Supernatural: Segunda Temporada escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 13
Capítulo 13: Casas do Sagrado


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!!XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/65481/chapter/13

Providence, Rhode Island.

Uma mulher, nos seus 28 anos, cabelo curto e loiro tingido, com expressão cansada, assiste à televisão em um canal de humor. Entediada ela troca de canal. Um homem com uma cruz iluminada, grande, presa à parede atrás de si, começa a falar com os expectadores que o assistem em casa.

- Olha, eu sei que é difícil. É difícil olhar para seus erros, é difícil olhar e ver a luz. – diz ele. – Mas eu estou aqui para dizer à vocês, companheiros, o Senhor está com vocês.

A moça revira os olhos e desliga a tv. O abajur na mesa atrás dela começa a piscar. Ela apaga seu cigarro nervosa.

- Você não precisa sofrer. – diz o homem de antes na tv, que liga sozinha assustando a moça. – Você não precisa ficar perdido. O Senhor está falando com você agora mesmo e está dizendo ‘’você é minha criança, você tem um propósito’’.

A moça tenta desligar a televisão, mas nada acontece o homem continua lá.

- Você acha que Deus se esqueceu de você? – pergunta ele. – Eu te digo não! Tudo que você tem que fazer é ouvir, apenas ouvir o que seus anjos estão falando.

De repente a casa começa a tremer e a moça olha para os lados cada vez mais assustada.

- Não é lindo? – continua o homem na tv. A garota se levanta do sofá enquanto coisas das prateleiras são jogadas bruscamente ao chão. – É a hora, é a hora de ver o homem enviado. E ver e ouvir a palavra de Deus. Em toda sua glória, é tempo de cura, você não pode só ouvir a palavra do Senhor.

De repente a moça ouve um barulho e se vira na direção do corredor, de onde vem uma luz branca em seguida. Ela vê alguém entre a luz.

- Meu Deus. – ela sussurra indo em direção à luz.

...

Meses depois em uma clínica de recuperação.

Sam entra disfarçado de médico com uma prancheta na mão.

- Bom dia. – diz a mesma moça de antes, mas totalmente mudada, se virando para ele com um livro pequeno na mão. – Você não é o cara de sempre.

- Não... Ah... Sou novo aqui. – diz ele se aproximando dela. – Então, como você está se sentindo hoje Glória?

- Nunca me senti melhor. – ela responde com um sorriso, com uma expressão em paz.

- Então... Sem perturbações ultimamente? – pergunta Sam.

- Você quer dizer começar a ter convulsões e virar o pescoço? – pergunta Glória ainda sorrindo.

- Eu não disse isso. – diz Sam um pouco sem graça.

- Está tudo bem. – diz ela. – Eu sei o que as pessoas pensam.

- O que você acha? – pergunta Sam curioso.

- Eu acho que o que eu vi era real. – responde Glória mais séria agora.

E,m seguida Sam fecha a prancheta olha para trás e encontra uma cadeira junto a parede, a pega e se senta de frente para Glória. Os dois se olham por um instante.

- Eu gostaria de saber o que você viu. – diz ele finalmente.

- Bom... Está em todos os noticiários. – começa Glória. – Eu esfaqueei um cara no coração.

- Por quê você faria isso? – pergunta Sam.

- Por que era desejo de Deus. – responde ela calmamente.

- Deus falou com você?

- Não. – Glória dá um riso discreto. – Eu acho que Deus está um pouco ocupado para visitas pessoais. Ele enviou alguém.

- Alguém? – Sam fica mais curioso.

- Um anjo. – responde ela. – Ele veio até mim nessa linda luz branca. E me preencheu com esse... Sentimento. É difícil descrever.

- E esse anjo...

- Falou a palavra de Deus. – completa Glória.

- E a palavra era para matar alguém?

- Eu sei, parece estranho. Mas o que eu fiz foi muito importante. Eu ajudei a parar um homem mau. Eu fui escolhida para redenção.

- Esse homem que você matou, o anjo te deu o nome dele?

- Não. Ele apenas me disse para esperar um sinal e no dia seguinte eu vi. No lado da porta da casa do homem. E então eu sabia.

- Porque ele?

- Eu só sei o que o anjo me falou... Que esse homem era culpado nas mais profundas fundações. E era o suficiente para mim.

...

Em um motel ali perto, Dean deita em sua cama, põe uma moeda de vinte e cinco centavos em um aparelho na mesinha ao lado e a cama começa a chacoalhar, fazendo massagem em suas costas. Giovana e Jane o olham perplexas enquanto sentam na cama ao lado.

- Qual é o problema dele? – pergunta Gi sem tirar os olhos de Dean que faz expressões de prazer enquanto coloca fones de ouvido e escuta música alta em seu celular.

- Não pergunte pra mim, já cansei de tentar entender. – responde Jane também não desviando o olhar.

Em seguida Sam entra no quarto e Jane abre um sorriso enquanto levanta da cama e pula em seu colo. Sam a segura e lhe dá um longo beijo.

- Ei, Sam! – chama Dean da cama. Sam o olha. – Cara, você tem que experimentar isso. Há realmente mágica nos dedos mágicos.

- Dean, você já se divertiu muito com isso. – diz Sam se aproximando dele. – Isso está me deixando desconfortável.

- Só você? – pergunta Gi se levantando impaciente da cama.

- O que eu deveria fazer? – pergunta Dean não tão mais feliz. – Você me deixou trancado aqui. Fiquei entediado com a minha sombra boba.

- Hey, você é o assaltante de banco no noticiário das 11. – Sam dá uma risada sarcástica. – Não eu.

- Ele está certo. – diz Jane cruzando os braços na frente do mais velho. – Nós não podemos nos arriscar com você entrando numa instalação do governo.

