Nossa Amável Justiça Vingativa escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 14
Nunca o Suficiente


Notas iniciais do capítulo

Kunnichiwa minna!
Voltei, tô muito feliz, hahaha vi doramas de yaoi legais!!!! Nossa 801 é o melhor! A felicidade não tem limites e lemon é vida ♥
Espero que não me matem e que leiam, tá dificil essa internet. Mas vou tentar todo dia e voltarei (algum dia)
Agora as coisas vão ficar interessantes na fic, tô ferrando todo mundo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/647315/chapter/14

Kori

Pronto.

E mais uma vez, a Aika enlouqueceu.

Não dá pra confiar nessa garota, quase me matou lá no Inferno e agora quer matar a Hikari (que, aliás, era sua melhor amiga aqui). O que vamos fazer com ela?

De alguma forma, Johann conseguiu fazê-la dormir, colocou uma focinheira nela e a prendemos com correntes que Aoi emprestou. Agora estamos decidindo o que fazer. E não falta mais nada para estragar mais o dia.

–Uau, que louca! Iria demolir a casa toda por ciúmes! – comenta Gekkou debochando.

–Um triângulo amoroso interessante... – diz Tsumi de novo se preocupando com coisas tão banais.

–Hunpt – suspira Aoi como uma leonina convencida que ela é – Vocês são muito tolos! Ao invés de ficar aí rindo de garotas com ciúmes deveriam fazer algo!

Como se fosse fácil. É mais fácil pra ela que não sabe nada do que a gente passou no Inferno. Estou cansado, estou morto de cansaço.

–Caramba, todo mundo se apaixona pelo Kori. Você é bastante popular, né? – fala Riki com um sarcasmo desnecessário e estranho.

Fukawa toma o ímpeto de segurar sua mão. Olho pra isso e fico em choque, esses dois rindo um para o outro. O que significa?

Não acredito. Como ela pôde dizer que me amava tantas vezes e superar tão facilmente?

Essa garota... Ela é tão mentirosa...tão idiota... Os dois são uns grandes idiotas...

–Hikari! – chamo repentinamente ainda desnorteado.

–O que houve? – ela sai do quarto onde Aika está desmaiada, intrigada com o súbito.

A seguro firme e a beijo sem pensar.

Tocando seu corpo de uma forma provocante, num beijo que quero que enlouqueça Fukawa. Quero que ela fique com raiva. Que grite “Hitasura-kun” e tenha ódio de Hikari.

O que estou fazendo? Estou com ciúmes da Fukawa por isso quero essas coisas desprezíveis?!

Paro o beijo, surpreso comigo mesmo. Hikari também parece surpresa. Isso é idiotice! O que estou fazendo da minha vida?

–O que deu em você? Precisava me agarrar assim na frente de todo mundo? – pergunta corada.

–Desculpe... eu... – fico vermelho também, como um japonês idiota que sou. Odeio estar envergonhado! Pareço...

–Awn! Que fofo! – exclama Tsumi de repente, me enchendo de nojo.

–Ei, você! Pare com isso! – ordeno – Não sou fofo! Por que todo mundo tá com essa doença de me ver fofo! Vocês estão loucos?!

Ela fica meio confusa com a minha reação, acho que nem quis dizer que sou fofo, e sim, que beijar a Hikari foi. Como sou retardado! Fico falando coisas desnecessárias por impulso!

–Hitasura-kun... – ouço o murmúrio de Fukawa me fitando meio chocada.

Faço uma expressão de satisfação, obtive o que queria. Mas por que eu queria isso? Por que quero enchê-la de ciúmes se nem gosto dela? Será que não é o suficiente apenas estar com a Hikari? Minha cabeça está tão confusa...

–Vocês são tão estranhos – comenta Aoi chupando um pirulito (será que é só isso o que essa garota come?!)

Reparei mesmo que nunca a vi comendo algo que não seja um pirulito. Nossa, se anjos são assim. Onde o mundo vai parar?

–Hum, a gente veio aqui porque queria saber o que exatamente está acontecendo – explica Riki – Uma hora tem umas vozes estranhas na minha cabeça. Achei que tava ficando louco!

–Ele pensou que foi um sonho – ri Fukawa.

Que ridículo. Como crianças...

–Pensei que ter conhecido vocês foi um sonho – os dois riem.

Ah, por que estão tão felizes?! Estamos numa situação de vida ou morte, com uma deusa louca que quer ferrar todo mundo, uma doida psicopata apaixonada e um demônio delinqüente à espreita. Por que ainda assim riem como se tudo isso não passasse de um conto de fadas?! Será que eles pensam que o destino é sempre um final feliz?!

–Tá, é melhor que os pombinhos parem de brincar de Branca de Neve se vão lutar conosco – falo irritado com toda essa alegria fútil – Pensam o quê? Que vão chegar ao palácio de Kami, fazer um banquete e todo mundo amigo?

–Seria legal – brinca Riki me irritando ainda mais.

–Aff, vocês são uns retardados mesmo! – Aoi se levanta do nada, batendo no rosto de Gekkou com uma de suas asas.

–Ei, sua... – ele quase protesta.

–Cala a boca, preciso fazer um anúncio importante! – avisa ela calando todos (essa anja adora mandar) – Pensam que é só chegar e lutar simplesmente? Kami pode fazer muito mais do que realizar os desejos dessa humanidade desprezível... Hoje mesmo, ela sabe o que vocês planejam, e não deixará nada fácil...

