Dear, Soldier escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 10
Sorry


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Alô, alô, alô, vocês sabem quem sou eu? Alô, alô, graças a Deus.
Voltei desse hiatus forçado pela escola. Estou de férias e atualizações frequentes e fora de hora aparecerão. Então, não fiquem bolados.
Talvez eu tenha deixado vocês bem bolados com o capítulo passado, mas já trouxe a solução.
Enfim, vamos parar de enrolação e vamos para a fanfic.

Boa leitura.



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Depois da tarde completamente conturbada e tensa que teve com Kurt no parque, Sebastian se questionou várias vezes porquê alguém deveria gostar dele. O rapaz chegou a pegar um pedaço de papel e começar a listar qualidades que ele tinha e que, possivelmente, outras pessoas pudessem gostar nele. Sebastian não encontrou absolutamente nada que gostava em si.

Fisicamente ele até se considerava bonito – o que fez ele se achar um pouco egocêntrico –, mas sentimentalmente e internamente, ele não conseguia achar qualidades. Ele também pensou em “super-protetor”, mas isso também causou nele uma comoção, já que ele se enxergou ciumento possessivo. No final, Sebastian se encontrou com um papel todo rabiscado e amaçado e com a moral pior do que quando começou a fazer a lista.

Sem muitos fundamentos ou intenções, Sebastian começou a escrever qualidades que ele gostava em Kurt. O Hummel era inteligente, talentoso, corajoso, criativo, sensível, gentil e muitas outras coisas, mas só quando a folha estava quase acabando, que Sebastian se deu conta do que estava fazendo.

Em pouco tempo de convívio ele tinha, literalmente, uma lista com qualidades sobre Kurt. Ele comparou o que ele tinha para ele e o que Kurt tinha. Uma ideia estranha surgiu na cabeça de Sebastian. Ele pegou seu papel e escreveu o nome de Kurt. Ele achara uma qualidade nele. Porque se Kurt ainda continuava com ele e insistia em ficar com ele, era porque Kurt via coisas que Sebastian jamais vira. Sendo assim, ele valia a pena, porque alguém com o coração tão extraordinário como Kurt, não se deixaria levar por alguém tão vazio como Sebastian, principalmente depois de tantas decepções que Sebastian havia dado para ele.

Foi pensando nisso, que a ideia perfeita surgiu para ele conversar com Kurt. Ele só precisaria dar alguns telefonemas antes e, finalmente, poderia dar Kurt alguma coisa boa sobre quem era Sebastian Fabray.

Sebastian se levantou rapidamente da cama e correu para encontrar seu telefone. Ele tinha muito o que planejar ainda.

[...]

Kurt não falava com Sebastian há vários dias. Ele se sentia arrependido por dizer aquelas coisas para o Fabray. Por diversas vezes ele se sentiu culpado, principalmente por querer privar Sebastian de sentir ciúmes. Tudo era novo demais.

Novo demais. Outro fato que ainda o incomodava. Ele se lembrou do problema que pareceu ser a inexperiência dele para Sebastian. O Fabray tinha vinte e dois e ele dezessete, não poderia haver tanta diferença assim. Tirando o fato de que Sebastian ainda tentava esconder sua sexualidade e, de alguma forma, tinha arranjado um namorado. Obviamente Sebastian era mais experiente, mas a indignação dele no parque fez com que Kurt se perguntasse o quão longe Sebastian já havia explorado sua sexualidade.

Mas nada disso realmente preocupava Kurt tanto quanto o fato de Sebastian não se ver da mesma forma que Kurt o via. O Hummel via Sebastian como um rapaz dedicado, corajoso, valente, sensível, mas parecia que o Fabray só via a si mesmo como uma grande bagunça. Havia defeitos, mas como em todo outro ser humano, não havia muito o que ficar se martirizando. Kurt já passara por essa fase de se auto negligenciar e sabia quão ruim era.

Enquanto brincava com o papelzinho de bala em suas mãos, Kurt recebeu uma mensagem. Ele, sem muito animo, foi conferir de quem era. Ele precisou rever algumas vezes para ter certeza de que era realmente de Sebastian. Mas sim, o três emojis estavam ali.

Quando ele começou a ler a mensagem, foi quando ele viu que não era Sebastian. Era Quinn.