Em seguida a cama para de chacoalhar. Sam vai até o banheiro para lavar as mãos.

- Oh, droga! – xinga Dean olhando para os lados. – Era a minha última moeda. Por acaso vocês teriam moedas aí?

- Não. – respondem Jane e Gi juntas. Dean se levanta da cama e se encosta na porta do banheiro olhando para o irmão.

- Você conseguiu ver a vadia louca? – pergunta ele a Sam.

- Sim. Glória Sidinik e eu não tenho tanta certeza de que ela é doida. – Sam seca as mãos na toalha ao lado da pia.

- Ela acredita que foi tocada por um anjo? – pergunta Jane se aproximando deles.

- Sim. – responde Sam a ela. – Uma luz cegante, cheia de felicidade espiritual, isso funciona. Eu quero dizer, ela está vivendo em uma pequena cela e está totalmente em paz.

- É, você está certo. Isso parece completamente normal. – diz Dean com ironia. Jane lhe dá uma cotovelada na barriga.

- E o cara que ela matou? – pergunta Gi se sentando na cama novamente.

- Carl Gowle. – continua Sam. – Ela disse que o matou porque ele era mau.

- Ele era? – pergunta Dean ainda passando a mão onde levou a cotovelada.

- Eu não sei. – responde Sam. – Não consegui achar nenhuma evidência dele. Sem registro criminal, ele trabalhava na biblioteca do campus. Tinha muitos amigos, ia à igreja.

- Então ela só o matou porque é louca. – diz Dean. Sam sai do banheiro e tira o casaco, o jogando na cama ao lado de Gi. – Bom, ela não seria a primeira pirada na história, matando em nome da religião.

- Não, mas é a segunda na cidade a matar porque um anjo mandou. – diz Jane a ele. – Estranho, não acha?

- Sobrenatural, talvez. – responde Dean. – Mas anjos, acho que não.

- Por quê não? – pergunta Gi. Dean a olha por um instante e se senta na cama ao seu lado tirando um pouco de cabelo de seus olhos.

- Porque essas coisas não existem. – responde ele olhando bem em seus olhos.

Sam dá uma risada sarcástica

- Dean, já ouvimos falar 10 vezes mais sobre lendas de anjos do que qualquer outra coisa que já caçamos. – diz ele. Dean desvia o olhar de Gi e olha para o irmão.

- Bom, já ouvimos falar muito de lendas de unicórnios também. – Dean continua. – Eu ouvi que a coisa aparece na lua cheia e tem um arco íris na bunda.

- Espera, então não existem unicórnios? – pergunta Sam se sentando em sua cama com uma expressão triste.

- Muito engraçado. – diz Dean o olhando sem acreditar. Sam lhe dá um sorriso. – Eu só estou tentando dizer que algumas lendas apenas... Estão arquivadas em besteiras.

- E você tem anjos na lista de besteira? – pergunta Sam.

- Sim.

- Por quê?

- Porque ele nunca viu um. – responde Jane por Dean se sentando no colo de Sam na cama.

- Exato. – concorda Dean. – Eu só acredito no que posso ver.

- Dean, você e eu vimos coisas com o qual a maioria das pessoas não poderiam imaginar. – diz Sam ao irmão.

- Exatamente, com nossos próprios olhos. Essa é a prova, certo? Mas eu não vi nada até agora que se pareça com um anjo. Vocês não acham que se realmente existissem teríamos passado por algum... Ou informado por alguém que encontrou algum? Não. Isto é um demônio ou um espírito que encontra pessoas, compra batatas, um Mclanche Feliz e os incita a matar pessoas.

- Talvez. – diz Sam sem acreditar no que ouve do irmão.

- Vamos só... Eu estou ficando louco com isso cara. – diz Dean impaciente. – Vamos ver o apartamento da Glória, ok?

- Nós já estivemos lá. – diz Gi olhando para Jane e em seguida para Dean. – Não encontramos nada. Sem enxofre, sem E.M.F.

- Vocês não viram nenhuma pena fofa branca flutuando? – pergunta Dean ironicamente.

Jane revira os olhos.

- Glória disse que o anjo mandou um sinal. – comenta Sam. – Algo ao lado da porta do cara.

- Então vamos. – diz Jane se levantando de seu colo e indo em direção à porta do quarto. – Pode ter alguma coisa na casa dele. Vamos verificar.

...

Dean para o Impala na frente da casa do homem assassinado. Os quatro saem do carro e se aproximam da porta da frente.

- Hey, eu acho que encontrei. – diz Dean apontando para um anjo de plástico encostado na parede ao lado da porta. – É um sinal lá de cima. Acho que aprendi uma lição valiosa. Se eu deixar a decoração de Natal até depois do Ano Novo, posso ser assassinado por uma vadia de Deus.

- Dá para você parar com isso? – pede Jane batendo em seu braço. Em seguida ela vê a portinha do jardim ao lado da casa aberta. – Espera um pouco.

Ela entra no jardim e os outros três a seguem. Jane vê uma porta ao lado da casa que dá para o porão.

- Glória disse que o cara era culpado nas mais profundas fundações. – comenta Sam olhando para a porta.

- Então você acha que ela literalmente quis dizer fundações? – pergunta Dean sem entender.

- Vamos descobrir. – diz Gi e abre a porta dupla, descendo as escadas com Jane e os outros dois atrás. Está tudo escuro, só se vê uma prateleira cheia de potes de vidro. Sam e Dean pegam suas lanternas e olham por tudo.

Jane se aproxima de uma das paredes e vê marcas de arranhão nela.

- Venham ver isso. – diz ela chamando os outros. Os três se aproximam dela. Dean ilumina a parede e Jane tira de lá uma unha inteira.

