Deadly Revenge escrita por autorasantiis


Capítulo 4
Liar




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O silêncio dominava todo aquele quarteirão, era uma noite atípica naquele lugar em si, já que era dia 31 de outubro e supostamente as crianças deveriam estar pedindo doces ou fazendo travessuras na rua, mas não naquele ano. A morte de Diana havia sido uma tragedia para a comunidade, então ninguém se sentia à vontade para festejar, depois do enterro da garota. De qualquer forma, os pais também não se sentiam seguros em deixar seus filhos na rua com um potencial assassino ainda solto.

Por isso a loira estava deitada sobre o sofá, assistindo um filme qualquer de terror, esse que ela nem ao menos prestava atenção, para ela seu celular estava mais interessante.

A luz do lado de fora começou a piscar e aquilo começou a atrapalhar a visão dela. Por isso ela se levantou e foi até a varanda, dando uma tapa no pequeno lustre, fazendo a luz normalizar, bem, aquela era uma forma peculiar de consertar uma lâmpada com mal contato.

Seu celular tocou, fazendo-a se assustar com o toque, já que aquele lugar era ocupado pelo mais genuíno silêncio. Ao não reconhecer o número na chamada, ela apenas recusou e decidiu apagar a luz da varanda, lembraria de avisar a sua mãe de que precisariam trocar.

Ela voltou para o sofá e se largou lá, dessa vez prestando atenção no filme. Mas novamente a luz lá de fora a distraiu, quando se acendeu, tirando seu foco da TV e colocando do lado de fora.

— Que droga – ela resmunga se levantando, mas seu celular tocando a fez olhar para o sofá, duas novas mensagens haviam chegado.

Ela pegou o celular e abriu o aplicativo, vendo um número desconhecido.

— Palhaçada – ela resmunga ao mirar as mensagens.

@Steph: isso não tem graça Bruno!!!

@desconhecido: não falamos do Bruno.

@Steph: legal, citações de um filme da Disney, bela forma de ser um idiota completo.

@desconhecido: atenda.

Novamente seu telefone tocou e ela rejeitou a chamada mais uma vez.

@Steph: minha mãe disse para eu não falar com estranhos ��.

@desconhecido: não somos estranhos Steph, somos velhos amigos.

@Steph: eu sabia que era você Bruno.

@desconhecido: ainda não falamos do Bruno, tente novamente mais tarde.

@Steph: você tá me enchendo, cansei disso.

@Steph: vou te bloquear.

Stephanie realmente bloqueou o número, e largou o celular, indo até o maldito interruptor para desligar a luz, mas ela parou no meio do caminho, quando viu escrito Mentirosa, em letras grandes e de vermelho, acima do interruptor.

Ela engoliu em seco, olhando de um lado para o outro, começando a sentir o pavor crescer em seu interior.

— Sabe o que acontece com pessoas que guardam segredos? – ela ouve a voz e se vira rapidamente, arregalando os olhos ao ver aquela figura em sua frente, ela conhecia aquele rosto – elas morrem – o sorriso de escárnio foi a última coisa que Steph viu, antes da faca voar em sua direção, cravando em sua garganta, a fazendo engasgar no próprio sangue.

A pessoa dá de ombros e deixa o local para trás, com Steph ainda tendo espasmos, tentando sobreviver. Com a mão suja de seu próprio sangue, ela escreveu apenas uma palavra na parede, a palavra que talvez desse aos seus amigos uma pista de quem era o maldito assassino.

Sasha havia acabado de ligar a televisão quando a repórter começou a falar.

“Hoje nossa cidade amanhece com uma notícia trágica. A jovem de 25 anos, chamada Stephanie Iglesias foi encontra morta em sua casa...”

Sasha parou de ouvir a partir daquele momento, sua mente girava e seu estômago revirava, nem os chamados insistentes de sua mãe ela conseguia ouvir, sua atenção estava presa na televisão, onde a imagem da parede da casa de Stephanie marcava com sangue a palavra mentirosa em cima e em baixo, a palavra morta.

O que aquilo significava? Ela sabia que era a letra de Stephanie, mas porque ela havia escrito aquilo? Seu celular vibrou e ela olhou para a tela, vendo a mensagem do seu stalker.

“Já contei como ela fica linda engasgando no próprio sangue? Que morra em paz vadia – Forever, Your Red Devil”.

Sem responder à mensagem ou os chamados de sua mãe, Sasha saiu de casa, caminhando sem rumo pela rua, sua mente estava conturbada e a buzina do carro foi o que trouxe a atenção dela de volta ao mundo real. Ela olhou para o motorista e respirou fundo.

— A Steph...

— Eu sei, ela tá morta, estão todos na casa da Violette – Alyxs diz e ela apenas assente, adentrando o carro.

— O que acha que significa a palavra morta? – Sasha pergunta confusa.

— Sei lá, que ela está morta? – Alyxs dá de ombros – não parei pra pensar nisso – ela suspira – aliás, não pensei em nada desde que vi a notícia, só peguei o carro e sai.

— Precisamos descobrir quem ele é Aly, ou não sobrará nenhum de nós para contar história.

— Eu não vou morrer, e nem você vai, então vamos nos concentrar e nos reunir hoje à noite, precisamos descobrir alguma pista.

Elas seguiram para a casa de Violette, seus amigos pareciam nervosos demais. Quase não falaram muito, apenas se deram apoio, ninguém tocou no assunto da morte ou da mensagem na parede.

Mas quando todos foram embora, e ficaram apenas Alyxs, Sasha e Katrina, na casa de Violette, elas trataram de pensar.

— Eu pensei em uma coisa – Katrina diz receosa, atraindo a atenção de suas amigas – Stephanie é a segunda de nós que morre, Diana morreu com a palavra vadia e Stephanie mentirosa, ele está nos punindo.

— Cometemos erros Kat, mas não tem como ele saber dos nossos segredos – Violette nega.

— Ah não ser que seja um dos nossos, alguém que consegue se camuflar, alguém que tenhamos toda facilidade em contar tudo – Alyxs para com o olhar fixo – eu preciso conferir uma coisa, vejo vocês depois.

Ela sai às pressas, deixando as outras três lá.

— Acha que temos chance contra ele? – Violette pergunta temerosa.

— Eu só sei que se não descobrirmos quem ele é, estamos fritas – Katrina nega.


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