So Close escrita por Juli06


Capítulo 11
Capítulo 10




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Capítulo Dez

Red John esmurrou a mesa quando recebeu a atualização. Eles tinham encontraram um fio solto e, isso nunca tinha acontecido. Red John nunca foi descuidado. Mas ele também nunca tinha deixado uma vítima viva.

Levantando da mesa ele começou a andar de um lado a outro, tudo estava dando errado, primeiro ele deixou que fosse descoberto no próprio esconderijo, depois tinha deixado a vítima viva e teve o descuido de deixar provas.

Ele precisa agir o quanto antes, mas primeiro ele ligaria para os contatos dele e impediria que Bertram entrasse no banco de dados. Isso iria atrasá-los por enquanto.

Se acalmando ele respirou fundo e realizou a ligação, com todos os arranjos feitos o próximo passo era acabar com o serviço, ele iria terminar o que foi interrompido. O próximo passo era matar, de uma vez por todas, Teresa Lisbon.

~.~

Jane e Lisbon voltaram para a CBI com um suspeito em mente e juntos pretendiam ficar um passo a frente dele.

– Cho. – Chamou Lisbon. – Preciso que você procure sobre Bob Kirkland.

– Por que ele, Chefe?

– Por que ele... – Antes que Lisbon terminasse a frase LaRoche apareceu e a cortou.

– Agente Lisbon o que você está fazendo aqui? – Perguntou ele surpreso. – Era para está em casa em repouso.

– Desculpe, LaRoche. Não consegui ficar tanto tempo dentro de casa e sendo vigiada. – Ela falou. – E eu posso ser mais útil aqui.

– Eu concordaria com você, se você não fosse a vítima. – Ele disse em repreensão. – Você ainda está se recuperando e tentamos encontrar esse criminoso para protegê-la de ameaças. Se você ficar correndo de um lado a outro atrás de pistas se tornará um alvo fácil.

– Eu sei, mas eu preciso está aqui. E já temos um suspeito em vista. – Ela disse e tentou mudar de assunto.

– Suspeito? – Ele perguntou intrigado. – Quem?

– Bob Kirkland. – Falou Jane, que tinha permanecido em silêncio até então.

– E por que ele é suspeito?

– Soubemos que encontraram um digital na cena do crime, mas não a identificaram por que o FBI e a Segurança Nacional bloquearam os bancos de dados. – Falou Jane. – A única pessoa que parece ter acesso a isso é Bob Kirkland, ele tem recursos, sempre está um passo a frente da gente e tem sempre alguém influente como discípulo.

– Jane tem razão. – Falou Lisbon apressada. – Precisamos saber onde ele está agora.

– Ok, você pode comandar a investigação, Lisbon, mas tome cuidado e se você for muito fundo e não conseguir controlar-se sairá do caso.

– Certo, eu o atualizarei do progresso. – Falou Lisbon e viu LaRoche voltar para sua sala.

– Ok, Cho. – Falou Jane. – Precisamos saber onde Bob esteve nas últimas duas semanas, o que ele fez, se tem algum movimento na conta bancária. Precisamos descobrir se ele tem alguma ligação com as outras vítimas.

Cho afirmou e voltou a sua atenção para o computador. Antes de saírem da sala Lisbon avistou Van Pelt e Rigsby chegando. Eram 12 p. m. e só eram para chegarem no final da tarde.

– O que vocês fazem aqui? – Ela perguntou.

– Iriamos fazer a mesma pergunta, Chefe. – Falou Van Pelt aborrecida. – Era para está em casa descansando.

– E vocês dormindo. – Ela disse. – Mas já que vocês estão aqui se atualizem com Cho. Eu vou falar com LaRoche.

Jane não foi com Lisbon apenas sentou no sofá e esperou. Ele ficou observando a equipe trabalhar e tentar encontrar alguma coisa sobre Bob Kirkland, mas até o momento nada foi descoberto.

A tarde passou rápido, sem nenhum caso para investigar todos se empenharam nas buscas de pistas, mas sempre dava em um beco sem saída. Quando o relógio marcou 4 p.m. Lisbon dispensou sua equipe para descansar, no dia seguinte eles continuariam.

Assim que eles saíram Jane foi em direção a sala de Lisbon, eles precisavam conversar, a noite anterior não saia da cabeça dele. Ele passou o dia em silêncio, quieto, mas não por que ele estava abalado por ser um caso com Red John, mas ele estava quieto porque não podia tocar nela, ou beijá-la como gostaria desde que a viu pela primeira vez, claro que na época ele ainda estava ferido e descartou a ideia assim que passou pela cabeça. Mas depois de tantos anos ele precisava dizer a ela que foi inevitável e que ele tinha se apaixonado, na noite anterior ele prometeu a si mesmo que iria contar. E assim, cauteloso, ele foi até a sala dela.

– Ei. – Chamou ele.

– Ei, Jane. – Ela falou e sorriu. – Você passou o dia quieto.