Kurt, aqui é Quinn. Eu preciso da sua ajuda. Me encontre o mais rápido possível no Hospital de Lima. Por favor, se apresse”

Não teve muito o que Kurt fazer além de pular da cama e começar a se trocar o mais rápido possível. Não era exatamente uma má notícia sobre Sebastian, mas Quinn usando o celular dele e pedindo para que ele fosse até o hospital, também não era um bom sinal. Ele colocou qualquer coisa que viu na frente, pegou sua bolsa, seu celular e saiu correndo do quarto. Depois de descer as escadas e entrar na cozinha, encontrou apenas seu irmão comendo e olhando para o teto.

– Finn, eu preciso de um favor. – Kurt começou a procurar suas chaves. Finn olhou para o irmão, não notando a tensão no castanho. – Preciso que você me leve ao Hospital de Lima. – Kurt se virou para o irmão e o encarou nos olhos.

Finn imediatamente se endireitou na cadeira e soltou seu sanduiche. Ele analisou o irmão antes de perguntar:

– Está tudo bem com você?

– Sim, mas talvez não esteja com alguém que eu me importo. – Finn nunca vira Kurt perder o controle assim. – Então, se você puder, por favor, me leva até o hospital.

– Não, tudo bem. – O Hudson se levantou imediatamente e recolheu as chaves do carro de cima do balcão. Os dois saíram correndo de casa.

Naqueles curtos instantes onde os dois entravam na garagem e dentro do carro, Kurt pediu diversas vezes, para quem quer que estivesse ouvindo seus pensamentos, para que tudo estivesse bem com Sebastian. Ele não queria se arrepender do que havia dito quando não houvesse para quem dizer.

Depois de colocar o cinto e Finn dar a partida no carro, foi que Kurt sentiu algo estranho em sua mão. O Hummel tirou os olhos da janela e olhou para o que lhe incomodava. Era o papel da bala de cereja. Observando o papel vermelho vivo em suas mãos, foi que ele teve certeza de que nem nas formas mais simples ele conseguia se desconectar de Sebastian.

[...]

Quando chegou ao Hospital de Lima, Kurt já foi saltando do carro, mas Finn o segurou pelo braço.

– Você quer que eu vá com você? – Finn parecia pequeno como nunca. A preocupação com o irmão mais novo era notável.

– Não. Quero fazer isso sozinho. – Finn soltou o irmão. – Mas vá para casa, tome um banho, coloque alguma roupa confortável, coma alguma coisa, avise o papai e depois venha para cá. Acho que vou precisar mais de você do que nunca.

Finn assentiu com a cabeça e esperou Kurt fechar a porta e se afastar para ir embora do estacionamento do hospital. Do estacionamento, Kurt foi para o elevador. Depois de esperar alguns instantes, elevador chegou e estava vazio.

Kurt entrou, mas não sabia qual botão apertar, então acabou apertando o botão da recepção. Quando a porta estava quase fechando, uma mão parou e as portas voltaram a se abrirem. Kurt olhou para cima e viu um casal loiro entrando no elevador. Por um momento seu coração foi ao estomago por achar que eram os Fabray, mas quando o casal olhou para ele com os olhos marejados, ele sabia que não eram os pais de Quinn e Sebastian.

Por algum estranho motivo, assim que a mulher olhou para Kurt, seu choro piorou. O castanho se achou em uma situação constrangedora e apenas olhou para baixo. O que salvou ele naquele momento, foi seu celular que vibrou em seu bolso. Novamente era uma mensagem do celular de Sebastian, avisando que o andar que ele precisava ir era o oitavo e que já sabiam que o castanho estava indo visitar alguém.

O casal tinha ficado no sexto andar. Andar que Kurt conhecia bem, pois lá era o andar dos acidentados. Anos atrás ele se lembrava de pedir para o pai para apertar o número seis nos botões, instantes antes de receber a notícia de que sua mãe havia morrido.

Se livrando desses pensamentos, Kurt saiu do elevador no oitavo andar. Não sabendo muito bem o que fazer, Kurt foi para uma pequena bancada de frente para o elevador, onde uma mulher morena digitava rapidamente no computador. Kurt olhou para os lados e não viu ninguém por ali, a não ser alguns médicos.

– Com licença. Estou aqui para a família Fabray. – A voz de Kurt havia sido quase inaudível. A mulher o olhou e pareceu tentar se recordar de alguma coisa.

– Oh sim, o senhor deve ser o rapaz que viria para o soldado Fabray. – Kurt engoliu em seco ao ouvir Sebastian ser chamado daquela forma. – Tudo o que o senhor precisa fazer é ir até o final daquele corredor. – Ela indicava o lado direito, onde haviam várias janelas de vidro e portas. Tudo era idêntico e branco, a não ser uma planta no fundo do corredor. – O senhor conseguirá vê-lo através do vidro. Mas antes do senhor ir, pegue isso.

