Supernatural: Segunda Temporada escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 11
Capítulo 11: Brinquedos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... Desculpem a demora... XD



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À noite no Hotel Pierpont (Desde 1930). Cornwall, Connecticut.

Um caminhão de mudança se encontra parado em frente ao hotel. Kate, a dona do lugar acompanha o carregador pelos cômodos.

- A maioria das coisas estão no andar de cima. – diz ela.

- Eu não acredito que vá fechar Sra. Thompson. – diz o carregador. – Sabe, meus pais ficaram noivos aqui. Meus avós também.

- É, muita gente ficou. – comenta Kate enquanto os dois sobem as escadas. – As caixas estão no final do corredor. Precisa de ajuda?

- Não, senhora. – diz o carregador. – Eu pego.

- Ele vai levar os brinquedos? – pergunta uma garotinha, filha de Kate, sentada no final da escada.

- Só os que você não usa mais, Tyler. – responde ela. – Até parece que você não tem o bastante.

- Filha da puta. – diz outra menina ao lado de Tyler.

- Filha da puta. – repete esta.

- Olha a boca. – diz Kate olhando-a enquanto desce as escadas.

- Maggie falou primeiro. – diz Tyler.

- Olhe a boca você também Maggie. – diz Kate.

Em seguida, Tyler entra no quarto de brinquedos e arruma os bonecos na casa de bonecas que é uma réplica do hotel. Coloca cada um em seu lugar, mas nota que um deles não está aonde havia deixado exatamente naquele instante. Da cadeira de seu quarto, um dos bonecos foi parar no pé da escada com o pescoço virado. Tyler pega o boneco estranhando. De repente ouve o grito de sua mãe.

Kate pega o telefone às pressas e liga para chamar uma ambulância. O carregador se encontra jogado no chão ao pé da escada, com o pescoço virado e muito sangue ao redor de sua cabeça.

- Meu deus! – diz Kate ao telefone. – Sim, sim. Está me ouvindo? Precisam mandar alguém aqui agora! Houve um acidente. Ele caiu da escada... Eu não sei, eu acho que ele...

Esta vê sua filha olhando com os olhos arregalados no topo da escada.

- Tyler, não olhe! – pede ela assustada. – Não olhe!... Venham depressa! Não eu não vi acontecer.

A menina nota algo do lado do corpo... Uma de suas bonecas com o rosto rachado está deitada ao lado do carregador.

...

Peoria, Illinois.

Em um motel no dia seguinte, Sam pesquisa em seu laptop enquanto fala com Ellen no telefone. Jane está deitada em sua cama olhando para o teto, pensativa e Gi olha Dean, que entra no quarto.

- Está bem. – diz Sam ao telefone. – Valeu Ellen.

- O que ela disse? – pergunta Dean colocando cafés e pães em cima da mesa de centro do quarto.

- Ela não sabe de nada. – responde ele. – Andei checando todos os bancos de dados que conheço, federais, estaduais e locais. Ninguém sabe nada sobre a Ava. Ela desapareceu... E você?

- Não. O mesmo de antes. – responde Dean. – Sinto muito, cara.

- Mas Ellen disse uma coisa. – diz Sam. – Um hotel em Cornwall, Connecticut. Dois acidentes estranhos em três semanas.

- É? – diz Dean dando um gole em seu café. – O que isso tem a ver com Ava?

- É um trabalho. – diz Sam. – Uma moça se afogou na banheira e há poucos dias, um cara caiu da escada. A cabeça virou para trás, o que não é muito normal.

Dean concorda com a cabeça enquanto olha para Jane na cama.

- Eu não sei, Dean. – diz Sam. – Pode não ser nada, mas eu disse à Ellen...

- Sam. – diz este o interrompendo. Sam o olha. Dean apenas meche os lábios, perguntando o que Jane tem.

- Nada. – responde esta levantando da cama de repente. – Só estou pensando.

- Sobre o que? – pergunta Gi pegando um café e levando até ela que dá um longo gole nele.

- Coisas. – responde Jane a ela.

- Que coisas, Jane. – pergunta Sam. Ela respira fundo e os olha por um momento.

- Sobre minha outra personalidade. – responde ela. – Eu não acho que ela tenha ido embora. Não mesmo.

- Mas, quando você enfiou aquela faca em si mesa, ela foi embora. – diz Sam.

- Eu sei, mas... Eu sinto que ela não foi embora. – diz Jane. – Eu não entendo... Porque essa outra personalidade apareceu agora. Não pode ter sido por causa daquela briga que nós tivemos. Deve ser coisa do meu pai.

- Nós temos sorte dele estar preso naquele lugar, se não já teria acabado com todos nós. – diz Gi. – Mas o que eu não entendo é... Porque ele não consegue sair de lá com os poderes dele.

- Enquanto ele estiver lá, ele não poderá usar seus poderes. – explica Jane. – Ele apenas manda os outros fazerem o trabalho sujo por ele.

Esta começa a andar de um lado para o outro com uma expressão preocupada.

- Eu não sei o que fazer... Essa outra Jane faz parte de mim agora. – continua ela. – Eu nunca sei quando ela vai aparecer novamente. Pode ser a qualquer hora.

- Vai ficar tudo bem. – diz Sam a abraçando e beijando sua testa. – Nós vamos conseguir passar por isso, você vai ver. Só.... Por favor, não me deixe de novo.

Jane apenas abre um sorriso.

- Eu preciso de alguém. – diz Dean os olhando. Gi vai até ele e lhe dá um tapa na cabeça por trás. Dean apenas lhe dá um sorriso.

- Então vamos pegar esse caso ou o que? – pergunta Sam animado. Dean o olha surpreso. – O que foi?

