O sol desliza pelas frestas da cortina e bate em meu rosto, o som infernal me faz acordar a sustos.

–Sakura acorda! Você tem aula. –Gritou Aquela voz assombrosa ecoa sobre a minha mente.

“o pesadelo começou.” –Pensei.

Peguei o uniforme que por sorte era somente a blusa branca com o brasão do colégio, visto uma calça jeans preta amassada e um pouco suja de liquid paper e o meu costumeiro casaco preto. Minha barriga produz sons que chegam a fazê-la doer e se sentir extremamente oca e vazia.

Rezo enquanto desço cada degrau das escadas que ligam a o primeiro andar. O que adianta? Parece que Deus esta ocupado demais com os problemas dos outros para atender os meus.

Que a dor passasse, era só isso que eu queria.

***

–Huum...ela vai comer. –Ela analisou, vendo-me pegar uma maçã na fruteira.

–Katsu já saiu? –Perguntei.

–Sim, e vai chegar tarde por causa do trabalho.

–Entendo. –Falei mais para mim mesma.

Katsu trabalhava depois da escola como entregador, minha mãe foi contra no inicio. Ela não queria ver o filhinho por as mãos no pesado. Mais meu pai o defendeu e o permitiu trabalhar, com o tempo ela deixou de pegar no pé dele para lagar o trampo. E se bem que foi totalmente inútil.

***

Sai de casa rápido, comi a pequena maçã com desdém e joguei boa parte dela fora. Já podia avistar os portões cinza do colégio formado por uma das impressas mais famosas da cidade, Akatsuki Foundation.

Assim que pisei meu pé esquerdo naquela fundação cheia de patricinhas e mauricinhos, já podia ouvir cochichos nada sorrateiros e palavras de mau gosto direcionadas para mim.

–Ora, ora, ora...se não é a tal coisa rosa. –Disse em rimas, a ruiva Uzumaki.

–Não começa Karin. –Disse evasiva .

–Aonde vai? –Ela andava lado a lado comigo, acompanhando os meus passos. –Vem comigo.

–Não! –Bradei. –Eu não vou a lugar algum. –Apertei ainda mais o passo e deu a isso, um puxão forte sobre o meu braço coberto pelo casaco. –Ah. –Gemi baixinho.

–Você perdeu a noção de perigo chiclete? –Ela disse serrando os dentes. –Você não tem opção, e se fizer malcriação te garanto que vai ser pior...bem pior entendeu?! -Disse assombrosa, abaixei o olhar para os meus pés, cobertos por um all star preto surrado e fodido. –É assim que eu gosto.

Voltamos a andar em direção ao banheiro, e adivinha?

As duas repetentes mais famosas do colégio estavam lá. –Tayuya e Kin. –Na frente do espelho Shion arrumava seus cílios os deixando super alongados e ao seu lado arrumando o cabelo bagunçado estava Matsuri.

–Huum...vejo que trouxe a diversão consigo Karin. –Disse Shion.

–Ela precisa se um trato. –Disse Matsuri.

–Talvez se diminuir esse cabelo veio e grande, ajudasse um pouco. –Falou Tayuya.

–Acho que nem isso mais vale a pena tentar. –Disse Kin.

–Espera! -Tive a primeira audácia a falar naquele cômodo pequeno. –O que vocês vão fazer comigo ?

–Você não faz perguntas aqui. –Disse Karin. –Matsuri e Kin a segure, ela esta precisando mesmo de um trato. –As duas seguraram os meus braços, tentei me soltar mais elas eram mais fortes em porte físico.

–Que cabelo feio e sem graça, precisa de um corte não é Shion?

–Aham, isso aí ta um horror. –Ela pegou a blusa de ginástica, a dobrou. –Morde, Morde porra. –Não iria o fazer, mas Matsuri e Kin apertaram as minha feridas até gemer de dor ao sentir o sangue escorrendo sobre o meu braço, nessa oportunidade ela pois a blusa em minha boca a prendendo com três nós atrás da minha orelha. Tentava gritar mais o som da minha garganta não era emitido.

–Toma Karin. –Ela estendeu uma tesoura e aos poucos o chão foi coberto por fios rosa, fios e fios se enroscando até ouvi um baque na porta.

–O que significa isso?! Perguntou rispidamente o inspetor Kabuto.

–Ka-kabuto... –Bradaram com medo em coro.

–Pra sala do diretor, AGORA! –Gritou. –Sakura...deixa eu te ajudar. –Ele desamarrou a camisa de trás da minha orelha, levantou-me do chão , aponta dos meus dedos sangrava pelo escorrimento dos cortes.

–Por favor...deixe-me sozinha. –Pedi.

–Esta bem, quando terminar aí vá diretamente na sala do diretor.

–Sim senhor. –Disse respeitosa.

Levantei as mangas do casaco, a bandagem no aguentou os apertos daquelas vadias. água fria fazia arder os ferimentos. Olho o meu reflexo com raiva, mais raiva que o normal. Cabelos mal cortados com um lado maior e o outro menor, raiva...oh sim era isso o o que os meus olhos transmitiam. Meu rosto estava avermelhado, as cenas anteriores me vieram a mente.

Eu implorei abafadamente a minutos atrás para que parecem... mais não elas precisavam se sentir bem as minhas custas. Isso não vai ficar assim, pela primeira vez na minha vida eu vou revidar, Ah Karin... você não sabe do que sou capaz. –Limpei com avidez as lagrimas que ali escorreram. –Chega de chorar.

***

Eu podia ouvir do corredor da diretoria o Senhor Jiraya bravar.

–O que vocês fizeram é extremamente grave! –Disse o diretor.

–Com licença... –Disse entrando na sala.

–Concedida Sakura. –Disse ele olhando o meu rosto inchado e cabelo mal cortado. –Como vocês se sentem bem com o que fizeram? Isso foi desumano.

–Sorte da professora Kurenai ter notado a falta de algumas alunas. –Disse Kabuto. –E que fui procura-las e cheguei antes da situação se agravar ainda mais.

–Olha garotas...vocês passaram do limite. – Disse com a sua paciência a ponto de ir pro brejo. –Mais...eu vou ter consideração com seus pais. –há claro se meus pai trabalhasse na empresa Akatsuki como o pai de Karin. –Vocês ficam suspensas...mais eu quero ouvir um pedido de desculpas a Sakura.

Karin sorriu debochada. –Eu vou falar por todas nós...Desculpe Sakura, isso não vai mais acontecer.

–Ótimo... –Disse Jiraya. –Voltem para a aula de Kurenai, agradeçam-me por deixa-las assistir pelo menos a aula de hoje, vão! ...Sakura você fica . –Disse a voz rouca e velha. –Preciso falar com você.

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