I Found Love escrita por AnnieSmith


Capítulo 3
Capítulo 2




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Todos os canais de televisão, quer no país, quer no mundo passavam as mesmas notícias. Nova Iorque, monstros, destruição, vingadores. Ninguém tem a certeza do que aconteceu e por todo o lado se cria teorias.

Depois daquele episódio de quase ser esmagada por um carro e ter sido salva pelo Capitão América, fui levada para um local que tinha o objetivo de proteger os cidadãos, rodeado por agentes da polícia que não deixavam ninguém sair. Passado várias horas, quando tudo tinha acabado e parecia não haver mais perigo começaram a deixar as pessoas regressar paras as suas casas, ou pelo menos o que restava delas.

Quando cheguei ao meu prédio pude aperceber-me que não estava tão destruído como os demais, porém as autoridades proibiram que voltássemos a viver lá até que fosse novamente construído, mas podíamos entrar para buscar alguns pertences. Ao entrar no meu apartamento, o chão deste estava coberto de poeira e de vidros partidos e alguns objetos estavam no chão. Caminhei pelo resto da casa e o cenário era o mesmo, peguei numa mala pondo algumas roupas, calçado, dinheiro, objetos de higiene e pessoais. O meu computador, livros e materiais da universidade pus em outra bolsa, o resto que sobrava alguns seriam levados mais tarde e outros faziam já parte do apartamento. As pessoas desalojadas seriam colocadas em outros apartamentos noutra parte da cidade ou em hotéis.

Desliguei a televisão do meu temporário apartamento já farta de ouvir sobre o mesmo assunto. O céu encontrava-se escuro e com várias nuvens o que dava atender que iria chover. A cidade estava mais quieta do que era costume, nem parecia a mesma, mas foi aconselhado que toda a população tentasse ao máximo permanecer em casa, para sua segurança e também para não perturbarem as obras que estavam a ser iniciadas. Fui ao meu quarto e escolhi um pijama quente e dirigi-me ao banheiro para tomar um duche. Depois de o ter tomado e vestido o pijama deitei-me na minha cama a espera de que o sono chegasse, porém como o que já acontecia há 3 dias ele não apareceu. Sempre que fechava os olhos várias imagens do ataque apareciam na minha mente e não tinham intenções de ir embora, os prédios a ruir, as pessoas em pânico, o carro a voar na minha direção e o Capitão América. Ele salvou-me a vida e estarei para sempre grata por isso tal como a restante população que ele e os Vingadores salvaram.

Como a minha tentativa de dormir fora por água abaixo, levantei-me da minha cama e caminhei até à secretária onde tinha deixado um pequeno álbum de fotos. Abri-o e comecei a recordar os bons momentos que vivi no Reino Unido quer com a minha família, quer com os meus amigos. Várias fotos minhas em bebé e depois mais crescida rodeada pelas pessoas que para mim são as mais importantes. Depois da fotografia tirada a mim, aos meus pais, ao meu irmão numa viagem no sul da Itália, apareceu duas garotas, uma loira e outra morena, abraçadas e com um enorme sorriso no rosto, eu e a minha melhor amiga Ellie. Nós éramos inseparáveis, conhecemo-nos no infantário e a partir daí pertencemos sempre à mesma turma. Compartilhamos ótimos momentos e sei que posso contar com ela para tudo, era uma amizade para toda a vida e mesmo com as nossas discussões nada nos poderia separar. Guardei o álbum e voltei a deitar-me obrigando-me a adormecer e a aceitar que só com o tempo aquelas memórias iriam desaparecer da minha mente.

Acordei com o meu celular a vibrar, tentei alcançá-lo do meu criado mudo e quando o consegui o toque já tinha parado. Sentei-me e tentei adaptar minha visão a luz deste pois não conseguia ver nada, passado breves segundos já conseguia enxergar, mas não conhecia o número que me tinha ligado, não tentei estabelecer contacto pois provavelmente era engano. 

Dirigi-me para a cozinha começando a fazer o meu café da manhã enquanto respondia algumas mensagens de amigos e da minha mãe que desde o ataque em Nova Iorque não tem sido a mesma, mais preocupada do que o costume e se tivesse informado que quase tinha sido esmagada por um carro muito provavelmente me obrigaria a regressar a Milton. Enchi uma taça com cereais e leite, sentei no sofá e liguei a televisão que continuava a passar mais informações sobre o ataque, a sua origem, as infraestruturas destruídas, o número de mortos e a data prevista para o fim das obras. Mudei de canal para um programa qualquer e comecei a comer. Quando me levantei para pousar a loiça na banca o meu celular começa novamente a tocar, o mesmo número que desconhecia, pego e atendo.

— Estou sim? - pergunto.

— Estou a falar com a senhorita Grace Smith?

— A própria.

— Daqui é o Agente Collins da S.H.I.E.L.D, não sei se a senhorita conhece a organização.

— Conheço sim, as notícias não param de falar sobre ela, mas porquê? -perguntei.

— Precisamos de fazer algumas perguntas à senhorita, está disponível?

— Estou, mas acho que não tenho nenhuma informação que…

Sou interrompida pelo som de alguém bater à porta do meu apartamento. Quando estava prestes a dizer ao agente para este esperar uns momentos, ele fala: 

—  Muito obrigada senhorita Smith, o resto de um bom dia.

Não me deu tempo e desligou a chamada. Foi uma conversa muito estranha e comecei a sentir um pouco de nervosismo. Batem a porta novamente, quase tinha esquecido que estava alguém do outro lado, abro a porta sem ter o cuidado de perguntar quem era, achando que provavelmente seria o senhorio ou algum vizinho.

— Bom dia senhorita Smith, espero não estar a incomodando – diz o homem a minha frente. Este estava vestido todo de preto e tinha uma espécie de paleta a cobrir um olho, atrás de si estava uma mulher alta, bela e com um semblante sério no rosto. 

  – Bom dia, quem são vocês? – perguntei confusa.

— Nick Fury diretor da S.H.I.E.L.D, que pela informação do agente Collins a senhorita conhece, muito prazer em conhecê-la -diz. Olho para a mulher à espera que se apresente.

—Maria Hills, agente da S.H.I.E.L.D, um prazer em conhecê-la – fala.

  – Igualmente, mas porque é que estão aqui e como sabem onde moro, o agente Collins disse que queria me questionar sobre algo, mas nunca pensei que viriam até aqui e muito menos num espaço de segundos – disse. 

— Podemos entrar senhorita? – perguntou o homem.

— Acho que não seria uma boa ideia – respondi com receio.

— Se não permitir teremos de entrar à força – disse a agente Hills. 

— Receio que esse método não será necessário agente, com certeza a senhorita Smith nos dará licença para entrar, só queremos fazer algumas perguntas, o tema é bastante importante e queremos mantê-lo em segredo, por isso, é que não deve ser falado nem por chamada nem aqui no corredor do prédio. Por favor senhorita Smith? – perguntou Fury.

Assenti e dei espaço para que entrassem dentro do apartamento. Vi o diretor Fury a fazer sinal a agente Hills e esta começou a caminhar pelos cómodos do apartamento à procura de algo. 

  –  Espero que não se importe que a agente Hills verifique o seu apartamento, nos dias que correm todo o cuidado é pouco – disse dando um pequeno sorriso.

  – Acho que também não tenho escolha. O que vos traz aqui? Sobre o que querem perguntar? – perguntei e acrescentei: – Deixo já claro que considero que não tenho nenhuma informação do vosso interesse.

—  Pelo contrário – disse – A senhorita é a chave para todas as perguntas.

 

 


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