A Mansão da Diversão escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Fala galera, Gabriel está de volta com mais um capítulo!

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/654494/chapter/14

Depois de algumas horas, finalmente a casa estava bem arrumada para a chegada de Reginel na mansão.

–Ficou tão bonita olhando daqui.- falou Ana Vitória, quando todos estavam na sala conferindo se não haviam esquecido de nada, pois a sala era muito grande.

–Ficou mesmo. - elogiou Cirilo - E agora?

–Agora é só esperar Reginel me ligar pedindo para buscá-lo.- falou Jaiminho.

–Mas quanto tempo isso vai levar?- perguntou Chiquinha.

–Não sei, mas não muito.

–Então crianças, vamos tomar cuidado para não bagunçar e nem sujar a casa novamente para não termos que fazer tudo de novo tá?- pediu Lúcio e as crianças concordaram. Claro que os adultos também, mas aquilo valia mais para as crianças, que eram bagunceiras e espevitadas.

Sendo assim, todos ficaram à espera da ligação dele, ou assistindo televisão ou se ocupando com alguma coisa, até que finalmente ouviu-se o telefone de Jaiminho tocar:

–Alô?- começou Jaiminho.

–Oi tio.- respondeu Reginel.

–Aonde você está?

–Na rodoviária.

–Mas em qual lugar? Uma lanchonete? No banheiro?

–Na verdade, estou na praça de alimentação da rodoviária.

–Então faz o seguinte: vá até o embarque de táxis e me espera que nós estaremos aí rapidinho.

–Tá bom, obrigado.

–Gente, ele já chegou na rodoviária, só precisamos ir buscá-lo agora.- falou Jaiminho para o pessoal na sala.

–Botijão, pode nos emprestar seu carro?- perguntou Carlitos.

–Claro, aqui estão as chaves.- respondeu Botijão.

E assim, Carlitos e Jaiminho logo pegaram o carro e partiram rumo à rodoviária para buscar o sobrinho de Jaiminho. Ao chegarem lá, viram ele sentado em um banco próximo ao acostamento onde ficavam os táxis.

–Essa não!- reclamou Carlitos.

–O que foi?- perguntou Jaiminho.

–Não posso estacionar aqui, é distrito somente para taxistas.

–Não tem problema, eu posso dar um jeito.

Então Jaiminho abriu a janela do carro e acenou para Reginel, que, distraído, levou alguns segundos para perceber que ele estava ali, acenando. Assim que o viu, colocou a mochila nas costas e arrastou sua única mala até o carro.

–Reginel!- falou Jaiminho, apertando a mão dele.

–Oi tio, que saudade.

–Esse aqui é o Carlitos, um dos hóspedes da mansão que ficaremos.

–Muito prazer Reginel.- falou Carlitos.

–O prazer é meu.- respondeu ele.

No caminho, Jaiminho contou algumas coisas sobre a mansão, como Lúcio, o proprietário da mansão, as crianças, o papagaio Lorenzo, o Professor Inventivo e tudo mais, só não falou da surpresa que eles fariam, claro. E logo de cara, Reginel percebeu que iria ser bem divertido morar lá.

Quando chegaram, Carlitos pegou a mochila de Reginel e o mesmo fez menção de pedir para Jaiminho carregar a mala dele.

–É muito pesada pra você?- perguntou Jaiminho.

–Um pouco, mas queria sua ajuda.- respondeu ele.

–Eu adoraria, mas não posso pegar nela.

–Por quê?

–É que eu quero evitar a fadiga.

Reginel revirou os olhos, pois Jaiminho não mudara seu jeito de ser, Carlitos também não gostou, mas os dois preferiram não falar nada.

Ao chegar lá, Reginel ficou totalmente eufórico e emocionado ao mesmo tempo ao ver a quantidade de pessoas que lhe deram boas-vindas e foram cumprimentá-lo, pois logo de cara se tornou muito querido por todos.

–Muito obrigado gente.- ele disse.

Logo depois, Carlitos e Lúcio ajudaram ele a se ajeitar no quarto que ele dividiria com Jaiminho, Lúcio preparou a cama dele e Carlitos foi ajudá-lo a organizar as coisas dele no quarto. Depois de tudo ajeitado, as crianças começaram a querer saber mais dele.

–Foi uma injustiça o que o cara lá de Gangacardápio fez com você.- disse Jaime.