- Nada... Nem parece o Sam Winchester que eu conheço. – comenta ele.

- O que quer dizer? – pergunta Sam.

- Ele achou que depois do sumiço da Ava, você ficaria depressivo. – diz Jane ainda abraçada nele.

- Sei lá, pensei que vocês ficariam angustiados, fossem ouvir música de fossa e olhar a chuva pela janela. – diz Dean. Jane, Sam e Gi o olham como quem vê um louco.

- Está bem. Eu calo a boca. – diz ele e deita em sua cama com o café na mão.

- Olha... – começa Sam. – Fui eu que disse à ela para voltar para casa. Agora, o noivo dela está morto e um demônio a levou ninguém sabe para onde. Estamos procurando há um mês já e não temos nada.

- Sam. – diz Jane pondo sua mão no peito dele. – Não vamos desistir dela.

- É. – concorda Gi. – Temos que salvar quantas pessoas pudermos. Eu é que não vou ficar de fora.

- Essa atitude é saudável demais para mim. – diz Dean zombando. – Agora eu estou constrangido. Valeu pessoal.

Jane sorri para ele.

- Tudo bem. – diz Dean finalmente. – Vamos ligar para a Ellen, dizer a ela que topamos.

Em seguida os quatro arrumam suas coisas e vão para Cornwall, Connecticut. Chegam no hotel Pierpont e saem do Impala.

- Cara, que foda. – diz Dean animado fechando a porta do carro. – Nós nunca pegamos trabalhos assim.

- Casas assombradas? – pergunta Jane.

- É. – afirma ele. – Neblina, passagens secretas, sotaques refinados... Podemos até ver Fred e Daphne lá dentro.

Eles vão em direção à entrada do hotel.

- Hum... Daphne, eu a adoro! – diz Dean com os olhos fechados.

Gi revira os olhos. Os quatro se aproximam da porta, mas Jane pára.

- Esperem. – diz ela e se aproxima do corrimão da escada de entrada. – Não sei se assombração é o problema.

- Como assim? – pergunta Dean se aproximando deles.

- Estão vendo esse desenho aqui? – pergunta ela a eles. Os três afirmam com a cabeça.

- Espera... É um quincunce, um ponto cinco – diz Sam passando a mão pelo desenho.

- Exatamente. – diz Jane. – Usado na magia hudu. Se encher isto com erva de sangue, é um feitiço poderoso que afasta inimigos.

- É. – diz Gi. – Só que não há nenhuma erva de sangue. Não acham que esse lugar é meio branquinho para hudu?

- Talvez. – diz Sam. Jane olha para o desenho por um instante. Em seguida eles entram na recepção do hotel.

- Posso ajudá-los. – diz Kate vindo até eles com um sorriso.

- Oi. – diz Dean. – Sim, queríamos dois quartos para algumas noites.

Tyler passa correndo por eles e esbarra em Jane.

- Tyler. – diz sua mãe, mas a menina nem ouve, continua correndo com Maggie atrás.

- Desculpe por isto. – diz Kate a Jane.

- Sem problema. – diz esta com um sorriso, mas ainda olhando para a menina que se afastou.

- Meus parabéns. Vocês podem ser nossos últimos hóspedes. – diz Kate.

- Isto é meio assustador. – diz Dean com um sorriso se virando para os outros.

- Não. – diz Kate ainda sorrindo. – Desculpe... É que vamos fechar no fim do mês.

Os quatro entendem afirmando com a cabeça.

- Deixem-me adivinhar. – diz Kate. – Vocês estão atrás de antiguidade?

- Como sabe? – pergunta Dean mentindo.

- Vocês fazem o tipo. – responde Kate e os entrega as chaves de seus quartos e bate em uma campainha em cima do balcão. Um homem nos seus 60 anos aparece com um terno do hotel.

- Sherwin, poderia mostrar aos hóspedes seus quartos? – pergunta Kate.

- Deixem-me adivinhar. – diz o homem. – Antiquários?

Os quatro se olham se perguntando,  ‘’Qual o problema dessas pessoas?’’.

Sherwin pega a mala de Jane e Gi e carrega escada acima.

- Eu posso levar se o senhor quiser. – diz Jane enquanto eles sobem.

- Pode deixar senhorita, eu levo. – diz ele carinhosamente.

- Tudo bem. – diz Jane.

- Então... O hotel vai fechar, é? – pergunta Sam.

- É. – afirma Sherwin. – A dona Kate tentou continuar... Mas não tem mais hóspedes como antes. É uma pena.

- É? – pergunta Gi.

- Pode até não parecer, mas este lugar era um palácio. – conta Sherwin. – Dois vice-presidentes deitaram suas cabeças em nossos travesseiros. Meus pais trabalharam aqui. Eu praticamente cresci aqui. Vou sentir falta.

O homem para em um corredor na frente de duas portas uma do lado da outra. Ele as abre e entrega uma chave para Jane e a outra para Sam.

- Obrigado. – diz Sam. Jane lhe dá um sorriso. Gi e Jane entram em um quarto e Sam e Dean entram no outro.

Sherwin estica sua mão na direção de Dean. Este o olha sem entender.

- Você não vai ser pão-duro comigo, vai rapaz? – pergunta o homem. Jane dá um sorriso na direção deles e olha Dean colocar a mão em seu bolso para pegar dinheiro.

- Deixa. – diz ela ainda com um sorriso e em seguida pega dinheiro em seu próprio bolso do casaco e o entrega a Sherwin.

- Não precisa tanto. – diz este olhando as notas na mão de Jane.

- Você é uma boa pessoa, Sherwin. – diz Jane e lhe entrega o dinheiro.

