Conversamos inocentemente por algumas horas, íamos caminhando em direção a casa de Gil, na verdade não sabia que estávamos indo nessa direção por que não sabia onde ficava a casa dele na praia. Andávamos e riamos como duas crianças, contrário de que a maioria – lê-se umas cinco – das pessoa que nos viam imaginavam, nós estávamos longe de estar alcoolizados ou drogados, estávamos tão somente nos divertindo. Ao chegarmos na casa de Gil estava tudo escuro, não havia carro na garagem.

– Bem, está é minha casa. Quer entrar? – Ele me convidou gentilmente

– Não. Se sua mãe me ver estou morta. – Disse com um sorriso descontente. Como Gil poderia ter uma mãe desta?

– Ela nem deve estar em casa, está tudo escuro, e não é tarde Sar. Vamos?

– Confere primeiro. – Fitei-o séria. Não me sentiria nada a vontade na casa dele, principalmente rodeada de pessoas que me odeiam.

Gil entrou em casa e meu medo tornou-se outro. E se eles chegassem bem na hora que Gilbert estivesse lá dentro? Como me veria sozinha enfrentando-os. Ai, Gil, não demore. Ele não demorou, a casa realmente estava vazia, e eu entrei sem a intensão de ficar muito. A conquista recém começara, não queria problemas tão logo.

Porém eu e Gil não compartilhávamos da mesma ideia, e ele me deixou isto claro apenas com um olhar, não queria que ficasse só alguns minutos. Ele se aproximou de mim. Como Gilbert era quente. Sua boca se aproximou da minha. Minha boca implorava pela dele.

Beijou-me.

Ah, que saudades daquela boca. Sua mão foi para a minha cintura puxando-me para perto dele, segurava-me firmemente. Minhas mãos foram para a volta de seu pescoço, abraçando-o. O beijo era intenso, ele todo era intenso. Nossos corpos estavam unidos, ligados, e quentes. Fervendo. Podia sentir o calor do corpo dele, estava quente, penetrante. Desejava-o. Tinha que ser ele, ele tinha de ser meu.

Voltamos a realidades quando ouvira um ruído na porta, alguém batera. Nos olhamos preocupados. Se fosse a mãe de Gil, estávamos ferrados. Se não fosse, matava o intruso. Fui para o quarto de Gil, e fiquei atrás da porta semifechada espiando pela fresta. Quando Gil abriu a porta e vi Manuel, senti vontade de voar em seu pescoço o soltá-lo somente quando parasse de respirar e seu coração parasse de bater. Não queria que ele me visse lá, mantive-me quieta mesmo com o desejo súbito de esganá-lo.

– Vá embora. – Disse Gilbert com tom autoritário para o Manuel. Seus dentes estavam cerrados e sua testa franzida. Gil sempre ficava assim quando ficava brabo.

– Por quê? Ia convidar-te para dar umas bandar pelo centro. Ver umas gatas. – Manuel falou de um jeito maroto.

– Não posso e nem quero agora Manuel. Vá.

– Ok! Ok! – Manuel disse sem entender. Poucas vezes Gilbert ficava irritado com Manuel e com certeza Manuel não queria que hoje fosse uma destas vezes.

Gil fechou a porta, e foi rapidamente para o quarto ao meu encontro. Encontrou-me arrumando o meu cabelo em forma de coque, estava me aprontando para sair.

– Tchau Gil, vou nessa! – Falei sem graça. Realmente não era para ser, sempre havia algo que nos atrapalhava. E não, não queria que sua mãe nos pegasse lá.

– Você realmente quer ir? – Ele sorriu malicioso, sabia a minha resposta.