, quais são as probabilidades?

- Quem é esse cara? – pergunta Helena.

- Holmes foi a origem do termo ‘’serial killer’’. – responde Jane. – Ele foi o primeiro da América.

- Ele confessou 27 assassinatos. – continua Sam. – Mas alguns dizem que foram mais de 100.

- E seu gosto para vítimas era de jovens loiras lindas. – finaliza Dean.

- Ele usava clorofórmios para matá-las. – diz Jane. – Foi o que a gente sentiu naquele corredor.

- Na casa dele, a polícia achou restos humanos. – continua Sam. – Pedaços de ossos e tufos de cabelos loiros longos ensanguentados.

- Puxa vida. Com certeza ele sabia como escolhê-las. – diz Dean.

- Só temos que achar os ossos dele e queimar, certo? – pergunta Helena. – Eu posso servir de isca qualquer coisa, eu sou loira.

- Nem pensar. – diz Jane. – Não é tão fácil assim.

- O corpo dele está enterrado no município. – diz Sam. – Está revestido em umas 2000 toneladas de concreto.

- O que? Por quê? – pergunta Helena surpresa.

- A história diz que ele não queria ninguém mutilando o corpo dele. – responde Jane. – Porque era isso o que ele fazia, mas... Talvez teremos um problema maior do que esse.

- Como isso pode ficar ainda pior? – pergunta Helena.

- Holmes construiu um apartamento em Chicago. – continua Jane. – O chamam de ‘’ O castelo do  assassinato’’. O lugar todo era uma fábrica da morte. Tinha alçapão, tanques de ácido e caroço de cal viva. Ele construiu passagens secretas dentro das paredes. Ele trancava suas vítimas e as mantinha vivas por dias. Algumas ele sufocou e outras deixou morrer de fome.

- Então, Theresa pode estar viva. – diz Helena. – Ela pode estar dentros dessas paredes.

- Precisamos de marreta e pé de cabra. – diz Dean se levantando. – Temos que quebrar a parede em um lugar que caiba uma garota. Sam, você e a Jane vão para um lado e eu e a Helena vamos para o outro.

- Certo. – diz Sam e sai com Jane. Dean e Helena fazem o mesmo em seguida.

Depois de quebrar a parede, Dean entra com Helena para investigar.

- Certo, nos liguem depois que vocês olharem a parede sudeste. – diz Helena no celular para Sam e em seguida desliga.

- E aí? – pergunta Dean enquanto eles andam.

- Sam e Jane estão quase terminando de olhar o primeiro andar. – comenta Helena. – Não acharam nada.

Eles continuam andando, mas páram.

- Droga. – diz Dean. – Está muito estreito, não podemos ir adiante.

- Deixa eu ver. – diz Helena e tenta passar, mas pára a frente dele. Seus corpos se encostam.

- Eu devia ter batido uma antes. – sussurra Dean para si mesmo.

- O que? – pergunta Helena sem ter escutado.

- Tá vendo, você me deixou todo molhado. – continua ele. Helena lhe dá uma cotovelada.

- Cala a boca. – diz ela. – Eu consigo passar ali.

- Você não vai sozinha. – diz Dean.

- Tem uma idéia melhor? – pergunta Helena passando pela parede estreita e continuando a andar. Dean liga para ela depois de um tempo.

- Onde você está? – pergunta ele.

- Na parede do norte. – responde ela e vê um buraco no chão, impossibilitando-a de continuar. Ela se aproxima dele para ver o que há lá dentro. – Estou indo para baixo. É algum tipo de conduto de ar.

- Não, não, não desça. – diz Dean rapidamente.

- Temos que achar essa garota, não é? – pergunta Helena. – Estou bem.

- Certo. Estou indo aí. – diz Dean e volta pelo mesmo caminho que vieram e desce as escadas. Helena desce para o andar de baixo pelo buraco. De repente ela vê ectoplasma saindo das paredes ao seu lado.

- Meu Deus. – diz ela no celular.

- O que foi? – pergunta Dean ficando sério. Helena não responde. – Helena!Helena!

De repente ele só ouve o berro dela pelo celular. Em seguida ele sai correndo.

- Helena! – grita ele começando a quebrar a parede à sua frente, entra com sua lanterna e vê o celular dela no chão. – Helena?! Helena!

...

Dean recomeça a correr pelo corredor e encontra Sam e Jane.

- Ele pegou a Helena. – diz Dean.

- O que? – pergunta Sam surpreso. – Como isso aconteceu?

- Eu não estava com ela. – diz Dean. – A deixei sozinha... Droga!

