– Logo que você começou a se envolver com Sara, não gostei dela, sabia que ela não era o suficiente para você. Ela era apenas uma menininha. E aproveitei o gancho de sua mãe, ela não queria que você namorasse, e eu comecei a falar. Depois de seu primeiro encontro comecei a falar com sua mãe. Ela era ligada em fofocas, não deu para falar com seu pai também. Mas comecei a falar o que achava de Sara, confesso que exagerei um pouco. Ela começou a odiar Sara com o passar do tempo, e acabando ficando cada vez mais contra. Fazendo com que vocês terminassem, e achei que tudo tinha terminado. Principalmente depois de dizer que Sara não era uma menina direita, que ficava com tudo que é homem. E que a única coisa que via em ti era uma maneira de crescer na vida, pelo menos financeiramente.

– Manuel, eu vou te matar. – Levantei-me do sofá pronto para sufoca-lo.

Catherine me segurou.

– O deixe terminar, depois ajudo a mata-lo. Continue Manuel.

– Quando vocês se reencontraram você era maior de idade, e sua mãe não podia mais influenciar. Quando vi você levando Sara para sua casa na praia, não tive duvida e fui lá interromper e você me dispensou por um rabo de saia. Liguei para sua mãe, e a adverti a voltar mais cedo para casa. Foi quando ela pegou vocês no flagra.

– Verme. – Disse ao ouvir isso, tentando manter o controle.

– Você saiu então para uma noite romântica com Sara, e eu fui lá ficar com Oscar, ele também não gostava de Sara por minha influencia. Ele falava mal de Sara para sua mãe deixando-a ainda mais irritada. E foi assim que ela decidiu que se você quisesse ficar com ela, deveria sair de casa. Beth quase cedeu quando viu Sara grávida, mas adverti que o filho provavelmente não era seu, já que ela se deitava com qualquer homem que a cortejasse.

Baixei minha cabeça. Não sei se estava pronto para ouvir o resto.

– Quando Sara voltou de viagem e você foi correndo atrás dela como cachorro sem dono, eu adverti sua mãe que voltara com a bastarda e provavelmente tentaria arrancar todo dinheiro que Gil tinha e estragaria seu futuro. E você logo se encantou com aqueles olhos azuis daquela pequena bastarda. – Manuel falava de Julia com nojo.

Segurei-me para não soqueá-lo quando falou de Julia. Precisava saber do final dessa história. Meus punhos estavam cerrados.