Supernatural: Segunda Temporada escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 12
Capítulo 12: Caminhante Noturno


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito pela demora tive uns problemas aqui em casa, tive muitas provas e trabalhos acumulados na escola então... sinto muito mesmo!!!! espero que continuem lendo minha historia!!!!



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Milwaukee…

Na televisão de todos os habitantes aparece uma notícia importante de última hora.

- Estamos aqui em frente ao Banco Municipal de Milwaukee. – diz uma repórter na direção da câmera que a filma. – Houve um tiroteio há alguns minutos...

Muitos policiais se mantêm na frente do banco com muitas viaturas em volta. A equipe da SWAT entra em prédios vizinhos para poderem ter uma visão melhor do local e apontam suas armas.

-... E a polícia e a equipe da SWAT mantêm as posições na terceira hora desta situação de impasse. – continua a repórter. – As autoridades estimam que pelo menos dez reféns estejam dentro do banco. Ainda não se sabe das identidades dos suspeitos ou...

De repente há um movimento perto do banco.

- Estão saindo! Em suas posições! – grita um dos policiais para os outros.

- Alguma coisa está acontecendo. – diz a repórter se virando para o banco. – Estão abrindo a porta. Roger, você está filmando isso?

- Refém saindo. Fiquem abaixados. Não atirem. – diz um policial em um dos walk-talks para outro.

- Não atirem. Não atirem, por favor. – pede o refém, um homem já idoso que trabalha como segurança ali. Os policiais começam a se aproximar dele.

- Não, não. Nem pensem nisso. – diz um rapaz aparecendo de repente atrás do guarda e o segurando pela camisa. – Para trás... Todos vocês.

A câmera de Roger dá zoom e consegue filmar perfeitamente o rosto do rapaz... É Dean.

...

Milwaukee, Wisconsin. (Um dia antes).

À noite, em uma joalheria, Sam e Dean fazem perguntas aos donos sobre a morte de uma funcionária dali. Jane e Gi esperam entediadas no carro há duas quadras de distância.

- Eu odeio ficar aqui esperando. – diz Gi estressada.

- Temos que esperar... É mais fácil deles conseguirem mais informações. – diz Jane a ela. – Eu acho que quatro agentes do FBI seria demais para isso.

Esta apenas olha na direção em que a joalheria se encontra e apura os sentidos, tentando ouvir dali o que Sam e Dean conseguem descobrir.

...

- Então, como é ser do FBI? – pergunta uma funcionária a Dean, que se vira para ela no balcão.

- Ora, é perigoso. – responde ele com um ar misterioso. – os segredos que temos que guardar. Ah... Os segredos. É muito solitário também.

- Eu sei o que quer dizer. – diz a funcionária com uma expressão carinhosa.

- É. – concorda ele com cara de coitado.

Em seguida o dono da joalheria aparece com uma caixa de jóia na mão.

- Sara era nossa compradora. – diz ele para Sam em outro balcão. – Ela era da família. Todo ano, na festa de natal, ela dizia que éramos sua única família.

- E nunca desconfiaram que ela ia fazer algo assim? – pergunta Sam.

- Não, eu não consigo acreditar até agora. – responde o homem. – Naquela noite, Sara voltou à loja depois de fecharmos. Levou tudo da vitrine e do cofre. Edgar, o vigia da noite, pegou-a no ato. Ele ficou sem saber o que fazer. Eles se conheciam há muito tempo. Então ele me ligou em casa.

- Foi quando ela pegou a arma? – pergunta Sam.

- Ela atirou no rosto dele. – responde o homem concordando. – Eu ouvi a morte dele... Pelo telefone.

- Tem idéia do motivo dela? – pergunta Sam.

- Motivo? – pergunta o homem. – Não faz sentido. Por que roubar aqueles diamantes? E as jóias? Depois ela escondeu tudo, foi para casa e...

No outro balcão.

- Ela se matou? – pergunta Dean à funcionária.

- A polícia disse que ela jogou o secador na banheira e se eletrocutou. – responde ela. – Eles sabem, não é?

- É. – responde Dean. – Obrigado, Frannie, isto é tudo.

- É mesmo? – pergunta ela desapontada. – Sabe, eu posso falar mais. Se quiser me entrevistar... Depois... Em particular.

Dean lhe dá um sorriso de quem gosta.

- É. Acho que é uma boa idéia. – concorda ele. – Você é muito patriota. É mesmo... Porque não escreve seu telefone para mim?

Frannie escreve seu número no cartão da loja e o entrega.

...

-É melhor você cuidar do seu homem. – diz Jane a Gi, esta a olha sem entender. – A funcionária da joalheria parece estar animada demais para quem deveria estar triste por causa de uma morte trágica.

- Aquele idiota. – diz Gi olhando janela a fora. – Meu limite está se esgotando.

...

- Obrigado. – agradece Dean.

- Disponha. – diz Frannie com um olhar sexy. Em seguida Dean se aproxima do irmão que ainda conversa com o dono da loja.

- Ótimo. – diz Sam ao homem. – Você nunca viu a gravação da câmera de vigilância então.

- A polícia levou todas as fitas. – comenta ele.

 - Claro que levaram. – diz Dean revirando os olhos. Sam o olha.

Em seguida os dois voltam para o carro.

- Desculpem a demora, senhoritas. – diz Dean entrando no carro com um sorriso. Gi nem o olha. Sam entra em seguida e puxa Jane, lhe dando um longo selinho.

- Senti sua falta. – diz ele com um sorriso a ela.

- Eu também. – diz ela com outro sorriso.

- Pelo menos vocês se gostam. – sussurra Gi para si mesma enquanto os olha.

...

Um tempo depois Dean pára o carro na frente de uma casa.

- Cinquenta e cinco. – diz Sam olhando o número dela. – É aqui.

Os quatro saem do Impala.

- Droga de tiras. – diz Dean nervoso com o que o dono da joalheria disse.

- É o trabalho deles, Dean. – diz Jane atrás dele.

- Não, é o nosso trabalho. – diz ele. – Só que eles não sabem e então ferram com tudo.

- Fale sobre o banco. – pede Gi à Sam.

- Fundo Nacional de Milwaukee. – começa ele. – Foi assaltado há um mês.

- Do mesmo jeito da joalheria? – pergunta Dean.

- É. Trabalho interno, empregado antigo. O tipo que nunca faria uma coisa assim. – responde Sam. – O cara rouba o banco, depois vai para casa e comete suicídio.

