Informações sobre a Dark Rose nas notas finais. Alguns nomes aqui foram escolhidos pelas leitoras c:

Pov Dark Rose

— Senhor, temos novas informações. - Ouvi um dos capachos do meu pai falar, tirei minha atenção do computador e fitei os dois.

— Sobre os agentes ou sobre K-Eyes? - Perguntou meu pai, se referindo a gangue rival. Engoli seco, pensando que logo eu poderia virar alguém da gangue rival.

FlashBack On

Desliguei o celular após falar com meu pai, avisando-o de que a Agente Dawson tinha acabado de sair do estabelecimento.

— A filhinha do Vírus de Miami? É meu dia de sorte! - Ouvi a voz irônica do filho do chefe da K-eyes, Styler. Revirei os olhos.

— Não finja que não sabia que eu estava aqui, Trouble Under. - Disse o chamando pelo seu codinome, era uma regra no mundo das gangues: sempre tínhamos que falar com o rival pelo codinome.

— Oh, querida. Estamos sozinhos, me chame de Styler. - Ele piscou para mim. Bufei.

Ele era tão bonito quanto idiota.

— O que você quer? - Fui direto ao ponto.

— Acho que você não me daria o que eu quero. - Ele mordeu o lábio, me fitando de cima a baixo. Me senti corar e fiquei com raiva de mim mesma.

— Fale logo ou eu vou te dar um tiro. - Disse raivosa, tentando esconder meu nervosismo.

— Sabemos que você não é capaz de me matar, bonequinha. - Ele piscou para mim novamente, reprimi a vontade de dar um soco nele. - Eu vou montar uma nova gangue, com alguns amigos. - Ele expôs. O encarei, eu me lembrava de que, quando tínhamos doze anos, Styler tinha me dito que, um dia, iria montar uma gangue só dele. Ele me disse que assim não teria que se preocupar com nossos pais afastando nós dois.

No começo, a gangue do meu pai e a gangue do pai do Styler era uma só gangue. Eles brigaram, ocasionando na separação das gangues, quando eu e Styler tínhamos 12 anos, e começando a rivalidade.

Styler e eu fugíamos para nos encontramos, ele foi meu primeiro amor. Mas, quando tínhamos 15, o treinamento de ambos ficou mais rigoroso. E então meu pai me contou o motivo pelo qual as gangues se separaram: o pai de Styler tinha matado minha mãe. Por anos eu achei que ela tinha morrido num acidente de carro, mas seu assassino estava bem na minha frente, e eu o chamava de tio.

Enfim, afastei-me completamente de Styler. Não conseguia olhar em seu rosto sem ter vontade de chorar. Ele nunca soube o motivo pelo qual eu fui embora.

Mas eu duvidava muito que ele quisesse ter sua gangue pelos mesmos motivos do passado.

— E eu com isso? - Perguntei confusa.

— Quero que você entre nela, o nome será Four Fingers. 

— E por qual motivo eu entraria nisso? Somos rivais, caso você tenha esquecido.

— Mas nem sempre foi assim. - Seu tom era triste, meu coração se quebrou um pouco com aquilo. Bem, os pedaços do meu coração. - E você sabe que eu nunca quis que você fosse embora. - Ele murmurou. 

Apenas engoli em seco e recomecei a andar.

FlashBack Off

Eu não tinha parado de pensar na proposta, ela estava me assombrando.

— Sobre os agentes. - A voz do capacho me fez sair dos meus pensamentos. Ele alguns estendeu um envelope amarelo para o meu pai, levantei-me da cadeira.

— Só isso!? Eu digo para vocês explodirem a porra da casa e vocês só me trazem um envelope!? - Meu pai exclama irritado.

— Senhor... Posso pegar o envelope? - Pedi.

— Pegue, eu tenho que ensinar algumas coisas para os idiotas da gangue. - Meu pai me entregou o envelope de modo rude, bufei ao ver os dois saindo da sala, meu pai gritando com o capacho.

Abri o envelope, dei um sorriso que poderia ser considerado maligno. É, algumas pessoas podem achar que eu não tenho um coração, e talvez eu não tenha. Ou ele já foi danificado demais para ser concertado.

Encarei as informações, suspirando em seguida. Por mais que aquele fosse um ótimo material, eu não pude me impedir de sentir um pouco de remorso por Ally.

Acho que eu tinha um coração, afinal.

Balancei a cabeça, afastando os meus próprios pensamentos.

O barulho da porta chamou minha atenção.

— Meu pai não está aqui. - Disse para o capacho, sem dar oportunidade dele perguntar qualquer coisa antes.

— Tenho informações sobre os agentes e sobre a K-Eyes. 

— Você sabe que pode me contar. - Revirei os olhos.

— A bomba que nossa bomba falhou, achamos esse recado nela. - Ele enfiou a mão no bolso e tirou um papel, me aproximei e o peguei.

Parece que vocês não têm um desarmador de bombas que já trabalhou para CIA, não é?

Isso é um jogo, e nós vamos ganhar.

K-E.

Passei o dedo pela sigla da K-Eyes, suspirando.

— Então você quer dizer que a bomba que explodiu não era a nossa? - Ele assentiu, bufei de raiva.

— Por que eles fariam isso? - Revirei os olhos para a burrice do homem.

— Quanto mai uma gangue mata, mais respeito ela ganha. É como um jogo. - Expliquei. Meu coração falhou uma batida, a droga do meu remorso voltando. - Agora saia.

— Têm mais uma coisa. - Ele Expôs. Arquei a sobrancelha. - Eles foram avistados num parque. 

Pov Ally

Eu e Austin caminhamos em silêncio para casa da Trish, um silêncio confortável. Ambos estávamos com sorrisos nos rostos. Apesar de toda a confusão, estávamos sorrindo.

— Ally! - Dallas brotou na nossa frente, literalmente. Estancamos no lugar, fitando o moreno. Fiquei completamente confusa, ele tinha brotado do chão ou o que!?

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, meu celular (tudo o que eu tinha conseguido pegar antes de sair correndo foram os relatórios e meu celular) tocou. Era Drake.

Dei um olhar para Austin, ele assentiu, entendendo que era algo relacionado á Space.

Pov Austin

Encarei Dallas. Eu não chegava a odiá-lo, mas não gostava dele. E com razão, ele tinha perseguido Piper e agora estava de olho na Ally.

— Desculpa pela briga, cara. Mas é o que acontece quando alguém quer a minha garota. - Dallas disse. Meu maxilar travou e eu fechei as mãos em punho, tentando controlar minha raiva.

— Sua garota? Eu não me lembro de ter mexido com uma garota inexistente. — Dei um sorriso irônico.

Dallas me olhou, seu olhar refletia ódio.

— Escuta, Moon. - Ele sussurrou em tom de ameaça. - Eu vou ficar com a Ally, entendeu? É melhor você se afastar dela. Você não sabe do que eu sou capaz. 

Eu ri em descrença.

— Na verdade, eu sei sim. E a Ally nunca, nunca vai ficar com você. Nem se você a sequestrar.

— Austin, vamos. - Ally se aproximou. - Temos que ir, Dallas. 

— Para onde vocês vão? - Ele perguntou, revirei os olhos.

— Para casa de uma amiga. - Ally acenou para ele e pegou no meu braço, puxando-me para longe.

Pov Dallas

Dei um sorriso maligno, a ideia que Austin me deu podia dar certo.

Eu teria Ally Dawson. Por bem ou por mal.

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