Rainha da Neve escrita por Kikonsam


Capítulo 5
Grand Pabbie


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um, espero que gostem...



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Anna e Kristoff estavam presos. Uma cadeia gelada, em que ao invés de barras de ferro existiam barras de gelo fortíssimas. Tão fortes que o martelo de quebrar gelo de Kristoff não conseguiu de jeito nenhum quebra-los. Kristoff estava desesperado, pois a mulher que ele ama estava morrendo aos poucos com um coração congelado em uma cela feita de gelo e não tinha nada que ele poderia fazer para impedir que ela morra lenta e dolorosamente. A mecha amarela já existente no cabelo de Anna se tornou branca, e ela tremia como nunca. O frio parecia vir de dentro dela, consumindo-a de dentro para fora até simplesmente engoli-la em um buraco negro gelado e obscuro que era o poder de congelamento de Elsa. Kristoff não parava de bater nas barras de gelo com seu martelo com toda a força que podia, sem sucesso. Nenhum pedaço de gelo se soltava. As barras de gelo pareciam indestrutíveis. O barulho do martelo batendo nas barras de gelo incomodava Anna a um ponto insuportável. Ela não aguentou mais depois de vinte minutos incessantes de Kristoff tentando quebrar as barras, e disse:

– Kristoff, para! Você não percebeu que isso é inútil?

Anna estava com os queixos tremendo de frio enquanto estava sentada no chão de sua cela. No mesmo momento que Anna falou isso, Kristoff parou de bater com seu imenso martelo e simplesmente o jogou de volta no chão da cela, se sentando.

– O que nós vamos fazer? – pergunta Kristoff para Anna.

– Não há nada que possamos fazer. – fala Anna, apenas olhando para baixo enquanto fala para a voz de Kristoff, já que não conseguia ver seu rosto.

– Deve ter algo. – fala Kristoff. – Não podemos simplesmente perder. E o Hans? Ele vai sentir sua falta, não?

–Há! – fala Anna, rindo sarcasticamente. – Até parece que ele vai sentir minha falta quando acordar. Sou só seu passaporte para a realeza, não valho de nada para ele...

– Anna, pare de ser infantil! – fala Kristoff, dando uma pequena lição de moral em Anna. – Ele vai vir atrás de você, e se ele não vier, seus pais vêm.

– Kristoff, ninguém liga para mim. – fala Anna. – todos só querem ter um filho homem para ser o sucessor ao trono, não uma filha mulher.

– Anna, pare com sua baixa autoestima. – fala Kristoff. – Nós vamos sair dessa, pode ter certeza.

– Ainda estou esperando alguém bater na porta para nos salvar. – fala Anna, sarcasticamente.

Neste momento, as barras de gelo indestrutíveis se abrem, fazendo com que Anna e Kristoff consigam sair livremente dali.

– Como se abriram? – pergunta Kristoff, saindo lentamente.

– Eu abri. – diz uma voz ao fundo ecoando no porão de vidro do castelo de Elsa.

– Quem? – pergunta Anna, se levantando com dificuldade.

Das escuridões do porão escuro sai um pequeno boneco de neve apenas olhando para Anna e Kristoff de um jeito estranho, como um cachorro quando faz xixi no sofá ou algo do tipo.

– Oi, meu nome é Olaf. – fala o boneco de neve.

– Olaf? – fala Anna, lembrando-se vagamente deste nome, porém algo em sua memória não encaixa este nome em lugar algum. – Um boneco de neve?

– Está bem, isso é muito bizarro. – fala Kristoff.

–Sim, e eu gosto de abraços quentinhos! – fala o boneco de neve, abrindo um sorriso e abrindo seus bracinhos de madeira.

– Então... Por que abriu as grades? – pergunta Kristoff.

– Eu não gosto muito do que a Rainha da Neve faz... – fala Olaf. – Fui feito por ela, mas parece que ela me menospreza e não quer que eu tenha amigos. Mas eu quero ter amigos! Vocês querem brincar na neve?

Neste momento, Anna sente uma fraqueza e cai um pouco para o lado, fazendo com que outra mecha de seu cabelo fique branca. Kristoff corre para ajuda-la, fazendo com que ela não caia no chão. Ao sentir a pele de Anna, sente uma coisa:

– Está gelada. – fala Kristoff. – Eu acho que sei aonde você deve ir.

– Kristoff, por favor... – fala Anna, sentindo mais frio dentro de si.

– Olaf, você sabe algum jeito de sairmos daqui sem sermos vistos por Elsa? – pergunta Kristoff.

– Acho que tem uma maneira... – fala Olaf.

A partir dali, com Kristoff carregando Anna em seus braços e levando-a de corredor em corredor, eles tentam sair do palácio de Elsa. O palácio de gelo é enorme, cheio de quartos e móveis feitos exclusivamente com gelo. A rainha tem poder, e pode usa-lo muito bem. Pelo menos é isso que todos perceberam ao ver uma fonte congelada perfeitamente bem emoldurada em um dos salões principais do castelo.

