E se eu ficar? escrita por Day Real


Capítulo 23
Acerto de contas


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas saiu!! :D

Mais surpresas e emoções. Espero que curtam muito, mas curtam mesmo esse capítulo!

Tenham uma maravilhosa leitura!!



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Não bastou passar muito tempo desde que Voight e Jay fizeram umas perguntas para Ryan, a respeito do caso da Narcóticos. O Chefe William Dodds se locomoveu até Chicago para correr atrás do seu terceiro comparsa no intuito de pressioná-lo a não dizer sobre os esquemas que estão envolvidos. Ryan é mais chegado a uma amizade mais aberta com o Comandante Fischer - que também está envolvido. Ele aproveitou e contou a ele uma certa pressão que recebeu dos funcionários da Inteligência ao obrigá-lo revelar, por altos, à respeito do segredo que tanto escondem e sobre o porquê que Mike estava envolvido.
O Comandante está tão assustado com tal situação que foi submetido a contar tudo para Dodds, que consecutivamente tomará suas medidas para desenrolar toda essa confusão - Não sabemos ao certo o que sua ambição pode ser providencial para afetar seus pensamentos quanto ao grau de loucura que contém, dando ênfase a sua ação e o que poderá fazer com Ryan. A vingança será um prato que ele comerá muito bem frio.
Voight resolveu fazer uma visita ao seu cardiologista, Dr. Pattel, a fim de conversar abertamente a respeito de sua doença cardíaca e tratamentos. O Sargento também se encontrava aflito devido o seu médico ter algo muito importante a lhe notificar, depois de passar alguns meses averiguando seus exames e fazer uma breve retrospectiva sobre o que ocorreu em seu consultório, há uns meses atrás.

— Dr. Pattel. Que bom revê-lo! - adentra ao consultório, se aproxima do médico e o cumprimenta com um firme aperto de mãos.

— Olá, Hank! Vejo que você está melhor e um pouco entusiasmado desde a revelação sobre seu estado de saúde. - o convida para se acomodar a cadeira em sua frente, sinalizando com a mesma mão que o cumprimentou.

— A vida nos exige positividade, Doutor. Exceto quando as outras coisas não vão muito bem e gera aquele desânimo em se manter vivo. - sorri.

— Vamos direto ao ponto, Sargento. Espero que esteja preparado para o que irei revelar. Algo muito grave aconteceu aqui nesse consultório. - cruza seus braços debruçando-se a mesa com um semblante aflito.

— Dr. Pattel, são os meus exames? O senhor irá deixar de me atender ou irá trabalhar em outro estado... Algo do tipo? - o questiona assustado.

— Fui abordado neste mesmo consultório por três homens encapuzados e armados. Nossa! Tudo foi um caos. Eles fizeram uma busca completa pelos seus exames cardíacos em minhas gavetas e computador. Isso tudo com um me segurando com a arma apontada em minha têmpora e os outros dois procurando. - revela muito desapontado contendo certa apreensão em seus olhares e voz ao ver o Sargento assustado de igual modo.

— Meu Deus. Isso não pode ser! Mas o senhor tem meu número e me coloquei a disposição para que ligasse a qualquer momento. - continua sentado e muito perplexo por tal atrocidade sofrida pelo médico.

— Me desculpe, Hank. Fiquei em choque depois disso e não consegui nem tocar no assunto com própria minha esposa. - volta a recostar a cadeira, suspirando e lamentando certa negligência decorrente ao fatídico dia.

— Tudo bem, Doutor. Compreendo perfeitamente o seu estado nesta hora tão cruel. O senhor se lembra se algum deles deixaram escapar alguma tatuagem, cicatriz ao braço, marcas... Me fale um pouco, como eles estavam? - o indaga cuidadosamente e tranquilamente, fazendo que ele se lembre ao poucos desse dia e dos momentos mais marcantes para trazer à tona as lembranças.