- E esse tal de Reznick era o segurança noturno? – pergunta Jane enquanto eles e aproximam da entrada.

- Esse cara desmaiou de tanto apanhar do caixa que limpou o lugar. – comenta Sam com ela.

- Nossa. – diz Jane curvando as sobrancelhas. Em seguida ela se vira para trás e vê Gi que não os seguiu. – O que está fazendo?

- Eu não tenho distintivo para provar que sou policial. – responde ela. – Prefiro esperar no carro.

- Tudo bem. – diz Jane e se vira novamente para a porta, batendo nela logo depois. – Sr. Reznick?

Sem resposta.

- Ronald Reznick? – chama Sam mais alto.

Ainda sem resposta, eles olham para os lados e em seguida uma luz forte no teto liga, os cegando.

- Filho da... – começa Dean nervoso com uma das mãos na frente dos olhos. Um homem com o cabelo médio, enrolado, e um pouco cheio na altura da barriga vem até eles.

- FBI, Sr. Reznick. – diz Jane a ele. O homem os olha, desconfiado.

- Mostrem os distintivos. – pede ele. Os três lhe mostram ao mesmo tempo. Ronald dá uma olhada, mas acaba cedendo. – Eu já dei meu depoimento à policia.

- É, ouça Ronald. – diz Dean. – Há umas coisas no seu depoimento que queremos esclarecer.

- Vocês leram? – pergunta ele.

- Claro. – responde Dean.

- Vieram para ouvir o que eu tenho a dizer? – pergunta Ronald com uma expressão surpresa.

- É para isto que estamos aqui. – diz Jane com um sorriso a ele.

O homem os olha por mais uns segundos e em seguida abre a porta de vidro.

- Então entrem, por favor. – diz ele educadamente lhes dando passagem. Os quatro vão em direção à sala. – Nenhum dos policiais voltou depois que eu contei a eles o que realmente aconteceu. Eles pensaram que eu era louco.

Ronald para em frente a uma parede cheia de recortes de pesquisas e imagens sobre alienígenas e naves espaciais e se vira para os outros três, que se sentam em um sofá também de frente para ele. Jane, Sam e Dean se olham surpresos com tudo aquilo.

- Para começar, Juan Morales não roubou o Fundo Nacional de Milwaukee. – continua Ronald. – Isso eu posso garantir. Nós éramos amigos. Ele vinha ao banco nos meus plantões para jogar cartas.

- Então, você o deixou entrar no banco naquela noite? – pergunta Sam. – Depois do expediente?

- A coisa que entrou no banco... Não era o Juan. – comenta Ronald. – Tinha a cara dele, mas não era ele. Cada detalhe era perfeito, perfeito demais. Como se fosse um boneco, como um grande boneco do Juan.

- Boneco do Juan? – pergunta Sam sem entender.

- Olha. – diz Ronald lhes entregando pesquisas sobre o roubo da joalheria e a morte de Sara. – Não foi a única vez que aconteceu. Teve o lance da joalheria também. E os tiras, digo... Vocês, não vêem. Os dois crimes foram obra da mesma coisa.

- E que coisa é essa Sr. Reznick? – pergunta Jane. O homem pega uma edição da revista Tempos Futuros e os mostra em suas mãos apontando para a imagem de um robô.

- A origem dos cibernéticos. – responde ele. – Os chineses trabalham nisso há anos. E os russos também. Parte homem, parte máquina. Como o exterminador, mas do tipo que muda para parecer com outras pessoas.

- Como o cara do T2. – diz Dean com um sorriso para ele.

- Exato. – concorda Ronald animado. Sam e Jane olham para eles como quem os acha malucos. – Não é só um robô... É mais um andróide.

- Um andróide? – pergunta Sam.

- E por que tem tanta certeza, Ronald? – pergunta Dean. O homem lhes dá um sorriso, pega uma fita de vídeo e põem para rodar na televisão.

- Eu fiz cópias de todas as fitas de segurança. – comenta ele. – Eu sabia que os tiras iam levá-las e talvez destruí-las. Agora vejam isso.

Ronald avança a fita para uma parte específica e pára. Mostra Juan no banco, perto do caixa rindo e falando com alguém.

- Vejam... Vejam. – diz Ronald animado apontando para a tela. – Ali! Vejam, agora!

Ele pára a fita e Jane, Sam e Dean vêem os olhos de Juan na tela, totalmente brancos.

- Viram? Ele tem olhos de laser. – diz Ronald virando para eles. Os três se olham surpresos, com olhos arregalados. – Os tiras disseram que era reflexo da luz. Tipo flash da câmera... Mas não é! Disseram que eu fiquei traumatizado. E daí? O banco vai me demitir? Não importa. O andróide ainda está solto.

Em seguida ele prende a reportagem da joalheria em um mapa na parede ao seu lado.

- A lei não vai pegar esta coisa. – continua. – Eu vou pegar sozinho.

Os três se olham sem saber o que dizer ou fazer.

- Essa coisa, ela mata a pessoa e faz parecer suicídio. – continua Ronald. – Depois se transforma na pessoa. Faz o trabalho dela por um tempo, estuda o local... E acha a entrada.

Ele se vira para o mapa na parede, onde há dois círculos desenhados próximos um do outro em canetinha vermelha.

- Os roubos foram todos próximos. – diz ele tocando nos círculos e em seguida entre eles. – Então eu acho que o andróide está escondido por aqui. Em baixo, talvez. Eu não sei... Deve ser onde ele recarrega suas baterias.

- Tudo bem. – diz Sam de repente o parando e se levanta. Jane e Dean fazem o mesmo. – Eu quero que escute com muita atenção. O que eu vou dizer é a pura verdade.

Ronald o olha com esperança.

- Não existe esse negócio de andróides. – continua ele. Ronald tira o sorriso do rosto. – Não tem nada maligno ou sobre-humano... São apenas pessoas, nada mais, entendeu?

- Mas os olhos de laser... – começa o homem. Dean olha para o irmão sem entender.

- É o flash da câmera, Sr. Reznick. – diz ela o interrompendo. – Eu sei que você não quer acreditar, mas o seu amigo Juan roubou o banco e ponto.

- Fora da minha casa! – grita Ronald com eles. – Agora!

- Como quiser. – diz Sam calmamente. – Só tem mais uma coisa...

...

Um tempo depois em um motel não muito longe dali.

- Vocês podem me explicar o que aconteceu lá? – pergunta Gi a eles sentada em uma das camas.

- O Sam aqui estragou tudo. – explica Dean nervoso a ela.

