A Noiva do Drácula escrita por Chrissy Keller Books
Notas iniciais do capítulo
Momento de notícias bombásticas.
Enfim, chegaram na casa dela depois de agonizantes quinze minutos. Sua madrinha ia pirar. Drácula estaciona o carro em frente a sua porta. Luana o olha. Iria sentir falta dele. Ele era tão charmoso...
–-- No que está pensando, Bela Lua? --- ele a encara.
Luana sorri, envergonhada.
–-- Nada demais. Obrigada por me trazer.
–-- Não há de quê, Bela Lua. --- ele pega sua mão e beija em um gesto delicado.
Que olhar mais... Nossa, ele tinha o mesmo olhar intenso de David. O mesmo olhar intimidador que a deixava com as perna bambas.
–-- O-Obrigada. --- ela recolhe a mão.
–-- Nos veremos novamente, Bela Lua?
Parecia que ele podia ler sua mente. Drácula também iria sentir sua falta. Que bom.
–-- Bem... --- ela sorri para ele. --- Tomara. Podemos nos tornar amigos.
–-- Amigos? --- ele pergunta, misterioso, como se quisesse algo mais. Ou não?
–-- Sim. Você é muito legal.
–-- Legal... --- ele ri consigo mesmo, como se ouvisse a palavra pela primeira vez. --- Eu também acho. --- ele volta a olhar para ela, com aquele olhar intenso.
–-- Bom, então... eu já vou.
Luana se vira para abrir a porta, mas Drácula a segura pelo braço.
–-- Bela Lua. Não vá. Ainda não.
–-- O-O quê?...
Luana fica um pouco assustada. Será que o que sua madrinha falou era verdade? Que o homem era perigoso, que podia estuprá-la? Ou até matá-la?
Ah, meu Deus!...
–-- Tenho que te mostrar uma coisa, Bela Lua. Algo que você nunca vai acreditar.
–-- Mostrar algo?
Será que ele é um Serial Killer?
–-- Sim. --- ele faz uma pausa, olhando-a com cautela. --- Nem tudo é o que parece, Bela Lua.
O quê? Mas, o que aquele homem queria dizer com aquilo? Luana olha para a janela de sua casa. Tinha que ir embora logo. Aquilo já estava ficando esquisito. E medonho.
–-- O que você quer dizer com isso?
Drácula ri.
–-- Você não notou nada de diferente em mim?
–-- Diferente? Bom, você é um pouco intenso, meio sombrio... e diferente.
–-- Diferente... Sim, sou mesmo. E vou lhe mostrar porque. Espere.
Ela vê Drácula saindo e contornando o carro para abrir a porta do lado dela. Ele estende a mão e ela aceita. Porém, uma vez que Luana sai do carro, parece que ela volta para o século XVIII. A maioria das casas daquela rua não estão mais ali, e as que estão são grandes e antigas. A rua tem um pavimento diferente. Nem tudo que ela conhece está mais ali. Ela olha mais em volta. A carruagem. Ela estava de volta. Toda vermelha adornada em dourado, e com cavalos negros e sinistros relinchando e batendo seus cascos no chão. Agora eram mais visíveis. Mas... o que estava acontecendo ali? Por quê ela estava vendo aquela coisas, por quê parecia que ela estava em outro tempo?
–-- Parece diferente para você?
A voz masculina de Drácula soa atrás dela. Luana podia sentir um formigamento correr pelo seu corpo com a voz dele. Ela se vira para encará-lo.
Oh. Meu. Deus!
Não era apenas o lugar e o carro que tinham mudado. Drácula estava com os cabelos mais jogados para trás, meio lambidos, ainda com roupas pretas - embora, um pouco diferentes - e uma capa preta, que em seu interior era vermelho sangue. Ele também parecia mais pálido ainda. Mas o que será que estava acontecendo?
–-- Ah, meu Deus. –-- Luana o encara, assustada. --- O que houve com você?
–-- Nem tudo é o que parece, Bela Lua.
–-- Estou vendo. --- ela desvia o olhar dele e olha ao redor. --- Mas, o que houve aqui? E com você.
Drácula olha para o lugar, pensativo, depois olha para ela.
–-- O lugar mudou. Claro. Os tempos mudam. Mas, nunca as tradições. --- ele ainda a olhava naquele mesmo olhar "estilo David".
Luana engole em seco.
–-- Quem é você? --- ela o encara, assustada. --- O que é você?
–-- Não tenha medo, Bela Lua. Não irei lhe fazer nenhum mal.
–-- M-Mas... como isso tudo aconteceu? O que houve aqui?
Luana estava seriamente confusa e com medo. Simplesmente, era só sair correndo e abrir a porta de sua casa, que todo aquele sonho – ou pesadelo – iria sumir. Mas, até mesmo sua casa mudou. Parecia que era outra. Fora que, talvez, ele fosse um maluco psicopata e tentasse fazer algum mal a ela e à sua tia. Era melhor não.
–-- Bela Lua, eu não sou um humano.
–-- Não é... Mas o que...
–-- Sou um vampiro, Bela Lua.
Luana olha bem para ele e desata a rir. Esse cara só podia estar brincando. Não existiam vampiros.
–-- Está rindo, Bela Lua? Não acredita em mim?
–-- E como é que você quer que eu acredite? --- Luana pergunta, ainda rindo.
–-- Como? --- Drácula a questiona. --- Depois de tudo o que você viu aqui, ainda duvida?
Luana para de rir por um momento. É mesmo. Depois do que vira, não podia duvidar mais. Mas, e se aquilo tudo fosse coisa de sua cabeça? Era o cansaço. Só podia ser o cansaço que a deixou imaginando coisas esquisitas.
–-- Mas, nada disso é real. Não pode ser real!
–-- Você está apenas assustada, Bela Lua. Não se preocupe. É assim mesmo. Com o tempo, você irá se acostumar.
–-- Você... é vampiro mesmo?
–-- Sim. Eu sou. E estou em busca de uma princesa para mim.
–-- Princesa?
–-- Exatamente.
Drácula sorri maliciosamente para ela. Então... a “princesa” seria ela? Ele era príncipe?
–-- Me prove.
–-- Perdão?
–-- Me prove que você é um vampiro, e não um demônio.
Drácula ri.
–-- E, por quê eu seria um demônio?
–-- Bem, para fazer essas coisas todas... só sendo um ser do mal.
–-- Ou do bem.
–-- Vampiros não são do bem.
–-- Nem todos. A grande maioria ainda é carniceira e malvada.
–-- Como?...
–-- Vou lhe contar tudo, Bela Lua. Mas, apenas se você me der uns minutos de sua atenção. E não ter medo de mim, claro.
–-- E como é que você quer que eu não tenha medo?
–-- É meio estranho, eu sei. Mas não estou aqui para lhe fazer mal. Apenas quero que você...
–-- O quê? O que você quer? --- Luana soa na expectativa. O que ele queria?
–-- Que você se torne a minha noiva.
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O que será que Luana vai fazer?
E o que será que David vai fazer?
Vcs tbm podem acompanhar no blog oficial: http://chrissykellerbooks.blogspot.com.br/