–Jaime, é "Tangamandápio".- corrigiu Daniel.

–Tanga o quê?

–Tangamandápio.- repetiu Reginel.

–Poxa Jaime, o Jaiminho vive falando desse lugar e você ainda não decorou o nome?- zombou Quico.

–É um nome difícil, não acha?

–Eu não.

Jaime revirou os olhos.

–Enfim, de qualquer maneira, o Jaime tem razão.- completou Daniel- Foi mesmo uma injustiça o que o cara fez, tudo bem que você não pagou aluguel, mas ele podia ter esperado mais um pouco ou até mesmo ajudado você, mas só te prejudicou.

Ficaram naquela conversa por um tempo até que Lúcio chamou todos para jantar. Desceram e Reginel ficou bastante ansioso, queria provar a comida daquela mansão para descobrir se era boa mesmo.

E ele, com certeza, estava mais feliz do que nunca.

O tempo passou e o dia do aniversário do Chaveco se aproximava.

–O que foi Chimoltrufia?- perguntou Marcelina ao encontrar a mesma na mesa da cozinha, olhando para o nada.

–Ah, não é nada querida, não se preocupe.- respondeu ela.

–Desculpe, mas é que eu te vi aqui parada, sozinha, olhando para o além... aí achei que você estivesse preocupada com alguma coisa.

–Estou preocupada sim, mas não é nada grave.

–O que é então?

–Amanhã é aniversário do Chaveco.

–Mas isso é ruim?

–O ruim é que eu quero dar um presente que ele possa adorar, mas não tenho a menor ideia do que comprar pra ele.

–E nem eu sei também. Não sabia sequer que era aniversário dele.

Em seguida, Marcelina sugeriu que elas fossem pedir ajuda aos amigos para pensarem no que fazer.

–Boa ideia, vamos lá.- respondeu Chimoltrufia.

Marcelina então, levou Chimoltrufia até o jardim, onde as crianças da antiga Escola Mundial estavam se divertindo em uma rodinha formada na grama e conversavam animadamente. Depois que Marcelina explicou toda a situação de Chimoltrufia para os amigos, Mário foi o primeiro a se pronunciar:

–Mas Chimoltrufia, você conhece o Chaveco há tanto tempo, acho que você devia saber o que ele gostaria de ganhar de aniversário.

–Eu sei, mas realmente está difícil.- falou Chimoltrufia- O que um homem da idade dele vai querer de presente?

–Bom, vamos perguntar pra alguém daqui, talvez eles possam saber o que fazer.- disse Paulo e todos concordaram.

Chegando no quarto de Lúcio, o homem ficou bastante comovido com a situação e decidiu ajudar eles.

–Crianças, acabo de ter uma ideia: o que acham de fazermos uma festa surpresa para o Chaveco? Assim todos terão tempo de pensar em um presente.- sugeriu ele.

–Eu acho uma boa ideia.- disse Laura.

–Eu também concordo.- falou Adriano.

–Eu também, e vocês?- concordou Chimoltrufia.

Todo mundo concordou em fazer a festa surpresa, mas para isso, precisariam ajudar uns aos outros.

–Escuta, John e Nikolai, vocês dois que são bem amigos do Chaveco, distraiam ele por nós tá?- pediu Lúcio.

–Os amigos mais próximos do Chaveco são o Botijão e o Peterete.- corrigiu Nikolai.

Ao ouvirem o nome deles, Botijão e Peterete foram dar uma olhada na porta para ver o que eles estavam falando que colocaram o nome dos dois no meio:

–Só que eles não podem saber disso tá?- ouviram Chimoltrufia dizer.

–Por quê não?- perguntou Cirilo.

–Porque se os dois souberem, vão estragar a surpresa.

–É mesmo, do jeito que eles são bem dedo-duros, eu não duvido disso.- disse Dona Cotinha.

–Tudo bem, a gente não fala nada.- falou Cirilo.

–Muito bem, então, vocês dois irão levar o Chaveco para qualquer lugar.- continuo Lúcio- Levem-o para um mercado, um shopping, qualquer coisa, mas mantenham ele ocupado enquanto a gente cuida do resto.

–Sim senhor.- John e Nikolai disseram juntos.

–Você ouviu isso? Estão planejando algo contra o Chaveco e ainda não querem que a gente saiba.- disse Peterete.

