I am the Target escrita por Hawtrey, KCWatson


Capítulo 9
Senhora Holmes - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo: OIE SEUS LINDO E LINDAS. E oi fantasmas u.u
Voltamos e bem rapido, não? =D Ficamos super felizes porque seguiram o exemplo da maravilho Kia Araujo e mandaram mais DUAS RECOMENDAÇÕES!!! Uma da Tsubasa Watson (que nos acompanha desde o inicio! E foi a primeira a comentar na fic!) E outra da Luara (que sempre tá por aqui também e a quem estamos devendo um presente!).

Então só temos a agradecer a vocês três gente. Muito, muito obrigada mesmo por recomendarem e aqui está o capitulo que prometemos!

EI LEIA AQUI TAMBÉM: A história dessa capítulo é seguinte. Ficamos em dúvida sobre quem ia fazer e o que iamos fazer nele exatamente, então decidimos fazer juntas u.u e literalmente ao mesmo tempo u.u Conversamos, decidimos e cada uma ia fazendo um trecho que surgia e... até que ficou legal hein =D Só que ficou um pouquinho grande DEMAIS. Então dividimos em dois! Aqui vamos apresentar personagens novo e uma NOVA situação na vida da Joan. Pode não parecer, mas esse capítulo (e o proximo!) vai ser essencial lá na frente, tanto é que foi escrevendo ele que já pensamos no resto da fic e até no final!
=D
Boa leitura!



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— Nunca!

Joan revirou os olhos. Já estava cansada de ouvir aquela única palavra saindo da boca de Sherlock com tanta determinação e irritação. Desceu as escadas, igualmente irritada, enquanto o seguia para a cozinha. Já estavam brigando a pelo menos três dias pelo mesmo assunto e ela ainda não conseguira um jeito de sair sem deixa-lo ainda mais furioso.

— Você é a pessoa mais racional que eu conheço Sherlock! Como não consegue ver que essa é uma solução aceitável?

— Acha que ir embora é uma solução aceitável? — ele questionou gesticulando de modo irritado — Para mim é mais uma solução que te mataria.

— Eu sei me cuidar e o objetivo aqui é deixar você vivo.

— Eu? Pensei que o Capitão e o detetive Bell também estavam na sua lista de salvamento.

— Eles são policiais, sabem se cuidar sozinhos melhor do que nós dois juntos!

Sherlock lançou um olhar impaciente a ela e se voltou para a mesa onde estava os muitos papeis do caso:

— Isso é muito improvável. Até você pode se sair melhor que qualquer um da policia em uma luta, Watson.

— Não estamos falando em luta e sim em veneno! Eu posso fazer um acordo com Holloway — Joan insistiu — Algo que acabe com os venenos.

— O único acordo que ele possivelmente vai aceitar é qualquer um que dê a ele uma chance de matar você! Então não, não vou deixar você ir embora!

— Eu não estou pedindo sua permissão. Foi apenas um comunicado — ela retorquiu com as mãos na cintura.

Sherlock ergueu a cabeça em um movimento rápido, deixando a raiva transparecer em sua expressão.

— Não queira ser uma heroína Watson, tudo o que vai conseguir com isso é perder a vida da pior forma possível.

— Eu só quero manter você em segurança!

Ele rosnou e afastou os objetos sobre a mesa com violência, jogando-os no chão.

— E quanto a sua segurança? — gritou exaltado — Como acha que vou me sentir se algo acontecer a você?

— E como você acha que é comigo? — Joan revidou no mesmo tom — Como acha que vou ficar se algo acontecer a você Sherlock? Você tem muitas maneiras de lidar com seus sentimentos, mas eu só tenho uma: sentindo eles. Você prefere ignorá-los e se fechar como sempre faz!

— Do que está reclamando Watson? Entre todos você é a pessoa mais próxima que eu tenho e a que mais me conhece!

— E olhe só? Ainda preciso forçar você a falar inúmeras coisas para mim porque você insiste em me esconder metade da sua vida!

— Quer falar sobre esconder as coisas? — Sherlock perguntou sarcástico — Muito bem. Comece me dizendo o motivo de nunca ter me contado sobre Holloway.

Joan revirou os olhos e respondeu:

— Foi há muito tempo. Não vi motivo para falar assim como você não viu motivo para falar sobre Irene até quase ser obrigado.

— Não estou falando sobre o relacionamento de vocês e sim sobre você ter ido sozinha até àquela livraria para se encontrar com ele.

— Eu não queria envolver mais ninguém nisso!