- Meu Deus. – diz Gi com os olhos arregalados. Dean vai até o outro canto do porão e pega duas pás, entregando a outra para Sam.

- Podemos? – pergunta Dean com um sorriso para Jane. Esta revira os olhos e consente com a cabeça com um sorriso também. Dean e Sam cavam por alguns minutos o chão a frente deles e encontram os ossos enterrados de uma pessoa.

- Muito para um inocente bibliotecário frequentador da igreja. – diz Sam olhando os ossos.

- O que quer que tenha dito a Glória sobre isso, sabia do que estava falando. – diz Jane a eles.

...

Perto dali em outra casa, um homem deita em sua cama com uma garrafa de cerveja na mão e com uma revista na barriga. Ele olha para o teto com uma expressão de quem bebeu demais por hoje. De repente as luzes do aposento começam a piscar descontroladamente, sua cama começa a se chacoalhar bruscamente e várias garrafas de cerveja no criado mudo ao lado caem ao chão, se quebrando. O homem levanta da cama assustado, olhando para todos os lados enquanto mais coisas caem da prateleira a sua frente, formando uma zona. Em seguida o homem olha para frente e protege os olhos com uma das mãos quando uma luz forte e branca vem em sua direção. Ele vai abaixando a mão calmamente quando vê o que há na luz, sua expressão muda de pavor para maravilhado. Então ele segue na direção da luz.

Um tempo depois esse mesmo homem sai andando pela calçada até que ele para quando vê a mesma luz branca do lado de uma casa. Ele faz que sim com a cabeça como se falasse com alguém e se aproxima da casa em que recebeu o sinal. Bate na porta.

- Sim? – pergunta um homem alto, de cabelo desgrenhado e camisa xadrez aberta quando abre a porta.

- Oi, meu nome é Zack. – se apresenta o homem de antes com um sorriso discreto, mas com um olhar intenso.

- Posso te ajudar? – o dono da casa o olha confuso sem entender o que aquele rapaz faz ali.

De repente Zack tira uma faca do bolso do casaco e esfaqueia duas vezes o homem a sua frente que cai ao chão com muito sangue saindo de sua boca.

...

No motel, Dean, Jane e Gi ouvem em um rádio de polícia se há algo fora do normal esta noite. Um tempo depois Sam entra no quarto.

- Trouxe moedas? – pergunta Dean com um sorriso para ele.

- Cara, eu não vou ficar sustentando o seu vício. – diz Sam olhando para a maquina de massagem ao lado da cama e para o irmão em seguida. – Você parece um daqueles ratos de laboratório que apertam o botão do prazer ao invés da comida até morrer.

- Temos novidades. – diz Jane se levantando e parando a frente de Sam.

- Eu também. – diz ele com um sorriso para ela.

- Você primeiro. – Jane lhe devolve outro sorriso.

- Três estudantes desapareceram do campus este ano. – começa Sam – Todos foram vistos por último na biblioteca.

- Onde o tal do Carl trabalhava. – diz Jane.

- Exato. – concorda Sam.

- Canalha doente. – xinga Dean nervoso.

- Então o anjo da Glória... – continua Sam.

- Anjo? – interrompe Dean.

- Ta bom... – diz Sam nervoso. – O que quer que seja essa coisa.

- O que quer que seja atacou de novo. – interrompe Gi.

- O que? – pergunta Sam a olhando.

- Esatávamos ouvindo o radio da polícia antes de você chegar. – continua Gi. – E esse cara, Zack Smith, um bêbado local, matou um estranho na porta da frente noite passada. O acertou no coração.

- E ele foi a polícia confessar? – pergunta Sam.

- Sim. – responde Dean. – Ronald McDonald fez ele matar.

- Bom... Nós conseguimos o endereço da vítima. – diz Jane pegando um papel colado no espelho na parede ao seu lado e mostrando a Sam.

...

Já amanhecendo ao quatro invadem a casa da vítima que está rodeada com uma faixa amarela para ninguém passar. Eles entram por uma das janelas ao lado da casa.

Sam se senta no escritório e tenta descobrir algo no computador da vítima enquanto os outros olham por toda a casa.

- Encontraram alguma coisa? – pergunta Sam sem desviar o olho do computador, quando os quatro se reúnem no escritório.

- Só que Frank gosta de catálogo de compras e isso foi tudo que consegui. – diz Dean folheando uma revista de catálogos.

- Nós revistamos a casa inteira e não encontramos nada de diferente. – diz Jane com Gi ao seu lado. – E você?

- Não há muito aqui. – responde Sam. – Exceto um arquivo bloqueado no computador que...

- Arquivo bloqueado? – pergunta Jane se aproximando dele. Sam afirma com a cabeça. Em seguida Jane olha para o teclado por um instante e começa a digitar a senha. O arquivo é desbloqueado. – Não mais.

Ela dá um sorriso para Sam que lhe devolve outro. Este abre as pastas do arquivo.

- Deus. – diz ele com uma expressão surpresa.

- O que? – Dean larga a revista na mesa e fica ao lado do irmão, olhando a tela do computador.

- É um monte de e-mails, dezenas para uma mulher chamada Jennifer. – responde Sam abrindo os e-mails em seguida. – Bom... Essa mulher que tem 13 anos de idade.

- Ah, eu não quero ouvir isso. – Dean faz uma expressão de enojado.

- Parece que eles se conheceram em uma sala de bate papo. – continua Sam olhando cada conversa.

- Esses e-mails são bem pessoais. – diz Gi quando Samn para no último e-mail. – Olha isso... Eles estavam combinando um lugar e hora para se encontrarem.

- Que ótimo. – Dean revira os olhos nervoso.

