E se eu ficar? escrita por Day Real
Depois de uma noite de conversas e mistérios com Olivia pelo Skype - eles serão muito gratos a quem o inventou- Voight acordou pensativo sobre uma possível decisão, radicalmente falando. Sobre pressão de perder Olivia e tentar manter o trabalho, veio em sua mente passar o posto da unidade de inteligência para Erin. Ela é a sua melhor substituta e vem se mostrando sólida, desde a morte de Nádia - sua melhor amiga, que no qual a ajudou com problemas em dependências químicas e prostituição, a colocando para trabalhar ao seu lado na polícia.
Isso vem mostrando o quanto é importante pessoas mais próximas de Voight estarem sempre preparadas para boas surpresas. A Unidade foi notificada sobre uma possível redes de traficantes que estavam tentando dominar o lado sul da cidade de Chicago. Hank não costuma ser piedoso com bandidos, mesmo sendo superior, sempre gostou de ir e se manter em ação. Neste dia estava muito perigoso. Jay, Ruzek e Antônio, foram até um galpão abandonado, onde segundo testemunhas locais, era uma fábrica de diversas drogas ilícitas e que ao mesmo tempo funcionava como redes de jogos ilegais seguidos de um clube de Swing. Lá se reuniam os maiores caras bem armados em que a polícia jamais pensou enfrentar. Mas com o Hank Voight não tem quadrilha armada ao certo. Enquanto pegava sua arma e seu colete junto com os outros para dar o flagrante, Olivia o liga.
– Amor! - chama Olivia alegremente ao telefone.
– Oi... Jhon! - Disfarça Voight falando outro nome para que ninguém em sua volta perceba . - Como é que você esta Jhon! Quanto tempo cara... - se afasta falando alto procurando um lugar privado para que ninguém o ouvisse.
– Quem? Que Jhon? Não tinha outro nome pra pôr em mim não? - diz Olivia brincando ao celular.
Antônio, Ruzek e Jay não entendem nada.
– Mas pessoal, isso é hora de "Jhon" ligar para ele? Mas que diabos é Jhon? - sussurra Ruzek para que Voight não perceba que está falando dele.
– Sinceramente eu não faço a mínima ideia. -Diz Jay
– Vai ver ele deve ser algum menino abandonado em que ele ajuda. Voight é um "paizão" - acrescenta Antônio falando em baixo tom e olhando dentre seus companheiros para ver se ele estava os observando enquanto comentavam.
– Pra mim, nosso chefe está tendo um caso e não quer nos falar . - Suspeita Ruzek. - Imaginem só se for com a Olivia! Nossa! Cá entre nós aqui, ela é uma senhora gata. - exclama Ruzek com medo de que o sargento o pegue falando e dá uma olhada rápida para trás.
Os três riem.
– Sobre isso ninguém nega Ruzek!- Afirma Antonio. - Agora deixemos de papo furado e vamos esperar o sargento para efetuar a prisão.
Eles se espalham para que o chefe não desconfie.
Os três já estão suspeitando e quase acertando de que o grande amor de Voight seja mesmo a Olivia. Isso prova que estão ficando cada vez melhores em matéria de investigação. Enquanto eles esperam, Voight está bem afastado e ouvindo atentamente a Olivia.
– Coração, o que devo a honra de ouvir sua linda voz, neste exato momento...? - diz Voight entusiasmado .
– Ainda estou bastante chateada por ter me chamado de Jhon ! - dispara Liv fingindo que estava chateada. - Eu sei que está trabalhando e tem gente perto.
– Me desculpa pelo Jhon. Iria ligar para você e dizer que estou com muitas saudades. - diz Voight falando suavemente.
– Meu docinho, tenha cuidado nessa operação. Sinceramente eu estou com um aperto no coração e não sei o que é! - diz Olivia após pôr a mão em direção ao seu coração.
– Aconteceu alguma coisa com o Noah ? Onde ele está? - questiona Voight desesperado quanto a preocupação em que ela se encontra.
– Não! Ele esta com a Lucy em casa e está muito bem! Eu estou falando de você. Por favor, quero que tenha cuidado. Eu não suportaria se...