–Como assim? – Hikari é a única que tem a coragem de perguntar – O que ela fará?

Respiro fundo à espera da resposta que sei que será assustadora. Estamos ferrados, é só o que consigo pensar antes das palavras audaciosas da arcanja convencida.

–Arrumem-se, hoje vamos ver... o fim do mundo.

###

Não questionamos a anja, não dizemos uma palavra sequer, sabemos que Kami pode, e fará o que quiser. Sinto o ódio subir por minhas veias, queria detonar essa casa só pra liberar essa raiva, estou queimando. Mas estou apavorado.

Pegamos tudo o que precisamos, as armas e tal. Fora a Chave dos Mundos. É uma coisa esquisita, com um formato nada a ver, símbolos estranhos estão entalhados nela e pesa pra caramba. O que vamos fazer com isso?

–Como se usa essa coisa?! – indago a Gekkou rispidamente, estou totalmente abalado com Kami e o mundo.

–Vou saber? Pergunta pra anjinha ali – diz ele de má vontade.

Nossa, ajudou muito.

–Ei, mas isso... – ela me olha com uma expressão estranha, confusa com algo. Já me preparo para o pior – Isso é só metade da chave...

–Quê?! – exclama todo mundo.

O ódio se torna medo de uma forma tão selvagem que não consigo me controlar.

–Mas é claro... – Aoi suspira – A outra parte está no mediterrâneo.

–Quê?! – fico sem ar – Não pode estar falando sério! Diz que é brincadeira vai...

–Desculpa mas no Inferno só estava uma parte da Chave – conta ela despreocupada. Mas é claro, não foi ela que quase morreu pra achar aquela porcaria!

A adrenalina toma conta do meu coração, não consigo respirar, sinto que vou desmaiar de pavor.

–Não – discordo morrendo de desespero – Não, não, não...

–Calma Kori – Hikari me segura – Acalme-se, está tudo bem, podemos achar a outra parte.

Como ela pode dizer tal loucura? É impossível!

–Não, não está tudo bem! – nego quase caindo no chão em pranto – Não posso acreditar! Tudo o que a gente passou... Por que nunca é o suficiente?!

–Calma, respira – ela segura meu rosto suavemente, olhar pra ela me acalma, mas não o bastante – Vamos conseguir.

–Mas, mas...

Não consigo me controlar, estou totalmente irado, com medo e desesperado.

–No mediterrâneo... – penso – Onde diabos vamos encontrar a outra parte no mar?! E...e como ?

–E será que todo mundo vai viver? – se pergunta Gekkou (a resposta pra isso é tão óbvia, como são ingênuos pra não enxergar) – Ei, gente! Eu não quero morrer!

–Então vá embora! – me altero – Se não vai lutar, dane-se sozinho!

Me tranco num quarto qualquer, trêmulo, confuso, apavorado. Não consigo liderá-los. Seria até melhor que todos nós morrêssemos num fim do mundo. Como podemos escapar de tudo ilesos? Todos nós?

Não consigo controlar as lágrimas de pavor que descem queimando minhas bochechas. Não consigo controlar o batimento acelerado e o pensamento egoísta de simplesmente morrer e desaparecer como Dely. Ela teve tanta sorte...

Como posso achar que desaparecer é uma sorte?

Mas agora, pensando bem. Como iremos achar um pedaço de ferro no meio do oceano? Como vamos lutar contra aquela menina maluca que se diz deus?

–Kori – Hikari bate na porta apreensiva – Kori, está vindo, o fim do mundo está chegando!

Abro a porta de imediato e a levo comigo sem pensar. Pouco me importo com as outras pessoas que continuaram ali sem se mover, paralisados pela adrenalina que não souberam controlar. Não posso deixar a pessoa que amo morrer de novo. Só amei a Hikari por um dia. Por um só dia. Será o primeiro e o último?

O som dos gritos e da catástrofe iminente se aproximando me enlouquece ainda mais enquanto corro pra cima do telhado deixando tudo para trás. Pra onde estou indo? O que farei? O que está havendo?

O mar, o mar sobe e desce com sua cor assustadora, engolindo tudo e fazendo a humanidade gritar.

Ah, eu odeio viver no Japão.

O que vou fazer? Não sei voar, não sei nadar, não sei nada!

Abraço Hikari sem conseguir sequer pensar direito, desisto disso tudo. Não vou conseguir jamais alguma coisa, mas ela há de conseguir. Ela é valente, ela é a pessoa mais corajosa e forte que já vi. Sou covarde demais pra conseguir. Nunca serei o suficiente.

–Eu te amo – minhas últimas palavras antes de soltá-la e pular, caindo de cima do telhado no meio da escuridão e do medo.

A última coisa que vejo é o rosto de pavor da garota que alça o voo com asas que eu nem sabia que ela tinha. Só o que consigo pensar é: “Seja a Luz Hikari, você consegue, você é um anjo agora”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Kori com ciuminho, Kori no stress, Kori se matando (de novo)... Caramba, se o Kori morrer mais uma vez bate o record.
Gostaram? Não gostaram? Querem que o Kori morra? Não querem? O que será que acontecerá com os outros? hahahaha vão ter que esperar a internet horrível daqui. Orem por mim, e pela internet, então poderei postar cada vez mais rápido. A situação tá critíca.
Kissus até a próxima



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nossa Amável Justiça Vingativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.