– America, você se casaria comigo?
– E a Kriss? – ela perguntou, teimosa como sempre.
– Se eu me divorciasse. Você aceitaria?
– Maxon... Eu não fui feita para a realeza, não nasci para reinar. Apesar disso, não consigo ficar longe de você. Acho que sim, eu aceitaria. – ela concluiu.

Maxon sorriu aliviado.
– Vou me divorciar de Kriss. Você se casa comigo? – ele perguntou, como quem quer confirmar.
– Sim. – ela sorriu. – Eu quero me casar com você, Maxon.
Maxon se aproximou gradativamente de America e, afastando uma mecha de cabelo do seu rosto, colou seus lábios, num beijo tenro e calmo e ambos, nesse momento, voltaram a sentir aquelas “borboletas” no estômago, que não sentiam desde a seleção. Quando faltou ar e eles tiveram que se separar, America o puxou para um abraço. Um abraço reconfortante, ambos estavam aliviados por estarem juntos novamente. Após se soltarem do abraço, America deitou a cabeça sobre o ombro do príncipe, que sussurrou em seu ouvido:
– Eu te amo.
– Eu também te amo. – ela respondeu, no meio de um sorriso.
Ali mesmo, no jardim, ficaram um pouco mais, se beijando, conversando ou apenas se observando, e já não tinham noção do tempo.
Ele, passando os dedos pelos cabelos dela, ela aninhada ao seu peito, sentindo seu perfume e ouvido as batidas do seu coração.
Já não tinham medo de serem vistos ali, juntos. Porque agora, a única coisa que tinha importância eram os dois.
Quando o sol se pôs, America notou que estava tarde, e que era hora de entrar.
– Já ta tarde. – ela disse, brincando com os dedos da mão de Maxon. Notou que a aliança já não estava ali. Não comentou, mas sorriu sozinha.
Maxon não queria entrar, e nem ela, mas assim fizeram. Andaram de mão dadas pelo palácio, e quando chegaram à porta do quarto de America, Maxon disse:
– Volto para jantar com vocês, posso? – ele perguntou, mas já sabia a resposta.
– Claro. – ela sorriu, boba como uma adolescente.
Ele se despediu dela com um beijo. Entrando no quarto, America deu um beijo no filho e correu para procurar algo para vestir. Queria estar pronta quando Maxon chegasse. Observou as roupas que tinha trago, e algumas que as criadas tinham feito. Não queria aparentar que tinha ficado escolhendo cada peça minimamente, apesar de ter feito isso.
Acabou escolhendo uma calça jeans, sapatilhas pretas, uma camiseta branca e por cima, uma jaqueta jeans.
– E então? – Melanie perguntou, enquanto preparava a banheira para que America tomasse banho.
– Acho que vamos nos casar... – America disse, como se fosse pouca coisa.
– Casar? – Melanie perguntou surpresa. – Como assim?
– Bem... Ele vai pedir o divórcio. – ela disse
– Ah, senhorita, isso é incrível! – Melanie disse, realmente muito feliz por America.
– É sim... Mas e se alguma coisa der errado? A Kriss não vai aceitar assim tão fácil.
– É, pode ser. – Melanie disse, agitando a mão dentro da água, para fazer espuma. – Mas quer um conselho? Não fica preocupada, senhorita. Aproveita o tempo que vocês têm, vai ser bem melhor. E no final, a senhorita vai ver, vai dar tudo certo.
– É, tem razão. – America teve que admitir. – Vou tentar parar de pensar nisso.
America entrou na banheira, aproveitando a água morna e a espuma, e isso ajudou-a a relaxar e parar de pensar no que podia acontecer, mas ela não ficou muito tempo ali. Fazia meia hora que tinha se despedido de Maxon, mas já sentia saudades dele. Ao sair da banheira, se secou e se vestiu. Penteou os cabelos e deixou soltos, e passou um pouco de pó no rosto, uma camada de rímel e batom, mas bem discreta. Melanie já tinha ido embora.
Ficou alguns minutos com o filho, até ouvir uma batida na porta. Abriu a porta para ele, e viu que havia uma criada logo atrás dele, com uma bandeja.
Ela entrou e colocou a bandeja sobre a mesa e depois saiu, sorrindo para se despedir de America.
America ficou surpresa quando Maxon destampou a bandeja, revelando três hambúrgueres e bastante batata frita. Ao lado, latas de refrigerante. Maxon percebeu, e disse:
– Resolvi fazer algo diferente.
– Você vai estragar o Owen. – ela cochichou, para que ele não ouvisse.
– Vou nada. – Maxon disse. – Só de vez em quando não faz mal.
– Ta bom. – ela resolveu deixar de lado. – Owen, vem jantar. – ela chamou e o filho veio, largando os brinquedos no chão.
Owen se sentou na cadeira, com a ajuda da “mãe” e comeu o sanduíche devagar, afinal não conseguia dar mordidas muito grandes. Se lambuzou todo com o molho, arrancando risadas de Maxon e America e, naturalmente, não conseguiu comer tudo, e voltou a brincar. Quando Maxon e America terminaram, Maxon foi embora.
– Mas já? – America perguntou, quando ele ia se despedir.
– Já. – ele sorriu, ao ver que ela sentiria a falta dele. – Você e Owen tem que ficar um tempo juntos, também.
– Tem razão. – ela concordou.
– Nos vemos amanhã?
– Claro. – ela sorriu. Ele lhe deu um beijo e partiu.
De volta ao quarto, America chamou Owen para o banho. Ajudou-o com a tarefa e depois ele voltou a brincar, desta vez na cama, espalhando seus brinquedos por cima dela.
– Meu amor. – ela disse, se sentando na cama, ao lado dele. – O que você acha daquele moço? – ela disse, se referindo a Maxon.
– O príncipe? – ele perguntou e ela assentiu. – Eu gosto dele.
– O nome dele é Maxon, sabia? – America tentava chamar a atenção do garoto, que estava concentrado em seus brinquedos. – Você pode chamar ele de tio, se quiser.
– Ta bom. – ele disse, sem largar o carrinho.
– Ei, o que você acha de ir brincar com ele no jardim amanhã? Vocês podem jogar bola.
– Você também vai, mamãe? – ele perguntou, embolado.
– Sim, meu amor. Mas você sabe que a mamãe não sabe jogar, né?
– Ele te ensina então. – Owen disse, e America riu. – E o Dylan?
– O que tem ele? – America perguntou, sem entender o que o filho queria dizer.
– Ele também vai?
– Se você quiser, podemos chamar. – America respondeu.
– Tá bom. – Owen respondeu. America afagou o cabelo do menino, e o deixou brincar em paz por pouco mais de uma hora, quando foram dormir. Dormiu com um sorriso no rosto, e Maxon também.