Kurt pegou uma etiqueta que indicava que ele era visitante e escreveu seu nome nela. Em seguida, ele foi liberado. O rapaz agradeceu e se direcionou para o corredor. Em silencio e com passos muito curtos, Kurt começou a caminhar pelo corredor branco.

Olhando para os lados, Kurt via alguns jovens e suas famílias pelos vidros. Quanto mais entrava no corredor, mais novos os jovens se tornavam e mais carecas também. Kurt franziu a testa em confusão até entender o que estava acontecendo. Aquela não era uma ala comum.

Kurt parou por alguns instantes, quando olhou para o lado e viu uma família chorando ao lado de uma menina loirinha de cabelos muito curtos. O Hummel pode imaginar a cena perfeitamente: uma menina que parecia perfeitamente curada, tendo uma recaída, precisando voltar para o hospital e descobrindo que a doença a abalava novamente.

Antes que ele começasse a chorar, Kurt foi rapidamente para o fundo do corredor. As crianças foram ficando mais novas, até que Kurt finalmente chegou perto da última janela. Ele parou, porque sabia que lá encontraria Sebastian com várias agulhas conectadas a seu corpo, com a saúde muito debilitada. Ele estaria sozinho naquela sala, já que era mais velho do que os outros, talvez a família dele estivesse lá. Quinn estaria chorando. Logo seria ele.

Respirando fundo algumas vezes, Kurt deu os primeiros passos. Começou a ter visão das primeiras coisas da sala. Primeiro era uma parede em um tom pastel de amarelo, depois um berço, outro, em seguida crianças. Crianças sentadas no chão. Como se tivesse arrancado um esparadrapo, Kurt ficou de uma vez de frente para a janela da sala.

Eram várias crianças, algumas enfermeiras e um Sebastian. Eles conversavam animadamente. Eram crianças de idades variadas, assim como os cortes de seus cabelos. Sebastian fazia algumas graças. Mas só alguns instantes depois de aparecer, Kurt foi notado e acolhido pelo grande sorriso de Sebastian. Depois várias crianças viram o castanho e começaram a gritar e bater palmas, apesar de Kurt não escutar nada. O Hummel acenou de volta para elas. Depois quando tudo parecia ter se acalmado, Sebastian chamou Kurt com a mão.

O castanho fez o que foi dito e foi para a porta. Ele entrou e todos ficaram olhando para ele.

– Pessoal, esse é o amigo de qual eu disse. Kurt. – As crianças novamente voltaram a fazer a festa para Kurt. O castanho teve que se controlar para não começar a chorar. – Ele não sabe, mas hoje nós vamos cantar uma música para vocês. – Kurt olhou espantado para Sebastian. – Kurt, deixa sua bolsa aí no sofá e vem se sentar aqui. – Sebastian indicava o lugar no sofá ao lado dele.

Kurt fez o que foi requisitado e se sentou ao lado do Fabray. Ele ficou olhando para Sebastian, ainda incrédulo com a brincadeira totalmente sem graça. Sebastian olhou para uma menina e ela se levantou, indo buscar algo.

– Eu não estou acreditando que você fez isso. – Kurt ficou olhando nos olhos de Sebastian, ele não conseguia parar de rir de si mesmo. – Achei que fosse você nessa situação... Você me assustou de verdade. – Kurt mostrou sua mão que tremia freneticamente.

– Não é culpa minha se você realmente achou que Lucy tinha senha do meu celular e sabia que seu nome estava salvo daquele jeito. – Sebastian nem ao menos olhava nos olhos de Kurt, mas o sorriso era bem satisfatório. Kurt ficou sem saber o que responder, então apenas deu um beliscão em Sebastian e encostou a testa na bochecha do rapaz.

Depois que ele olhou para frente e viu alguns sorrisos, foi quando ele se tocou que estava em público e que talvez nem todos aceitariam aquela demonstração de afeto um do outro. Para acabar com o pequeno constrangimento, uma menina, já careca, entregou um computador para Sebastian.

O rapaz começou a mexer e procurar a base da música que ele e Kurt cantariam.

– Eu pelo menos sei que música é essa? – Perguntou o castanho, tentando espiar o computador.

– Você com certeza conhece e se não conhecer, as meninas vão nos ajudar. – Desviando a atenção de Kurt, Sebastian se virou para as crianças. – Espero que gostem.