– Sargento! - Grita Jay ao lado do carro.
Voight põe a mão ao microfone do celular, acena positivamente com as mãos e volta a falar com Olivia.
– Amor eu preciso ir. Qualquer coisa ligue pra mim! - diz Voight com bastante pressa . - Ei, eu te amo, viu? - acrescenta
– Eu também te... - Olivia não termina nem a frase quando ouve os seguidos bipes em que a chamada havia sido terminada.
Voight se aproxima de Jay, Ruzek e Antônio para tentarem dar o flagrante. Eles vão cuidadosamente pelos fundos do galpão, para que nada seja alarmado e não dê chances dos possíveis capangas que estivessem lá, avisarem a outros e formarem uma quadrilha maior e haver trocas de tiros. Segundo estimativas em que tinham estudado, havia apenas cinco ou seis fazendo a proteção, já que, na hora em que estam indo, apenas efetuem algumas contagens com o chefão em que também lá estaria. Pronto! Momento certo para eles entrarem. Os três bravos detetives e Voight se dividem. Um dos capangas, percebe que algo de estranho está acontecendo. Seguidos barulhos e alguns rastros, marcam que há visitas. Ruzek vai para os fundos e consegue "apagar" um que estava na segurança da primeira saída do galpão. Jay e Antônio vão até a sala de segurança, onde não tinha ninguém, desligando as câmeras e dando livre acesso a Voight, para que ele possa entrar e avançar.
– Pronto Voight! Agora já pode entrar com cuidado. - diz Jay ao radio comunicador.
– Entendido Jay! - responde Voight cuidadosamente ao radio comunicador, para que não faça nenhum barulho e percebam seu rastro.
Seguindo com a operação, o time foi seguindo silenciosamente e examinando cada parte do galpão abandonado. Os quatro se encontraram no saguão principal, rapidamente. Eles continuaram abaixados e escondidos e ouviam a tudo em que o chefão do tráfico e o resto de seu pessoal, altamente armados, tramavam. Continuando abaixado, Voight acaba recebendo a notificação de uma mensagem de Erin em seu celular. Ele acaba vibrando mais do que o normal, como o sargento estava encostado a uma superfície de metal, acabou alertando os bandidos.
– Policia de Chicado, parados! Abaixem a arma! - Grita Jay apontando a arma para os capangas.
Os capangas não o obedecem. Voight, Antônio e Ruzek aparecem em seguida e continuam com suas armas apontadas, o momento é tenso. Espertamente e já visualizando a fuga, o chefe e traficante do local atira na caixa de força apagando totalmente o saguão em que estavam deixando tudo completamente um breu. Movimentos começam e a troca frenética de tiros no escuro, também. O que só se dava pra ver é que o sargento e os três se escondiam das rajadas de metralhadoras e pistolas em que iam em suas direções. Eles também correspondiam as cegas. Só se viam através de clarões.
– Bendita hora em que Lindsay foi me mandar mensagem! - grita Voight bastante bravo em meio a troca de tiros.
– Sargento, não podemos os deixar fugirem. Estamos tentando pegar eles há meses. - Alerta Antônio enquanto recarrega sua metralhadora.
– Temos que avançar e pega-los. - acrescenta Voight agachado ao canto, se protegendo das rajada, junto a Jay que o auxilia na troca de tiros .
O pior ou o melhor estava por vir. Ruzek atira uma bomba de luz para que os capangas se atrapalhem e parem de atirar. Funciona. Voight consegue ver, por segundos, onde cada um está com a ajuda da bomba. Antônio joga a segunda. Em meio ao clarão repentino, Jay avista o sargento avançando em meio as escuras e atirando em todos, de forma heróica, sendo que ele acaba esquecendo de um capanga abaixado que o acerta em cheio na altura de seu coração. O sargento cai totalmente fora de si.
– Antônio, Ruzek! Socorro! - grita desesperadamente Jay que joga uma bomba explosiva para afastar os bandidos e avança ate Voight, desmaiado, e o puxa para onde se escondiam.
– Jay! - Grita Ruzek, colocando a mão em volta de sua boca para que sua voz saia mais alta. - Aonde o Voight está? - Ainda gritando, pergunta bastante desesperado .