- Obrigado, senhorita. – diz ele com um sorriso e se afasta.

Jane e Gi entram no quarto de Sam e Dean e fecham a porta. Sam pega papéis em sua bolsa do laptop.

- Muito bem. – diz ele. – Vítima número um: Joan Edison, 43 anos, corretora. Cuidava da venda do hotel. E vítima número dois: Larry Williams, transportava as coisas que foram doadas.

- Tem uma ligação. – diz Gi. – Os dois estão envolvidos no fechamento. Vai ver alguém não quer ir embora e está usando o hudu.

- Quem vocês acham que é o feiticeiro? – pergunta Dean se sentando em sua cama, fazendo o colchão afundar. Ele revira os olhos. – Nem o colchão é bom, como eles querem que venham mais hóspedes?

- O que vocês acharam da Kate? – pergunta Gi.

- Não me parece provável que seja ela. É ela quem está vendendo. – diz Jane. – Mas quando aquela menina, provavelmente é filha de Kate, esbarrou em mim... Eu senti alguma coisa estranha como se ela não fosse a única que estivesse correndo.

- Eu achei isso estranho também. – diz Gi. – Desde quando alguém se diverte sozinho, correndo daquele jeito... Parecia que alguém corria atrás dela.

- Era só uma criança. – diz Dean a elas. – Crianças correm... E Sherwin?

- Eu não sei. – diz Sam duvidando de que o homem esteja envolvido.

- Bom... Vamos dar uma olhada pelo hotel. – diz Jane. – Quem sabe encontramos pistas?

Em seguida eles saem do quarto e vão dar uma volta pelos corredores do hotel. Jane pára novamente e olha para uma prateleira na parede, com um abajur e um vaso do lado. Ela pega o vaso e olha dentro encontrando outro quincunce.

- Vejam. – diz ela. Sam, Gi e Dean se viram em sua direção. – Mais hudu.

Eles olham para uma porta ao lado da prateleira onde se lê ‘’ Particular’’. Dean bate na porta e Kate a abre.

- Oi. – diz Dean a ela.

- Oi. – diz Kate. – Está tudo bem com o quarto?

- Está. – diz Jane. Os outros concordam com a cabeça. – Está tudo ótimo.

- Ótimo. – diz Kate sorrindo. Sam olha o quarto atrás da mulher. É o quarto de brinquedos de Tyler. – Bem, eu estava arrumando a mudança, então...

- São bonecas antigas? – pergunta Jane, olhando as prateleiras cheias delas no quarto. Gi entende na hora a idéia de Jane.

- Ai Meu Deus, vai começar. – diz Gi.

- O que? – pergunta Kate sem entender.

- É que... A Jane é louca por bonecas antigas. – continua Gi. – Ela coleciona. Sempre que eu vou na casa dela, eu sempre me surpreendo com a quantidade que ela tem. Ela é louca por essas coisas.

- Sério? – pergunta Kate com um sorriso à Jane.

- É claro, eu fico arrepiada só de olhar para elas. – responde ela. – Será que eu poderia dar uma olhada?

- Mas é claro. Entrem. – diz Kate e eles entram.

- Nossa. – diz Dean olhando em volta. – São muitas bonecas. São lindas... Não são estranhas nem nada.

Kate dá risada com a ironia dele.

- Eu também acho que elas são meio estranhas. – diz ela. – Mas estão na família há anos. Muito valor sentimental.

Sam olha a casa de bonecas de Tyler.

- O que é isso? – pergunta Sam. – É o hotel?

- É, é sim. – afirma Kate. – Réplica exata, por encomenda.

Jane olha um boneco caído ao pé da escada e o pega.

- A cabeça dele está torta. – diz ela e mostra para os outros que olham para Kate.

- Tyler provavelmente. – diz Kate com um sorriso.

- Mãe, Maggie está sendo má. – diz Tyler entrando no quarto.

- Tyler, diga a ela para ser legal, está bem? – pede Kate.

- Tyler? – diz Sam. – Você quebrou seu boneco... Você quer que eu conserte?

- Eu não quebrei. – diz Tyler a ele. – Encontrei assim.

- Deve ter sido a Maggie então. – diz Gi.

- Não. Nenhuma de nós fez isso. – diz Tyler. – A vovó ia brigar se a gente quebrasse.

- Tyler, ela não ia brigar. – diz Kate fazendo carinho na cabeça da filha.

- Vovó? – pergunta Jane.

- É. – diz Tyler. – Vovó Rose. Os brinquedos são dela.

- É mesmo? – pergunta Dean. – E onde ela está?

- No quarto dela. – responde Tyler.

- Sabe, adoraríamos falar com a Rose sobre essas bonecas incríveis. – diz Sam. – Ainda mais a Jane.

- Não. – diz Kate rapidamente. Sam, Dean, Gi e Jane estranham seu comportamento. – Quero dizer... Sinto muito, mas minha mãe está muito doente e não recebe visitas.

- Tudo bem. – diz Jane. – Só de ver essa boneca já me deixa feliz.

Kate lhe dá um sorriso. Os quatro saem do quarto em seguida, deixando a mulher e sua filha a sós.

- O que vocês acham? Bonecas, Hudu... – diz Dean. – Avó misteriosa trancada.

- Bom... – começa Gi. – As bonecas são usadas em todos os tipos de vodu e hudu...

- Como pragas, feitiços de amarração. – completa Jane concordando.

- Acho que encontramos nossa feiticeira. – diz Dean. – Eu vou ver o que descubro com a vovó.

- Eu vou com você. – diz Jane. Dean concorda com a cabeça e se vira para Sam.

