O ar lúgebre tomou conta do corpo de James.

Nada o agradava, nem mesmo cartas de Sirius. Tudo, até mesmo o mais simples detalhe, poderia irritá-lo. Então ele soca a parede ou abafa um berro mordendo sua mão. Ou simplesmente briga com Lílian. E ambos berram e gritam xingamentos sem nenhum fundamento ou profundidade pela casa semelhante a uma cela.

Nada acalmava Lílian. Nem mesmo os remédios. Logo ela, sempre tão paciente e calma, uma pilha de nervos. Um vento mais forte ou uma gota de chuva mais agressiva era capaz de fazê-la ter uma taquicardia instantânea. Corria em direção de seu bebê e o pegava. Perdera a conta de quantas vezes os três se esconderam no banheiro do segundo andar, apavorados com os barulhos da casa antiga.

Os olhos se encontram, uma aflita mistura de pavor e angustia. Harry se balança entre os pais, temeroso pelo clima sobrecarregado. James olha a porta, reunindo o que lhe sobra de coragem. Se levanta e abre a porta, proporcionando uma luz ao ambiente.

O sol que apareceu após a tempestade finalmente fez o coração de Lílian se desacelerar, aos poucos.

O homem de óculos lhe oferece a mão, e ela aceita, firme.