Pessoal, estou em dívida com vocês. Fim de ano é terrível na escola, e ainda estou no ensino médio, então já viram né? Por isso não tenho postado. Mas aproveito as brechas - os intervalos entre aulas, antes de dormir e até na sala de espera do salão - pra escrever. Sim, estou escrevendo à mão. Já tenho 26 páginas escritas à mão, a dificuldade mesmo é digitar e postar, que gasta muito tempo. Mas estou muito animada com a fic, e os próximos capítulos estão incríveis, eu juro, vocês não perdem por esperar! Mas por favor, deem uma trégua. A partir do dia 14 estarei de férias, e aí vou escrever e postar muito!
Obrigada, muito mesmo, pelos comentários do último capítulo. Pelo visto, ouviram meu desabafo. Fiquei muito feliz! E por favor, não percam o hábito. Sem mais, vamos à história!

NARRADO A PARTIR DE AGORA EM TERCEIRA PESSOA.

– Kriss, oi! – America disse, surpresa.
– Diga logo, o que está fazendo aqui? – Kriss perguntou, ameaçadora.
– Ah, Kriss. Vou ser franca. Maxon me chamou.
– Te chamou? – perguntou, confusa. – Mas porque?
– Pergunte a ele, não quero arranjar problemas para ele. – America disse e se desvencilhou de Kriss, seguindo seu caminho, ainda segurando a mão de Owen.
Preocupada com a situação, deu banho em Owen e depois tomou banho. Brincou com o filho até que ele adormecesse. Depois tomou um chá, na esperança de se acalmar, e deu certo: meia hora depois, ela já estava apagada.
Acordou no dia seguinte, com o barulho da chuva grossa. Melanie estava sentada em uma cadeira, costurando.
– Bom dia. – America cumprimentou a criada, sonolenta.
– Bom dia. Vou buscar seu café, senhorita. – Melanie saiu do quarto, e America aproveitou para se trocar. Quando Melanie voltou, America tomou seu café da manhã enquanto conversava com a criada. Gostava de conversar com elas, tinham virado ótimas amigas e também conselheiras.
Antes que terminassem de comer, ouviram uma batida na porta. Melanie largou o vestido que costurava, e foi atender. America percebeu que era Maxon, porque o ouviu cumprimentando Melanie, e ele se aproximou de America.
– Bom dia. – ele disse, animado.
– Bom dia. – ela sorriu.
– Podemos dar uma volta?
– Ah...Claro. – ela disse, se levantando. Se despediu de Melanie com um sorriso e com um gesto, como se pedisse para a criada tomar conta de Owen.
Caminharam lado a lado, em silêncio, pelos corredores até chegar ao jardim, quando Maxon finalmente falou:
– Kriss veio falar comigo.
– E o que você disse?
– A verdade – ele deu de ombros. – Que não estou feliz com ela, e é injusto fazer isso com ela e comigo também. – Os dois ficaram em silêncio por algum tempo, mas America sorriu sozinha. – Mas não foi por isso que te chamei.
– Não? – America franziu as sobrancelhas. – Porque então?
Maxon não respondeu: ao invés disso, apontou para um caminho, que levava para dentro do palácio.
– Maxon? – America insistiu, curiosa.
– Calma. – ele deu uma risadinha. – Você vai ver.
Eles andaram um pouco mais, estavam na ala dos empregados. Maxon então abriu uma porta e fez sinal para que entrassem. Ela entrou, e ele logo atrás.
Era uma sala de costura, mas estava vazia. Se sentou em um banquinho, assim como Maxon. Logo depois, viu a porta ser aberta novamente, e levou apenas alguns segundos para notar quem era a dona da cabeleira loura e correr até ela.
– Marlee! – se abraçaram forte.
– Vou deixar vocês conversarem. Por favor, sejam discretas ao sair. – Maxon disse e encostou a porta.
As duas se sentaram, e America já começou a bombardear a amiga com perguntas e também com novidades.
– Calma. – Marlee riu. – Eu estou bem. Carter também. E vocês?
– Bem... Ah, Marlee, tanta coisa aconteceu! Eu, tipo, tenho um filho agora.
– Um filho? – Marlee perguntou, confusa.
E então, America lhe contou tudo sobre a sua história com Ethan.
– Puxa... – Marlee disse, quando America acabou de contar. – Você é mesmo azarada.
– Nem tanto. Agora, eu tenho o Owen.
– Tem razão. E quanto ao Maxon?
– No começo eu não queria vir, sabe? Fui meio que obrigada, ele mandou enviarem uma carta e tudo!
– Não acredito! – Marlee gargalhou. – Ele não tem jeito mesmo.
– Então, eu vim. Mas com ele é diferente, tenho que admitir. Com ele me sinto bem, sabe? Eu gostava do Ethan, mas não se compara ao que Maxon provoca em mim. Acho que nunca vou deixar de amá-lo. – Marlee sorriu, compreensiva.
Deixaram esse assunto de lado, e falaram sobre tudo. Sobre a vida de ambas, Owen, o trabalho de Marlee e até sobre Kriss.
Algum tempo depois, Marlee teve que ir. Seu turno na cozinha iria começar e, infelizmente, não podia faltar.
Se despediram com um abraço forte, afinal não sabiam qual era a próxima vez que iriam se encontrar. E cada uma seguiu seu caminho.
Mas America ficou ainda mais surpresa quando, ao entrar em seu quarto, notou que quem cuidava de Owen não era Melanie, tampouco Louise.
Eram Lucy, Anne e Mary que estavam ali.
Correram para se abraçar, até mesmo Anne, que jamais acharia aquilo “apropriado”.
– Que saudade! – America se sentou na cama, e fez sinal para elas se sentarem também.
– Eu sabia que Maxon não esqueceria a senhorita. – Lucy comentou, sob os olhares de Anne que, apesar disso, não disse nada.
Conversaram por horas. Agora, sem mim no palácio, elas faziam várias coisas. Costuravam e ajudavam um pouco na limpeza, mas sua principal tarefa era andar por aí no palácio, levando pra lá e pra cá as refeições, ou o que quer que a família real e seus convidados precisassem.
Já era noite quando elas foram embora. Owen já dormia, e America também mostrava sinais de cansaço. Usando esse argumento, as criadas foram embora, prometendo passar ali, no quarto de America, sempre que tivessem um tempo livre entre suas tarefas.

