Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 33
A ideia de Gregory


Notas iniciais do capítulo

Oi, povo!

Vanessa BR aqui mais uma vez, trazendo mais um capítulo pra vocês de Crônicas! Tenham uma boa leitura!



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Landon emergia das profundezas de sua inconsciência, com o corpo tomado pela dor de mais ferimentos que recebera daquele Daithi. Não queria ter deixado aquele maldito ver as suas lágrimas! Não queria ter demonstrado a sua “fraqueza”, e justo para aquele cara!

Seu corpo doía tanto, que se tornava difícil até mesmo o simples ato de respirar. Para ao menos conseguir tal tarefa, respirava devagar para que não doessem tanto suas costelas. Porém, ali não era o único lugar a doer. Sua pele estava dilacerada por cortes profundos e manchada por hematomas e queimaduras. Isso, sem contar que estava completamente sujo de sangue e com suas roupas praticamente em farrapos, em nada lembrando que fora um pijama.

Começou a chorar novamente, de dor, de medo, de saudade de casa... Seu corpo doía todo, doía demais... Não suportava mais aquilo. Tinha medo de nunca sair dali, ou até mesmo de seu pai apenas o ver já morto. Queria voltar pra casa, voltar a ficar rodeado pelas pessoas de lá... Ter o abraço e o carinho da mãe, a proteção e a atenção do pai... A companhia de Robert e Marden, seus amigos inseparáveis... As aulas do Conselheiro Gregory, do Mestre Sigmund... Queria ter de novo a sua liberdade, mesmo que um pouco limitada por protocolos e tudo mais! Não queria ficar ali, sozinho, desamparado e tratado como estava sendo, como um animal indefeso sendo espancado por bestas ferozes...!

Os soluços ecoavam pela cela, enquanto sua face suja, pálida e ferida novamente se encharcava com as grossas lágrimas que escorriam de seus olhos. Ele era apenas uma criança, não merecia isso!

— Eu quero sair daqui...! – o menino murmurou de forma lamentosa. – Alguém, por favor, me tira daqui...! Não aguento mais...!

*

Todos os integrantes do Pequeno Conselho já estavam na sala de reuniões em seus devidos lugares. Já sabiam que aquela reunião era emergencial, não só pelo chamado de Gregory, mas também pela expressão extremamente preocupada de Cassius. O assunto, claro, não poderia ser outro além do rapto de seu filho.

O rei zardreniano se levantou e passou seus olhos em cada um ali presente, desde o Conselheiro Gregory, passando pelos Lordes Ferdinand e William até o Comandante Alexander. Todos estavam com os rostos ansiosos e seus olhares refletiam isso.

— Eu pedi para que o Conselheiro Gregory os chamasse para esta reunião, pois precisamos fazer algo com relação à carta de Ramsay. Temos apenas o dia de hoje para definirmos uma solução para o impasse em que estamos quanto à escolha entre o meu filho com vida e a rendição de Zardren, e a não-rendição de Zardren e... Bem, não é preciso que eu complete.

— Não é preciso, Majestade. – Gregory procurou tranquilizar. – Nós sabemos o quanto teme pela vida de Sua Alteza, o Príncipe Landon, afinal é o seu filho. Também sabemos o quanto teme pela autonomia e pela soberania do Reino Livre de Zardren.

— Sim, eu temo muito por isso, não posso e nem tenho como esconder isso. E eu, sinceramente, preciso da ajuda de todos vocês para que não haja nenhum sacrifício. Eu não quero perder o meu único filho... Mas, também, não quero sacrificar o reino que jurei defender até mesmo com a minha vida.

Olhou para Gregory e disse:

— Conselheiro Gregory, você me disse que poderia haver uma possibilidade de trazer o meu filho a salvo sem precisar assinar a rendição. Gostaria de saber que possibilidade seria essa.

— Majestade, eu o aconselho a enviar uma carta em resposta ao rei Ramsay de Alkavampir e diga que irá encontrá-lo para tratar da rendição.

— Excelência! – Alexander exclamou surpreso. – Por que está sugerindo isso? Zardren não pode se render!

— Tranquilize-se, Comandante. Eu não disse que Zardren irá se render.

— Estou começando a entender o seu raciocínio. – Cassius disse pensativo.

— Não é o único, Sua Graça. – William sorriu. – Tanto que gostaria de completar o raciocínio do Conselheiro Gregory.

— Pode completar, Milorde. – o soberano falou.

— Estive pensando aqui em Vossa Majestade escrever a carta em resposta ao rei de Alkavampir, como o Conselheiro Gregory sugeriu. Poderia combinar um encontro com ele em um lugar neutro e, claro, não assinar a rendição, mas oferecer resistência. Tirando o homem mais poderoso de Alkavampir de seu reino vai ser um obstáculo a menos no resgate do príncipe Landon.

— Nós dois poderíamos nos encarregar do resgate dele enquanto isso. – Ferdinand acrescentou.

Cassius viu naquelas ideias a sua salvação, mas, principalmente, a salvação de Zardren e de Landon. Aquela estratégia tinha tudo para dar certo!

— Então, juntando as ideias dos três, eu mando uma carta respondendo à carta de Ramsay e o distraio em um encontro. Enquanto isso, os Lordes William e Ferdinand resgatam o Landon. Mas não podem fazer isso sozinhos. – pousou seus olhos no Comandante da Guarda Real. – Comandante Alexander, quero que acompanhe os dois Lordes, junto com o Subcomandante Rickon e pelo menos mais cem ou cento e cinquenta homens, para que eles consigam o resgate.

— Como quiser, Majestade. – o comandante respondeu. – Mas como saberemos que o resgate terá sido bem-sucedido?

— Não se preocupe com isso, Comandante Alexander. – Ferdinand sorriu. – Já pensei nisso.

*

Após a reunião, Cassius se dirigiu imediatamente ao seu escritório, junto com Gregory. Queria aproveitar logo as palavras que vinham à sua mente para colocar naquela carta que enviaria em resposta a Ramsay, como parte do plano que havia sido elaborado minutos antes.

Sentou-se à escrivaninha e imediatamente pegou uma folha de pergaminho, sua pena e a mergulhou na tinta preta por sucessivas vezes, enquanto escrevia, com letra legível e precisa, a sua resposta. Colocou ali tudo o que fora combinado em reunião para que ele escrevesse, com algumas coisas sendo relembradas por seu conselheiro. Por fim, assinou e, após enrolar aquele pergaminho, colocou o selo de sua casa real, cujo símbolo era um grifo.

Sem demora, saiu dali e ele mesmo se encarregou de ir ao viveiro, no qual escolheu a águia mais veloz e, em um de seus pés, prendeu o pergaminho. Em seguida, com a ave já em seu braço direito, virou-se para a direção que ficava Alkavampir e a liberou, para empreender um voo rápido para seu destino.

Não iria demorar para que a sua resposta chegasse até as mãos de Ramsay e o plano arquitetado por todo o Pequeno Conselho começasse a ser executado. Era apenas uma questão de tempo.

Era apenas uma questão de tempo, para que seu filho fosse retirado de onde estava. Assim como ninguém ali se permitiria errar, ele também não iria admitir qualquer erro de sua parte.

— Landon, resista mais um pouco, meu filho... Nós vamos tirá-lo de Alkavampir! Eu sei que você está sofrendo muito, mas resista um pouco mais...!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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