— Lembro-me do que estava apontando a arma pra mim logo em seguida que abri a porta para que entrasse junto dos outros. Ele tinha uma tatuagem na parte interna de seu braço, não lembro se era o esquerdo ou direito. Os outros dois estavam bem cobertos, da cabeça aos pés. Tinham estaturas diferenciadas. - diz mantendo seus olhos fechados ao relembrar das características dos criminosos.

— Posso saber até suspeitar de quem seja. Será difícil chegar a ele e obrigá-lo a dedurar os outros dois com facilidade. - põe suas mãos ao rosto por tamanha aflição ao especular sobre quem pode estar envolvido depois que o médico deu as descrições detalhadas.

— Eles encontraram seus exames em meus arquivos pessoais e me ameaçaram se eu não fizesse algo para eles... - mantém-se triste ao lembrar sobre o pedido que lhe propuseram.

— O que lhe obrigaram a fazer, Dr. Pattel? - o olha fixamente, muda sua postura ao sentar um pouco mais para a ponta da cadeira ao aproximar-se um pouco mais da mesa.

— Eles me pediram para alterar o resultados dos seus exames cardíacos em troca da vida de minha esposa. - revela desapontado e de cabeça baixa evitando olha-lo por tamanho descontentamento.

— Então isso significa que não estou doente?! - levanta da cadeira e se comove ao ver o médico cabisbaixo e desapontado.

— Não, Hank! Me desculpe por lhe fazer passar por tal sofrimento. - continua com o olhar desviado dele.

— Obrigado, Dr. Pattel. Você acabou salvou a minha vida. Não se preocupe quanto aos criminosos, irei pegá-los! - o agradece sem muitos alardes e segue a saída do consultório.

Voight segue em direção ao seu trabalho estarrecido por tamanha revelação do Doutor. Tudo indica que ele não está doente e, de acordo com os fatos, armaram contra sua vida e podem estar tramando sua saída da inteligência. A investigação sobre a Narcóticos e companhia pode ter um alto preço para quem estiver próximo a ele. Há um inimigo impiedoso que trama e está a par de tudo na Inteligência e se disfarçando de bom homem da lei - todo cuidado ainda será pouco.
Barba chegou sorrateiramente a cidade de Voight e já foi logo visitar Mike na prisão. O promotor pediu licença de seus trabalhos na promotoria de NY para acompanhar o caso do ex-sargento sob o pedido de sua melhor amiga. Sua cabeça ainda está a prêmio mas inventou uma certa mentira para que se dirigisse livremente ao acusado e seus interesses - vale lembrar que anos de experiências e conversas persuasivas contam muito. Ele, por sua vez, aproveitou que não havia conversado com Voight, em definitivo, para não retirar seus privilégios de ter uma conversa um pouco pessoal com o pai dos bebês da tenente. Mike ficou surpreso ao ver que Barba estava sentado a sua espera um tanto que despojado e segurando uma pequena bolsa de uma loja infantil famosa que contém em NY. O ex-sargento percebeu um singelo volume que havia dentro logo quando entrava ao local na companhia de seu amigo carcereiro.

— Ei, Sargento. Como vai? - distribui um sorriso simpático ao ver que ele se aproxima da mesa para se sentar.

— Barba, que surpresa! Uma pena que eu não possa lhe cumprimentar com um singelo aperto de mão devido a "lei do contato físico". Você sabe... - brinca com a situação enquanto se acomoda na cadeira com a ajuda do carcereiro por suas mãos, cinturas e pés estarem fortemente acorrentados.

— Vou ficar ali fora. Qualquer coisa é só me chamar! - diz o carcereiro que se dirige ao lugar indicado.

— Obrigado, amigo! - agradece Mike ao acompanha-lo com o olhar até o lugar que ficaria.

— Mike, quero lhe dar uma coisa. - abre a sacola, pega ao pequeno embrulho e o desliza sobre a mesa colocando próximo a mão dele.