Sherlock bateu os punhos na mesa com força:

— E quase morreu por isso!

Joan respirou fundo, sentindo as mãos tremerem levemente. Ainda não estava totalmente livre da fraqueza que ainda a rondava como um mosquito irritante e ela já tinha se irritado demais para uma única manhã.

— Irene tem razão — Sherlock disse ainda com raiva — Não posso confiar em seus sentimentos. São imaturos, teimosos, imprevisíveis e provavelmente vão te matar.

Ela paralisou e o fitou descrente.

— O que foi que disse?

Sentiu o ciúme queimar em algum lugar do seu coração, mas a raiva estava sendo mais forte. Então além dele ainda estar se correspondendo com ela, ainda acreditava em suas palavras.

Sherlock pareceu notar que algo estava errado e ergueu os olhos para encontrar uma Joan rubra de raiva e com os olhos brilhando, beirando ao descontrole.

— Sim, ainda troco cartas com ela se é o que quer saber — ele afirmou inexpressivo — E acho que ela tem razão sobre você.

Joan ergueu as mãos discretamente só para confirmar que estava tremendo ainda mais e respirou fundo, fechando os olhos. Calma, não é nada demais. Repetia para si mesma. Ele só está acreditando nas palavras daquela loira maldita sobre não confiar em você. E ele tem o direito de escolher em quem confiar, não é?

— Tudo bem?

Abriu os olhos e deixou as mãos caírem ao lado do corpo. Aquela foi a gota d’agua.

— Se eu estou bem? — rosnou entre dentes. Então sem pensar duas vezes pegou o primeiro livro que viu na estante e jogou nele, acertando-o em cheio no peito — É claro que estou bem! Você diz que sou a pessoa mais próxima que tem e depois fala que não devia confiar em mim porque foi o que aquela vagabunda disse? Estou muito bem!

Sherlock arregalou os olhos, completamente surpreso. Todos sabiam que Joan raramente perdia o controle e era mais raro ainda que xingasse alguém daquela forma. Ele nem se preocupou com a dor que o livro lhe causou, apenas tentou remediar a situação.

— Não falei só para repetir as palavras dela. E falei apenas dos seus sentimentos, não de você.

— E o que eu deveria fazer? Enterrar meus sentimentos só porque você não confia neles? — Joan gritou, dessa vez lançando algum artefato que se quebrou bem próximo a ele. Próximo demais.

— Controle-se Watson!

— O que mais ela disse que você concorda? — questionou fingindo pensar antes de jogar mais um artefato — Ah sim! Imatura e teimosa!

— Seus sentimentos!

— Não eu, claro! Por que há uma enorme diferença!

Sherlock rosnou de raiva e se aproximou dela em largos passos, segurando seu pulso com força antes que ela pegasse mais um objeto.

— Será que dá pra parar de ser tão infantil Watson? Não é só porque concordo com as palavras de Irene que você ganha o direito de destruir meus objetos — disse em tom letal — Essa é minha casa e você acaba de tentar quebrar objetos valiosos na minha cabeça, ainda acha que estou errado em aceitar seus sentimentos como imaturos? Olhe ao seu redor, olhe para você. Exaltada, descontrolada e omitindo fatos. Estamos tentando pegar um assassino Watson e se encontrar com ele às escondidas não vai ajudar ninguém. Por esse e outros motivos eu decidi pedir o seu afastamento do caso.

— O quê? — ela questionou arregalando os olhos, nem se importando mais com a dor que ele estava causando em seu braço — Não pode fazer isso!

— Eu já fiz e tenho quase certeza que o Capitão Gregson vai concordar.

— Mas ele quer a mim e só eu o conheço bem.

— Isso só nos mostra que é a decisão certa. Não precisamos de você no radar dele, não mais do que já está.

Subitamente ele a soltou e ela se permitiu respirar, seu pulso latejava, mas Joan só conseguia perceber que agora Sherlock passava por ela e pegava suas chaves.

— Onde vai? — conseguiu perguntar.

— Trabalhar — ele respondeu vagamente — E você vai ficar em casa.

— Não pode me forçar a deixar o trabalho — Joan insistiu ainda sem se mover.

— Na verdade eu posso, já que você trabalha pra mim.

Assim que a porta se fechou ela se controlou para não colocar a casa abaixo. Nunca foi assim, descontrolada e impulsiva, mas de muitas semanas até aquele momento, aquelas duas palavras estavam sendo perfeitas para caracterizá-la.

