Mastermind escrita por FlorDeLiz


Capítulo 2
Do Not Go Gentle


Notas iniciais do capítulo

Do Not Go Gentle - Não Seja Gentil

Espero que gostem!!
boa leitura



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Chegando ao cais, me encontrei com o meu querido chefe.

– olá Alaric.

– Srta. Harley...

– não me chame assim Ric! Já te falei o motivo.

– então não me chame do meu nome horrível também Caroline, sabe que temos isso em comum. Nomes que odiamos _ falou entrando atrás de mim na balsa que tínhamos que pegar, já que o manicômio era isolado numa ilha por conta dos maiores loucos psicóticos, tanto de Arkhan quanto de Gotham (cidade vizinha, tipo quase encostada) estarem lá.

– está bem, mas, e aí, já soube da nova? _ perguntei a ele colocando o colete salva vidas.

– que nessas eleições o Marcel pode ganhar do Elijah Perfeito Mikaelson? _ ele odiava o Elijah, diferente de todos que o amavam e declaravam que ele foi o melhor médico que essa cidade já viu. Devo declarar que concordo mais não com essa fé toda. E agora o Sr. Perfeito estava disputando as eleições, e infelizmente para Alaric, ele estava ganhando nas estatísticas.

– não, estou falando do nosso novato na montanha russa dos malucos.

– sim! Tá falando do Joker.

– é.

– claro que sei, ele vai ficar na nossa ala.

– porque ele não fica na da vaca da Camille? _ odiava a oxigenada, a vadia tinha tomado o meu namorado, o Dean, um policial lindo e gostoso parceiro do meu amigo Matt.

– porque aparentemente a nossa ala e melhor, e ele está num estágio de loucura tão ruim que só um milagre pra conseguir conter o cara.

Concordei balançando a cabeça, mesmo com raiva ainda era bom saber que pelo menos o prefeito e a promotoria achava que eu e Alaric éramos melhor do que Camille e a sobrinha, a adolescente prodígio, Davina. Descemos na pequena extensão de madeira na frente da ilha, e logo atravessamos os dois muros enormes ao redor do prédio branco e sem graça. Dei bom dia ao Tripp Cooke, chefe da segurança e sendo e pessoa totalmente odiosa que é, não me deu nenhuma bola, ele estava ao lado do Markos olhando atentamente para a sala que juntava as portas de saída e do elevador, preparados para qualquer coisa com fuzis na mão. Eu e Ric andamos juntos até a sala dos armários que parecia um vestiário, e que realmente era pra se trocar.

– perguntei ao Vicent e ele disse que a nossa carga de malucos iria diminuir já que estamos com o rei da malucolandia _ falou abotoando a camisa branca que era da mesma cor de todas as outras pesas de roupa dele e que não ficava atrás do meu vestido e jaleco branco.

– me lembre de agradecer ao novato!

– coisa que vem fácil assim Car, sempre tem merda.

– não fale do meu novo queridinho, cavalo dado não se olha os dentes!

– Caroline...

– não Ric! Se podermos conter ele podemos nos elevar na vida, sair desse fim de mundo! Imagina sermos conhecidos como quase os domadores de loucos! Podemos até receber uma boa proposta de emprego em uma clínica particular bonita, cheirosa e cheia de quadros caros que nos mal podemos pagar! E finalmente vou poder morar em Gotham, ou melhor! Em Metrópoles! _ Alaric fez uma cara de decepção.

– vai querer trocar o coitado do Batman pelo Superman Caroline? Pensei que tivesse um gosto melhor.

– não gosto de super-heróis, sabe disso, acho eles clichês de mais, porém se tivesse que escolher um eu estaria agora em Starling City dando em cima do Arqueiro _ ele riu indo ao meu lado até o elevador e colocando a digital na tela para depois apertar o terceiro andar do subsolo, que era onde a nossa ala de “doentes” ficava, resumindo, os piores doidos do prédio inteiro. Ric viu uma coisa na prancheta _ o que foi? Porque essa cara?

– tenho uma coisa pra te contar.

– fale.