- Eles deveriam se encontrar hoje. – diz Sam.

- Bom... Acho que se você vai esfaquear alguém... É uma boa hora. – diz Jane andando pelo cômodo. – Isso é estranho.

- O que? – pergunta Gi a ela.

- Os espíritos geralmente procuram vingança. – Jane continua. – Mas este parece querer fazer o bem.

- Um anjo vingativo? – pergunta Sam sem entender.

- Ah pelo amor de Deus, Sam. – diz Dean nervoso.

- De que outra forma você explica, Dean. – diz Sam também nervoso. – Três caras sem ter nada a ver um com o outro, todos esfaqueados no coração? Pelo menos dois eram grandes pervertidos. E aposto que se vocês procurarem bem, o outro cara...

- Espera. – Jane os interrompe segurando um papel que estava preso a um mural na parede e olha para Sam. – Você disse que Carl Gowle frequentava a igreja, certo?

- Sim. – afirma Sam.

- Qual era o nome da igreja? – pergunta Jane sem tirar os olhos do papel.

- Nossa Senhora dos Anjos? – diz Sam depois de pensar um pouco.

- Claro que esse ia ser o nome. – diz Jane mostrando o papel a eles com o nome da igreja. – Parece que Frank frequentava a mesma igreja.

...

Um tempo depois os quatro vão até a igreja.

- Então vocês estão interessados em se juntar à paróquia? – pergunta o padre a eles.

- Sim. – responde Dean com um sorriso. – Padre, só nos sentimos bem se frequentarmos a igreja aos domingos.

- De onde vocês disseram que eram mesmo?

- Premont, Texas. – responde Sam rapidamente.

- Mesmo? É uma bela cidade. Paróquia de Santa Teresa, eu conhecia o Padre de lá.

- Claro. – diz Dean olhando para os outros sem saber o que dizer.

- O Padre Shaughnessy é muito bom. – diz Jane quando acaba de ler a mente do Padre.

- Sim. – concorda este com um sorriso a ela. – Ele é um grande amigo meu.

- Sabe, nós estamos felizes de estar aqui Padre. – diz Jane a ele enquanto eles continuam a andar pela igreja.

- E nós estamos felizes por tê-los. Podemos usar um pouco de sangue fresco por aqui.

- Olha, desculpa perguntar Padre. – diz Gi. – Mas e quanto ao bairro?

- Está indo por água abaixo, não tem como negar. Mas é por isso que o trabalho da igreja aqui é tão importante. Como eu sempre digo, você pode esperar um milagre... Mas no meio tempo você trabalha duro

- Nós ouvimos falar dos assassinatos. – diz Dean.

- Sim. – continua o Padre. – As vítimas eram da paróquia, eu as conhecia a anos.

- E os assassinos disseram que um anjo fez com que eles matassem? – pergunta Sam.

- Sim, almas perdidas. Pensar que o mensageiro de Deus apareceria e incentivaria as pessoas a matarem. É trágico.

- Então você não acredita nessas histórias de anjo. – diz Dean com uma expressão ‘’ te avisei’’ para Sam.

- Ah não... Claro que acredito. – responde o Padre e aponta para sua própria roupa. – Faz parte do trabalho.

- Padre, aquele é Michael, certo? – pergunta Sam apontando um quadro com a imagem de um anjo em uma das paredes da igreja.

- Isso mesmo. O Arcanjo Michael. Com a espada flamejante. O combatente de demônios. A força divina contra o mal.

- Então eles não são o rostinho puritano que todos pensam? – pergunta Sam. – Eles são ferozes, certo? Vigilantes.

- Eu gosto de pensar que eles são mais amáveis do que raivosos. Mas, sim... Muitas histórias descrevem os anjos como os advogados de Deus. ‘’ E um anjo do Senhor apareceu e a glória do Senhor os cercou de resplendor pelo que se encheram de grande temor’’.

Gi, Dean e Sam e o padre se olham por um instante.

- Lucas 2:9. – diz Jane quebrando o silêncio.

- Exato. – o padre se vira para ela com outro sorriso. Em seguida eles saem da igreja e param nas escadarias de entrada.

- Nós agradecemos por falar conosco padre. – Gi lhe dá um sorriso simpático.

- O prazer foi todo meu. Espero vê-los de novo. – O padre olha para Jane em seguida. – A senhorita principalmente... Vejo que é bem devota a Deus.

Jane apenas lhe dá um sorriso e vê em uma das escadarias velas, flores e cruzes.

- Padre, para o que é aquilo tudo? – pergunta ela mudando de assunto.

- Aquilo é para o Padre Gregory. – responde o padre. – Ele foi um padre aqui.

- Foi? – pergunta Dean.

- Morreu bem nestes degraus. Está enterrado na cripta da igreja.

- Quando isso aconteceu? – pergunta Sam.

- Dois meses atrás. Ele levou um tiro pela chave do carro.

- Sentimos muito. – diz Gi.

- É, eu também. Ele era um bom amigo. Eu nem tive tempo de dar a última benção. Como eu disse, é um bairro perigoso. Desde que ele morreu, eu tenho rezado muito.

- Pelo que? – pergunta Sam.

- Por salvação da violência e do derramamento de sangue por aqui. Seria bom um pouco de intervenção divina, eu imagino.

- Bom, padre. – diz Jane finalmente com um sorriso. – Muito obrigada e nos veremos de novo.

O padre lhes dá um último sorriso e entra na igreja novamente.

Dean se aproxima das velas e flores e tira de lá do meio a foto do padre Gregory.

- Tudo está começando a fazer sentido. – diz ele se virando para os outros. – Padre devoto morre de forma violenta? É coisa pra espírito negativo.

Sam revira os olhos.