– Você sabe, o caso mexeu um pouco comigo. – Ele disse. – Lisbon, você vai embora de que horas?

– Não sei ainda, preciso descobrir se Bob tem alguma ligação com as vítimas.

– Isso pode esperar para amanhã. – Ele disse. E isso despertou uma curiosidade em Lisbon.

– Jane, você está bem? – Perguntou ela desconfiada. – Você sempre quer ir atrás de tudo sobre Red John, por que agora você quer parar? Estamos mais perto do que nunca.

– Eu sei disso, mas eu preciso conversar com você. – Ele disse emburrado. – E aqui não é apropriado.

– Ok, eu preciso terminar isso aqui podemos sair daqui a 30 minutos.

– Certo, estarei esperando.

Quase trinta e cinco minutos depois Lisbon foi chamar Jane no sótão. Eles saíram juntos e foram no carro de Jane.

– Para onde vamos? – Perguntou ela para tentar quebrar um pouco da tensão.

– Passaremos num restaurante e pegaremos comida. Depois podemos ir para sua casa. Pode ser? – Ele perguntou ansioso.

– Por mim tudo bem.

Acelerando o carro eles saíram da CBI.

~.~

Red John tinha acabado de chegar ao apartamento de Lisbon, ele a mataria ali, seria muito mais prático. Ele tinha cansado de brincar com Jane, tinha sido divertido, mas isso quase custou sua identidade. Estava na hora dele encerrar esse assunto, ele já sabia que estavam o investigando e procurando saber sobre cada passo seu.

Sorrateiramente ele foi até o quarto dela, ele iria pegá-la lá. Ao entrar no quarto viu que a cama estava bagunçada, tinha algumas roupas espalhadas por uma poltrona. Parecia que ela tinha saído com pressa. Avaliando o quarto ele começou a ver a parede que iria fazer a carinha e a que altura ficaria.

Sorrindo de modo insano ele preparou alguns materiais, em breve ela estaria chegando e isso seria realmente divertido. E mal acabou de pensar nela ouviu som de carro. Ela finalmente tinha chegado em casa.

~.~

Jane parou o carro na garagem. Ambos estavam calados, a tensão era grande, mesmo sem saber ao certo o que ele diria ela já sentia o que poderia ser e isso a estava deixando nervosa. Suspirando ela resolveu acabar logo com a miséria deles.

– Jane, vamos entrar. Ficar aqui não vai adiantar de nada. – Lisbon falou e saiu do carro com as sacolas do jantar deles.

Jane saiu em seguida, caminharam até a porta. Jane tirou a chave do bolso e abriu a porta do quarto de hotel onde ele vivia.

– Por que você não quis ir para seu apartamento? – Perguntou ele intrigado.

– Eu não estou mais me sentindo tão à vontade como antes. Eu precisava de algum lugar que eu me sentisse segura. – Ela falou e suas bochechas ficaram rosadas de vergonha.

– E desde quando quartos de hotéis são seguros? – Ele perguntou desconfiado.

– E quem disse que é o quarto que me dá segurança? – Ela perguntou o desafiando.

Jane a olhou surpreso, ele não esperava uma declaração tão espontânea vindo dela. Mas resolveu ignorar... por enquanto. Sentaram na mesa pequena que tinha no quarto e comeram em silêncio. Lisbon tinha sugerido comprarem vinho, mas Jane descartou a ideia imediatamente, ela ainda tinha dores de cabeça e beber álcool não era uma boa ideia.

Assim que terminaram de comer ficaram se encarando, sem saber como começar o assunto. Até que...

– Lisbon, eu preciso te confessar uma coisa. – Começou Jane – Eu não consigo mais fingir. Eu estou... apaixonado por você. Eu quase te perdi, e eu não quero passar mais nenhum dia sem te dizer isso.

Lisbon o encarou chocada, podia esperar por tudo, mas isso... ela respirava um pouco mais rápido agora. Ela também estava apaixonada por ele, foi inevitável, mas ela lutava tanto com esse sentimento que ela passou a acreditar que era só amizade. Ela ficou sem reação durante algum tempo, até que ele saiu da mesa, constrangido. E ela percebeu que ainda não tinha falado.

– Jane. – Chamou num sussurro. – Eu não sei o que dizer. Eu só... droga, eu estou apaixonada por você também, mas eu tenho medo...

– Não precisa ter medo. – Ele disse e se aproximou dela. Delicadamente ele a puxou da cadeira para ela ficar de pé também. – Estamos juntos nessa. Eu só não posso mais esconder isso.

Lisbon ia retrucar, mas Jane não deixou, a puxando pela cintura ele colou seus lábios com o dela e a beijou, apenas os lábios se moviam, mas ele pediu passagem com a língua na boca dela reivindicando tudo que era seu. Tudo que lhe foi negado esses anos, ela deixou de resistir e emaranhou suas mãos no cabelo dele, o puxando para si, como se eles pudessem se fundir.