- Eu estraguei? Eu fiz o que tinha que fazer. – diz Sam se virando para o irmão nervoso também.

- Não precisava ter feito aquilo. – diz Dean olhando um mapa que colocou na parede. – Dizer para o pobre coitado... O que você disse mesmo? Confiscar as fitas que ele copiou? Foi maldade.

Sam põe para rodar uma das fitas.

- Você está bravo comigo por isso? – pergunta Sam olhando para a TV. Jane pega uma cadeira e senta ao seu lado.

- Não, só acho que você é um federal muito bom. – responde Dean. – Podia ter agradado o cara. Ele fez um trabalho e tanto.

- Tipo a idéia do Andróide? – pergunta Jane com um sorriso.

- Menos essa parte. – diz Dean olhando para a mesa a sua frente e começando a desenhar com canetinha vermelha em um papel em cima do mapa de Ronald. – Eu gostei dele. Ele não é diferente de nós, as pessoas acham que somos loucos também.

- Só que ele não é um caçador, Dean. – diz Sam. – Ele é só um cara que tropeçou em uma coisa real. Se ele lutar com ela, vai ficar em pedaços.

- É. – concorda Jane com ele. – É melhor ele não saber e ficar vivo.

Sam para na mesma parte em que mostra os olhos brancos de Juan.

- Metamorfo. – diz Jane nervosa. – Igual ao de St. Louis. É a mesma reação retinal ao vídeo. Os olhos faíscam na câmera.

- Eu odeio essa coisa. – diz Dean.

- Todos nós odiamos. – diz Sam.

- É, mas ele não virou você e matou alguém com a sua cara. – diz Dean. Giovanna deita na cama em que está e olha fixo para o teto.

- Olha, se este mutante for igual ao que matamos em Missouri... – começa Sam.

- O Ronald tem razão. – interrompe Dean. – Eles se escondem lá em baixo. De preferência no esgoto e todos os roubos têm ligação, não é? O mapa do esgoto principal.

Em seguida Dean mostra o mapa de Ronald.

- Tem mais um banco em cima deste mesmo esgoto. – diz ele.

- Temos trabalho a fazer. – diz Jane aos dois. – Mas antes, será que poderiam nos dar licença?

Sam e Dean olham para Gi ainda deitada na cama e afirmam com a cabeça. Em seguida eles saem do quarto. Jane se senta na cama ao lado de Gi.

- Quer conversar? – pergunta ela. – Não precisei usar meus poderes para saber isso.

- Eu to me sentindo um nada, sabe? – comenta ela. – Como se eu não precisasse estar aqui e eu sei... Eu não preciso. Eu estou aqui por que sou egoísta.

- Não é porque você é egoísta. – diz Jane. – É porque você se preocupa com o Dean e isso não é errado, pode apostar.

- Mas vocês não precisam de mim. – diz Giovanna se sentando. – Eu sou uma pedra no caminho de vocês.

- Se não fosse por você, a gente não teria conseguido prender o Gordon. – diz Jane a ela. – É claro que vai ter momentos que você vai se sentir para baixo, mas lembra o que você disse lá no Hotel Pierpont? Que você queria ficar e que podia lidar com tudo isso.

- Eu sei, eu só... – começa Gi.

- Eu só nada! – interrompe Jane se levantando. – Vamos! Temos trabalho a fazer.

Em seguida ela sai do quarto. Giovanna pensa por um instante, mas sai do quarto em seguida.

...

Banco Municipal de Milwaukee.

O banco funciona normalmente com clientes sendo atendidos atenciosamente pelos funcionários. Jane entra vestida formalmente, fingindo ter interesses em abrir uma conta. Enquanto Sam e Dean entram como funcionários do serviço de segurança nacional para checarem a sala de câmeras.

- Ainda não tivemos nenhuma luz vermelha no nosso sistema. – diz um guarda baixinho, nos seus sesenta e poucos anos.

- Não, não. – diz Dean. – É só uma olhada no quadro geral.

- Para ter certeza de que os monitores estão bem. – diz Sam.

- É. Melhor prevenir do que remediar. – diz o guarda com um sorriso.

- Este é o plano. – diz Dean a ele. Em seguida o guarda abre a sala para eles.

- Está bem. Vocês precisam de mais alguma coisa? – pergunta ele aos dois.

- Não, não... Nós vamos sair logo. – responde Sam. – É só revisão de rotina.

- Okidok. – diz o guarda com uma expressão simpática e sai da sala.

- Gostei dele. – diz Dean com um sorriso. – Ele fala okidok.

- E se ele for o mutante? – pergunta Sam enquanto eles se sentam de frente para os monitores, espiando todas as partes do banco.

- Então a gente o segue até em casa e mete uma bala de prata em seu coração. – responde Dean. Eles olham por tudo. – Então... Trouxe a pipoca?

No salão principal do banco, Jane vê o guarda baixinho voltando de um dos corredores no fundo. Ela finge falar com alguém no telefone para que nenhum funcionário a perturbe e vai despercebidamente até o corredor.

-Parece que o Sr. Okidok é... Okidok. – diz Dean quando vêem que os olhos dele não mudam por causa da câmera.

- Vai ver a gente se precipitou Dean. – diz Sam. – Nós nem sabemos se está aqui. Acho melhor voltarmos ao esgoto e...

Dean vê uma das funcionárias se abaixar para pegar arquivos em uma gaveta e aproxima a câmera de sua bunda. Os dois a olham sem palavras enquanto Jane entra na sala sem barulho e cruza os braços.

- Dean, nós temos que achar os olhos. – diz Sam ainda olhando a funcionária.

- Eu sei. – responde ele também olhando.

- Que bom saber que isso os interessa mais do que o Metamorfo. – diz Jane de repente lhes dando um susto. Dean e Sam pulam de suas cadeiras e a olham. – Vocês dois são tão... Crianças.

Os dois se olham com uma expressão de ‘’ ferrou!’’.

- Espera um pouco. – diz Jane em seguida e se aproxima dos monitores. O gerente do banco que segue essa mesma funcionária com os olhos, se vira e Jane vê que seus olhos ficam brancos quando a câmera o visualiza melhor. – Aí está ele.

- O pegamos. – diz Sam e se levanta junto com Dean.

- Esperem. – diz Jane em seguida os parando. Ela olha para outro monitor que mostra uma das entradas do banco, onde Ronald olhando para todos os lados assustado, abre a porta com uma ferramenta. – Olá Ronald.