E assim, o mês passou. Maxon levava America para um passeio sempre que podia e, em muitos desses passeios, Owen também ia. Não havia acontecido nada entre eles ainda, e o mais perto que chegavam um do outro era quando Maxon ia se despedir, e lhe dava um beijo na bochecha.
Mas America não poderia negar que, de fato, amava Maxon, e amava com todas as suas forças. Tinha combinado de ficar no palácio por um mês, e agora esse mês chegara ao fim. Tinha receio do que estava por vir. Nem ela sabia o que queria, se queria ir ou ficar. Sentia muita saudade da família, mas sabia que sentiria muita falta de Maxon se fosse embora. E também não sabia qual era a vontade de Maxon.
Por causa de tantas dúvidas, resolveu falar sobre isso com ele assim que se encontrassem novamente. Assim, no dia seguinte, quando passeavam pelo jardim, ela se sentou em um banco debaixo de um pessegueiro completamente florido, e fez sinal para que ele se sentasse também. Assim ele fez.
America levou alguns segundos para criar coragem
– Maxon... Você se lembra de quando eu cheguei? – ele fez que sim com a cabeça. – Então, combinamos que eu ficaria aqui por um mês, e já passou um mês. E agora?
– Você quer ficar? Ou quer ir embora?
– Bem, a minha vontade não importa aqui não é? – ela disse, teimosa.
– Claro que importa.
– Não importa não, eu fui praticamente intimada a vir para o palácio.
– Você viria se não fosse assim? – ele perguntou.
– Não. – ela disse e suspirou.
– Então. Por favor, responda.
– Sinto falta da minha família. Mas também não quero perder você. – ela disse, esfregando as mãos, sem graça.
Maxon sorriu.
– Ouça. – ele disse, e ela voltou sua atenção, que estava nas plantas, para seu rosto. – America, você se casaria comigo?
– E a Kriss? – ela perguntou, teimosa como sempre.
– Se eu me divorciasse. Você aceitaria?
– Maxon... Eu não fui feita para a realeza, não nasci para reinar. Apesar disso, não consigo ficar longe de você. Acho que sim, eu aceitaria. – ela concluiu.