- E ele conhecia todos os mortos porque eles frequentavam essa igreja. – continua Dean. – Eu até aposto que porque ele era o padre, ele sabia de coisas que ninguém mais sabia.

- Mas também o padre Reynolds começou a rezar por ajuda a dois meses atrás, certo? – pergunta Gi. – Mais ou menos na época que tudo começou a acontecer.

- Obrigado. – diz Sam a ela. – Alguém do meu lado.

- Qual é. – diz Dean aos dois. – Aonde querem chegar?

- Como assim? – pergunta Sam.

- Tudo bem que eu sou um pouco cético. Mas desde quando você é o cara do ‘’Clube 700’’? Sério desde o começo você começou a acreditar nessa história de anjo. E depois, você vai começar a rezar todo o dia?

Dean põe a foto do padre Gregory de volta entre as velas.

- Ele reza. – diz Jane em seguida. Dean a olha surpreso.

- O que? – ele pergunta pensando não ter entendido.

- Ele reza todo o dia. – diz Jane olhando Sam e passando a mão em seu rosto. – Muitas vezes só na cabeça, mas reza.

- As coisas que você aprende sobre um cara. – diz Dean ainda surpreso. – Bom... Vamos dar uma olhada no túmulo do padre Gregory.

...

Na cripta, os quatro vasculham por tudo, mas Sam fica para trás quando vê a estátua de um anjo começar a tremer e a olhar para ele. De repente uma luz branca parece atrás dele e Sam a olha surpreso. Jane se vira e corre na direção de Sam o encontrando desmaiado no chão.

- Sam! – grita ela o chacoalhando. – Sam!

Dean e Gi correm até eles. Dean se ajoelha ao lado do irmão e o chacoalha também. Em seguida Sam acorda um pouco zonzo.

- Você está bem? – pergunta Jane segurando seu rosto.

- Sim. – Sam olha para a estátua de anjo à sua frente com um sorriso. – Sim.

Jane olha a estátua também.

- Estou bem. – comtinua Sam. Dean o ajuda a se levantar.

- Você viu não é? – pergunta Gi quando eles saem da cripta.

- Sim. – Sam responde ainda com um sorriso. – Sim... Eu vi um anjo.

Sam senta em um dos bancos da igreja com a respiração ainda ofegante. Dean tira um container de álcool do bolso e o entrega ao irmão.

- Toma isto.

- Dean. – diz Jane com um olhar repreensivo. Dean dá de ombros e dá um longo gole do líquido.

- Então... O que te faz pensar que você viu um anjo? – pergunta ele a Sam.

- Só... Só apareceu na minha frente e então essa... Essa sensação me inundou, sabe? Como... Paz. Como graça.

- Ok rapazinho abençoado. – diz Dean sem acreditar. – Vamos te arrumar uns adesivos e um chapéu do Dr. Seuss.

- Dean, ele está falando sério. – diz Gi o olhando nervosa.

- Ele falou comigo. – continua Sam. – Sabia que eu era!

- Foi apenas um espírito, Sam. – continua Dean. – E não é o primeiro capaz de ler a mente das pessoas.

- Ok. Isso não importa agora. – Jane os interrompe e vai até Sam se sentando ao seu lado e olhando bem em seus olhos. – Sam... Ele te escolheu para matar um pecador, não é?

Sam afirma com a cabeça para ela.

- Ótimo. – diz Dean com ironia. – Imagino que você não perguntou o que esse cara mau fez.

- Na verdade eu perguntei. – diz Sam o olhando agora. – E o anjo me falou. Ele não fez nada... Ainda. Mas ele vai.

- Isso é inacreditável. – diz Sam com um sorriso irônico.

- Dean, pelo que vimos o anjo não errou ainda. – diz Gi a ele. – Alguém vai fazer algo terrível e se o Sam pode deter isso então...

- Não! – interrompe Dean nervoso e aponta para ela e Sam. – Sabe vocês dois... Vocês que deveriam ser maus. Talvez eu devesse pará-los.

- Quer saber, Dean? Eu não entendo. – diz Sam nervoso. – Por que você não pode considerar a possibilidade?

- Qual? Que isso é um anjo?

- Sim! Talvez nós estejamos caçando um anjo e devêssemos parar. Talvez essa seja a vontade de Deus.

Dean o olha por um instante pensando no que dizer.

- Ok, certo. – ele começa. – Sabe de uma coisa? Eu entendo. Você tem fé. Isto é... Bom pra você. Eu tenho certeza que torna as coisas mais fáceis. Vou te dizer quem mais tinha essa fé... A mamãe.

Sam o olha surpreso.

- Ela costumava me dizer quando me colocava para dormir... – continua Dean. – Que anjos estavam olhando por nós. Essa foi a última coisa que ela me disse.

- Você nunca me contou isso.

- O que há para contar? Ela estava errada. Não tinha nada protegendo ela. Não existe um poder maior, não existe Deus. Existe um caos, violência e um mal aleatório e imprevisível que aparece do nada. E acaba com você... Então você quer que eu acredite em anjos?

- Como pode dizer uma coisa dessas, Dean? – pergunta Gi surpresa. – Como pode dizer que não há Deus?

- Bom... Eu vou ter que ver uma prova, você tem alguma?

- Como assim prova? – pergunta ela nervosa.

- Eu tenho. – continua Dean. – Prova de estamos lidando com um espírito.

- Porque você anda tão quieta? – sussurra Gi a Jane. – Porque não diz nada a respeito?

- Porque... Sinceramente eu não sei mais no que acreditar. – Jane responde sem tirar os olhos do horizonte.

...

Os quatro voltam a cripta e ficam de frente com o túmulo do padre Gregory, que é o único onde está crescendo um tipo de planta.