- Entre na Internet, procure velhos óbitos, acidentes, essas coisas. – diz ele ao irmão. – Veja se ela pegou alguém antes.

- Está bem. – diz Sam. – Vamos Gi.

- E nada de site pornô perto dela. – diz Dean. – Já sabe, né?

Sam revira os olhos e entra no quarto com Gi atrás. Jane dá um sorriso para Dean e eles se afastam em seguida.

...

Um tempo depois, na recepção, Kate conversa com o homem responsável pela reforma do hotel depois que venderem.

- Que tipo de reforma está planejando? – pergunta ela a ele enquanto assina alguns papéis.

- Não lhe contaram? – pergunta o homem.

- Contaram o que? – pergunta Kate sem entender. Ela entrega os papéis assinados a ele.

- Sra.Thompson, nós planejamos demolir o hotel. – avisa o homem.

- Ah... Entendo. – diz Kate surpresa e triste ao mesmo tempo. Em seguida o homem vai para seu quarto descansar. No quarto de brinquedos, Tyler brinca de chá com suas bonecas. Na casa de bonecas, em um dos quartos há um boneco sentado na cama, enquanto em um dos quartos do hotel o homem responsável pela reforma está sentado em sua cama também, na mesma posição. A porta do quarto da casa de bonecas se abre sozinha e a porta do quarto do homem também se abre. Em seguida o homem tira sua gravata e pega uma corda no armário. Tyler olha para a casa de bonecas e vê o boneco enforcado por uma corda no ventilador. Em um dos quartos o homem da reforma está enforcado por uma corda também.

...

Quando a polícia chega com uma ambulância, Sam olha pela janela de seu quarto o corpo sendo levado. Dean e Jane vão até a entrada do hotel.

- O que houve? – pergunta ela vendo Kate se aproximar assustada.

- A camareira foi arrumar o quarto e ele estava lá... Enforcado. – responde esta.

- Que horror, era um hóspede? – pergunta Dean.

- Ele era da companhia que comprou o hotel. – responde Kate. Jane e Dean se olham. – Eu não compreendo.

- O que? – pergunta Dean.

- Tem havido muita má sorte por aqui. – comenta ela. Dean e Jane afirmam com a cabeça. – Olha, se você e seus amigos quiserem sair do hotel, eu devolvo o dinheiro.

- Não, obrigada. – diz Jane. – Não nos assustamos facilmente.

...

Um tempo depois ela e Dean vão para o quarto onde se encontram os outros dois.

- Houve mais uma morte. Um cara se enforcou no quarto. – diz Dean entrando com Jane atrás. Esta percebe a expressão estranha de Gi e vê Sam sentado em uma cadeira de costas para eles.

- É, eu vi. – diz Sam com uma voz estranha.

- Temos que descobrir o que é. – diz Dean. – E rápido.

Jane dá uma risada irônica e Dean a olha.

- O que foi? – pergunta ele.

- Não posso acreditar. – diz ela e pára na frente de Sam, o olhando. – Você está bêbado?

- Estou. – responde Sam dando risada. – Tem algum problema, beber um pouquinho?

- E você por acaso bebeu só um pouquinho? – pergunta Dean se aproximando dele também.

- Me desculpem. – diz Gi. – Ele começou a beber, só que eu pensei que ele ia beber só um pouquinho, mas ele não parava e eu nem consegui detê-lo.

- Não é sua culpa. – diz Jane e se vira para Sam novamente. – O que deu em você? Estamos em um caso, Sam.

Este olha para os lados, triste.

- Sabe o cara que se enforcou? – pergunta Sam. – Eu não pude salvá-lo.

- Do que está falando? – pergunta Jane. – Não foi sua culpa... Foi minha.

- O que? – pergunta Sam. Todos a olham sem entender.

- Eu não sei, mas por alguma razão, eu não estou conseguindo sentir mais nada que vai acontecer. – diz Jane. – De alguma forma, meus poderes estão enfraquecendo. As únicas coisas que eu consigo fazer são ler suas mentes, talvez controlá-las e usar meus instintos de luta e defesa.

- Mas eu podia tê-lo salvado. – repete Sam.

- Você não sabia. – diz Dean. – Não podia fazer nada.

- Isso não é desculpa. – diz Sam. – Eu devia ter achado um jeito de salvá-lo. Eu devia ter salvado a Ava também.

- Não dá para salvar todo mundo. – diz Dean. – Você mesmo disse.

Sam bate na mesa ao seu lado e todos o olham surpresos.

- Não, você não entende. – diz ele. – Quanto mais gente eu salvar, mais eu posso mudar.

- Ele acha que pode mudar o destino dele. – diz Jane. – Vem, Sam... Já para a cama.

Dean e Jane o ajudam a se levantar. Sam para em pé e segura o rosto de Jane.

- Eu preciso que você cuide de mim. – diz ele a ela.

- Eu sempre cuido. – diz Jane com um sorriso carinhoso. – Você tem seu irmão e a Gi também.

- Eu sei. – diz Sam. – Mas eu preciso que você fique de olho em mim. Está bem?

Jane o olha um pouco apreensiva agora.

- E se eu me tornar alguma coisa que eu não... – começa Sam, mas não consegue terminar.

- O que, Sam? – pergunta Jane. Dean e Gi o olham.

- Você vai ter que me matar. – completa ele.

- Sam. – diz Dean nervoso. Jane apenas o olha.

- Jane, meu pai lhe pediu para fazer isso. – continua Sam. – Você precisa.

- Eu não estou nem aí para o que ele falou, Sam. – diz Jane nervosa. – Eu nunca teria coragem de ao menos pensar em te machucar. Não posso fazer isso. Ele sabia o quanto eu me importo com você.

