I Found Love escrita por AnnieSmith


Capítulo 4
Capítulo 3




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Fiquei totalmente surpreendida com a afirmação do diretor Fury. Como assim eu, segundo ele, era “a chave para todas as perguntas” se eu achava que não tinha nenhuma informação do seu interesse, excetuando o meu depoimento sobre o dia do ataque, mas isso não seria suficientemente importante para um diretor de uma organização vir pessoalmente a minha casa fazer perguntas. Este senta-se no sofá e dá a indicação para me sentar na poltrona próxima a este. Antes de conseguir formular a pergunta “como assim”, a agente Hills entra na sala e diz:

—  Tudo limpo, não há ninguém aqui para além de nós – dirigiu-se até à mesa onde tinha alguns papéis e livros da universidade e perguntou enquanto os inspecionava – Posso?

—  Claro, como se tivesse escolha – respondi e sorriu-me ironicamente. A minha atenção retornou para o diretor e perguntei:

—  O que quer dizer com isso, diretor Fury?

—  Antes de conversamos sobre o assunto é do meu interesse deixar claro alguns aspetos. Tudo o que for dito aqui terá de permanecer em confidencial, é um assunto muito delicado e não convém, obviamente, ser ouvido pelas pessoas erradas – disse e eu assenti com a cabeça – Também deve saber que se nos mentir ou omitir informações sobre o assunto poderá arranjar problemas judiciais e acredite senhorita Smith, nós temos métodos para perceber se o está a fazer.

—  Claro – disse nervosa – Pode contar o que está a acontecer? Estão a deixar-me assustada.

—  Com certeza que a senhorita conhece esta pessoa – afirmou e mostrou-me uma fotografia de um homem, com os seus 40 anos, moreno e com olhos azuis. Olhei novamente para o diretor confusa e este permanecia a espera de alguma resposta da minha parte.

—  Sim conheço é o meu tio paterno. Mas o que ele tem haver com toda esta situação? – perguntei. Não conseguia chegar a nenhuma conclusão.

—  A senhorita tem algum conhecimento sobre a vida do seu tio? Como, por exemplo, o seu emprego, onde habita, os seus amigos? – pergunta Fury.

—  Não sei muito sobre a vida do tio William, ele sempre foi muito reservado e misterioso, às vezes visita os meus avós, mas não é muito próximo da família como antigamente…- respondo e sou interrompida pela agente Hills que deixa as folhas que se encontravam na minha mesa e pergunta:

—  Como antigamente? – caminha até o diretor Fury e senta-se também no sofá.

—  Sim, até a altura dos meus dez anos ele era bastante próximo, mas a certa altura ele começou a distanciar-se, já não sei quase nada sobre ele, nem em que área ou local trabalha, simplesmente sei que faz algumas viagens de trabalho porque diz sempre aos meus avós quando sai do território. Não é casado, nunca conheci nenhuma namorada e não tem filhos. – respondi à espera de que algum dos dois me esclarecesse o se estava a passar. Vários cenários passavam-me pela cabeça, uns piores que os outros.

—  O seu tio trabalha para uma organização conhecida como Hidra, a senhorita já ouviu falar? – perguntou Nick Fury.

—  Não senhor – respondi.

—  A Hidra tem pretensões, bem digamos que não correspondem ao interesse da paz mundial, uma organização criminosa que busca tudo o que lhe poderá trazer interesse sem medir as consequências e é claro que a S.H.I.E.L.D tem intenções de acabar a sua atividade – fala e olha-me atentamente à espera de uma reação minha.

—  É impossível que o meu tio trabalhe para uma organização que tenha tais objetivos, deve ser um erro, eu posso não conviver com ele há algum tempo e já não o conhecer tão bem, mas…– não consegui acabar a frase estava incrédula.

— A S.H.I.E.L.D não comete erros assim – afirmou a agente Hills e continuo – para além de trabalhar na Hidra ele faz parte da equipa formada para encontrar a fórmula do soro do super soldado, o mesmo usado no Capitão América. Este sempre foi o principal objetivo desta organização, conseguir o soro, mas foram sempre mal sucedidos.