- Parece com... – começa Sam.

- Truewood. – completa Jane. – Geralmente associada com os mortos. Especificamente aqueles que não estão descansando. Não está crescendo em outro lugar a não ser aqui. Pode ser que sejá ele assombrando Sam.

- Talvez. – diz Sam com um sorriso discreto a ela. – Eu não sei mais no que pensar.

- Não é só você. – diz ela com uma expressão cansada. Sam a olha preocupado e a puxa de lado.

- Ei, o que foi? – Sam passa a mão em seu rosto.

- Eu não sei. – Jane olha triste para os lados. – Não sei mais no que acreditar. Se é um anjo, se é um espírito... Eu não sei mais quem eu sou, Sam.

- Ei... Olha pra mim. – Sam pega o rosto de Jane e o vira delicadamente para ele. – Você é a garota que eu amo... É quem você é, certo? Nada mais importa.

Jane apenas faz que sim com a cabeça.

- Vem cá. – diz Sam a pegando pela cintura e lhe dando um beijo.

- E então... O que você acha? – pergunta Dean a Gi ao seu lado. – É a coisa mais sensata a fazer.

- Sensata?... Quer saber? Tanto faz. – diz Gi revirando os olhos.

- O que foi que eu fiz agora? – pergunta Dean a ela. Gi não responde. – Sam! Sam!

- Tem certeza que vai ficar bem? – pergunta Sam a Jane enquanto continua acariciando seu rosto. Dean continua chamando-o.

- Tenho. – responde Jane com um pequeno sorriso.

- Ok. – Em seguida Sam vai na direção do irmão. Jane continua olhando para frente por um instante. – Já to indo! O que foi?

- Te darei mais provas de que é o padre Gregory quem está assombrando.

- Como?

- O Dean teve uma idéia brilhante. – diz Gi a Sam. – Ele quer invocar o espírito do padre morto.

- O que? – pergunta Sam pensando não ter entendido. – Aqui? Numa igreja?

- É. – concorda Dean.

- Então nós precisaremos de algumas hóstias bentas e o Ritual Séance do diário do John. – diz Jane se aproximando deles.

- Você está bem? – pergunta Gi baixinho a ela com as mãos em seus ombros.

- Estou. – sussurra Jane de volta.

- Ótimo! – diz Dean mais animado. – Logo logo colocaremos esse espírito para descansar.

- E se for um anjo e não aparecer? – pergunta Sam. Dean revira os olhos. – Nada vai acontecer.

- Exatamente. – diz Dean. – É uma das vantagens do trabalho, Sam. Não precisamos agir baseados na fé. Podemos ter certeza. Você não quer ter certeza?

- Vamos. – diz Sam finalmente.

...

Um tempo depois eles saem de um mercadinho com uma sacola de cheia de utensílios para invocar um espírito.

- Tudo bem, eu admito. – diz Sam carregando a sacola em um braço e na outra mão segura a mão de Jane. – Já fizemos muita coisa nesse trabalho, mas essa é a pior. Uma toalha do Bob Esponja para cobrir o altar?

- Nós colocamos ela do avesso, ok? – Dean lhe dá um sorriso.

De repente Sam para no meio da calçada e olha para um rapaz parado na esquina também com uma sacola do mercado. Em seguida uma luz branca aparece atrás do rapaz.

- É isso. – diz Sam com os olhos arregalados apontando para o  rapaz. – Aquele é o sinal.

- Onde? – pergunta Dean se virando para a esquina rapidamente, mas não vendo nada.

- Eu também posso ver. – diz Jane ainda de mãos dada com Sam. – Logo ali atrás daquele cara... É ele.

- E nós temos que pará-lo. – diz Sam ainda com os olhos arregalados.

...

Em seguida O rapaz atravessa a rua e Sam vai atrás dele. Dean o segura pelo casaco.

- Espera.

- O que você está fazendo? – pergunta Sam sem entender. – Me solta.

- Você não vai matar alguém porque um fantasma mandou. – diz Dean. – Você está louco?

- Dean, eu não estou louco. Eu não vou matá-lo, eu vou impedi-lo.

- Defina impedir. O que você vai fazer?

- Dean, ele vai machucar alguem. – diz Gi pondo a mão em seu ombro. – Você sabe disso.

O rapaz entra em seu carro com a sacola do mercado e parte.

- Temos que ir. – diz Jane a eles. – Agora.

Dean e Gi entram no Impala por um lado, mas Dean trava a porta antes que Sam e Jane entrem.

- Dean, o que está fazendo? – Sam puxa a maçaneta do carro com força.

- Não vou deixar você matar ninguém Sam. – diz Dean ligando o carro e olhando para Jane em seguida. – Cuida dele, não quero que ele faça nenhuma besteira, ok? Eu e a Gi cuidamos do cara... Vocês dois vão fazer o Séance.

- Dean. – diz Sam nervoso. Em seguida o mais velho parte atrás do rapaz.

- Sinto muito. – diz Jane a Sam.

- Você sabia que ele ia fazer isso, não sabia?

- Também sei que se você fosse, não ia acabar apenas impedindo aquele rapaz.

...

Dean continua seguindo o carro do rapaz.

- E se ele ver que estamos seguindo-o? – pergunta Gi.

- Não vai. Confie no mestre aqui. – Dean dá uma piscada para ela pelo retrovisor.

Gi dá um sorriso enquanto revira os olhos. O rapaz para seu carro na frente de uma casa, onde uma moça sai toda arrumada. O rapaz vai até ela com um flores e a entrega. Em seguida eles entram no carro novamente.

- Tudo normal até aqui. – diz Gi.

...

