A Love Unraveled - In Brazil escrita por Penumbra
Notas iniciais do capítulo
Aqui está mais um capítulo, espero que gostem... Boa leitura!
MUSICA DO CAPITULO: https://www.youtube.com/watch?v=prmmCg5bKxA
P.O.V. Melissa
Ela desligou de repente e eu encarei o celular, Ket era mesmo uma garota complicada, se ela não fosse irmã do Castiel eu... Sei lá o que faria...
– Vai demorar muito? Alguém aqui ainda quer terminar o que começou? – perguntou Castiel e eu abri a porta, ele sorriu maliciosamente. – Se soubesse tinha dito isso faz tempo...
– Idiota... – disse e ele pegou o celular da minha mão. – Ei...
– Ela já desligou?
– Você não estava reclamando que eu estava demorando, então conversamos tempo suficiente...
– Não disse nada disso... – disse ele me entregando o celular. -... O que ela queria?
– Nada demais...
– Ela interrompeu nossa transa, fez você ir até esse quarto e não era nada demais... – disse ele e eu suspirei.
– Não é nada que tenha que se preocupar...
– Ótimo isso só me deixa mais desconfiado...
– Relaxa ai... – disse e ele me olhou.
– Diz logo, o que ela queria?
–... Não é nada, ela só ligou para dizer que o Dragon e o Dámon estão na casa dos meus pais...
– Hum... – disse ele.
Ótimo, arranjei uma desculpa bem rápido.
– Mas por quê? Por acaso ela não está em casa?
–... Ela vai até a praia, só isso...
– Há essa hora? – ele perguntou e eu o encarei.
– Não estamos na França, esqueceu-se do fuso-horário... – torci para que o mesmo acreditasse, ele então assentiu.
– Ket está me fazendo duvidar de você... – disse ele me agarrando e eu sorri fraco, agora eu tinha que me sentir culpada por mentir para ele.
–... Façamos assim, para você relaxar amanhã bem cedinho vamos até a praia...
– Por que tão cedo? – perguntou ele.
– Bem é a hora em que quase ninguém vai lá e é a hora que nossos amigos estão dormindo... – disse e ele sorriu.
– Gostei da ideia... Parece-me bom fugir desses sangues sugas... – disse ele e eu ri.
– Ótimo você pode deitar, eu vou só comer alguma coisa e depois já podemos dormir... – disse e ele sorriu maliciosamente.
– Quem pensou em dormir? – ele disse e eu ri, ele me beijou, mas eu o impedi de intensificar o beijo. – Sem joguinhos, Mel... – ele segurou minha cintura com força, colando nossos corpos e intensificando nossos lábios.
–... Será que posso ir até a cozinha sem você me devorar... – disse me afastando e ele deu um passo para trás. -... Obrigada...
– Seja rápida... – disse ele e eu assenti, fechando a porta.
Fui até a cozinha e peguei a chave que estava no balcão, abri a porta da frente sem fazer muito barulho, Kentin estava ali parado.
–... Achei que não viria... – disse ele.
– Eu disse que estaria aqui... – falei e ele me puxou pelo braço, encostei a porta do apartamento. – Seja rápido...
– Por quê? Castiel já quer se saciar de novo... – disse ele e eu dei um tapa na sua cara.
– Não me trate como uma qualquer... Você veio até aqui porque quis, ninguém te obrigou ou obrigou?
– Desculpe... – disse ele olhando para o lado e eu soquei seu peito de leve, ele me olhou.
– Você já esteve em seus melhores dias... O que aconteceu entre você e Iris?
– Fiz com que ela terminasse comigo...
– Por quê?
– Porque é melhor assim... – disse ele e eu não entendi. – Mas também foi porque o pai dela disse que seria melhor eu dar um motivo, do que dizer a verdade...
– E qual é a verdade? – perguntei curiosa.
– Eu estou doente Mel... – disse ele e eu ri, ele continuou sério.
– Espera... Está falando sério?
– Sim... – disse ele e eu fiquei preocupada.
– O que você tem?
– Quis tanto cuidar de mim e do meu meu corpo, que acabei exagerando a ponto de me auto prejudicar. - ele disse e eu não entendi direito.
– Espera, está me dizendo que justamente por fazer exercícios, isso de certa forma prejudicou sua saúde?
–... Parece que sim... - disse ele rindo fraco. - Parece que meu organismo começou a sofrer mudanças! Devido o excesso de treinamento...
–... Foi por isso que mandou uma mensagem para Miih? - perguntei e ele as sentiu. - Por que não contou a todos?
– Não quero que sintam pena de mim... Miih prometeu ficar de boca fechada, vai fazer o mesmo?
–... Preciso dizer para a Íris...
– Não... Muito menos a ela... - disse ele e eu o encarei.
– Por que?
– Ela conheceu alguém faz um tempo... Não preciso que ela passe por isso, ela pode começar uma vida nova... Com esse alguém... - disse ele e eu assenti levemente.
– Por que fala assim? É tão grave assim? - perguntei e ele se afastou um pouco, com a mão sobre o rosto.