Este entra no salão principal do banco com uma mochila grande e preta nos ombros. Ele retira uma metralhadora dela e aponta para as pessoas ali.

- Isto não é um assalto. – diz ele e atira duas vezes para cima enquanto os clientes e funcionários gritam desesperadamente. – Todos para o chão, agora!

Todos se sentam no chão com medo enquanto Ronald continua repetindo para eles fazerem isso mais rápido.

Jane, Dean e Sam saem da sala dos monitores e vão em direção ao salão principal.

- E você disse para não trazermos as armas. – diz Dean nervoso ao irmão.

- Eu não sabia que isso ia acontecer Dean. – diz Sam.

- Pode deixar que eu falo com ele. – diz Jane. – Ele não parece gostar muito de vocês dois, principalmente de você Sam.

- Cadê a Gi? – pergunta Dean.

- Pedi para que ela ficasse lá fora vigiando caso acontecesse alguma coisa. – responde Jane. – Caso precisemos de algo eu mando uma mensagem para ela no celular.

- Ótimo. – diz Dean.

...

- Só há uma entrada aqui e eu passei o cadeado. – diz Ronald às pessoas no chão. – Então ninguém sai daqui, entenderam?

- Ei, Ronald. – diz Jane a ele entrando no salão com os outros dois atrás. O rapaz os olha assustado. – Porque não se acalma? Fique calmo.

- O que? – pergunta ele confuso enquanto aponta sua arma para eles. – Vocês?

Sam, Dean e Jane se olham.

- Para o chão, agora! – manda Ronald nervoso.

- Está bem. – diz Jane se ajoelhando. Sam e Dean fazem o mesmo. – Só não atire em ninguém.

- Especialmente em nós. – pede Dean com um sorriso. Jane lhe dá um olhar nervoso.

- Eu sabia! Assim que vocês saíram. Não são do FBI. – diz Ronald. – Quem são vocês? Para quem trabalham? Os homens de preto?

Sam e Dean dão um sorriso irônico.

- Trabalham para o andróide? – continua Ronald.

- Nós não trabalhamos para o andróide! – diz Sam impaciente.

- Cala a boca! – manda Ronald mais nervoso. – Não falei com você. Não gosto de você.

Jane olha para Sam como quem diz ‘’ eu avisei. ’’

- Tudo bem. – diz Sam calmamente. Em seguida Ronald aponta para um dos homens no chão junto com os outros funcionários.

- Vá para lá. Reviste todos. Veja se eles não têm armas. – manda ele. Um homem moreno de óculos e suéter listrado vai até os três e os revista um por um, até que encontra uma pequena faca escondida no sapato de Dean – E o que nós temos aqui?

Sam e Jane olham nervosos para Dean.

- Eu não ia entrar aqui sem nada. – se explica ele.

- Fiquem no chão. – manda Ronald aos três pegando a faca que o homem moreno o entrega e a jogando fora em seguida.

- Não. – reclama Dean. Ronald se vira para ele e aponta sua arma. Dean revira os olhos.

- Ronald, sabemos que não quer ferir ninguém, está bem. – diz Jane a ele. – Mas é o que vai acontecer se balançar essa coisa por aí. Por quê não deixa as pessoas saírem?

- Não! – discorda ele. – Já disse a vocês, se ninguém vai impedir essa coisa, então eu mesmo vou.

- Nós acreditamos em você. – diz Dean de repente. Sam e Jane o olham. – Por isso estamos aqui.

- Vocês não acreditam. – não acredita Ronald. – Ninguém acredita. Como poderiam?

Dean olha para os lados e para Ronald de novo.

- Venha aqui. – pede ele sussurrando.

- O que? Não. – diz Ronald confuso.

- Você está com a arma, chefe. Você manda. – diz Dean. – Só quero contar uma coisa. Venha aqui.

Em seguida Ronald se aproxima dele ainda apontando sua arma.

- É o gerente do banco. – sussurra Dean.

- O que? – pergunta Ronald.

- Por que acha que estamos aqui? – pergunta Jane em seguida. – Nós monitoramos as câmeras dos fundos. Nós vimos o gerente. Os olhos dele.

- Os olhos de laser? – pergunta Ronald se aproximando mais.

- É. – afirma ela.

- Nós estamos perdendo tempo. – diz Dean de repente. – Temos que achá-lo antes que vire outra pessoa.

- Eu não vou escutar vocês. – diz Ronald se afastando em seguida. – Vocês estão mentindo.

Em seguida Dean se levanta com as mãos para cima.

- Eu vou atirar! Fique no chão! – diz Ronald nervoso apontando sua arma para ela.

- Me leva. Me leva com você. – diz Dean a ele. – Faça-me de refém. Temos que agir depressa. Quanto mais tempo ficarmos aqui, mais tempo ele tem para mudar.

Ronald o olha como se não soubesse no que acreditar.

- Olha para mim, Ronald. – diz Dean. – Eu acredito em você, você não é doido. Há mesmo uma coisa dentro desse banco.

Ronald o olha por um instante.

- Tudo bem. – diz ele por fim. – Você vem comigo, mas todos os outros ficam dentro do cofre.

Alguns policiais esperam do lado de três viaturas, perto da porta principal. Ronald leva todos para o cofre em um dos corredores do banco.

- Tranque tudo. – manda ele a Dean. Jane e Sam os olham dentro do cofre. Dean dá uma última olhada para eles.

- Fiquem calmos. – pede ele. – Vai ficar tudo bem.

Em seguida Dean fecha a porta e a tranca.

- Quem é aquele homem? – pergunta uma moça loira, de olhos azuis, funcionária do banco.

- É meu irmão. – responde Sam sem tirar os olhos da porta.

- Ele é tão corajoso. – diz a moça com um olhar apaixonado. Jane e Sam reviram os olhos ao mesmo tempo.

Dean e Ronald entram em uma das salas privadas do banco.

- Olhe atrás da mesa. – diz Dean a ele enquanto verifica outra porta dentro da sala. De repente Ronald escorrega e cai de costas no chão. Dean entra correndo na sala. Ronald olha para o lado e vê roupas todas enlameadas em algo pastoso. Ele grita e se levanta rapidamente.

- O que diabos é isto? – pergunta ele assustado. Dean vira o abajur da mesa para o chão e se ajoelha perto das roupas.

- Ah, legal. – diz ele em um tom irônico. – Quando ele muda de forma ele solta a pele velha. Agora, pode ser qualquer um.

Ronald pega uma das partes da pele e a cheira.

- É tão estranho. – diz ele. – A pele de robô parece tão real.