–O que isso quer dizer?- falou Botijão.

–Que eles estão tramando alguma coisa grave.

–Sim, mas o que poderia ser de tão grave pra eles não quererem nos contar?

–Ora, algo que a gente faça ou fazíamos muito bem.

–Será que é o que eu estou pensando?- disse Botijão, alguns segundos depois.

–Só pode ser isso!- falou Peterete.

–Meu deus, temos que impedir isso.

–Vamos falar com o policial Ramon, ele pode nos ajudar.

–Ótima ideia, mas acho que precisamos de algum aliado, porque nós temos ficha criminal e fazer uma denúncia ia ser meio suspeito pra eles.

–Verdade, mas quem poderia se aliar à nós?

Nesse instante, Chaves ia passando equilibrando sua vassoura na palma da mão.

–Chaves, que bom que te encontramos, precisamos de uma ajuda sua.- falou Botijão.

–Ajuda? Em quê?- perguntou Chaves.

–Bom, antes de contarmos, você tem que nos prometer que não vai falar nada pra ninguém.- pediu Peterete.

–Prometo, o que aconteceu?

OS dois contaram à Chaves o que estavam tramando contra Chaveco e logo o menino, mesmo assustado, aceitou ajudá-los, pois também era um amigo próximo de Chaveco.

Assim, enquanto os três saíram em direção à delegacia, John e Nikolai vão em direção até o jardim, onde Chaveco está regando as flores conforme Lúcio ordenou.

–Chaveco, que bom que está aqui!- começou Nikolai.

–Por quê?- perguntou Chaveco, admirado.

–Estamos saindo para se divertir e gostaríamos de convidar você.- falou John.

–Me levar pra onde?

–É surpresa, só venha com a gente e na hora você vai descobrir.

–Tá bom.

E então, Chaveco largou o regador em um canto da casa e depois avisou Lúcio que não poderia terminar de regar tudo, pois iria sair com John e Nikolai.

–Tudo bem, pode ir, eu termino de regar.- disse Lúcio.

Assim que os três saíram porta afora, todos, inclusive as crianças da vila, exceto Chaves, começaram a fazer os preparativos para a festa surpresa do Chaveco, quando terminaram, a campainha tocou e Lúcio foi abrir, pensando que eram John e Nikolai voltando com Chaveco. Mas, ao abrir, uma surpresa: Ramon, Botijão, Peterete e Chaves estavam lá.

–Ninguém se mova.- falou Ramon, sem elevar a voz- Vocês estão presos.

–Presos?- perguntou Carlitos, assustado.

–Por quê? Não fizemos nada de errado.- falou Lúcio.

–Sinto muito, mas tenho um mandado de prisão para a maioria dos adultos dessa mansão, por isso, venham comigo senão terei que tomar providências piores.

Sem entender, Lúcio, Carlitos, Chimoltrufia, Dona Cotinha, Dona Aglimaldolina, Jaiminho e Reginel foram algemados para a viatura, esperando entenderem melhor o motivo da prisão quando chegassem lá, já que Botijão e Peterete não fizeram e nem falaram nada quando todos foram levados para a viatura. Só ficaram Lúcio, Chaveco, Peterete, Botijão, Chaves, John e Nikolai.

–Chavinho, o que aconteceu?- perguntou John, ao ver os outros sendo levados para a delegacia.

–Bom, parece que o Botijão e o Peterete ouviram uma conversa entre aqueles que foram levados sobre algo relacionado ao Chaveco, mas como Seu Lúcio disse que eles não podiam saber de nada, chegaram à conclusão de que queriam matar o Chaveco.- explicou Chaves.

–O quê? Não Chavinho, era outra coisa.- falou Lúcio.

Então Lúcio explicou toda a história para Chaves, logo depois ele se lembrou de que Chaves não estava lá quando decidiram fazer a festa surpresa, por isso, não sabia de nada e ajudou os dois ex-ladrões a prender todo mundo.

–Acho que temos que correr atrás de todos e contarmos a verdade antes que seja tarde.- falou Nikolai.

–Isso isso isso.- disse Chaves.

Então, como não tinham carro, pois Botijão havia levado o dele, todos foram à pé mesmo em direção à delegacia, pra tentar consertar a situação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Mansão da Diversão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.