- Ele estava certo. – diz Sam. – Quem sabe o que eu vou me tornar? Agora mesmo, todos à minha volta morrem.

- Eu não estou morta, estou? – pergunta Jane olhando nos olhos dele. – Seu irmão não está morto, está? A Gi também não... Nem você.

Dean segura os braços de Sam e o deita na cama.

- Por favor, Jane... Você é a única que pode fazer isso. – diz Sam tentando se levantar. – Me prometa.

- Não. – diz Jane surpresa. – Nunca pense em me pedir isso. Não! Não!

- Jane, por favor... Você tem que me prometer. – pede Sam. Jane olha bem nos olhos suplicantes dele. Ela reflete por um tempo.

- Eu prometo. – diz ela com olhos cheios de lágrimas.

- Obrigado. – agradece ele e a abrça com força. Esta o deita novamente na cama.

- Agora tente dormir um pouco. – diz ela e lhe dá um beijo na testa.

- Com certeza ele vai dormir agora. – diz Gi. – Coitado dele amanhã de manhã.

- É. – concordam Jane e Dean.

- Bom... Dean fica aqui com eles. – pede Jane. – Eu vou dar uma volta, tomar um ar. Ver se descubro algo também.

Ele concorda com a cabeça.

Em seguida Jane sai do quarto, desce as escadas e encontra o bar do hotel. Sherwin limpa os copos no balcão.

- Acharam boas antiguidades? – pergunta ele a ela com um sorriso.

- Não. – responde Jane se sentando em um dos bancos do balcão. – Nos distraímos um pouco.

- Tome um drinque. – oferece Sherwin pegando uma garrafa com um líquido marrom brilhante.

- Claro. – aceita Jane com um sorriso. Sherwin lhe entrega o copo e ela dá um pequeno gole. – Então... Pobre coitado... Suicidou-se.

- Esse tipo de coisa anda acontecendo muito. – diz Sherwin.

- É, eu soube dos outros. – diz Jane. – É como se o hotel fosse amaldiçoado.

- Todo hotel tem seu sangue derramado. – diz Sherwin com um sorriso. – Se as pessoas soubessem o que aconteceu nos quartos onde elas se hospedam.

- Você sabe muito sobre o lugar, não é? – pergunta Jane vendo que o homem pode lhe ajudar com algumas histórias.

- Sei de cada detalhe. – responde Sherwin.

- Eu adoro ouvir histórias. – diz Jane. – Se o senhor não se importar, é claro.

- Senhorita, nunca diga isso a um velho. – diz ele com um sorriso carinhoso a ela. Jane lhe devolve outro.

Os dois começam a andar pelo hotel. Sherwin aponta uma fotografia na parede ao lado da escada.

- Essas são a Srta. Kate e sua mãe Rose em dias mais felizes. – diz ele.

- Não estão felizes agora? – pergunta Jane.

- Bom... Você estaria se tivesse que sair de uma casa que sempre foi sua? – pergunta.

- Eu não sei. – responde Jane. – Eu não me lembro de nenhuma.

- Este é o lar da Rose. – comenta Sherwin. – É da família há mais de um século. Era propriedade da família e agora ela vai ter que viver em algum lar para idosos... E vão demolir isto aqui.

- Isso é horrível. – diz Jane. Sherwin concorda com a cabeça. – Eu soube também que a Rose não tem estado bem ultimamente.

- Não, não tem. – afirma Sherwin.

- O que ela tem? – pergunta Jane.

- Não sou eu que vou dizer. – diz Sherwin. De repente Jane se vira para uma foto onde se vê uma menina branca ao lado de uma negra. As duas sentadas em uma poltrona enquanto a negra lê para a outra. Jane vê que a moça negra tem um colar com o desenho de um quincunce.

- Quem é esta com a Rose? – pergunta Jane à Sherwin.

- É a baba, Marie. – responde ele. – Ela cuidava de Rose como se fosse sua própria filha.

Jane continua olhando para a foto desconfiada.

...

No dia seguinte de manhãzinha, Gi e Jane ainda dormem em suas camas. No quarto ao lado, Dean entra com uma sacola e põe em cima da mesa de centro. Vê Sam no banheiro, ajoelhado diante da privada.

- Como está se sentindo, Sammy? – pergunta Dean depois de dar risada da situação do irmão. – Acho que misturar as bebidas... Não foi uma idéia brilhante, foi? Garanto que não se lembra do que aconteceu na noite passada.

- Ainda sinto o gosto da tequila. – diz Sam com uma expressão enjoada.

- Sabe qual é o melhor remédio para ressaca? – pergunta Dean. Sam o olha. – Um sanduíche de porco gorduroso servido em um cinzeiro sujo.

- Eu odeio você. – diz Sam se virando para a privada novamente.

- Eu sei que odeia. – diz Dean com um sorriso.

Um tempo depois, Jane bate na porta e entra no quarto.

- Como ele está? – pergunta ela a Dean.

- Veja você mesma. – responde ele apontando o banheiro. Jane pára em frente a Sam, na porta.

- Só você mesmo. – diz ela com um sorriso a ele. Sam lhe dá um sorriso também. – Sabem... a vovó Rose era muito chique. Tinha uma babá crioula que usava um colar hudu.

- Acha que ela iniciou Rose no hudu? – pergunta Dean se aproximando do banheiro ao lado dela.

- Sim, eu acho. – responde Jane.

- Certo. – diz Sam e se levanta do chão. – Está na hora de conversarmos com a Rose.

- Nossa... Escove os dentes primeiro. – diz Dean e sai de perto com uma expressão de nojo.