– Só tem essa saída. – diz Olaf, apontando para o grande portão de gelo no qual Kristoff e Anna entraram pela primeira vez.

– Não tem nenhuma outra, tem certeza, Olaf? – pergunta Kristoff, ainda com Anna em seus braços. – Um castelo tão grande quanto esse...

– Tenho. – fala Olaf. – Eu nunca saí deste castelo, acho que sou o melhor para dizer algo desse tipo.

– Então vá na frente para ver se a Rainha não está por aí. – fala Kristoff.

Olaf sai na frente, andando lentamente em direção ao meio do salão e olhando com sua cabeça de neve para todos os cantos do imenso salão de gelo, sendo capaz de dizer perfeitamente que não há ninguém por ali.

– Está tudo limpo. – sussurra Olaf.

Kristoff sai com Anna nos braços, e andando lentamente até o portão, sente uma ventania gelada. Flocos de neve se espalham em um redemoinho gelado ao longo do salão e formam a Rainha da Neve, agora com um vestido grande com uma gola imensa que vai até o último fio de seus cabelos, ainda com seu grande cajado.

– Elsa! – fala Olaf.

– Seus tolos, achavam que iriam derrotar a mim? A Rainha da Neve? – fala Elsa, toda cheia de si olhando com ódio para Olaf. – E você, boneco inútil, vai se arrepender do momento em que decidiu ajuda-los!

– Não tenho mais medo de você, Elsa. – fala Olaf, se jogando na frente de Kristoff com Anna em seu braço e de seus bracinhos de madeira joga um poder gelado, enquanto com seu cajado a rainha joga outro, formando uma colisão dos dois poderes, fazendo faíscas de flocos de neve voarem por toda parte.

– Corram, eu acabo com ela! – grita Olaf.

Kristoff vai com Anna em seus braços saindo do castelo pelo grande portão de gelo, mas ao abrir a porta e se deparar com o nascer do sol, vê o grande e monstruoso boneco de neve Marshmallow. E ele estava com olhos mais furiosos do que nunca.

Kristoff não perde tempo. Não teria tempo de simplesmente lutar contra Marshmallow, então apenas desliza pelas escadas de gelo com Anna em seus braços e passa por entre as pernas enormes de neve de Marshmallow, fazendo com que o monstruoso boneco de neve fique sem saber aonde os dois foram. Quando o boneco se dá conta, Kristoff subiu em Sven com Anna em seu colo. O boneco tenta correr atrás da rena, mas não consegue ir muito rápido. Sven some na imensidão branca da neve. Olaf naquele mesmo dia perderia para Elsa, e seria trancado. Elsa não tem nenhuma pista de onde os dois possam ter ido. Só sabe com seu cajado que Hans está preocupado por ter acordado sem sua esposa ao seu lado no castelo.

. . .

– Estou sentindo uma magia muito poderosa vinda daqui. – fala o Grand Pabbie, o troll chefe da família de trolls do Kristoff.

Kristoff acabara de chegar à casa de sua “família”. Os trolls cuidaram dele desde pequeno, o pobre menino órfão produtor de gelo que foi criado por pedras que criam vida. Os trolls podem ser muito animados para tudo, talvez até demais, mas são segundo Kristoff “especialistas em amor”. Os trolls sabem tudo sobre os feitiços, e sabem tudo sobre como curá-los. Se alguém ia dar uns reparos em Anna, seria o Grand Pabbie, o grande chefe.

– Ela foi atingida pela Rainha da Neve, Grand Pabbie. – fala Kristoff, mostrando Anna muito fraca para seu pai de criação.

O Grand Pabbie coloca sua mão de pedra no coração de Anna, e sente o gelo incrustado nele. Sabia que aquilo não seria fácil.

– Kristoff, ela está com o coração congelado. – fala o Grand Pabbie.

– E o que se pode fazer? – pergunta Kristoff, preocupado.

– Apenas um ato de amor verdadeiro pode aquecer um coração congelado. – fala o Grand Pabbie com tristeza.

– Um beijo de amor verdadeiro, talvez? – pergunta uma troll, que beija seu marido, fazendo todos os outros trolls casados se beijarem também, em vão. Anna continua gelada. E pelo visto não só ela.

Flocos de neve caem do céu, cobrindo de neve um local próximo ao reino de Arendelle, que deveria estar no verão.

– Neve, esta época do ano? – pergunta Kristoff, olhando a neve cair.

– A Rainha está agindo. – fala o Grand Pabbie. – Vocês tem que ser rápidos antes que Arendelle inteira se afunde na neve.

Kristoff não excitou em correr para procurar ajuda em Arendelle. Não sabia o que fazer, apenas que tinha que ajudar seu amor verdadeiro.


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Notas finais do capítulo

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