Na cripta, Jane e Sam começam o ritual Séance. Eles acendem várias velas e Sam folheia o diário de John, parando em uma página e começando a falar em latim. Jona joga algo na vela a sua frente e ela fica mais forte. De repente ela se vira para a porta da cripta rapidamente.

- Droga.

- O que foi? – Sam também olha para a porta.

- O padre Reynolds.

- E agora?

- Não podemos parar, ele pode ser de grande ajuda.

- O que estão fazendo? – pergunta o padre Reynolds entrando em seguida. – O que é isso?

- Hum... – Sam fecha o diário rapidamente e se levanta. – Podemos explicar... Padre... Nós...

- Padre. – interrompe Jane se aproximando de Reynolds. – Isto é um Séance.

- Um Séance? Jovens vocês estão na casa de Deus. – diz o padre nervoso.

- É baseado nos direitos cristãos antigos, se isso ajudar. – diz Sam lá de trás.

- Chega, vocês vêm comigo. – o padre puxa Jane pelo braço e faz um movimento com a cabeça para Sam o seguir também.

- Padre por favor, espere. – Sam pede indo atrás.

Jane se vira para as velas novamente.

- Está vindo.

De repente os três veem a luz branca que vem do altar.

- Meu Deus. – diz Reynolds boquiaberto. A luz toma a forma de alguém. – Aquilo... Aquilo é um anjo?

- Não, não é. – diz Jane a ele.

- É apenas o padre Gregory. – diz Sam convencido de que estava errado.

Em seguida a luz some e no lugar aparece o padre Gregory.

- Thomas? – pergunta Reynolds sem acreditar.

- Eu vim em resposta a suas preces.

...

Dean e Gi continuam seguindo o casal.

- Não sei como eles ainda não nos viram. – diz Gi. – Será que o Sam errou? Talvez o cara só quer sair com a namorada dele.

- Talvez. – diz Dean a ela. – Mas não custa checar.

...

- Sam. – diz Gregory o olhando. – Eu achei que havia o enviado para seu caminho. Se apresse.

- Ele não vai a lugar nenhum. – diz Jane a ele. – Sinto muito, padre. Você não é um anjo.

- Claro que sou. – Gregory lhe dá um sorriso carinhoso.

- Não. – diz Sam em seguida. – Você é um homem. Você é um espírito... E precisa descansar.

- Eu era um homem. Mas agora sou um anjo. Eu estava nos degraus da igreja e senti aquela bala me perfurar, mas não havia dor. E de repente pude ver... Tudo. Padre Reynolds, eu te vi... Rezando e chorando aqui. Eu vim ajudá-lo.

- Me ajudar como? – Reynolds o olha com um olhar triste.

...

Dean continua seguindo o rapaz, este vira em uma rua e Dean vai atrás. Mas de repente o carro do rapaz não está mais a frente deles.

- Ele sumiu. – diz Gi olhando surpresa a rua a frente.

- Droga! – Dean bate com força no volante.

...

- Aqueles assassinatos. – diz Reynold se aproximando de Gregory. – Foram por sua causa?

- Eu recebi a palavra de Deus. Ele falou comigo. Me disse para acabar com os pecadores. Estou seguindo a Sua vontade.

- Você está incitando pessoas inocentes a matarem. – continua Reynolds.

- Para aquelas pessoas inocentes está sendo oferecida salvação. Algumas pessoas precisam de salvação... Não precisam, Sam?

Sam desvia o olhar dele.

- Como você pode chamar isso de salvação? – pergunta Reynolds surpreso. Gregory o olha novamente.

- Você não pode entender agora, mas as regras dos homens e as regras de Deus são bem diferentes.

- Aquelas pessoas... – interrompe Sam. – Estão presas.

- Mas elas estão felizes. Elas acharam paz lutando com seus demônios. E eu as dei a chave para o paraíso.

- Não! – diz Reynolds a ele. – Isso é vingança. É errado. Thomas, isso vai contra tudo em que você acreditava. Você está perdido, mal direcionado.

- Padre, não... Não estou mal direcionado.

- Você não é um anjo, Thomas. – continua Reynolds. – Homens não podem ser anjos.

- Mas... Mas eu não entendo. – Gregory olha para Sam e Jane e em seguida para Reynolds novamente. – Você rezou para eu vir.

- Eu rezei pela ajuda de Deus, não isso. O que você está fazendo não é a vontade de Deus. ‘’ Não matarás’’... Essa é a palavra de Deus.

...

O rapaz e sua namorada param em uma rua sem saída.

- Por que paramos? – pergunta a moça com um sorriso. O rapaz a olha e se aproxima a beijando apressadamente.

A moça dá risada.

- Nós não íamos ao cinema?

O rapaz se afasta.

- Nós devíamos ir, ou vamos nos atrasar... – continua a moça, mas de repente o rapaz lhe dá um tapa na cara. A moça dá um berro de dor.

- Desculpe, desculpe. É que eu nunca fiz isso antes.

A moça põe a mão na maçaneta, mas o rapaz trava o carro.

- Eu disse que sinto muito! – grita ele.

- Por favor, não.

Em seguida o rapaz tira uma faca do bolso e a moça se assusta. O rapaz avança nela, mas ela tenta de tudo para ele não chegar perto demais.

- Para! – manda ele com raiva. A moça continua berrando. – Para!

Em seguida o vidro da janela ao lado dele quebra em pedaços. Dean espanca o rapaz enquanto Gi passa a mão pela janela e destrava o carro indo até o outro lado e tirando a moça de lá de dentro.

- Você está bem? – pergunta ela a moça.

- Graças a Deus. – diz ela abraçando Gi.

Dean vem até elas depois de bater mais umas vezes no rapaz.

