A Noiva do Drácula escrita por Chrissy Keller Books


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Por essa algumas pessoas não esperavam muito... kkk ^^



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–-- Você... Você está brincando comigo?

Luana não podia acreditar no que ouvira. Não podia acreditar no que aquele homem louco e sombrio estava dizendo. Como assim, ser noiva dele?

–-- Não, Bela Lua. --- ele avança um passo na direção dela. --- Gostei de você. Você me encanta.

–-- E depois de tudo o que você me fez ver aqui... espera que eu aceite, logo de cara? A gente mal se conhece!

Luana estava transtornada, enquanto o esquisitão estava todo... normal.

–-- Então, lhe darei um tempo para decidir, Bela Lua. Não precisamos ter pressa. --- ele sorri maliciosamente.

Aquele homem era lindo. Tanto quanto David. Mas não podia deixar se enganar pela beleza dele, nem por aquele papo furado.

–-- Prove.

Ele a olha, confuso.

–--Provar, o quê?

–-- Que você é um vampiro. --- Luana nem ao menos sabia o que estava dizendo. E se ele fosse? Aquilo não era bom.

–-- Mesmo depois de ter visto isso tudo... --- Drácula balança a cabeça em reprovação. --- Mulher de pouca fé. --- ele a olha mais atentamente. O que será que ele estava pensando? --- Tudo bem. Já que você quer... Venha aqui, Bela Lua.

Ah, não. E se ele a mordesse? Não queria virar vampira! Mas... será mesmo que ele era vampiro?

–-- O que você quer? --- Luana pergunta, temerosa.

Drácula acha graça.

–-- Não tema, Bela Lua. Não irei lhe fazer mal algum.

–-- E esse “mal algum” inclui me morder?

O sorriso dele se amplia. Que homem lindo...

–-- Já disse: não tema. Não irei lhe morder.

–-- Jura? --- poderia acreditar nele?

–-- Prometo, Bela Lua.

Bem... poderia acreditar, sim. Talvez.

Luana chega um pouco perto dele, tremendo de medo. Se ele realmente fosse um vampiro, ela estava ferrada. Estava perto demais, ao ponto de quase encostar seu corpo no dele. O que ele vai fazer?...

–-- Pronto, Bela Lua?

–-- S-Sim... --- será que estava?

Drácula abre lentamente a boca. Dentes perfeitos emolduravam sua gengiva bem vermelha. De repente, lá estava. Lentamente, seus dentes caninos ficaram maiores do que os dentes caninos de um cachorro. Ah, meu Deus.

E lá estava sua resposta: seu “futuro pretendente” era um vampiro.

–-- Meu Deus... do céu...

Luana estava estatelada. Não sabia mais o que dizer. Simplesmente.

–-- Mais alguma dúvida, Bela Lua?

Mais nenhuma...

–-- N-Não. Agora não. --- ela engole em seco.

Os dentes dele voltam ao normal como num passe de mágica.

–-- Viu? Não te mordi.

–-- Mas, se você me mordesse... poderia me matar, não é?

–-- Nunca vou querer sua morte, Bela Lua. Não acabei de mencionar que quero que você seja minha noiva? E, outra... você não morreria. Não se for virgem.

Ah, não. Educação sexual agora?

–-- Você é virgem, Bela Lua?

–-- É meio constrangedor dizer isso, mas... sou.

Drácula sorri.

–-- Bom, Bela Lua. Mas, não se engane. Não vou lhe morder agora. Só depois que nos casarmos. Não quero cometer o mesmo erro que meu irmão.

Nos casarmos? Mas, o quê?...

–-- Seu irmão, o Ivan? O que foi que ele fez?

Drácula assume uma expressão séria e se afasta um pouco.

–-- Não foi ele. Foi meu outro irmão. --- sua expressão passa de séria para triste. Outro irmão? --- Seu nome era Vlad. Ele se envolveu com uma humana. Não deu muito certo.

–-- Ué, mas... eu não o vi.

–-- Claro que não. Ele está morto.

Ah...

–-- E a única lembrança viva que temos dele é seu filho.

–-- Você tem um sobrinho?

–-- Sim. Embora ele seja um pouco revoltado. --- Drácula ri, com desgosto.

–-- Revoltado? Por quê?

–-- Porque ele é mestiço. --- ele faz uma outra pausa, pensando em algo. --- E mestiços não são bem aceitos na sociedade vampírica.

–-- E, se por acaso, nos casarmos e você tiver um filho comigo... ele também não vai ser aceito, não é?

Ele sorri.

–-- Bom saber que você também pensa em casar comigo, Bela Lua. --- ele fala com um pouco de sarcasmo. --- Mas, não se preocupe. Não ligo para o que a sociedade vampírica pensa de mim.

–-- Não?

–-- Não. Não mais. Aprendi isso com o meu sobrinho.

–-- Ah. --- Luana fala, ainda confusa. --- Ele não morreu? O seu sobrinho.