– Para a alegria de todos é... - disse ele sorrindo rudemente e me encarando em seguida. - Ainda mais para o Castiel...
– Ken... - ele mudou seu humor de repente.
– Não me chame assim... Não enquanto eu ainda estiver vivo! - disse ele e eu me aproximei, abaixei suas mãos do seu próprio rosto.
Ele parecia cansado, como se não conseguisse dormir a várias noites, agora eu conseguia notar, por isso aquela aproximação, ele queria que eu suspeitasse ou me preocupasse com ele, era minha responsabilidade ajuda-lo, como sempre costumava fazer quando ele era tão sensível e incapaz de se defender.
–... O que está acontecendo?
– Meu sangue, parece que ele está mais grosso, o que pode me levar a um infarto ou a um derrame cerebral a qualquer momento. - disse ele com um olhar triste nos olhos.
–... Você não pode morrer... Não posso perder mais ninguém... - disse o abraçando e pela primeira vez vi ele chorar, mesmo antes, ele nunca demonstrou fraqueza, mas agora...
– Gostaria de poder escolher, Mel... - ele disse. - Sinto muito por fazer isso com você...
Seu abraço ficou mais fraco, ele se afastou de mim e eu o olhei confusa.
– Vim só me despedir... Não queria que você chegasse na França e visse que seu amigo não está mais lá... - ele secou os olhos.
– Deve ter outra saída, não?
– Venho perdendo rendimento e por isso eu me cobro mais a cada dia... O médico disse que é algo do meu consciente e que meu corpo não aceita menos que um bom desempenho, mas meu subconsciente não consegue reconhecer mesmo quando isso acontece.
–... Podemos controlar isso...
– Eu posso ter uma parada cardíaca, Mel... - disse e eu o fitei. - Para mim se tornou um vício ficar saudável...
– Você está ótimo assim... Perfeitamente bem...
– Não use essa palavra, estou longe da perfeição! - disse ele e eu o olhei. -... O médico diz que esse meu vício prejudicaria minha saúde mental... - ele sorriu negando.
– E o que vai fazer?
– Vou voltar para minha família... Quero ficar o resto dos meus dias com minha mãe. - ele sorriu.
–... Não falo disso, me refiro a sua saúde, me prometa que vai parar de se exercitar...
– Nem morto! - disse ele e meus olhos se encheram d'água.
– É como vai estar se continuar querendo que seu corpo faça tanto esforço... - disse irritada por sua teimosia. - Seu corpo vai ficar debilitado... Você está pedindo demais de você mesmo...
–... Eu só vou parar quando você entender... - disse ele sério e eu limpei meus olhos.
– Entender o que, Kentin? - perguntei e ele se aproximou, passou o encosto da sua mão em meu rosto, ele sorria meio desorientado.
– Que eu fiz isso tudo por você... - disse ele e meus olhos acompanharam o seu. - Desde o começo na escola militar...
Seu olhar pousou nos meus lábios.
– Eu pedi para ficar na escola militar por dois motivos, o primeiro era que a escolas eram vizinhas, eu daria um jeito sempre de te visitar sem que nenhuma daquelas mulheres nojentas visse.
Lembrei de quando ele ia me visitar no acampamento, a primeira vez foi só para dizer que ele viria mais vezes, a primeira vez tinha sido a mais dolorosa pra ele.
Seu corpo estava exausto, machucado, eu não sabia o que tinha de diferente das duas escolas, mas eu nunca ousara pisar lá, como Kentin havia me feito prometer.
– A segunda foi que... - ele parou pondo a mão na cabeça em sinal de dor. - Ah, parece que tem alguém martelado minha cabeça! - disse ele com raiva, enquanto me fitava.
Seu olhar voltou de encontro ao meu, ia dizer algo, mas ele me cortou.
–... Eu queria ficar PERFEITO para você! - disse ele, aquela mesma palavra que eu dissera e ele se irritara.
– Para mim? - perguntei me lembrando.
A cada vez que ele aparecia notava a mudança, eu não falava nada, mas a sua mudança era admirável, ele estava se aperfeiçoando.
–... Você sempre foi perfeito aos meus olhos!
– Eu era um puta de um nerd, magrelo e fraco... - disse ele com rancor. - Aonde eu era perfeito? - ele perguntou severo, solucei.
– Eu acreditava que seu olhar era sincero, que sua lealdade era importante e principalmente que seu coração tivesse uma bondade...
– Que olhar? Nada se via debaixo daqueles óculos fundo de garrafa! - disse ele.
– Eu via... - disse. - Por baixo daqueles óculos estava o garoto que eu realmente admirava... O meu Ken...
– Você e eu sabemos muito bem que esse apelido nunca foi sinal de carinho... E para você eu nunca passei de um amigo!
Ele riu debochadamente.
–... E pelo que eu sei, não morri ainda, por que essas frases no passado? - ele perguntou e eu o olhei.
– Porque agora é que você parece um bonequinho de plástico... - disse e ele ficou sério. - Seu corpo... Essa lente... Para mim Ken nunca foi um apelido de deboche, mas no momento você não passa de um boneco! - disse e ele bufou.