- Tem certeza que está bem? – pergunta ele a moça. Ela faz que sim com a cabeça. Em seguida o rapaz liga o carro e foge. – Droga.

Dean sai correndo para o Impala.

- Você tem celular? – pergunta Gi a moça. Ela faz que sim. – Ligue para a polícia, ok?

Em seguida ela entra com Dean no Impala e os dois seguem o rapaz novamente.

...

Gregory olha para seu túmulo e para Sam, Jane e Reynolds novamente.

- Deixa a gente ajudá-lo. – diz Jane a ele.

- Não.

- É hora de descansar, Thomas. – diz Reynolds. – De ficar em paz. Por favor, deixa eu te dar a unção.

Gregory com uma expressão triste olha uma última vez para Jane e Sam e em seguida faz que sim com a cabeça para Reynolds.

- Ó santos anfitriões do céu – este último começa. – Eu os chamo como um servidor de Cristo para santificar as ações de hoje.

Ele faz o sinal da cruz a sua frente.

- E o cumprimento do desejo de Deus. – continua ele. O espírito de Gregory começa desaparecer e a aparecer rapidamente, feito um slogan. Reynolds o olha surpreso.

- Padre Reynolds? – pergunta Gregory se olhando.

- Descanse. – continua Reynolds pondo a mão na cabeça de Thomas. Em seguida Gregory se ajoelha a frente deles. – Eu chamo o Arcanjo Rafael, mestre herdeiro, para abrir o caminho. Deixe o fogo do espírito Santo descer... Para que esse ser possa ser desperto para o mundo além.

Em seguida a luz branca reaparece em Gregory o levando embora. Jane e Sam se olham com um pequeno sorriso.

...

Dean e Gi continuam perseguindo rapidamente o rapaz em seu carro. Os dois carros correm apressados pelas ruas. Um caminhão aparece a frente deles, mas os dois carros desviam por pouco.

- Só espero que no final a gente saia vivo. – diz Gi com os olhos arregalados. O rapaz continua correndo com o carro, olha pelo retrovisor o Impala e dá um sorriso, mas de repente uma caminhonete para com tudo em um cruzamento e o rapaz freia bruscamente, mas um cano na parte de trás da caminhonete por alguma razão voa até o carro do rapaz atravessa o vidro da frente e atravessa seu coração, o matando instantaneamente.

- Meu Deus! – diz Gi boquiaberta. Ela e Dean olham tudo surpresos. Dean para o Impala e sai do carro com Gi atrás.

- Nossa... – começa ele mas fica sem palavras quando se aproxima do rapaz e vê o cano atravessado nele.

- Acabou, Dean. – diz Gi segurando seu braço. – Temos que voltar.

Dean faz que sim com a cabeça ainda aturdido.

...

Os quatro se encontram novamente no quarto do motel.

- Como foi o dia de vocês? – pergunta Gi a Sam e Jane quando ela e Dean entram no quarto.

- Você estava certo. – diz Sam olhando o irmão enquanto arruma sua mala. – Não era um anjo... Era mesmo o Gregory.

Dean bebe mais um gole de seu container com álcool e se senta na cama dando o container para o irmão que dessa vez aceita e dá um longo gole.

- Não sei... – diz Sam finalmente. – Eu só... Queria acreditar. Tanto. É tão difícl fazer isso... O que fazemos. Há tanto mal no mundo que eu sinto que poderia me afogar nele. E quando eu penso no meu destino... Quando penso em como poderia terminar.

- Sam... – diz Jane indo até ele e pondo a mão em seu rosto e lhe dando um beijo carinhoso na testa. – Quantas vezes terei que te dizer para não se preocupar quanto a isso? Nós cuidaremos de você.

- É, eu sei disso. – diz ele com um sorriso a ela e a abraça em seguida. – Mas eu queria saber que tem algo mais cuidando de mim, sabe? Algum poder maior. Um poder divino. E talvez...

- Talvez o que? – pergunta Dean quando vê Sam em silêncio.

- Talvez eu poderia ser salvo. – responde ele. Dean olha triste para o chão. Em seguida Sam dá um riso. – Mas... Eu tenho que clarear meu julgamento e você está certo.

Gi e Jane olham para Dean.

- Nós temos que continuar com o que conhecemos e podemos ver. – continua Sam. – O que está na frente de nossos olhos.

- É engraçado você dizer isso. – diz Dean por fim.

- Por quê? – pergunta Sam sem entender.

- O espírito do Gregory deu uma informação muito boa. – continua ele.

- O cara do carro não era boa coisa. – diz Gi se aproximando de Dean e pondo sua mão no ombro dele. – Mal conseguimos chegar lá a tempo.

- O que aconteceu? – pergunta Sam.

- Ele está morto. – responde Dean passando sua mão pela cintura de Gi.

- Vocês...? – começa Sam.

- Não. – responde Dean em seguida. – Não o matamos... Mas lhes digo uma coisa. O jeito que ele morreu, se eu não tivesse visto com meus próprios olhos eu não teria acreditado.

Sam ainda os olha sem entender.

- Eu não sei como chamar. – diz Dean.

- O que? – pergunta Sam. – O que vocês viram?

Gi e Dean se olham por um instante.

- Está tudo bem. – diz ela a ele com um sorriso enquanto acaricia seu rosto.

- Talvez... – começa Dean olhando novamente para Sam e Jane. – A vontade de Deus.

Os quatro se olham por um instante.

- Temos que ir. – diz Jane pegando na mão de Sam. Gi dá um sorriso para Dean e também pega sua mão. Em seguida eles saem do quarto e partem pela estrada com o Impala.

...

Fim do Décimo Terceiro Capítulo da Segunda Temporada de Supernatural


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews??? Beijos para todos!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Supernatural: Segunda Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.