- Eu vou ver se a Gi acordou. – diz Jane a eles. – Encontro com vocês lá.

- Tá. – diz Dean e ela sai do quarto.

...

Jane entra no quarto e vê Giovanna sentada em sua cama olhando pensativa para a parede.

- Eu ficava me perguntando quando você ia pensar nisso. – diz Jane a olhando. Gi a olha com um sorriso carinhoso.

- Eu não sei se onde eu estou agora... É o lugar em que eu devo estar. – diz ela.

- Bom... – diz Jane se sentando na cama ao seu lado. – Primeiro se faça essa pergunta: é onde você quer estar?

- Eu não sei. – responde Gi. – Por um lado sim, mas por outro...

- Você quer estar porque não quer se separar do Dean novamente, não é? – pergunta Jane.

Giovanna afirma com a cabeça.

- Mas por outro lado... Você tem medo de nos atrapalhar. – continua Jane.

- É. – afirma Gi. – Eu sinto que atraso vocês... Mas eu não quero me separar, porque é bem possível que o Dean não me procure depois.

- É, provavelmente. – concorda Jane. – Olha, é você quem decide, então...

Jane se levanta e vai em direção à porta. Gi olha mais alguns instantes para a parede pensativa.

- Eu quero ficar. – diz ela convicta olhando Jane. Esta se vira lentamente para Gi e a olha por um instante.

- Vamos, temos que nos encontrar com o Sam e o Dean. – diz Jane em seguida com um sorriso a ela. Gi concorda e elas saem do quarto.

Encontram-se com os dois na frente da porta do quarto de brinquedos de Tyler.

- Ei, dorminhoca. – diz Dean à Gi que lhe dá um sorriso.

- Tem alguém aí dentro? – pergunta Jane olhando a porta.

- Kate? – pergunta Sam batendo na porta. Ninguém responde.

- Livre? – pergunta Dean. Sam afirma com a cabeça e se ajoelha para abrir a porta com um grampo.

- Você acha que consegue abrir a porta? – sussurra Dean para Jane. Esta vai até ela, põe a mão na maçaneta enquanto respira fundo. Sam se afasta e guarda o grampo no bolso da calça.

Jane gira lentamente a maçaneta e a porta se abre. Ela dá um sorriso aliviada e eles entram no quarto.

- Por aqui. – diz Giovanna abrindo outra porta dentro do quarto. Eles vêem uma escada em espiral e sobem. Encontram um corredor com uma porta marrom entreaberta no fundo e entram. Vêem uma senhora em uma cadeira de rodas, virada para a janela. Lá fora a chuva começa a cair.

- Sra. Thompson? – pergunta Dean. Os quatro se aproximam, mas ela não responde. – Sra. Thompson?

- Rose? – pergunta Jane. Eles param de frente para ela. Os olhos da idosa olham para frente assustados. – Sra. Thompson, não vamos machucá-la. Está tudo bem.

Rose tenta falar, mas apenas sons baixos saem de sua boca. Jane faz uma expressão séria.

- O que foi? – pergunta Sam.

- Esta mulher teve um derrame. – sussurra ela.

- Tem dedo de hudu aí. – diz Sam. – Alguém misturou ervas, cantou e fez um altar.

- Então não pode ser a Rose. – diz Jane. – Pode nem ser hudu.

Dean se aproxima.

- Eu acho que ela está fingindo. – diz ele.

- É? – pergunta Gi. – O que vai fazer? Espetar a velhinha?

- Não é uma má idéia. – diz Dean. Jane, Sam e Gi o olham.

- Você não vai espetá-la. – diz Sam nervoso.

- O que é isso? – pergunta Kate entrando no quarto. – O que estão fazendo aqui?

- A porta estava... – começa Sam. – Só viemos perguntar à Rose...

- Ela está morrendo de medo. – diz Kate olhando a expressão da mãe. – Quero vocês fora do meu hotel em dois minutos ou eu chamo a polícia.

Dean olha para Jane e aponta com a cabeça para Kate.

- Vamos. – diz Jane e eles a seguem para fora do quarto, descem a escada e pegam suas coisas. Em seguida saem do hotel.

- Porque não a hipnotizou? – pergunta Dean a Jane enquanto dirige.

- Não posso fazer isso o tempo inteiro. – responde ela. – Não para isso. Ela tem que saber o que está acontecendo de verdade. Dê uma volta no quarteirão, alguma coisa pode acontecer enquanto estamos fora.

Maggie e Tyler brincam no pé da escada principal do hotel.

- Já arrumou suas coisas? – pergunta Kate à filha.

- Não. – responde Tyler.

- Por que não? – pergunta ela.

- Eu não quero me mudar. – responde a menina.

- Eu sei, mas nós precisamos. – diz Kate.

- Maggie disse que nós não podemos mudar. – insiste Tyler.

- É. – diz Maggie ao seu lado.

- Tyler, já chega. – diz Kate. – Maggie é imaginária. Você já passou da idade de ter uma amiga imaginária e eu cansei de fingir.

Kate se afasta. Tyler olha para Maggie que a olha também.

- Eu não gosto dela. – diz Maggie.

...

Kate pega as últimas caixas da mudança e coloca no porta-malas do carro.

- Eu levo as caixas para você. – diz Sherwin em sua caminhonete, pronto para ir embora.

- Eu levo, Sherwin, obrigada. – agradece Kate com um sorriso e o vê partir.

Tyler brinca em seu quarto de bonecas. De repente, na miniatura do hotel, os balanços do jardim começam a balançar sozinhos e a menina olha.