Algo estava errado, tinha certeza disso. Desde o momento em que disse a Sherlock que a distância seria o melhor para todos, a convivência com ele se tornou insuportável. É claro que Sherlock já estava com um comportamento estranho há mais tempo, antes mesmo de ela ir parar no hospital por causa do pequeno experimento venenoso de Holloway já notava o distanciamento dele, a barreira que ele estava construindo. Naquela época Joan não deu muita atenção e com tudo o que aconteceu, acabou esquecendo.

Mas agora tudo voltava e se amontoava em sua mente com rapidez.

As cartas de Moriarty eram a maior prova disso. Com tanta coisa acontecendo Joan deixou de prestar atenção nos pequenos detalhes, devia ter notado que Sherlock estava escondendo algo quando ele simplesmente parou de comentar certos assuntos e se afastava para atender qualquer ligação, até mesmo por ele ficar horas a mais no quarto em que mal dormia.

Mas isso agora era passado. Os três dias que pediu ao Departamento de Polícia acabavam hoje e antes que ela pudesse fazer algo Sherlock já havia pedido o seu afastamento do caso, afastamento que o Capitão Gregson provavelmente irá autorizar. Só que Joan não ia ficar parada, de forma alguma, e se Sherlock podia bancar o bipolar arrogante depois daquele beijo ela também poderia.

Seu coração falhou uma batida quando escutou o toque do celular, imediatamente lembrou de Holloway quando encarou o numero desconhecido.

— Alô?

Senhorita Watson? — chamou uma voz profissional do outro lado.

— Sim?

O senhor Holmes gostaria de ter uma reunião com você em uma hora.

— Senhor Holmes? — questionou confusa.

Sim, senhor Morland Holmes.

***

Seus passos eram apressados sobre o mármore frio, rápidos, e mesmo assim ainda sentia que estava atrasada, ainda achava que estava sendo lenta demais para o bem de sua curiosidade.

E a curiosidade estava sendo bem maior que a raiva agora. Era a primeira vez que o encontraria e ainda não tinha decidido como se sentiria com isso. Como Sherlock se sentiria?

— Com licença, vim falar com o senhor Holmes — avisou tentando manter um olhar firme para a secretária.

A mulher apenas acenou e pediu que a seguisse. Novamente tentou ignorar todo o luxo do prédio e a enorme quantidade de seguranças a cada corredor que atravessava. Afinal, estava indo se encontrar com um dos homens mais ricos e poderosos do mundo, nada daquilo devia surpreendê-la.

— Senhor Holmes, a senhorita Watson está aqui — a secretária anunciou.

Joan acordou do transe e atravessou a porta dupla da sala em passos lentos. Um homem já de idade, alto, de cabelos escuros e olhos azuis a fitava com atenção. Podia ver a semelhança entre e Sherlock, porém Morland Holmes era infinitamente mais intimidador que seu filho.

— Senhor Holmes — saudou no tom mais neutro que conseguiu.

A verdade é que se lembrou de tudo o que Sherlock havia falado sobre ele, todas as coisas eram ruins, obviamente, o parceiro praticamente comparou o pai com o próprio Satanás e ali, finalmente diante do homem estava começando a pensar em concordar com Sherlock.

— Senhorita Watson, finalmente tive o prazer de conhecê-la — Morland respondeu mostrando sua voz rouca — Sente-se. Aceita uma bebida?

— Não, obrigada — ela recusou enquanto se sentava — Quando chegou em Nova York?

— Há quase um mês.

A mente de Joan entrou em alerta. Sherlock tinha escondido até a chegada do pai?

— E o que veio fazer aqui?

— Visitar Sherlock, é claro — Morland respondeu diretamente — Oferecer uma ajuda que ele imediatamente recusou.

Joan engoliu em seco. Sim, Sherlock tinha escondido aquele fato dela, mas por quê?

— Ele não contou nada a você?

Ela negou vagamente. Ainda tentava pensar em um motivo para tudo isso.

— Notei que não estão... em um momento muito bom — Morland comentou com cautela.

O tom a fez erguer os olhos e fita-lo com questionamento:

— Como notou isso?

— Eu vejo em seu corpo um sinal do descontrole dele — ele respondeu lançando um olhar rápido para o pulso desprotegido dela — Não o culpe, é um mal que todo homem da família Holmes tem que aprender a controlar.

Joan rapidamente puxou a manga de sua blusa, tentando esconder as marcas e murmurou:

— Eu não o culpo.