- Tudo bem, vamos esclarecer uma coisa. Não é um andróide. – diz Dean. Ronald o olha. – É um Metamorfo.

- Metamorfo? – pergunta ele.

- É, é humano. – responde Dean. – Mais ou menos. Tem impulsos humanos. Neste caso é grana. Ele gera a própria pele. Ele pode moldá-la com o jeito de outra pessoa. Pode ser alto, baixo, homem, mulher,...

- Ele mata pessoas e toma o lugar delas? – pergunta Ronald.

- Mata ou não mata, não faz diferença. – responde Dean e vai até o outro lado da mesa.

- O que está fazendo? – pergunta Ronald o vendo pegar uma pequena faca.

- Ótimo. – diz Dean olhando bem para o objeto em suas mãos. – Lembra das histórias de lobisomens? A maioria vem desses caras. Prata é a única coisa que acaba com eles.

Em seguida ele sai da sala.

- Vamos, Ronald. – chama ele. Ronald dá uma última olhada para a pele e sai da sala, fechando a porta com um sorriso satisfeito.

Um tempo depois um helicóptero sobrevoa o banco, muitas viaturas o rodeiam e a SWAT já se posiciona em prédios vizinhos. Um homem de terno e cabelo curto castanho sai de seu carro vermelho e entra em um trailer policial.

- Como estamos indo? – pergunta ele tirando o paletó.

- Tudo tranqüilo. – responde um dos policiais ali dentro enquanto toma seu café.

- Ninguém saiu ainda? – pergunta o primeiro.

- O cara trancou tudo. – responde o policial. O primeiro o olha surpreso. – Só para começar.

- Tudo bem. – diz ele com um pequeno sorriso. – Corte a luz.

Dean e Ronald vão até o salão principal.

- Você está maluco? – pergunta Dean quando vê Ronald rindo.

- Eu consegui. – diz ele com um grande sorriso. – Eu não sou doido. Eu tive tanto medo que quase perdi a cabeça, mas isto é real. Então, eu tinha razão, a não ser pelo lance do andróide. Obrigado.

- Não foi nada. – responde Dean recomeçando a andar. De repente todas as luzes apagam. Apenas as de segurança permanecem acesas. - Droga! Não, não, não, não.

- O que foi? – pergunta Ronald apontando sua arma para todos os lados.

- Eles cortaram a luz. – diz Dean. – Deve ser o jeito de dizerem oi.

- Quem? – pergunta Ronald não entendendo.

- Os policiais. – responde Dean.

- Os tiras? – pergunta Ronald assustado. Dean se vira para ele.

- Você não é um bandido eficiente, Ron. – diz ele. – Você nem amarrou o cara da segurança, ele deve ter os chamado.

- Eu não pensei que... – começa Ronald, mas Dean o interrompe.

- Calma, vamos pensar um pouco. – diz ele. – Eles estão nos cercando. Desligaram as câmeras, ou seja, não tem como saber quem é o Metamorfo. A coisa está feia, Ron.

De repente eles ouvem um barulho e param. Ronald aponta sua arma para o lado que veio o som.

- Ouviu isso? – pergunta Dean.

Dentro do cofre.

As pessoas esperam sentadas e se abanando de tanto calor ali.

- Seu irmão foi sempre assim... Tão incrível? – pergunta a moça loira se aproximando de Sam. - Quero dizer... Encarar aquela arma. Você sabe? O jeito que ele enrolou o pirado... Dizendo o que ele queria ouvir. Ele é um herói de verdade ou coisa assim.

- É. – concorda Sam impaciente. – É.

Em seguida a porta do cofre se abre.

- Você nos salvou. Você nos salvou. – diz a moça loira para Dean dando pulos de alegria.

- Na verdade achei mais alguns. – diz este pondo mais funcionários para dentro. A moça tira o sorriso da cara.

- O que está fazendo? – pergunta ela sem entender.

- Sam, Jane. – diz Dean a eles. – Ronald e eu temos que falar com vocês.

Os dois saem do cofre e Dean dá um pequeno sorriso para a moça fechando a porta em seguida.

Os quatro vão até o salão principal do banco.

- Ele trocou de pele de novo. – avisa Dean a eles. – Não sabemos quando. Pode ter sido na sala, pode ter sido no cofre.

- Ótimo. – diz Sam ironicamente. – Sabe, Dean você é procurado pela polícia.

- É. – diz Dean coçando o queixo.

- Mesmo se acharmos a droga da coisa, como que vamos sair daqui? – pergunta Sam.

- Essa é a última coisa com que temos que nos preocupar. – diz Jane a eles. – Vamos vasculhar o lugar, ver se achamos mais alguém. Depois de juntarmos todos, vamos brincar de caça ao monstro.

- Tomem. – diz Dean aos dois lhes entregando facas de prata. – Achei isto para vocês. Fiquem aqui e não deixe o Ronald machucar ninguém. Ajudem-no a cuidar da situação.

- Não, Dean. – diz Jane. – Você fica com o Sam e eu vou checar por aí.

- Eu posso lidar com isso. – diz ele. – Tem que confiar em mim. Vocês têm que ficar e ajudá-lo.

- Ajudá-lo? – pergunta Sam nervoso. – Ficou maluco?!

Dean dá um sorriso e faz gestos de que está tudo bem para Ronald que os olha.

- Isto não está do jeito que a gente queria. – diz ele voltando-se para Sam.

- Dá para perceber. – diz Jane.

- Mas se a polícia entrar agora, o Ronald vai preso, nós vamos presos. – diz Dean.

- E o Metamorfo se manda. – completa Jane.

- É e nunca vamos achá-lo de novo. – concorda Dean. Em seguida Sam aponta para Ronald com uma expressão de ‘’ olha para ele, é um tremendo idiota’’.

Dean e Jane o olham e vêem Ronald apontando sua arma para a luz que vem da janela.

- Ron. – diz Jane. Este a olha. – Saia da luz.

Ele a obedece.

- Sério mesmo? – pergunta Sam sem acreditar.

- O lance do Ron foi um mau plano. – diz Dean. – Na verdade um plano meio louco, mas loucura é só o que nos resta.

Em seguida Dean os deixa para checar pelo banco. Sam e Jane olham para Ronald.

- Oi Ronald. – diz Sam com um sorriso irônico.

...

Dean olha corredor por corredor. Os funcionários dentro do cofre esperam impacientes e cansados. O guarda idoso começa a desabotoar sua camisa com falta de ar. Em seguida a porta se abre.