Ele bate na parede a seu lado com a mão.

- Dean! Se concentre. – diz Jane parando na frente dele e segurando seu rosto nervoso. - Vamos achá-la, certo? Vamos nos acalmar e pensar.

Em seguida os três voltam para o apartamento.

- Talvez calculamos errado como o Holmes age. – diz Sam.

- É melhor pensarmos rápido. – diz Dean. Em seguida seu celular toca. – Sim?

- Você mentiu para mim, sei que ela está aí. – diz Ellen nervosa.

- Ellen. – diz Dean e olha para Sam e Jane.

- Eu disse que ela não ia engolir essa de ir para Las Vegas. – diz Jane.

- Ash me contou tudo. – diz Ellen. – O cara é um gênio, mas não aguenta pressão. Coloque minha filha no telefone.

- Ela vai ter que te ligar depois, está fazendo coisas de mulher. – diz Dean.

- Não vem com essa. Cadê ela? – pergunta Ellen. Dean não responde. – Cadê ela?!

- Conta para ela, Dean. – diz Jane. – É melhor.

- Vamos conseguí-la de volta. – diz Dean.

- Conseguir ela de volta? Do que? – pergunta Ellen séria.

- O espírito que estamos caçando a pegou. – responde ele.

- Meu Deus. – diz Ellen apavorada com uma mão na boca.

- Ela vai ficar bem, eu prometo. – diz Dean.

- Promete? – diz Ellen nervosa. – Essa não á a primeira vez que eu ouço isso de um Winchester.

- O que? – pergunta Dean sem entender. Jane se levanta e pega o celular dele.

- Olha, não pedimos para a sua filha vir até aqui e fazer o que ela bem entendesse. – diz Jane nervosa. – Foi decisão dela e a respeitamos por isso, mas não desconte nos outros só porque você não consegue controlar sua própria filha.

Sam e Dean a olham surpresos.

- Se algo acontecer com ela... – continua Ellen.

- Eu sei... Você pode me matar se quiser, você tem esse direito. Porque quando Helena pôs o pé aqui eu falei que eu seria responsável por ela. Foi culpa minha ter deixado ela sozinha e não do Dean. – diz Jane. – Mas fique sabendo que eu não desisto fácil e não pretendo deixar sua filha morrer. Isso você pode ter certeza.

- Certo, mas eu estou indo para aí. – diz Ellen. – Primeiro avião. Estarei aí em algumas horas.

Em seguida ela desliga o celular. Jane faz o mesmo e olha para os outros dois.

- Droga. – diz Dean nervoso pondo as mãos na cabeça.

- Não se torture, Dean. – diz Jane. – A culpa foi minha. Eu deveria ter ido com ela. Eu disse que seria responsável por ela.

- Diga que conseguiu algo. – diz Dean olhando para Sam.

- Talvez. – diz ele. – Olhem... Se vocês olharem a estrutura do castelo de assassinato do Holmes, tem uma outra sala de tortura dentro das paredes, certo?

- Sim. – diz Dean.

- Mas tem uma que a gente não levou em conta. – diz Sam.

- A do porão dele. – diz Jane olhando para Sam com um sorriso.

- Isso mesmo. – diz ele.

- Mas esse prédio não tem um porão. – diz Dean.

- Você tem razão. – diz Sam. – Não tem porão, mas acabei de notar isso. Embaixo da função parece que é parte de um antigo sistema de esgoto que não tem sido usado.

- Vamos. – diz Dean e sai do apartamento às pressas. Jane e Sam se olham e saem em seguida atrás dele.

No porão do prédio, Helena acorda assustada, mas sem se mover. Deitada em um tipo de ‘’jaula’’, ela pega sua lanterna com medo e passa a luz por todos os lados. Quando a vira para cima, vê que há uma tampa toda ensanguentada. Helena passa os dedos com lágrimas nos olhos. Quando se vira para o lado vê que há uma fenda por onde dá para ver o lado de fora. Ela ouve um barulho e se deita novamente. Nada acontece então ela se levanta.

- Olá? – pergunta ela gritando.

- Tem alguém aí? – pergunta outra moça do outro lado do porão no mesmo tipo de jaula.

- Seu nome é Theresa? – pergunta Helena.

- Sim. – responde a moça.

- Isso não vai fazer você se sentir melhor, mas... – diz Helena. - Eu vim te salvar.

- Ele está por aí. – diz Theresa com medo. – Vai nos matar.

- Não, ele não vai. – diz Helena a ela. – Vamos sair dessa. Meus amigos estão nos procurando, eles vão nos achar.