– Você nunca está satisfeita! - disse ele e eu me aproximei dele, irritada, me surpreendi pela minha aproximação. -... A única diferença é que tudo em meu corpo funciona...
–... Não importa o quanto mude, nada vai mudar o que eu sinto... - disse o fitando e ele riu.
– Eu não preciso de você... - disse ele com a mão na cabeça - Não agora que vou morrer...
O olhei preocupada, tinha PENA dele, a saúde mental estava mesmo sendo afetada.
– Eu não vejo vida em seus olhos faz muito tempo... - disse e ele bateu a mão sobre a parede, ao meu lado. - Fiz mal em ser honesta?
Ele me olhou e sorriu, não entendia aquele novo olhar em seus olhos.
– Posso ser honesto com você, já que foi comigo? - perguntou ele é eu receosa assenti. -... Eu ainda preciso de você!
Seus lábios encostaram no meu, seu corpo estava quente e a sua aceleração estava muito acelerada, não tinha certeza do que estava acontecendo, mas o contato que nosso corpo teve me arrepiou.
–... Kentin... Me solta...
Não pareceu surgir efeito, para falar a verdade não sabia mais quanto tempo conseguiria não corresponder, já que o mesmo sugava meus lábios e roçava sua boca neles.
– Tenha piedade... - disse ele, me olhando. - Estou morrendo, Mel...
– Eu sou casada, Kentin... - disse. - E por sinal ele está logo do outro lado, não faria nunca uma coisa dessas.
– Estou implorando Mel... - disse ele e meus olhos seguiu até seus lábios.
Não, se controla.
– Por favor... - ele apoiou sua testa na minha e seu corpo pesou um pouco sobre mim, aquele contato era muito errado.
– Eu não posso fazer isso... - disse e ele afastou nossos rostos, sua mão que envolvia minha cintura se soltou, ele cambaleou para trás.
– Nem morrendo sou bom pra você... - disse ele e eu me afastei.
– Preciso entrar, Castiel deve estar...
A porta se abriu e Castiel me olhou, depois encarou Kentin.
–... Sabia que tinha alguma coisa errada! - ele disse e eu me aproximei dele.
– Kentin só veio falar de Miih! - disse e Castiel me puxou para dentro do apartamento.
– Há essa hora? - perguntou e Kentin sorriu.
– Vim convidar ela casualmente para meu apartamento, se você não se incomodar é claro... Pois não queremos ser interrompidos! - disse Kentin e Castiel deu um passo, eu o segurei.
– Castiel, não... Ele está bêbado... - disse e ele me olhou.
– Ele parece bem... - disse ele sério e irritado. - Bem até demais...
– Isso aí, estou perfeitamente bem! - disse Kentin piscando para mim, Castiel avançou nele, mas eu fiquei na frente do Kentin.
– Mel, eu não quero machucar você... - disse ele e me afastou, Kentin sorriu.
– Claro que não, você precisa estar bem para que possam transar! - disse Kentin rindo e eu olhei para Castiel.
–... Posso bater nele agora? - perguntou Castiel e eu neguei, se eu pudesse eu mesmo batia nele.
– Deixa ele se divertir... - disse Kentin. - Vamos ver se meu esforço vale a pena...
– Vamos entrar Castiel! - disse segurando o braço do Castiel e ele se livrou de mim, partindo para cima dele.
Quando vi Castiel estava sobre ele, batendo múltiplas vezes em seu rosto, ele se afastou se erguendo e Kentin cuspiu sangue, deu um sorriso mostrando seus dentes cheios de sangue.
– Fala sério, achei que a Mel significasse mais para você! - disse Kentin o provocando.
– Cala essa boca...
Castiel chutou seu peito e o mesmo tossiu, sua respiração parecia falhar, ele me olhou cauteloso e eu o fitei indo até Kentin, o mesmo sorriu ao me ver.
– Você está bem? - perguntei o olhando e ele tossiu novamente, sua respiração voltava ao normal.
– Sabia que não me abandonaria tão fácil! - disse ele e eu olhei para Castiel, o mesmo tinha o olhar perdido, ele entrou para dentro do apartamento e eu tentei ir atrás dele, mas Kentin segurou meu braço.
– Não vai estragar minha vida... - disse e ele negou, com a mão na cabeça. - O que quer então?
– Eu o vi Mel... - disse ele tentando dizer com dificuldade.
– Quem? Me diz... - disse e ele tossiu um pouco.
– Não posso mais te proteger dele... Então preciso que ele acredite que Castiel está louco para matá-lo... - disse ele. - Matar qualquer um que mexa com você...
– Kentin! - disse e ele sorriu fraco.
– Pode deixar... - disse o mesmo se levantando e sorrindo. - Só tome cuidado Mel...
– C- Cuidado? - perguntei sorrindo como se não entendesse suas palavras. Ele olhou para os lados receoso.
– Josh... Ele voltou, Mel! – disse ele e meu sorriso sumiu, e um desespero surgiu dentro do meu peito, me afastei e tranquei a porta.
Ele voltou... E estava aqui!
Continua....
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