- Eu vou deixar aberto para entrar um pouco de ar. – diz Sam a eles. – Mas ninguém sai daqui.

De repente um telefone preso a parede toca assustando Ronald que se vira apontando sua arma para o aparelho.

- Eu não entendo. – diz a moça loira encostada na parede. – Por que vocês querem ajudá-lo?

- Você não ia acreditar se disséssemos. – responde Jane a ela.

- Alô? – Ronald atende ao telefone.

- Eu tenho que sair daqui. – diz o guarda com uma expressão pálida.

- Senhor, desculpe, mas vai ter que ficar. – diz Sam a ele.

- Como? – pergunta Ronald no telefone. Jane e Sam se viram para ele. – O que quer dizer com exigências?

- Ron! – Jane o chama nervosa. - Desliga isso!

- Eu não sou ladrão de banco. – continua Ronald.

- Tenho mesmo que sair daqui. – continua o guarda cada vez pior.

- Mas o senhor não pode. – repete Sam.

- Luto contra o crime, eu acho. – diz Ronald.

- Respire fundo. – diz a moça loira para o guarda.

- Ronald! – grita Jane e vai até ele.

- Não, estou sozinho. – diz Ronald ainda no telefone, mas Jane o tira de sua mão e o desliga.

- Ron, quanto menos os tiras souberem, melhor. – diz ela.

- Acho que o cara vai ter um infarto. – diz um homem moreno segurando o guarda.

- Pode ser um truque. – diz Sam.

- Você vai deixar o homem morrer? – pergunta o homem moreno nervoso.

- Ninguém vai morrer aqui. – diz Jane olhando o homem com um olhar diferente. Ela olha para Ron em seguida. – Vigie a porta.

Em seguida ela pega o telefone e liga para o trailer dos policiais lá fora.

- Quantos reféns o cara tem? – pergunta o chefe deles.

- Uma das pessoas está com problemas cardíacos. – diz Jane a ele. – Precisa mandar um paramédico.

- Fique calma, moça... Nossa pessoal estará aí em... – começa ele.

- Mande só o paramédico. – interrompe Jane. – E não tente mais nada. Por favor.

- Paramédico? – pergunta o homem moreno ainda com o guarda nos braços. – Ele não vai agüentar.

- Escuta, eu sinto muito. – diz Ronald a ele. – Mas ninguém vai sair.

- Ele vai morrer na sua frente. – diz o homem.

- Socorro. – diz o guarda sem forças.

...

Dean entra em uma das salas e vê que uma parte do teto está movida, pega um cabide de casacos do lado da porta e pressiona o teto para cima. De repente o corpo de um homem cai direto no chão. Dean se aproxima e o vira, vendo o mesmo homem moreno do cofre com a garganta cortada.

...

- Qual é cara. Destranque a porta da frente. – pede o homem moreno a eles. – Nós temos que tirá-lo daqui.

Ronald aponta sua arma os assustando.

- Vocês dois fiquem onde estão. – manda ele.

Em seguida Dean se aproxima deles e sussurra algo para Sam e Jane.

- Quer saber, Ronald. – diz Jane em seguida. – Ele está certo, temos que levar o homem para fora. Vamos.

Ela se aproxima do guarda, fazendo-o se apoiar nela.

- É, eu ajudo você. – diz o homem moreno a ela.

- Não, está tudo bem, eu consigo sozinha. – diz ela. – Obrigada.

O homem a olha meio desconfiado.

- Obrigado. – agradece o guarda a ela.

- Cuidado. – diz Jane passando com ele pela porta do cofre.

- Obrigado. – agradece o guarda novamente.

- Está tudo bem, vamos. – diz Jane e o entrega a Sam que sai da sala em seguida.

Dean se aproxima do cofre e olha para o homem moreno.

- Eu posso falar com você? – pergunta Dean.

- Você está armado, cara. – diz o homem se aproximando dele. – Como quiser.

De repente este tira a faca da mão de Dean, o pega pela camisa e bate seu rosto na parede o fazendo cair no chão. Jane se põe na sua frente para confrontá-lo, mas lembra que não pode usar seus poderes, então o deixa lhe empurrar em direção a parede. O homem sai correndo em seguida para fora da sala. Jane vai atrás um tempo depois.

- Pare, volte aqui. – diz Ronald alcançando-o no salão principal do banco. Este pára e aponta sua arma para o Metamorfo que continua correndo. Mas de repente um lazer vermelho pára em suas costas. Sam com o guarda atrás de si, grita pára que ele se abaixe depressa. Em uma fração de segundos, Jane se põe atrás de Ronald, o empurrando e com isso a bala atinge suas costas, mas na direção do peito, o perfurando. Ela cai de joelhos no chão, com dor, sangue cai de sua boca.

- Jane! – grita Sam correndo até ela, mas Dean se põe na sua frente o parando.

- Não pode ir até lá. – diz ele. Os dois a olham caída de barriga no chão. Ronald caído ao seu lado, a olha perplexo.

- Meu Deus! – grita ele e se arrasta até um lugar fora de alcance da janela.

Sam e Dean apenas olham o corpo de Jane caído no meio do salão.

- Não, não, não, não! – repete Sam com as mãos na cabeça.

Lá fora os policiais e a equipe da SWAT continuam se movendo alertas ao redor do banco. Todos os funcionários saem do cofre correndo.

- Sam, olha para mim! – manda Dean vendo o irmão chorar desesperadamente. – Ela vai ficar bem. Pensa, ela não pode morrer assim, tão fácil. Por que ela daria a vida dela pela do Ronald? Ela vai ficar bem. Eles têm que acreditar que ela está morta, entendeu?

Sam não responde, mas confirma com a cabeça depois de um tempo.

- Cuide do guarda que eu pego o Metamorfo. – diz ele e sai correndo. Dean pega a arma de Ronald de suas mãos.

- Você tem que se fingir de vítima daqui em diante. – diz ele.

- Não estou entendendo. – diz Ronald confuso. – Eu falei com eles no telefone, como posso me fazer de refém agora?

- Eles não viram seu rosto – diz Dean. – Minha amiga morreu te salvando você não pode ser preso.

- Por que ela me salvaria? – pergunta Ronald olhando o corpo de Jane.

- Eu não sei, não temos tempo para conversar. – diz Dean. – Tenho que te tirar daqui, só que não pode ser carinhoso.

- O que quer dizer? – pergunta Ronald.

- Tenho que ser grosso quando te deixar sair, tenho que te empurrar, até bater se for necessário.