De repente passos se aproximam.

- Meu Deus, é ele! – grita Theresa.

- Fique quieta. – pede Helena. Esta fica olhando pela fenda, mas não vê ninguém. De repente uma mão pega seus cabelos, arrancando um tufo loiro e a fazendo berrar.

...

Sam, Jane e Dean andam pela rua para ver se encontram algum bueiro por onde possam entrar.

- Esperem. – diz Jane e vai até um pequeno terreno vazio ao lado do prédio. Pisa forte na grama a baixo de seus pés. – É aqui.

- Tem certeza? – pergunta Dean.

- Tenho. – responde ela com convicção. – Olhem para ver se ninguém se aproxima.

Sam e Dean olham para os lados, enquanto Jane arranca a grama e a terra rapidamente, encontrando um portão que leva para o subterrâneo.

- Pronto. – diz ela e abre a porta com facilidade. – Vamos.

...

Helena chuta com força a jaula, tentando abrí-la. Ela sente uma respiração ao seu lado e olha pela fenda.

- Você é tão bonita. – diz Holmes. Helena apenas o olha. – Tão linda.

- Vá para o inferno! – grita ela com raiva. Holmes passa sua mão pela fenda. Helena se recosta do outro lado da jaula, mas não adianta, Holmes encosta em seu cabelo, passando para o pescoço, braço. De repente Helena enfia uma faca de ferro puro em seu braço e o espírito desaparece. – Gostou? Ferro puro, seu asqueroso, filho da puta!

...

Sam, Dean e Jane andam pelos corredores do subterrâneo com suas lanternas. Helena se aproxima da fenda novamente ainda com a faca perto do peito, tentando ouvir algo, mas não há ninguém.

- Ele foi embora? – pergunta Theresa.

- Não sei, eu... – começa Helena, mas de repente o espírito pega seus braços e arranca a arma de ferro dela. Holmes tampa sua boca e seu nariz a fazendo perder ar. Dean, Sam e Jane aparecem no porão e os veem. Dean atira com sua arma de sal e o espírito desaparece.

- Helena? – pergunta Jane.

- Estou aqui. – responde a garota. Jane vai até ela e arranca a porta da jaula. Sam vai ver a outra garota. Em muitas jaulas só se vê ossos.

- Vamos tirar você daqui, certo? – diz Sam a Theresa que concorda com a cabeça ainda assustada.

- Você está bem? – pergunta Jane tirando Helena da jaula.

- Já estive melhor. – comenta ela com um sorriso. – Vamos dar o fora daqui antes que ele volte.

- Ainda não. – diz Jane indo até Theresa e abrindo a tampa da jaula. – Lembra daquela sua idéia de ser isca? Acho que agora é a nossa única opção.

...

Um tempo depois, Helena fica de pé no meio do porão à espera do espírito de Holmes. Ela olha para os lados com medo, fecha os olhos e respira fundo a cada segundo que passa. De repente ela sente uma respiração atrás dela. Holmes se aproxima de Helena e ela fecha os olhos com medo. O espírito estica seu braço para encostar nela.

- Agora! – grita Jane e levanta os braços paralisando Holmes no chão. Enquanto isso Dean e Sam jogam sal por todos os cantos do porão, saindo em seguida. Holmes começa a gritar.

- Grite a vontade, seu babaca, mas você nunca vai pular por cima desse sal. – diz Helena com raiva.

...

Já fora do subterrâneo, na claridade do dia, os quatro se sentem mais aliviados.

- Então... – começa Sam para Helena. – Esse trabalho é tão incrível quanto você achava?

- Tirando a histeria de fazer xixi na calça... Sim. – responde ela. Sam e Jane dão risada. – Mas a Theresa vai viver sua vida por nossa causa. Vale a pena, não é?

- É. – responde Jane com um sorriso. – Vale sim.

- E se alguém achar essa porta aí em baixo? – pergunta Helena. – E se uma tempestade levar o sal embora?

- Impossível. – diz Jane e olha para Sam e Dean. – Nós não vamos deixar.

Os dois concordam com a cabeça, mas Helena os olha desconfiada. Em seguida Dean se afasta.

- O que ele foi fazer? – pergunta ela. De repente pelo fundo do terreno entra um caminhão de cimento.

- Aquilo. – responde Sam com um sorriso. Helena olha tudo surpresa.

- Vocês roubaram um caminhão de cimento? – pergunta ela de boca aberta.