Jane os conduziu até a cama e suavemente a deitou lá. Ele interrompeu o beijo e olhou nos olhos dela, um verde tão puro e sincero que ele tinha medo de se perder neles. Jane acariciou o rosto dela e maravilhada com o toque ela fechou os olhos em ternura.

Botão por botão ele abriu a blusa dela, ele a tocada com cuidado como se a qualquer momento ela fosse quebrar. Ele jogou a blusa longe e se deparou com um top esportivo, que a deixava ainda mais feminina, mas não foi isso que lhe chamou atenção, havia hematomas em toda parte do dorso dela. Deixando escapar um “Oh God” quase inaudível, ele abaixou a cabeça e beijou cada um deles.

Tocando o rosto dele Lisbon o puxou para encará-lo e perguntar o que estava errado e ela ofegou em emoção quando o viu com lágrimas rolando pelo rosto.

– O que foi? – Ela perguntou preocupada.

– Eu... quase te perdi. – Ele disse entre lágrimas. – Eu quase... te perdi.

E entre lágrimas ele enterrou o rosto entre os seios dela e chorou, sem se conter ela se permitiu envolver na emoção e chorou também. Ela acariciava a cabeça dele esperando ele se acalmar, afagava com carinho os cabelos loiros. Depois de um momento ela sentiu os lábios dele beijando sua pele. Cada extensão era reivindicada por ele. Jane pegou seu pulso e beijou as marcas que tinham ficado por causa das cordas que a manteve presa.

Peça por peça ele a despiu, e a encarou. Um sorriso de adoração se apoderou da face dele.

– Você é tão linda. – Ele disse. E voltou a beijá-la, Lisbon correspondeu e o puxou pelo colete, tentava tirar o paletó, mas não conseguia.

Vendo a urgência dela Jane levantou da cama e com uma velocidade recorde tirou a roupa e voltou para ela, ele a tocava em todos os lugares a amando como ela nunca pensou que um dia seria amada.

Porém de repente ela ficou tensa, prendeu a respiração e o empurrou, surpreso Jane a encarou e viu medo e terror se apoderar do olhar dela, era como se ela estivesse novamente no porão. Com receio de assustá-la ele a abraçou e ainda a encarando sussurrou:

– Sou eu, Teresa. Não precisa ter medo. – Ele disse. – Eu não vou te machucar. Eu nunca vou te machucar.

Ela nada disse, mas ele podia ver que ela ainda não prestava atenção no que ele dizia, Jane tentou mais uma vez.

– Vamos lá, Teresa. Volte para mim, eu preciso que você volte para mim. – Ele estava ficando desesperado com o estado dela. – Sweetheart, volte.

Lisbon o encarou e ele soube o momento exato que ela voltou:

– Jane? – Ela sussurrou e em seguida enlaçou o braço no pescoço dele como se ele fosse sua tábua de salvação no mar de emoções que estava vivendo.

Shhhiss, está tudo bem. Eu estou aqui. Ninguém vai te machucar, eu prometo. – Jane dizia a acalmando e foi a vez dele de esperar ela se acalmar. E antes que pudesse fazer alguma coisa, ela o beijou.

Um beijo exigente, feroz, Lisbon queria devorá-lo. Se preciso fosse arrancaria a alma dele com o beijo.

Acompanhando o ritmo dela Jane voltou a explorar o corpo dela até que com calma eles se uniram, como duas peças de um quebra cabeças, um molde certo e perfeito. Ela gemeu o nome dele como um mantra, ela queria esquecer tudo, naquele momento era só os dois, ninguém poderia quebrar o encanto. Eles foram aproximando cada vez mais do êxtase, eles precisavam dessa liberação, desta certeza de estarem juntos e foi isso que fizeram. Se jogaram como se não houvesse mais nada, como se o amanhã não existisse.

Ofegante Jane caiu em cima dela, e tentou recuperar o fôlego. Ficaram assim durante alguns minutos e quando ele ia deitar do lado dela Lisbon o impediu.

– Não vá. Eu quero continuar te sentindo, eu preciso saber que isso foi real. – Ela pediu num sussurrou. Jane apenas aceitou, se acomodou melhor dentro dela e deitou a cabeça entre os seios delas. Ela ficou afagando o cabelo dele e perdida em pensamento, mas o sono estava vencendo e ela se sentiu sendo levada para o mundo dos sonhos, percebendo que ela ia dormir, e também quase dormindo Jane falou o que deveria ter falado há muito tempo:

– Eu te amo, Teresa.

Sorrindo e um pouco surpresa ela respondeu de volta:

– Eu te amo também, Patrick.

Ambos foram embalados pelo sono, confortáveis por estarem no braço um do outro. Mas um único detalhe Lisbon deixou passar, ela não percebeu que Jane tinha tirado a aliança, e que naquela noite ele se entregou de corpo, alma e coração para ela.

Continua...


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