Ronald apenas o olha, então Dean o pega pelo braço e o leva até a porta da frente.

Os policiais da SWAT apontam suas armas.

- Não atirem! – grita Ronald. – Socorro!

- Cala a boca! – manda Dean ‘’fingindo’’. Este dá um soco em Ronald e este cai nas escadas do banco nos pés dos policiais que o levantam e o levam dali.

- Você está bem senhor? – perguntam a Ronald. Este concorda com a cabeça e se vira para Dean que continua o olhando, lhe dá um pequeno sorriso rápido e entra no banco novamente.

Sam entra na despensa do Banco, mas não encontra nada, quando se vira para sair, dá de cara com a moça loira e outros dois funcionários.

- Por favor, não nos machuque. – pede ela assustada.

- Não podem ficar aqui. – diz Sam nervoso. – É perigoso! Agora, voltem para o cofre. Já!

Em seguida os três se afastam.

- Vai dar tudo certo. – diz Dean ao guarda, o levando até a porta principal do banco. Lá fora uma maca sai de uma ambulância e se aproxima da porta também. – Vai dar tudo certo.

Ele abre a porta.

- Não atirem! Não atirem! – pede o guarda com as mãos para cima. – Por favor!

Quatro policiais da SWAT se aproximam com suas armas apontadas.

 - Não! Para trás! – manda Dean nervoso. – Nem pensem nisso!

- Por favor, não atirem! – continua o guarda.

- Filhos da puta. – diz Dean vendo mais policiais se aproximarem.

- Avançar, avançar. – dizem eles.

- Eu disse para trás! – grita Dean. – Agora!

No trailer um dos policias recebe novas notícias.

- Um dos reféns está no controle da situação. – diz ele para o chefe.

- Como é? – pergunta este confuso.

Dean empurra o guarda para fora e fecha a porta rapidamente, a trancando em seguida.

- Nós estamos ferrados. – sussurra ele para si mesmo se afastando para dentro do banco novamente.

Sam encontra roupas e pele humana em uma das escadas do banco e liga para o irmão.

- Alô? – pergunta Dean.

- Trocou de pele. – diz Sam. - O danado muda rápido, mais rápido que o de Saint-Louis.

- Parece brincadeira. – diz Dean passando uma das mãos no rosto, cansado. – Pode ser qualquer um de novo.

- A maioria dos funcionários está fora do cofre. – diz Sam.

- Tudo bem, você olha cada canto desse lugar que eu vou conferir as pessoas. – diz Dean e desliga.

...

Lá fora, viaturas do FBI chegam.

- Droga. – diz um dos policiais dentro do trailer.

- O que foi? – pergunta o chefe levando um copo de isopor à boca.

- Os federais. – responde ele.

- Ah droga. – diz antes que consiga beber seu café.

- Tenente Robards. – diz um federal moreno, de barba curta e bigode.

- Sim? – pergunta o chefe dos policiais local.

- Agente especial Henriksen. – se apresenta o federal.

 - Deixe-me adivinhar. – diz Robards. – Você é quem manda agora, mas vai adorar minha cooperação.

- Eu não ligo para o que você faz. – diz o federal. – Pode comer bolinho ou até transar com a patroa. Eu só quero sua equipe SWAT completa e armada.

- Ouça agente. – diz Robards nervoso. – Tem alguma coisa errada. Isto... Isto não parece seu trabalho habitual.

- Porque não é. – concorda o federal. – Você não tem idéia de com quem está lidando, não é? Tem um monstro naquele banco, Robards.

...

Sam continua olhando sala por sala atrás do Metamorfo, mas de sua mente não sai a imagem de Jane caindo com uma bala no peito.

Dean tranca os funcionários dentro do cofre novamente.

- E eu pensei que você fosse um dos mocinhos. – diz a moça loira a ele com os braços cruzados.

- Como é seu nome? – pergunta Dean a ela.

- Por que quer saber? – pergunta ela.

- Meu nome é Dean. – diz ele.

- O meu é Sherri. – diz ela depois de uns segundos calada.

- Oi, Sherri. – diz Dean. Eles se olham por um tempo, mas em seguida o telefone toca. – Vai dar tudo certo. Isto vai acabar logo, certo?

Em seguida ele fecha o cofre e atende ao telefone.

- Alô?

- Aqui é o agente especial Victor Henriksen. – diz o federal dentro do trailer.

- Escuta, não estou a fim de negociar agora. – diz Dean a ele.

- Ótimo, nem eu. – diz Henriksen. – Meu trabalho é pegar você. Vivo será um bônus, mas não é necessário.

- Pegou pesado para um agente federal, não acha? – pergunta Dean surpreso.

- Ora, você não é um suspeito comum, é Dean? – pergunta Henriksen. Dean arregala os olhos quando ouve seu nome. – Eu quero que você e Sam saiam, desarmados... Ou nós entramos. E sim, eu sei do Sam. Bonnie e Clyde. Sinto muito pela Jane, mas você deve entender que era preciso...

- Como soube que estávamos aqui? – pergunta Dean nervoso.

- Vai se ferrar, foi assim que eu soube. – responde o federal. – Meu trabalho é saber de você, Dean. Estou atrás de você há semanas. Eu sei do homicídio em St. Louis, eu sei do seu sumiço em Baltimore. Eu sei das profanações e dos roubos. E eu seu do seu pai.

- Você não sabe nada sobre o meu pai. – diz Dean perdendo a paciência.

- Ex-fuzileiro, criou os filhos na estrada, em hotéis baratos e cabanas. Do tipo sobrevivente paramilitar. Eu só não sei que tipo de maluco ele era.

Dean morde os lábios inferiores de raiva.

- Supremacia branca, Timmy McVeigh, tarado ou pirado. – continua o federal.

- Você não pode falar do meu pai assim. – diz Dean. – Ele foi um herói.

- É. Até parece. Você tem uma hora para se decidir, ou nós entramos pela porta, com tudo.

Em seguida o federal desliga e Dean bate o telefone no gancho com força.

- Prepare seus homens. – diz Henriksen a Robards. – Cinco minutos e nós invadimos.

- O que? – pergunta o policial sem entender. – Henriksen, eles libertaram um refém até agora e não feriram ninguém.

- Você não conhece os Winchester. São perigosos e bem treinados.

- Não podemos arriscar a vida das pessoas. - diz o policial.

- Acredite em mim, Dean é um risco maior para elas.

- É loucura.

- O louco está lá dentro. – diz Henriksen impaciente. – E eu desliguei na cara dele.