Mike abre o embrulho com certa dificuldade devido suas mão estarem presas. Calmamente vai vendo entre os papeis que há um pequeno ursinho polar, com um nariz super brilhoso exalando um perfume que lhe parecia bem familiar. Ele ficou admirando e o cheirando diversas vezes tentando reconhecer a fragrância, nisso sustentando um semblante alegre e muito entusiasmado por tentar descobrir de que momento havia sentido, pela primeira vez. Barba o observava sorrindo torcendo para que logo descobrisse.

— Por quê você não olha o bilhete que está no fundo do ursinho?- o sugere, observando atentamente a reação única que ex-sargento está tendo com o ursinho em suas mãos.

— Você está por dentro disso não é, Barba?! - sorri e desfere um olhar suspeito ao promotor.

— Eu? Não, não! - brinca ao desviar seu olhar do que ele estava fazendo, demostrando não ter participado da surpresa.

Mike vira o ursinho levemente de ponta a cabeça e percebe que há uma pequena fenda em sua estampa junto de um velcro, possibilitando a abertura de um bolso acoplado ao objeto. Ele vê que há um pequeno bilhete muito bem dobrado e o abre virando uma imensa carta. Logo, avista um texto gravado carinhosamente pelas próprias letras de Olivia.

— Ei, numero dois! Quero que leia atentamente a essa mensagem sozinho. Vim lhe avisar que estarei aqui para acompanhar o seu caso e ser seu advogado por tempo indeterminado. - revela ao ficar de pé a frente dele.

— Mas, Rafael, fiz questão de dizer lá em NY e aqui que não queria qualquer advogado. Aliás, você é promotor e corre um grande risco! - revela ao deixar que a apreensão seja demonstrada pelo seu semblante.

— Engraçado é, você e a Olivia se preocuparem comigo justamente com as mesmas palavras. Não acredito muito nessa de destino mas acho que foram feitos um para o outro. - ressalta, com o seu jeito Barba de ser.

— A Olivia já te disse que você é um ótimo amigo? - aproveita a ocasião sentimental que está favorável e revela certo sentimento amigável pelo promotor.

— Ela sempre me diz isso! Bem, Mike, nos vemos por esses dias para tratarmos de seu caso. - diz com um ar de despedida.

— Obrigado, Rafael. Não se esqueça de dizer o quanto eu a amo e os três bebês. - lembra e logo se emociona.

— Com absoluta certeza ela ficará sabendo que a ama! Fica bem, Mike. - se despede e logo vai em direção a saída.

A visita de Barba se tornou providencial quanto ao que tinha de notifica-lo. Sobre o ursinho completamente perfumado junto da mensagem - Mike ficava observando atentamente ao papel, levava o brinquedo ao seu nariz e sentia o cheiro suave que continha nele, mantendo seus olhos fechados tentando relembrar em que momento esta fragrância foi marcante. O ex-sargento não resiste a curiosidade e lê ao que Olivia tinha a dizer.