Antônio corre e consegue acender a luz de emergência. Alguns capangas conseguiram fugir, principalmente o que atirou em Voight.
O drama continua. Jay, com ele nos braços e seriamente baleado, corre junto com os outros até o carro para o levar ao hospital mais próximo. Antônio dirigia rapidamente para que nada mais sério acontecesse ao caminho. Muito abalado, Jay verifica a pulsação de seu sargento e, com outra mão no ferimento continuava a fazer pressão para estancar a hemorragia. Ruzek, ao banco da frente, com lagrimas em seus olhos e bastante trêmulo, não conseguia se quer segurar o celular. Tentava diversas vezes ligar e mandar mensagens para Erin - o sinal da operadora não o ajudava - depois de muitas tentativas, finalmente conseguiu.
Ainda a caminho do hospital, Antônio vai buzinando e ativando as sirenes para que os carros saem de seu caminho. Logo no semáforo a exatamente cinco minutos do ponto de emergência, acabam se envolvendo em um acidente, engavetamento de carros. Que noite!
– Nós não podemos ficar aqui o tempo todo! - diz Jay muito nervoso.
– Vamos a pé. A vida do Voight primeiro! - Afirma Antônio logo apos abrir sua janela e vê tamanha tragédia a sua frente.
– Vamos cair fora daqui! Dane-se tudo! - grita Ruzek bastante irritado dando em seguida um tapa no porta luvas.
Os três vão em frente, abandonaram o carro e suas armas, carregando Voight pela estrada a fora. Depois de haver um revezamento com ele durante os cinco minutos correndo sem parar, os médicos da emergência o atenderam e o colocaram a maca.
– Doutor, por favor, diz que ele vai ficar bem? - Pergunta Ruzek que vai ao lado dos enfermeiros junto a maca e levando o sargento a sala de cirurgia.
– Detetive, tenha fé! - afirma o Doutor que o olha com o semblante bem preocupante e segue empurrando a maca.
Jay e Antonio ficam em pé junto à recepção bastante inquietos sobre a situação, Ruzek fica totalmente atônito junto à sala de cirurgia, aguardando notícias. Os três estão completamente pilhados e não conseguem se quer pensar em nada sobre o que deu errado na operação. Todos estavam de colete no momento em que ocasionou ao incidente.
E quando há um tiro a queima roupa, será que eles são tao eficientes assim ou a arma em que o meliante atirou, era um calibre mais potente e o colete foi posto a prova?
Em NY, Olivia se encontrava em um jantar importante junto com Mike e seu pai, William Dodds, em organização a sua condecoração a tenente. No momento em que seu telefone tocou, avistou na tela um número desconhecido e resolveu ir até um lugar mais reservado do restaurante para poder atender. Mike a seguiu e ficou um pouco afastado, a dando privacidade. Olivia atende a ligação misteriosa.
– Sargento Benson!
– Alô! Olivia, sou eu.. Erin! - se identifica a detetive com voz de choro.
– Oi Lindsay! Que surpresa! O que houve? - pergunta Olivia percebendo tristeza quanto a voz dela.
– Olivia... O Voight... ele... - Erin não consegue completar e soluça de tanto chorar ao falar
Mike percebe que Olivia põe a mão na testa e seu semblante de preocupação vem à tona, e vai se aproximando lentamente por trás até ficar no ponto de visão dela e ouve a conversa.
– Erin... o Voight o quê?! - questiona Olivia esperando que Erin diga o que houve ao mesmo tempo olhando para Mike.
– Ele foi baleado Olivia. Foi ferido gravemen... - Erin nem completa e só ouve a ligação cair.
Olivia acaba desmaiando aos braços de Mike, ficando completamente desacordada.
– Eu preciso de uma ambulância! - Mike berra ao ver Olivia em seus braços, e a sente bastante “gelada" e não reagindo as suas chamadas.
Um drama após outro!
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Será que Olívia aguentará mais surpresas e fortes emoções como esta?
Se gostou, não deixe de comentar. E,se amou, favorite e continue acompanhando a fic! :)
— Musica que inspirou esse capítulo: The Fray - Never Say Never