–-- Ah, não. Mas os pais dele, sim. Outro motivo da revolta dele.

–-- E vocês o criaram? Você e o seu irmão?

–-- Sim. Shartene e Miranda também. Mas esquece esse assunto. Pelo menos, por ora.

–-- Como seu irmão morreu?

Luana ouve um click. Era um ranger de porta se abrindo. Ela vira para o lado para ver o que era: sua madrinha está vestida com uma camisola bege, olhando atentamente para ela.

Então, ela percebe. O lugar todo mudou, tudo voltara ao normal, inclusive a carruagem com os cavalos na Lamborguine vermelho sangue.

–-- Oh, Luana!

–-- Madrinha?

–-- Fiquei preocupada com você, menina. --- sua madrinha olha para alguém a seu lado. --- Oi, boa noite. Então, é você quem tinha falado comigo no telefone?

Luana também olha para o lado e nota que Drácula voltou a ser como antes. Aquilo era um tanto... estranho. Drácula sorri para a mulher mais velha.

–-- Sim, foi, madame. Sua afilhada está entregue, nada de mau ocorreu a ela.

Madame?

Sim, nada ocorrera a ela. Só o fato de ele ter revelado que era um vampiro... E, que agora, ela era sua noiva.

–-- Muito obrigada. Luana às vezes é meio atrapalhada.

–-- Madrinha! --- Luana a censura.

Drácula sorri e volta a atenção para Luana. Ele tira uma pequena caixa do bolso da calça e coloca a caixa na mão dela.

–-- Amanhã... quero ver você usando isto.

Luana olha para a pequena caixa em sua mão e torna a olhar o homem sensual à sua frente.

–-- Como... nos veremos amanhã?

Ele sorri, misterioso.

–-- Tenho meus truques. --- ele acaricia o queixo dela. --- Até mais então, Bela Lua.

–-- Mas... e as coisas que você estava me falando?

–-- Sei que você ainda está confusa, Bela Lua, eu não a culpo. Mas deixaremos esta conversa para depois. Você está cansada, e sua madrinha a quer em casa. Amanhã conversaremos.

Luana sente uma certa decepção. Queria saber mais.

Ele se inclina na sua direção. Mas, o que ele iria fazer? E naquele instante ela sente mais do que vê. Drácula encosta seus lábios nos dela em um beijo suave e gentil.

Minha nossa senhora.

Luana não esperava por aquilo. Agora era noiva daquele homem, daquele ser... mas tudo estava ocorrendo tão apressado, tão estranho... Primeiro, descobre que aquele ser lindo era um vampiro; segundo, é pedida em casamento por ele, e agora... é beijada por ele. Beijada! Já tivera cinco namorados, mas nenhum a fizera se sentir daquela maneira, tão plena. Ele quebra o beijo e olha no fundo dos olhos dela.

–-- Depois do seu trabalho, Bela Lua.

–-- Mas... não pode ser antes?

Ele sorri.

–-- Não, não. Não posso pegar sol.

–-- Ah, sim...

Ele beija o topo da cabeça dela.

–-- Você é linda, Bela Lua. Sou um homem de sorte.

Luana, pela primeira vez, acha graça.

–-- Mas, você não é homem. É um vampiro.

–-- Mas não deixo de ser um homem. --- ele acha graça. --- Vá para casa, querida. Sua madrinha já entrou. Aqui é meio perigoso a essa hora.

Luana iria responder que ao lado dele era mais perigoso ainda. Era estranho... se sentir tão temerosa e protegida ao lado do mesmo homem. Era muito parecida com a sensação que tinha com David. Não. Na verdade, com David, era apenas temor mesmo.

–-- Então, vou entrar. --- ela diz, olhando para a porta de sua casa. Engraçado. Não tinha ouvido a porta se fechar.

–-- Até amanhã, Bela Lua. --- ele diz, e é uma promessa.

Luana volta a olhar para ele e sorri.

–-- Até amanhã.

Uma vez já dentro de seu quarto, Luana já está com um baby doll sentada em sua cama, pronta para dormir.

–-- Quem é aquele homem, Luana? --- sua madrinha pergunta, vindo da sala.

–-- Meu noivo, dinda. --- Luana sorri para sua madrinha, que a olha espantada e curiosa.

–-- Noivo?? --- sua madrinha pergunta.

–-- Sim, Dinda. --- ela alisa a aliança com um solitário rubi em seu dedo anelar que estava na pequena caixa que Drácula dera para ela. --- Noivo.

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Ivan estava sentado em sua poltrona favorita lendo o jornal do dia quando alguém passa furioso porta adentro. Seu sobrinho. Seu sobrinho malcriado que se revoltava por tudo. Não era mais novidade vê-lo daquele jeito.

Ivan dobra o jornal e sorri para ele.

–-- Oh, boa noite, David.


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Notas finais do capítulo

Ora, ora, ora... O que o destino aguarda para a nossa heroína?...

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