—  Porém estão a tentar novamente e para o conseguirem precisam de uma amostra do único portador do soro. Por isso, o seu tio deu entrada no nosso país há 24 horas, mas nós perdemos o rasto. – explicou o diretor.

— E, por isso, vieram aqui falar comigo. Perguntar se eu sabia de algo? – perguntei, mas já sabia a resposta.

—  Exatamente, a senhorita é a único familiar em território americano e podia tentar estabelecer contacto consigo. Vimos nas suas chamadas telefónicas e mensagens que não o fez, mas poderia tentar o contacto físico e como pude ver ele não está aqui e nem esteve – diz agente Hills.

Isto era muito para digerir. Ainda não conseguia acreditar que isto fosse possível e na minha mente dançavam várias perguntas que queria fazer, mas ao mesmo tempo tinha medo do que poderia descobrir. Nick Fury perante a minha expressão facial diz:

—  Eu sei que a senhorita tem várias perguntas para fazer, porém para o seu bem é melhor permanecer só com estas informações. É claro que continua a ser considerada como potencial suspeita, pode estar a enganar-nos sobre o seu conhecimento sobre o seu tio e o seu paradeiro – fala Fury e dá-me um pequeno sorriso e continua – mas eu penso que não e espero que a senhorita não me dê motivos para tal. Pediria que mantivesse atenta a alguém tipo de tentativa de aproximação do seu tio e caso aconteça nós saberemos.

—  Acha que ele me poderá contactar? – perguntei. Ele era o meu tio, mas parecia uma pessoa totalmente desconhecida não queria que ele se aproximasse de mim.

—  É possível – respondeu- mas não se preocupe, será protegida e vigiada, neste preciso momento o está a ser, mas claramente não lhe direi como – disse e levantou-se. A agente Hills repetiu o movimento.

—  Acho que conversamos sobre tudo senhorita. Obriga pelo seu tempo e volto a pedir, não partilhe estas informações com ninguém – disse e esperou por algum sinal afirmativo meu.

—  Sim cumprirei a minha palavra. Acompanho-vos à porta – afirmei e caminhei até esta enquanto as duas pessoas me seguiam. Abri a porta, mas fui interrompida pelo diretor Fury.

—  Só mais uma coisa senhorita – disse – o seu tio parece sentir um grande carinho por si, na rusga que fizemos na casa deste, encontramos algumas fotografias suas e também cartas dirigidas a si. Este também é um dos motivos que consideramos que ele tente contactar consigo. Deseja receber as cartas e as fotografias?

—  Acho que sim – respondi indecisa.

—  Será lhe enviado quando forem totalmente investigadas pela S.H.I.E.D.L – falou e abriu a porta – um resto de um bom dia senhorita Smith.

—  Um resto de um bom dia – disse também a agente Hills e saiu.

—  Igualmente – desejei e fechei a porta encostando-me nela.

Não conseguia pensar nem sabia que conclusão tirar sobre tudo isto. Sentei-me no sofá e senti o celular a vibrar. Um arrepio passou-me pelo corpo e perguntei-me a mim mesma, “será?”. Tirei o celular do bolso e na tela aparecia o nome mãe e atrás uma foto nossa. Suspirei aliviada e atendi.

—  Oi, está tudo bem? -perguntou-me.

—  Oi, sim está e você? E o pai? – respondi e perguntei a seguir.

— Também querida, têm se alimentado – perguntou. Sempre preocupada se eu como.

—  Sim mãe. Eu agora não tenho muito tempo para conversar, vou começar um trabalho para a universidade e tenho muito que preparar – disse, não queria a despachar, mas precisava de um momento sozinha.

—  Tudo bem, a universidade está fechada certo? Por causa do ataque? – perguntou.

— Sim está em fase de restauração, mas não sei quando reabre. Preciso mesmo de ir mãe.

— Vai lá querida, adeus e se cuida.

— Adeus mãe – despedi-me e desliguei o celular.

Olhei para fora da janela, o céu estava nublado com algumas nuvens cinzentas, umas mais claras outras mais escuras o que parecia um reflexo da minha mente.


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