- Vou devolver. – diz Dean o dirigindo. Jane lhe dá um sorriso. Em seguida eles veem o cimento cair dentro do esgoto. – Isso deve prendê-lo aí até o inferno congelar.

...

À Noite, de volta para o Roadhouse, todos ficam em silêncio no carro. Ellen olha para a frente nervosa.

- Você não estava brincando mesmo quando disse que voava para lá, não é? – pergunta Dean com um sorriso para ela.

Ellen não responde. Sam e Jane se olham e olham para Helena que apenas olha para a mãe.

- Que tal um pouco de... – começa Dean.

- Dean. – diz Jane. Ele a olha pelo retrovisor e ela diz que não com a cabeça.

- Essa vai ser uma longa viagem. – diz ele depois de respirar fundo.

...

No dia seguinte de manhãzinha quando eles chegam no bar, Ellen leva Helena para dentro pelo braço.

- Ellen... – começa Dean. – Eu menti para você, foi tudo culpa minha. Eu sinto muito, mas a Helena se saiu bem, acho que o pai dela ficaria orgulhoso.

- Não ouse dizer isso... Não você. – diz Ellen nervosa a ele. Jane a olha com uma expressão vazia. – Preciso de um momento a sós com minha filha.

Em seguida os três saem do bar.

- Você está com raiva, eu entendo. – começa Helena.

- Raiva é pouco. – diz Ellen nervosa andando de um lado para o outro.

- Pense bem. Está tudo certo, ok? – diz Helena. – Estou viva.

- Não depois que eu acabar de falar com você. – diz Ellen. – Você deixou eles te usarem como isca.

- Porque eu ofereci. – diz Helena. – Eles me deram apoio o tempo todo.

- Por isso você não tem bom senso o suficiente para esse trabalho. – diz Ellen. – Você confiou sua vida a eles.

- Do que está falando? – pergunta Helena.

- Tal pai, tal filhos. – continua Ellen. – É sobre isso que estou falando.

Helena olha para os lados pensativa.

- John? – pergunta ela. Ellen não responde. – Achei que você e John fossem amigos.

- Sim éramos, desculpe, eu não quis... – continua Ellen.

- Mãe. – responde Helena. – O que você está me escondendo?

Ellen a olha com lágrimas nos olhos.

...

Fora do bar, Jane anda de um lado para o outro inquieta.

- O que você tem? – pergunta Sam.

- Isso não é bom. – diz ela.

- O que não é bom? – pergunta Dean. Jane olha para a porta do bar em seguida.

Helena sai nervosa fechando a porta com força.

- É tão ruim assim? – pergunta Dean indo até ela.

- Agora não. – pede Helena sem olhá-lo.

- O que aconteceu? – pergunta ele sem entender. Helena não responde. – Ei, fale comigo.

- Não enche! – diz Helena o olhando com ódio.

- Me desculpe... Te vejo por aí. – diz Dean nervoso e se vira para Sam e Jane.

- Dean... – começa Helena. Ele a olha novamente. – Fiquei sabendo que meu pai teve um parceiro na última caçada. Engraçado, geralmente ele trabalhava só. O cara também, mas... Meu pai achou que podia confiar nele, o que foi um erro. O cara pisou na bola e causou a morte do meu pai.

- O que isso tem a ver... – começa Dean.

- Foi o seu pai, Dean. – interrompe Helena gritando.

- O que? – pergunta Dean ssem acreditar.

- Porque acha que John nunca mais voltou? – pergunta Helena. – Porque será que ele nunca mencionou a gente para você e o seu irmão?

Dean não fala nada.

- Porque ele não conseguia mais olhar nos olhos da minha mãe depois daquilo. – responde Helena. – Foi por isso.

- Helena... – começa Dean.

- Saia... – interrompe ela nervosa. – Saia daqui.

Dean continua a olhando por um tempo.

- Dean. – chama Jane. – Precisamos ir.

- Vai embora, por favor. – pede Helena novamente sem olhá-lo mais.

Dean se vira para o Impala e se aproxima dos outros dois. Jane vai até Helena.

- Olha... Sei que eu não tenho o direito de dizer nada, mas... – começa ela. – John cometeu um erro, eu sei. Não tem como você perdoá-lo. Mas só porque Sam e Dean são filhos dele, não quer dizer que eles cometeriam o mesmo erro... Era só o que eu tinha para dizer.

Em seguida Jane se vira e parte. Helena apenas os olha se afastar com o Impala pela estrada.

Fim do Sexto Capítulo da Segunda T. de Supernatural


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Notas finais do capítulo

Reviews??? Bjsss... Continuem lendo!!!^.^



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