Lá fora, um vento forte bate no rosto de Kate e ela fecha o casaco. De repente os balanços começam a balançar. Kate os olha surpresa e aproxima-se. A gangorra cai de um lado para o outro, Kate põe a mão nela e ela pára. Em seguida o carro liga sozinho e o gira-gira começa a girar lentamente. Kate olha para tudo muito assustada, lágrimas caem de seus olhos. O carro vai rapidamente em sua direção e ela começa a correr, mas o carro começa a alcançá-la, ficando bem perto.

- Sam. – diz Jane ali perto. Este corre e se arremessa, salvando Kate do carro, que bate em uma árvore e pára.

- Tudo bem com você? – pergunta Sam a mulher.

- Eu acho que sim. – responde ela ofegante. Dean, Gi e Jane correm até eles.

- Vamos entrar, venham. – diz Gi. Jane ajuda Kate a se levantar, eles correm para dentro do hotel e vão para o bar.

- Eu preciso de um Uísque. – diz Kate assustada.

- É. – diz Dean concordando. – Eu sei como é.

- O que foi aquilo? – pergunta Kate.

- Quer saber a verdade? – pergunta Jane.

- Claro. – diz ela convicta.

- Ótimo. – diz Jane olhando para Dean. – Primeiro, nós achamos que era algum tipo de praga hudu... Mas aquilo lá fora, com certeza foi um espírito.

- Tome. – diz Sam colocando um copo de Uísque na frente de Kate.

- Vocês são loucos. – diz ela sem acreditar.

- É o que dizem. – diz Dean com um sorriso rápido.

- Olha, não temos tempo para explicar tudo. – diz Gi a ela. – Mas precisamos saber quando sua mãe teve o derrame.

- O que isso tem a ver com... – começa Kate.

- Só responda. – manda Gi.

- Há mais ou menos um mês. – responde Kate.

- Pouco antes das mortes. – diz Sam. – Estão vendo? E se Rose praticasse hudu... Não para machucar alguém e sim para proteger?

- Usava as urnas ponto cinco para afastar o espírito. – continua Dean. – Até o Derrame. Depois ela não pôde mais.

- Eu não credito nisto. – diz Kate os olhando surpresa.

- Olha, aquele carro não atropelou você sozinho, ok? – diz Giovanna.

- Até foi, tecnicamente. – diz Dean. Gi o olha nervosa. – Mas o espírito... Esqueçam.

- Acredite no que quiser. – diz Jane. – Você e sua família estão em perigo. Precisa tirar todo mundo daqui... Seus empregados, sua mãe, suas filhas, todo mundo.

- Hum... Eu só tenho uma filha. – diz Kate.

- Uma? – pergunta Sam sem entender.

- Achei que sua filha Tyler tinha uma irmã chamada Maggie. – diz Dean.

- Maggie é imaginária. – comenta Kate. Os quatro se olham preocupados.

- Onde está a Tyler? – pergunta Jane à Kate.

...

No quarto de Rose, Maggie pára em sua frente.

- Ela vai ficar aqui comigo. – diz a menina. Rose a olha assustada, com lágrimas caindo de seus olhos. – Você não pode impedir. Não tem nada que você possa fazer.

Tyler entra no quarto em seguida.

- Maggie, não. – diz ela. – Você não pode aborrecer a vovó.

- Eu sei. – diz Maggie. – Vamos, vamos brincar.

- Vamos tomar um chá? – pergunta Tyler com um sorriso.

- Nós vamos tomar muito chá. – diz Maggie. – Para sempre... Sempre e sempre.

Maggie da uma última olhada para Rose e sai do quarto com Tyler ao seu lado. No rosto de Rose há uma expressão apavorada.

...

Jane, Gi, Dean, Sam e Kate saem correndo na direção do quarto de brinquedos.

- Tyler. – grita Kate e abre a porta. Várias bonecas das prateleiras estão quebradas no chão. – Meu Deus, Tyler.

A mulher procura por todo o quarto.

- Ela não está aqui. – diz ela desesperada.

- Kate. – diz Gi. – Nos diga tudo que saiba sobre Maggie.

- Não sei muito. – diz Kate. – Tyler fala dela desde que mamãe ficou doente.

- Você ouviu falar de alguém com o mesmo nome? – pergunta Sam.

- Não. – diz Kate.

- Pense. – pede Jane. – Pode ser alguém que morou aqui. Pode ter morrido...

- Meu Deus. – diz a mulher de repente. – Minha mãe tinha uma irmã chamada Margaret. Ela quase nunca falava dela.

- Ela por acaso morreu aqui quando era criança? – pergunta Dean.

- Ela se afogou na piscina. – responde Kate.

- Vamos. – diz Jane. Eles saem do quarto e correm em direção à piscina.

...

Ao lado da piscina há uma escada que leva a um terraço. Tyler e Maggie sobem e ficam do outro lado da grade, se segurando pelos ferros.

- Eu não gosto daqui. – diz Tyler. – Estou com medo.

- Tudo bem. – diz Maggie carinhosamente. – Você só tem que pular.

- Eu não sei nadar. – diz Tyler.

- Eu sei. – diz Maggie. – Mas não vai doer, eu prometo e depois, nós vamos ficar juntas para sempre. Ninguém vai nos perturbar.

- Porque você não vem comigo e com a mamãe? – pergunta Tyler.

- Porque eu não posso sair daqui. – responde Maggie. – E você não vai sem mim.

Tyler olha triste para a piscina em baixo delas.

- Por favor. – pede Maggie. – Eu não quero ficar sozinha.

Os quatro junto com Kate chegam até a piscina, vêem Tyler do outro lado da grade prestes a pular.

- Tyler. – grita Kate. A menina se vira para ela.