O silêncio se sobrepôs. Estava nítido que Morland se sentia desconfortável com a situação, talvez lembrando de um passado distante que não poderia mais ser alterado. Mas Joan estava mais preocupada com o que estava fazendo sem pensar. Sherlock estava estranho sim, mas sempre tinha um motivo para isso acontecer e dessa vez ela nem sequer perguntou. E se fosse uma recaída vindo? Se ele estivesse sofrendo de algum modo?

— Preciso da sua ajuda Joan — ele pediu subitamente.

Ela se empertigou. Se um homem com ele precisava de sua ajuda então só podia ser algo grande ou ele deveria estar muito desesperado.

— Como eu posso ajudar?

— Acredito que conhece meu trabalho e meus métodos. Sherlock deve ter sido bem claro sobre isso — Morland começou sem rodeios — E como já deve imaginar, acabo ganhando muitos... inimigos.

Joan fechou os olhos, sentindo algo afundar em seu peito. Já tinha entendido tudo.

— Alguém está ameaçando Sherlock.

— Exatamente.

Quando voltou a fita-lo ele já estava sentado atrás de sua mesa, servindo-se de uma bebida cara. Ela olhou ao redor tentando colocar os pensamentos no lugar. Analisou os detalhes da sala bem estruturada e decorada, o armário de bebidas que com certeza custavam muito mais que antiga casa, será que aquela garrafa era feita de diamantes verdadeiros? Bom, pelo ela sabia que o terno de Morland custava mais que seu salário de um ano.

— Por que simplesmente... não cuida dele? — perguntou de modo sugestivo.

Vamos! Você já deve ter feito pior!

Estava claro que Morland sabia do que estava sendo proposto, então Joan se surpreendeu ao ver a negação nos olhos dele.

— Eu entendo seu questionamento e admito que faria qualquer coisa pela segurança do meu filho — ele revelou sincero — O único problema é que ainda não sei quem é o autor das ameaças.

— Não sabe? — surpreendeu-se Joan — Então como tem certeza sobre a veracidade delas?

— Duas pessoas morreram depois de me darem o recado. Eu não acho que estejam brincando.

Ela se levantou e começou a andar de um lado para o outro na sala espaçosa. Sua mente começando a trabalhar.

— Eles pediram algo em troca? Algum acordo?

— Não há acordos, Joan — Morland garantiu sério — Eles só querem Sherlock.

— E como eu posso ajudar? — questionou tentando não abrir as portas para o desespero.

— Sem dúvidas se trata de alguém do mundo dos negócios e eu sou capaz de acabar com tudo isso se souber quem realmente é — ele respondeu afastando sua bebida — Eu sou um bom investigador, mas preciso do melhor.

— E Sherlock não aceitaria sem criar uma confusão antes — ela completou sem dificuldade.

— Eu sei que Sherlock ensinou tudo a você e muito bem, apenas me acompanhe em todo evento possível e descubra um mentiroso que seria capaz matar meu filho.

Joan compreendeu. Só precisava de alguém para encontrar a pessoa que estava ameaçando Sherlock e ninguém era melhor do que a própria parceira, aquela que arriscaria a vida por ele.

— Não acha que ele vai desconfiar de nossa súbita aproximação?

— Para todos os olhos você apenas vai estar no mesmo evento que eu. É claro que Sherlock logo vai procurar uma resposta, mas se você tomar cuidado em não ser seguida por ele...

Ela respirou fundo, aceitando os riscos e a raiva que aquilo tudo poderia criar.

— Ele também pode suspeitar das muitas horas que passará fora — Morland completou em tom profissional — Mas nisso você pode culpar seu perseguidor.

Holloway!

— Eu preciso continuar procurando por ele — ela argumentou.

— Até onde sei, Sherlock já pediu o seu afastamento do caso. Então você quer continuar sozinha... — ele concluiu quase indiferente — Que mal fará um acordo? Você investiga a origem das ameaças e eu ajudo com Holloway. Até pago um preço a você.

Joan negou imediatamente.

— Eu recuso o seu dinheiro e acho melhor não se meter no caso de-

— Eu insisto Joan — ele a interrompeu — Vai fazer eu me sentir melhor quando Sherlock descobrir tudo e me acusar de jogar você para a morte.

Ela suspirou, vendo-se em um beco sem saída. Ainda achava que só se sentiria pior envolvendo mais alguém naquela situação, principalmente esse alguém sendo o mais velho dos Holmes. Mas Sherlock com certeza havia herdado a insistência e a teimosa do pai, e não queria passar o resto do dia naquilo.