"Michael William Dodds, ou simplesmente meu "número dois". Talvez você fosse apenas mais um ao passar em minha vida. Sim. É verdade! Tive muitos amores e me entreguei intensamente há alguns que não me deram o retorno que precisava. Você chegou pela primeira vez em minha sala, não pude deixar de notar o quão seus olhos verdes me fascinaram ao retratarem tamanha vontade e entusiamo em estar trabalhando ao meu lado. É claro que também notei seu jeito galanteador e vi que estava interessado em mim, só não sabia quais eram suas verdadeiras intenções. Hoje, depois dos meses que passamos juntos, reconheço o quão fui instável emocionalmente e, você, sempre aguardando por uma resposta positiva para que escolhesse viver a minha vida ao seu lado. Mike, vejo que finalmente posso olhar para você e achar um porto seguro que independente de qualquer situação, posso achegar-me e sentir-me protegida. Você me deu dois presentes que jamais poderia imaginar ganhar. Duas vidas. Sangue do nosso sangue. Confesso que nunca me passou pela cabeça começar a gostar até te amar por seu cavalheirismo, amor, força, ternura... Enfim, infinitas qualidades! Neste exato momento seus pacotinhos de amor e fofuras fazem dois meses de vida em meu ventre. Com sua ajuda, espero ser uma ótima mãe para os três. Noah está muito feliz em saber que terá mais companhias para brincar. Quero que se lembre da primeira vez em que fomos jantar juntos e voltamos naquela enxurrada, sem fim. Em frente a porta do meu apartamento, você tirou um fio de cabelo molhado de meu rosto e ali nos olhamos fixamente não compreendendo muito o que ocorria naquele momento que foi mágico em que quase nossos lábios se tocaram. Esse ursinho tem exatamente o perfume que estava usando naquele exato momento. Escolhi que fosse assim. Essa é a maravilhosa lembrança que tenho do dia em que pude sentir que já estava me apaixonando por você! ".

Mike não imaginava que um papel embrulhado cuidadosamente, quando fosse aberto, se transformaria em um turbilhão de emoções. Ele não podia controlar a surpresa que sentia porquê em seus pensamentos, nunca houve resquícios de espera pela possibilidade de Olivia revelar seus verdadeiros sentimentos. Suas lágrimas molhavam a folha e isso demostrava bem o quanto a intensidade do sentimentos por ela estavam bem guardados em seu coração.

Do outro lado negro da força...

Dodds invadiu ferozmente a casa de Ryan. O mesmo não conseguia conter a completa raiva em que o Chefe tinha, já que adentrava ao local o ameaçando sem piedade com uma arma.

— Ryan, o que eu lhe disse sobre me avisar se o Voight te procurasse e fizesse umas perguntas? - indaga com a arma apontada sobre a testa de seu comparsa, com os ânimos exaltados e com o dedo prestes a puxar o gatilho.

— Eu... juro! Chefe, eu... não disse nada! Não disse nada! - gritava em pânico, com suas mãos levantadas se rendendo a Dodds, mantendo seus olhos fechados.

— Você é um perfeito idiota e incompetente. Me dá vontade de te matar aqui e agora! - pressiona o bico da arma na testa do rapaz.

— Chefe, eu faço qualquer coisa, mas não me mate! Sei que fiz muita besteira no passado e quero sair dessa vida errada mas preciso estar vivo para fazer isso... - se ajoelha a frente dele e sob a mira da arma, chorando desesperadamente temendo-o tirar sua vida.

— Se eu descobrir que contou tudo para o Voight ou você e o Fischer estão armando pra mim, eu acabo com vocês! Entendeu? - dá uma pancada no rosto dele com a arma, sem qualquer remorso.

— Tudo... bem... já entendi! - o responde caído ao chão, enquanto limpava o sangue que escorria do local que foi ferido.

— Eu te mato, Ryan. Você sabe muito bem que eu tenho tudo em minhas mãos e posso te ferrar. Voltarei, caso você der na telha de contactar a Inteligência. Sua morte será lenta e dolorosa amigo! - torna a apontar a arma para ele, aproveitando que Ryan ainda estava ao chão e tonto, desfere o chute bem forte no braço do rapaz.

— Dodds, você é um louco! - grita com muita raiva e dor, ainda ao chão completamente machucado.

— Ryan, meu amigo, você ainda não viu nada! - sorri assustadoramente.

Dodds não resiste e dá três tiros seguidos em um dos joelhos de Ryan e sai do local com um semblante tranquilo como se nada tivesse cometido.


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Notas finais do capítulo

Não fiquem com medo de dizer se estão gostando ou não de como a história esta se desenhando. Sejam super sinceros! Os comentários sempre influenciam e dão um up a mais na fic! Desde já, meu muito obrigada!!!



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