Sebastian deu o play e a música começou. Kurt sabia exatamente qual música era e do que se tratava. Não só a música, como tudo. O motivo pelo qual Kurt estava naquele hospital com Sebastian.

Sebastian

You gotta go and get angry at all of my honesty
You know I try but I don't do too well with apologies
I hope I don't run out of time, could someone call a referee?
‘Cause I just need one more shot at forgiveness

Kurt só conseguia determinar a voz de Sebastian como sexy. O jeito como a voz dele era rouca e ele usava o olhar para incrementar todo o resto. Apesar de Kurt só precisar focar no pedido de desculpas, muitas coisas chamavam atenção agora. Sem contar que ele não era o único a estar admirado pela voz do Fabray.

Sebastian

I know you know that I made those mistakes maybe once or twice
By once or twice I mean maybe a couple a hundred times
So let me, oh, let me redeem, oh, redeem, oh, myself tonight
‘Cause I just need one more shot at second chances

Kurt ficava feliz por Sebastian pedir desculpas usando uma das qualidades que ele mais admirava em Sebastian: sinceridade. Ele poderia falar com Kurt em algum lugar privado e contar porque se arrependia, mas estava fazendo isso e alegrando algumas crianças. Mostrando que ele se via como uma pessoa sensível e solidária.

Sebastian e Kurt

Yeah, is it too late now to say sorry?
‘Cause I'm missing more than just your body
Is it too late now to say sorry?
Yeah I know that I let you down
Is it too late to say I'm sorry now?

Kurt entrar de repente na música, surpreendeu algumas crianças, as enfermeiras e principalmente Sebastian. Porque a voz do castanho era tão bonita, que ninguém esperava que aquele rapaz tão retraído, teria uma voz tão impressionante.

Quando a parte mais agitada da música chegou, Kurt puxou algumas crianças para dançar com ele, enquanto outras faziam a segunda voz com Sebastian. Aos poucos, algumas crianças também foram se levantando e dançando com os dois rapazes. Era bom ver crianças em posições tão difíceis, se divertindo sem preocupações ou dores.

Sebastian

I'll take every single piece of the blame if you want me to
But you know that there is no innocent one in this game for two
I'll go, I'll go and then you go, you go out and spill the truth
Can we both say the words and forget this?

Kurt observou Sebastian brincar com algumas crianças e achou mais outra coisa que ele adora no rapaz: seu coração gigante. Ele havia sido mandado para o exército por conta da sua sexualidade pelo seu pai e havia o perdoado. Se sentia culpado por não participar do crescimento da irmã, quando não deveria. Sem contar que em meio a várias coisas ao mesmo tempo, encontra tempo para se importar com Kurt. E ainda estava sendo solidário com crianças com problemas muito maiores.

Sebastian indicou Kurt com a cabeça, passando a música para ele.

Kurt

Is it too late now to say sorry?
‘Cause I'm missing more than just your body
Is it too late now to say sorry?
Yeah I know that I let you down
Is it too late to say I'm sorry now?

Kurt chamou Sebastian com o dedo e os dois começaram a dançar sozinho em meio a todas as crianças. Por algum motivo, Kurt agora se sentia confortável com todas essas pessoas em volta, mesmo com as mãos do Sebastian na sua cintura. Parecia que elas achavam que eles eram namorados e isso não as incomodava nem um pouco.

Kurt e Sebastian

I'm not just trying to get you back on me
‘Cause I'm missing more than just your body
Is it too late now to say sorry?
Yeah I know that I let you down
Is it too late to say sorry now?

Depois de dançar com Kurt, Sebastian se voltou para todas as crianças e todos fizeram uma grande roda, para que todos pudessem dançar. Olhando os sorrisos daquelas crianças, uma nova qualidade de Sebastian se fez aparecer mais claro para Kurt: conquistador.

Não que Sebastian fosse um garanhão. Mas Sebastian cativava a todos por onde passava. Um carisma por simplesmente gostar das outras pessoas. Isso era difícil de se encontrar. Por talvez passar muito tempo no exército, ele acabou se tornando uma pessoa solidária. Isso também se dava ao fato dele agora dar mais valor a vida e prestar atenção nas pequenas coisas. Então Kurt não podia exigir que ele olhasse apenas para ele, quando ele era tão altruísta.

Todos

I'm sorry, yeah
Sorry, oh
Sorry
Yeah, I know that I let you down
Is it too late to say sorry now?
I'm sorry, yeah
Sorry, oh
Sorry
Yeah I know that I let you down
Is it too late to say sorry now?