— Tudo bem. Mas é bom tomar cuidado com tudo o que ingere.

Morland sorriu suavemente e respondeu:

— Eu sei me cuidar — então ele retirou uma chave da gaveta de sua mesa e entregou a ela — Essa chave é de um apartamento no centro, lá vai encontrar um dos meus informantes e roupas de gala. Sempre que surgir algo, eu ligarei.

— Só espero não falhar dessa vez.

***

Não deu tempo de comer, mal deu para respirar. Ela saiu de casa com o intuito de ouvir Morland Holmes e depois começar suas buscas por algo de Holloway. No entanto, saiu daquele prédio enorme com uma nova missão: descobrir quem estava ameaçando a vida de Sherlock. O pai dele havia insistido que ajudaria com Holloway, então hoje ela daria o seu último passo direto para conseguir pegar o assassino maluco. Morland tinha lhe dado uma ajuda que até o momento lhe parecia um tanto quanto vaga: um envelope que ela ainda não poderia abrir e uma ordem para ir para casa deixar o carro e esperar um de seus motoristas.

E foi o que ela fez, com muito custo.

Já se passava das duas da tarde quando finalmente chegara ao Sobrado, rezando para que Sherlock não estivesse em casa desde o momento em que virara a esquina. Felizmente ele não estava e para sua sorte o motorista apareceu cerca de dez minutos depois.

O caminho foi silencioso. Em nenhum momento foi informada para onde estava indo ou o que faria, contava apenas com a frágil confiança em Morland e na pequena esperança de que nada de ruim aconteceria no caminho. Quando o carro finalmente parou e ela se permitiu descer, respirou aliviada. Estava diante de um hotel luxuoso no centro de Nova York, com certeza era ali que ficava o apartamento que Morland comentara.

— Senhora Holmes?

Conteve uma exclamação de raiva e um olhar repressor ao porteiro, por que todos insistiam em lhe chamar assim?

— O senhor Holmes avisou sobre sua chegada. Por favor, passe na recepção, eu vou pedir que cuidem das suas malas.

Malas? Que malas?

Ela se virou confusa para o homem, pronta para negar a posse de malas, mas ele já estava ajudando o motorista a retirar as malas do carro. Engoliu suas perguntas, isso era mais uma surpresa de Morland Holmes. Suspirou e foi até a recepção onde recebeu o número do quarto e uma pasta de arquivos.

Assim que a porta do apartamento se abriu ela ofegou, absorvendo cada detalhe maravilhosamente caro do lugar. Tentou ao máximo fazer sua mente ignorar tudo aquilo, não era dela, era apenas um lugar de emergência e ponto de encontro. Mas tinha que admitir que as janelas de vidro e a paisagem que lhe era apresentada não ajudava muito.

— Senhora Holmes! Boa tarde, é um prazer conhecê-la — um homem habilmente uniformizado de terno e gravata saudou com um sorriso de iluminar qualquer lugar.

Mas quando é que deixariam de tratá-la como uma Holmes?

— Na verdade meu nome é-

— Não — o homem a interrompeu e insistiu de modo sugestivo — Aqui você é somente a senhora Holmes, certo?

— Certo... — concordou incerta — E você é?

— Joshua — ele respondeu curtamente.

— Okay... Joshua. O que estou fazendo aqui?

— Você está aqui porque precisa se encontrar com um aliado do senhor Holmes hoje à noite — Joshua revelou ainda sorrindo — E precisa estar preparada.

— Preparada como?

— Só saberemos quando abrir o envelope.

Joan ergueu o envelope em sua mão e jogou a pasta de arquivos no sofá.

— A resposta está aqui?

Com o aceno de concordância do informante ela rasgou o envelope e fitou com curiosidade a única linha escrita no papel.

“50 St. Gansevoort, no Meatpacking, Nova York. The Griffin.”

Sua mente se acendeu em alerta. Não fazia ideia de onde exatamente ficava Meatpacking, mas com certeza lembrava do nome The Griffin. Emily sempre quis arrastá-la para lá.

Oh merda...


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Notas finais do capítulo

Então o que vocês acharam? Qualquer erro... somos cegas! Porque relemos tudo!
Enfim, comentem o que acharam.
AVISO: O proximo capitulo já está pronto, quanto mais rapido comentarem, mais rapido ele vai chegar! E VOCÊS FANTASMAS... TÔ DE OLHO EM VOCÊS HEIN! o.o



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