O que o destino aprontou dessa vez? escrita por Aquariana
Notas iniciais do capítulo
Olá leitores, como vão?
Se estão tristes, podem começar a dar pulinhos de alegria, pois o capítulo novo chegou! (Tá. Nem é pra tanto)
Boa leitura.
No sofá da própria casa, sua cabeça estava em repouso sobre as pernas dela, possibilitando-a assim afagar seus curtos fios castanhos. A TV estava ligada em algum canal onde se passava um filme, certamente de ficção. Ambos estavam concentrados na tela, onde nesse exato momento se passava a guerra final.
– Uau! – Exclamou Daniel. – Olha esses efeitos!
– Quem me dera ter assistido esse filme antes. – Luana concordou.
Os comentários vinham hora ou outra, acompanhados do entusiasmo e euforia a cada cena. Quando enfim o filme se deu por completo, Luana o segurou pelo queixo, virando sua cabeça para que ele a olhasse.
– Estou com fome.
– Que? – O moreno perguntou surpreso.
– Quero comer alguma coisa.
– Mas você comeu aquela vasilha de pipoca quase toda sozinha. Sem contar nos refrigerantes. – Apontou para a vasilha e copos vazios sobre o rack da sala. – E ainda está com fome?!
– Sim. – Ela respondeu com normalidade.
– De onde foi que você arrumou tanto apetite, hein, dona?
– Boa pergunta. Tenho comido tanto ultimamente que estou até com medo de engordar.
– Magra ou gorda, pra mim tanto faz. Você é linda de qualquer jeito.
– Para já com a fofurisse. – Luana lhe deu um leve tapa no rosto.
– Ai! Tá! Entendi! Sem fofurisse!
– Você aprende rápido. Muito bem. – Deu um sorriso sorrateiro. Ambos levantaram-se, indo até a cozinha.
– Tem lasanha, torta de frango... – Disse ele ao abrir a geladeira.
– Sua geladeira é o paraíso! Quero lasanha.
Enquanto era esquentada em um prato dentro do microondas, seu cheiro exalava pela cozinha. O aroma que antes era magnífico para Luana, acabou se tornando motivo para ânsia de vômito naquele instante. Mais uma vez a ruiva sentia aquela horrível sensação. Porém, nada disse. Não queria fazer desfeita.
Quando se ouviu o apito do microondas, o barbixa tirou de lá a lasanha, fazendo com que o cheiro se exalasse ainda mais.
Séria e quieta, Luana recebeu o prato em mãos e pegou um garfo no armário. Sentou-se no banco e escorou-se no balcão de mármore. Mas não, sem dúvidas não conseguiria comer aquilo que estava diante de si. Tocou na comida algumas vezes com o garfo, na forte esperança de que aquele enjoo logo passasse.
Foi quando sentiu aquilo subir por sua garganta, tampou a boca com uma das mãos e levantou-se instantaneamente, correndo até o banheiro, ato esse que assustou Daniel.
– Lua? – Perguntou surpreso. Já ia atrás dela, quando ouviu o barulho da campainha soar pela casa. Parou imediatamente no meio do corredor. Não sabia se era mais importante atender a porta ou Luana. Decidiu dar meia volta. Quando rodou a chave da porta e a abriu, deu de cara com Anderson e Elídio, parados em sua frente.
– O que vocês querem? – Perguntou ele, curto e grosso.
– Calma lá, Dani. – Disse Anderson. – A gente só veio te chamar pra dar uma volta.
– Volta? Que volta?
– Dar uma volta no...
– Olha, desculpa, mas agora não dá. Tá tudo muito coisado aqui. – Daniel o cortou.
– Coisado como? – Elídio se pronunciou, interessado no assunto. O primeiro barbixa respirou profundamente e disse sem pensar mais.
– Entrem. E esperem no sofá. – Apressadamente, se dirigiu até o banheiro. A porta estava trancada. – Luana? – Não obteve resposta. – Lua? O que aconteceu? – Mais alguns segundos de silêncio, até ele ouvi-la dizer baixo e com a voz abafada.