Ao último verso da música, Sebastian abraçou Kurt e o cantou no ouvido de Kurt, dando-lhe um forte abraço. Kurt se sentiu tão protegido, que não queria jamais sair dali.

– Não precisa se preocupar. – Respondeu Kurt. Em seguida, sentiu os lábios de Sebastian em sua cabeça.

Logo os dois já estava comemorando junto com as outras crianças. Mas Kurt mal conseguia tirar os olhos daquele sorriso enorme no rosto de Sebastian. Ele ser lindo não era outra qualidade?

[...]

– Está entregue. – Disse Sebastian, parando o carro na frente da casa de Kurt.

– Obrigado. – Disse Kurt, olhando pra ele com a cabeça encostada no banco.

– É caminho. E é sempre legal deixar Finn um pouco preocupado. – Brincou, Sebastian.

– Não. – Kurt riu. – Obrigado por hoje. Me fez refletir muita coisa sobre você e sobre minha vida.

– É mesmo? O quê por exemplo? – Sebastian arranjou uma forma mais confortável de se sentar no banco do carro. Ele se mostrava interessado pela conversa e gostava de passar um tempo com Kurt.

– Percebi que preciso dar mais valor ainda a minha vida; preciso viver cada dia como se fosse o último e preciso apreciar mais as coisas simples da vida, porque são essas coisas que não se compram ou o tempo guarda. – Sebastian deixou suas sobrancelhas se erguerem. – Hoje eu percebi que preciso parar de ser tão egocêntrico e parar de me importar tanto com algumas coisas banais.

– Foram grandes passos, mas não acho que você seja egocêntrico. Pelo contrário, você me ajudou quando eu estava fazendo da sua vida uma bagunça. – Sebastian sorriu para Kurt.

– O que você acaba de dizer se encaixa nas conclusões que tirei sobre você. Novamente você está sendo altruísta. Hoje eu vi tantas coisas lindas em você, Sebastian. Descobri um pouco mais de quão encantador você é. Talvez você não consiga ver suas qualidades por elas serem tantas e tão únicas, que você acaba confundindo-as. – Sebastian corou. – Fazer o que você fez por aquelas crianças é realmente extraordinário e tocante.

– Então, você não se importa se eu ainda estiver em processo para acreditar que sou uma boa pessoa? – Perguntou o Fabray, um pouco encabulado.

– Não, porque há instantes você desmentiu o fato de que eu sou egocêntrico. Se você também tem problemas para enxergar suas qualidades, não serei eu que iria força-lo, mas peço que jamais esqueça o quão maravilhoso você é... E se eu estou com você, é porque eu vejo tudo isso.

Se aproximando do corpo de Sebastian, Kurt deu um leve beijo muito próximo aos lábios de Sebastian. Não que ele não quisesse chegar lá ou tivesse errado o lugar, mas esse momento pedia muito mais uma coisa delicada de amigos, do que amantes. Eles estavam se ajudando como amigos. Estavam sendo amigos.

Com o polegar da mão direita, Kurt acariciou a bochecha de Sebastian. Quando tirou os lábios da pele de Sebastian, Kurt ficou muito perto do rapaz, esperando que ele abrisse os olhos. Quando fez, Kurt se deixou mais uma vez encantar por aquela cor verde intensa e bonita. Kurt abriu um largo sorriso, que se contagiou no rosto de Sebastian.

– Obrigado. – Disse Sebastian. – Obrigado por simplesmente existir.

– Obrigado, mas obrigado por insistir. – Kurt se afastou e já foi saindo do carro. – Nos vemos amanhã no parque? – Perguntou ainda de costas.

– Eu não perderia por nada. – Disse Sebastian.

Com a resposta que precisava, Kurt saiu do carro e foi para casa. Tocando suas costas, ele sentia o olhar de Sebastian. Ele abriu a porta e entrou, mas antes de fechar, acenou um adeus para o rapaz dentro do carro. Sebastian fez o mesmo.

Kurt entrou e fechou a porta, mas logo depois abriu a janelinha da porta e viu o carro subir a rua. Quando o carro sumiu de vista, Kurt fechou a janela e bateu com as costas na porta. Um suspiro forte e inesperado veio. Um sentimento estranho bateu em seu peito e precisou ser dito em voz alta, porque ele apenas não coube mais em seus pensamentos.

– É muito bom estar apaixonado...


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Notas finais do capítulo

No final, comigo tudo fica bem.
Kurtbastian é muito amorzinho, né pessoal?! Como não amar? *-*

Próximo capítulo vai ser babado e confusão de novo.

Espero que tenham gostado. Tchau!



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