- Mamãe. – diz ela. De repente Maggie empurra Tyler que cai na piscina coberta por um pano transparente. A menina se prende nele. Ela consegue se soltar, mas Maggie empurra sua cabeça para debaixo da água novamente.

- Tem outra entrada? – pergunta Jane à Kate.

- Pelos fundos. – responde ela.

- Ótimo. Dean, Gi... Vão com ela. – pede Jane. Os três afirmam com a cabeça e se afastam.

- Porque os mandou pela outra entrada? – pergunta Sam sem entender.

- Porque eu posso fazer isso. – responde ela e toca na porta a escancarando.

- Vai acabar logo. – diz Maggie vendo Tyler se espernear debaixo da água.

De repente uma voz começa a chamar Maggie e ela desaparece.

Jane sai correndo e pula a grade caindo na piscina

- Jane! – grita Sam descendo a escada rapidamente. Jane tira o pano que cobre a piscina de sua frente, vai até Tyler e a tira da piscina rapidamente. Dean e Kate conseguem entrar pelos fundos e correm até eles. Tyler não respira. Dean e Sam se olham apreensivos. Jane lê a mente de Tyler dá um sorriso e começa a fazer pressão em seu peito. Todos a olha fixamente. De repente a menina cospe água para fora e começa a tossir.

- Graças a Deus. – diz Kate aliviada com lágrimas nos olhos.

- Mamãe. – diz Tyler a vendo.

- Oi, amor. – diz Kate a ela. – Estou aqui.

Elas se abraçam.

- Tyler. – diz Sam. – Está vendo a Maggie por aqui?

Esta olha para todos os lados.

- Não, ela sumiu. – responde a menina.

Todos se olham.

...

No quarto de Rose, Maggie pára novamente na frente dela.

- Você faria isso por mim? – pergunta Maggie à Rose. – Sim? Se você fizer, eu as deixo ir embora. Mas eu não entendo... Você me afastou por tanto tempo. Eu achei que você não gostava mais de mim.

Rose apenas olha a menina com um ar triste.

- Está bem... – diz Maggie. - Irmãzinha.

Esta acaricia o rosto de Rose.

...

- Calma, amor. – diz Kate à Tyler enquanto elas sobem à escada em direção ao quarto de Rose. – Nós já vamos embora... Só vamos buscar a vovó.

Jane, Gi, Dean e Sam vão até o quarto de brinquedos.

- Eu não entendo. – diz Dean. – A Maggie desistiu?

- É o que parece. – diz Jane enquanto seca seu cabelo com uma toalha que Kate lhe emprestou.

- E para onde ela foi? – pergunta Gi.

De repente eles ouvem Kate gritar. Os quatro saem correndo para o quarto de Rose. Chegando lá, eles vêem Kate e Tyler olhando para o corpo morto e caído de Rose. Os quatro se olham.

...

Um tempo depois, os legistas chegam para retirar o corpo da idosa. Sam, Dean e Gi arrumam suas coisas. Jane toma um banho, troca de roupa e se junta a eles para se encontrar com Kate fora do hotel.

- Os paramédicos disseram que foi outro derrame. – explica Kate. – Será que... Margaret teve algo a ver com isso?

- É possível. – diz Dean. – Mas não sabemos.

- Kate, nos desculpe. – diz Jane a ela.

- Você não tem que pedir desculpas. – diz Kate com um sorriso carinhoso e olha para a filha. – Você me deu tudo. Está pronta, Tyler?

- Estou. – responde a menina saindo do hotel.

- Tyler, tem certeza de que Maggie não está mais por aqui? – pergunta Gi.

- Tenho. – responde ela. – Eu teria visto.

- É. – diz Dean. – Fosse o que fosse, acho que acabou.

- Espero que sim. – diz Sam. Kate lhes dá um último sorriso e vai em direção ao taxi parado em frente ao hotel.

- Vocês duas se cuidem, ok? – pede Jane. Kate a olha e lhe dá um abraço carinhoso. Jane dá um sorriso.

- Obrigada. – agradece Kate uma última vez. – A todos vocês.

Em seguida ela e Tyler entram no taxi e partem. Os quatro vão em direção ao Impala.

- Salvamos a mãe e salvamos a filha. – diz Dean. – Não foi um mau dia. É claro que eu podia ter salvado as duas sem vocês, mas não queria que se sentissem inúteis.

- Tudo bem. Agradecemos. – diz Sam revirando os olhos. Gi e Jane dão risada.

- Faz bem voltar à ativa, não faz? – pergunta Dean.

- É. – concordam todos.

- Mas... – diz Sam, todos o olham. - Eu lembro muito bem sobre o que falamos ontem à noite.

Sam olha para Jane.

- Falamos sobre muitas coisas ontem à noite. – diz ela com um sorriso.

- Sabe do que estou falando. – diz Sam.

- Você estava de porre. – diz Dean.

- É. – concorda Jane.

- Mas você não. – diz Sam a ela. – E você prometeu.

Jane apenas o olha. Sam entra no carro. Gi e Dean olham para uma Jane imóvel e triste.

- Vamos. – diz Gi a ela e eles entram no carro também. Jane olha para a janela a fora. Dean a olha pelo retrovisor e olha para Sam nervoso.

- Idiota. – sussurra Dean. Em seguida ele dá a partida e eles partem pela estrada.

...

No hotel, no quarto de brinquedos... Maggie e Rose crianças pulam corda juntas, alegremente... Para sempre.

...

Fim do Décimo Primeiro Capítulo da Segunda T. de Supernatural


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Notas finais do capítulo

Reviews??? Por favor!! hehe... bjaooo e continuem lendo... XD



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