Sam entra em uma das salas do banco e vê gotas de sangue ao lado de outra porta. Vai até ela calmamente e a abre enquanto aponta sua faca de prata. De lá cai o corpo de Sherri com o pescoço cortado e sangue caindo por seu peito.

Sam volta para perto do cofre encontrando com Dean.

- Oi. – diz Dean a ele. – Temos um problema lá fora.

- Temos um problema aqui dentro. – diz Sam apontando o cofre. Em seguida Dean o abre.

- Sherri? – chama ele. A moça loira o olha. – Nós vamos deixá-la sair.

- O que? – pergunta ela confusa. – Por que eu?

- Para mostrar boa vontade. – responde Dean. – Vamos.

Sherri dá uma boa olhada na arma na mão dele e recua.

- Eu prefiro ficar aqui com os outros. – diz ela.

- Então, eu vou ter que insistir. – diz Dean se aproximando. Sherri olha a faca na mão de Sam, mas acaba cedendo e sai do cofre com eles.

Em seguida eles a levam para a sala em que se encontra seu corpo morto.

- Eu achei que fossem me deixar sair. – diz ela e vê sua cópia ensangüentada no chão. Sherri começa a gritar assustada sem acreditar no que vê.

- O que é isso? Teatro amador? – pergunta Dean a ela. – Ou você é uma atriz nata?

- Esta é a última vez que você se transforma em alguém. – diz Sam a segurando e apontando sua faca para ela.

 - Meu Deus. – diz Sherri e em seguida desmaia. Dean e Sam a olham no chão confusos.

Dean tira a metralhadora do ombro, pega sua faca de prata e faz menção de atacar a verdadeira Sherri.

- Dean, espera! – pede Sam antes de o irmão abaixar a faca totalmente no coração da moça. – Qual a vantagem desse plano? Desmaiada ela não vai sobreviver, por que ela faria isso?

Os dois olham o corpo ensangüentado confusos. De repente eles ouvem barulho de vidro se quebrando e olham surpresos na direção da porta. De repente o corpo ensangüentado de Sherri pisca os olhos e agarra o pescoço de Dean à sua frente. A verdadeira Sherri começa a acordar e grita quando vê sua cópia acordada e lutando.

- Ai Meu Deus! – grita ela. – Ai Meu Deus!

Dean tenta enfiar a faca no peito do Metamorfo, mas em vão.

- Tire-a daqui, agora! – manda Dean a Sam. Este leva Sherri para fora da sala.

O Metamorfo dá um chute em Dean e sai correndo. Enquanto isso a equipe da SWAT entra no banco e revista sala por sala com suas armas apontadas.

Dean sai correndo atrás do metamorfo, mas ouve um barulho e se esconde atrás de armários em uma sala. Os policiais revistam a sala, mas não o vêem e se afastam.

Outros policiais procuram pelos corredores.

- Não atirem. – diz a verdadeira Sherri com os braços para o alto. – Eu trabalho aqui. Eu trabalho aqui. Por favor, me tirem daqui.

Dois policiais a levam em direção à saída do banco enquanto outros dois continuam pelo corredor e apontam para as costas de Sam.

- Parado, mostre suas mãos. – mandam eles. Sam pára e levanta os braços.

Em outro corredor o Metamorfo ataca Dean que estava distraído. Sam se vira rapidamente e ataca os policiais, os desarmando. O Metamorfo dá dois socos no rosto de Dean. Este tenta perfurar seu coração com a faca de prata, mas ‘’Sherri’’ é rápida e para seu braço. Dean bate com sua cabeça na dela duas vezes com força e ataca com a faca, ela se desvia e o segura pelos braços. Dean desvia um dos braços e pega o dela, mas a pele solta e ele a puxa até o final.

- Nojento. – diz ele. Em seguida Sherri lhe dá um chute no saco e Dean cai de joelhos com dor. O Metamorfo bate seu joelho no rosto dele duas vezes, quando vai bater a terceira, Dean pega sua perna e a vira a empurrando para a parede. Sherri segura seu braço com força, enquanto Dean empurra a faca em sua direção. De repente outra mão pega a faca e faz mais força na direção do Metamorfo, perfurando seu peito. Este cai sem vida no chão. Dean se vira surpreso para o lado e dá um sorriso quando vê Jane ao seu lado.

- Senti sua falta. – diz ele e lhe dá um abraço apertado.

- É bom voltar. – diz ela com um sorriso.

 Em seguida eles ouvem barulhos de porta se abrindo. Os dois apenas olham para a porta a frente deles e de repente alguém entra na sala com o uniforme da SWAT.

Outros policiais continuam procurando em todas as salas a procura de Sam e Dean junto com Henkins.

- Nada aqui. – dizem eles sempre que saem de uma sala limpa.

Eles encontram o corpo do homem moreno.

- Homem afro-americano. – diz um dos policiais. – Morto.

- Estou dizendo cara. – diz um dos policiais ao parceiro quando encontram o corpo de ‘’Sherri’’. – Eu a levei para fora do banco agora há pouco. Ela devia ter uma irmão gêmea.

- Senhor, minha equipe diz que é seguro. Eles se foram. – diz o chefe da SWAT.

- Diga para a sua equipe olhar por tudo. – diz Henriksen nervoso a ele. – Os dutos, os tetos, a caldeira, tudo.

- Acho que não é preciso.

- Por que não? – pergunta o federal se virando para ele irritado.

Em seguida os dois vão até a despensa e veem três policiais desacordados e sem seus uniformes da SWAT. Henriksen dá um pequeno sorriso na direção deles.

- Então ela não se foi... – diz ele.

 Sam, Jane e Dean saem disfarçados de policiais e correm na direção oposta do banco. Uns quatros quarteirões depois Gi aparece com o Impala e pára na frente deles. Ela sai dando lugar para Dean dirigir e senta atrás com Jane. Os quatro olham para frente por um instante em silêncio.

- Nós estamos tão ferrados. – diz Dean finalmente.

Os outros três o olham e concordam com a cabeça.

Sam se vira para Jane no banco de trás.

- Eu te amo. – sussurra ele.

- Eu te amo. – sussurra ela de volta e se aproxima dele lhe dando um longo selinho.

Em seguida Dean dá a partida e eles partem em busca de outro caso.

...

Fim do Décimo Segundo Capítulo da Segunda Temporada de Supernatural.


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Notas finais do capítulo

Reviews??? mais uma vez me desculpem pela enooooooooorme demora!!!! Bjs a todos!!!! S2



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