– Está tudo bem. Eu já saio. – Mesmo querendo contestar, Daniel resolveu voltar para a sala, onde os dois estavam esperando-o.
– Me parece preocupado. – Anderson observou quando o viu se aproximar.
– Estou mesmo.
– O que houve?
– Luana está no banheiro, vomitando, pelo que eu percebi. Antes assistimos uns filmes juntos, detalhe que, ela comeu uma montanha de comida e ainda quis mais.
– Deve ter passado mal de tanto que comeu. – Elídio elevou uma hipótese.
Ficaram poucos segundos em silêncio até ouvir uma batida de porta. Foi quando a ruiva apareceu na sala, expressivamente pálida e surpresa ao ver os demais integrantes da Cia.
– Lua. – Daniel foi até ela. – Tudo bem agora? – Ele a envolveu em um de seus braços, dirigindo-a até uma das poltronas, onde logo a sentou.
– Sim, estou melhor.
– Vou pegar um copo d’água pra você. – Disse indo até a cozinha.
– Aproveita e tira essa lasanha daqui, por favor.
– A lasanha? Mas por quê?
– O cheiro dela está insuportável.
Todos olharam-na sem entender, porém mesmo assim, Daniel a obedeceu.
– Não estava se sentindo bem? – Com suavidade na voz, Sanna dirigiu-se a ela.
– Não.
– E não foi pelo que comeu então?
– Não. O cheiro da lasanha que me fez enjoar.
– Mas você quem pediu pra comer aquilo. – Daniel disse, aproximando-se e lhe entregando o copo de água.
Anderson, até então calado, indagou algo que talvez para todos presentes ali, fosse por um motivo diferente do que realmente o levou a pensa-lo.
– Isso já havia acontecido recentemente, Lua?
– Sim, semana passada, mas foi por causa do carro.
– Do carro?
– O carro balançou tanto que também me fez enjoar.
– Sei. – O mais alto disse simplesmente, voltando a se calar.
– Acho melhor eu levar você pra casa. – Daniel sugeriu.
– Tem razão. Desculpa eu não poder ficar mais, pessoal.
– Tudo bem, a gente entende. – Elídio disse. – Depois avisa como está.
– Eu aviso. Obrigada pela preocupação. – Sorriu de canto enquanto levantava-se da poltrona.
– Não saiam daqui. Eu volto daqui a pouco. – Daniel disse a ambos, que sinalizaram positivamente com a cabeça.
Quando o casal saiu, os dois ficaram sozinhos na casa. Anderson, ainda quieto, resolveu comentar.
– Estranho, né?
– Estranho? O que é estranho? A menina passar mal? Te garanto que não. Acontece com todo mundo.
– Se você não ouviu, ela disse que aconteceu o mesmo semana passada.
– Por causa do carro.
– Quem garante que foi por causa do carro?
– Ela mesma garantiu.
– Hum... e agora acontece de novo.
– Por causa da lasanha.
– Veja bem, não foi por causa da lasanha, foi por causa do cheiro da lasanha.
– E daí?
– Não sei não, Lico...
– Não sabe mesmo não. Está aí implicando por causa de uma besteira.
– Você não acha que...
– Que...?
– Ah, você sabe do que eu estou falando.
– Não, juro que não sei. E se soubesse, te contrariava. Você implica com tudo. Eu hein.
– Ah, deixa pra lá. Vamos esperar o Dani voltar.
– Hum... Vamos ver o que o Sr. Nascimento tem nessa geladeira hoje.
Elídio foi até a cozinha, onde viu alguns pães de queijo dentro de uma vasilha de vidro.
– Olha! Pães de queijo!
– Você vai comer os pães de queijo dele?
– Vou, ué.
– Você sabe que ele odeia que comam ou mexam nas coisas dele quando ele não está em casa.
– E daí que ele não gosta? Eu estou com fome! – Dramatizou ele, enquanto o outro ria bobamente de sua atuação tão convincente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Por hoje é tudo, pessoal!
Obrigada por lerem e até a próxima!