I Found Love escrita por AnnieSmith


Capítulo 2
Capítulo 1




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Aquele seria um dia como todos os outros da minha vida, levantei-me, tomei banho, preparei os materiais para ir a faculdade, fui às minhas redes sociais, um dia totalmente normal. Os meus pais me deram o nome Grace, para ser mais exata, Grace Sophie Smith, tenho vinte e um anos, nasci e passei maior parte da minha vida em Milton, perto de Cambridge. Faz três anos que estou a viver e a estudar em Nova Iorque, o que sempre foi o meu sonho e lutei bastante para o conseguir. O meu curso é sobre História da Arte, algo pelo que sou totalmente e perdidamente apaixonada. Foi uma decisão difícil mudar-me para um continente diferente, longe da minha família e amigos, com costumes diferentes, mas com certeza isso mudou a minha vida e por enquanto, tirando alguns momentos, tudo corria bem.

Peguei a minha bolsa da faculdade e sai do meu apartamento que ficava a uns dez minutos da universidade, era pequeno, mas isso o fazia ser aconchegante. O relógio do meu pulso suava as 12:00pm o que indicava que ainda faltava uma hora para começar a primeira aula do dia. Como ainda não tinha almoçado entrei num dos restaurantes perto da universidade, o Nany's, conhecido pela sua deliciosa comida e por ser o salvador dos alunos na época de exames, quando se precisa de se alimentar sem perder tempo a cozinhar. Sentei-me numa mesa perto da janela, e esperei que algum empregado viesse atender, não demorou muito pois vi a Stefani ao meu lado.

—Olá Grace, o que vai ser hoje? Hoje isto está um caos, parece que ninguém quis ir à cantina. - disse rapidamente.

— Oi, é parece mesmo, acho que vou querer uma salada de frango e um suco de laranja- disse-lhe e dei um pequeno sorriso.

Ela sorriu também, voltou-se rapidamente e começou a andar quase a correr. Conheci a Stefani na minha primeira semana em Nova Iorque, ela também estuda na universidade, tirando o curso de psicologia e trabalha como empregada de mesa para ajudar a pagar os custos dos estudos. Ela fazia turno na primeira vez que entrei no Nany’s e foi ela que me atendeu. Como costumo vir várias vezes aqui começamos a conversar e quando percebemos que estudávamos na mesma universidade, uma amizade começou a florir pois começamos a combinar encontrar-nos no campus da escola. Ela é proveniente de Ohio e tal como eu passa vários meses sem ver a família e, então, somos o ombro amigo uma da outra quando a saudade aperta.

Olhei para fora da janela, estava um dia bonito, os raios solares invadiam as ruas da cidade por entre os grandes edifícios e o ar primaveril fazia com que vários grupos de alunos se sentassem na relva dos jardins da universidade. Pelas ruas várias pessoas, maioritariamente estudantes, circulavam apressadas alheadas ao que se passava ao seu redor, focadas na sua vida e nas suas preocupações. O meu olhar voltou novamente para dentro do restaurante e um empregado vinha na minha direção com o meu pedido. Comecei a comer tranquilamente enquanto lia alguns apontamentos sobre a aula passada de arte moderna, quando de repente, várias pessoas do restaurante que estavam atentas ao noticiário começaram a levantar-se e a dirigirem-se para a porta, outras soltavam exclamações altas. No lado de fora da janela havia bastante confusão, pessoas a correr ou a olhar para o céu espantadas e até carros parados com os seus condutores surpreendidos.

Levantei-me e aproximei-me perto do redor de pessoas que circundavam a televisão e pude ver imagens e vídeos que mais pareciam de um filme. Várias criaturas enormes percorriam os céus de Nova Iorque destruindo tudo por onde passavam, edifícios, estradas, carros. A população fugia procurando um lugar seguro, mas isso parecia uma missão quase impossível.

— As autoridades não sabem o que são estas criaturas nem o porquê de estarem a atacar a cidade. Há rumores de serem extraterrestres ou robots, porém ainda não há confirmação de nada. O ataque iniciou-se perto da conhecida Torre Stark espalhando-se pelas ruas sem uma trajetória definida, sendo que agora aproxima-se do sul da cidade. – exclama a jornalista.

— Nós estamos na zona sul! – grita algum cliente.

— Há relatos de haver um grupo de super-heróis, entre eles, o Homem de Ferro, que estão a tentar conter o ataque. Iremos mostrar mais algumas imagens…- continuou a jornalista.

Não consegui acabar de ouvir o relato desta, pois foi empurrada por um mar de gente assustada para fora da porta. Na rua, várias pessoas corriam, outras saíam dos prédios, tudo ao meu redor era pânico e medo. Comecei a correr também à procura de algum lugar seguro, porém não sabia para onde ir, nem as restantes pessoas sabiam, corriam desnorteadas e, ao fundo da avenida, já se podia observar o rastro de destruição e as tais criaturas a avançar cada vez mais. Novamente comecei a correr, olhando para trás e para cima, mas o céu já estava repleto de monstros horrendos. Parei para ajudar uma senhora que tinha tropeçado e quando esta se levantou a 10 metros estava uma criatura segurando um carro com o intuito de o lançar contra nós, e o fez. Tudo aconteceu muito rápido, fechei os olhos à espera do embate, mas não o senti. Ouvi o som da chapa a cair no chão e à nossa frente estava um homem, com um traje azul e vermelho usando um escudo. Este vira a cara e reconheço-o, todos o reconheciam se passassem por ele. Capitão América.

— Vocês estão bem? – pergunta.

— Sim, obrigada. – responde a senhora.

— Vão para um lugar seguro rápido! – exclama o capitão.

A senhora assente e pega na minha mão me puxando com ela. Olho para trás e vejo-o novamente a lutar contra o inimigo, um inimigo que desconhece pondo em risco a sua vida por um bem maior, para salvar a cidade e principalmente as pessoas que nesta habitam. Uma sensação estranha percorreu-me o corpo, não sei se era o pânico ou a adrenalina, mas senti que a partir deste dia nada seria como antes…


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