– você sabe que o novato tem toda uma caracterização e tudo mais né?

– a pintura no rosto? Sei sim, já vi no noticiário uma foto. Porque?

– de acordo com o que tá escrito aqui, o pessoal do IML declarou ser um tipo especial de tintura que, digamos, ser difícil de sair.

– porque o pessoal do IML foi olhar o tal de Coringa?

– não olharam ele, estava em uma das 27 pessoas mortas no roubo a banco de duas semanas atrás aqui na cidade, sem querer ele melou de tinta a criança em quanto a estrangulava.

– uou!!

– é, eu sei! E acredite você não vai querer saber como esse menino morreu.

– ele não morreu estrangulado?

– não, isso fez parte do teatro, ou sei lá o que ele faz. Mas em fim! Isso não é a pior parte.

– e qual é?

– você vai ter que tirar a tinta dele com o produto que o IML mandou. E também vai ser totalmente responsável por ele.

– O QUE?!?!

– ele disse que se um homem ousasse tocar nele, não teria mais nenhum tempo de vida.

– mas Ric, vai você, por favor!! Ele vai esta algemado.

– Caroline o cara já fugiu da prisão de Gotham duas vezes!! Eu não vou me ariscar, quando a ordem é pra você _ ele me estendeu o papel em que estava escrito:

Caro senhor Saltzman.

Devo declarar que o nossos mais novo paciente será de inteira responsabilidade de sua ajudante, já que por ordem da polícia, não devemos chateá-lo pois sua personalidade calma é totalmente instável mesmo com ele ingerindo remédios próprios para mantê-lo no melhor estado possível.

De acordo com a Srtª Marshal o indivíduo falou com essas palavra:

O homem que me tocar não estará vivo para falar nem ao menos oi no próximo dia, e prometo, que sua morte em sua possível roupinha branca será tão trágica quanto qualquer trecho escrito detalhadamente por Shakespeare.

Com isso, justifico a sua participação restrita no caso, tendo o dever de somente aconselhar a sua ajudante que já declarou seu valor e lealdade a instituição em outros casos não piores, mas parecidos com esse.

Atenciosamente.

Vicent Griffth.

– Puta merda!! Ric eu to fudida!! O cara vai me matar!!

– não vai não garota.

– como você sabe? Ele é um doido totalmente imprevisível!

– calma Caroline, eu vou te ajudar e vai dar tudo certo. Vai ser o seu primeiro caso sem a minha observação, e como você disse, mostre seu valor e quem sabe consiga sair desse buraco branco e irritante!

– está bem, não é o primeiro assassino que eu pego.

– é, você já pegou a Genevieve comigo lembra, ela até tentou nos matar com aquela história “eu sou a Hera Venenosa!! Me temam se não morreram

– é mesmo, só tenho uma observação, por que não mandar alguma das estagiárias para limpa-lo.

– aparentemente Hayley não confia nelas, disse que ele meche com a cabeça das pessoas facilmente, e que era pra manda a melhor no caso dele.

– então escolheram a mim porque? E Camille nem ajudante é, ela tem um cargo maior do que o meu.

– Caroline, você está no meu nível. E a Camille nunca chegou nem perto das barbaridades que eu faço nesse manicômio, são quase milagres. E você é minha ajudante por que eu tinha que escolher ou a Camille ou outra pessoa para ser o próximo a ficar no meu lugar aqui, eu escolhi você, diferente de qualquer menininha você não teme esses malucos, e a Cami sente inveja disso. Só estou meio decepcionado pelo fato de não querer ficar aqui por muito tempo.

– está falando sério?

– claro que sim.

– pois prepare-se para ver o novo Coringa, com ele nas minhas mãos vou até descobrir o impossível, o nome dele. Só espero que ele não seja feio nu!

– Caroline!! Ele não vai ficar nu, o mínimo de roupa dele será cueca!

– ah! Menos mal.

– só mais uma coisa, fui aconselhado a dar umas palavrinhas com ele antes de você entrar lá _ falou apontando para o vidro que dava para ver a cela... quer dizer, quarto dele. O “individuo” como dizia o Sr. Griffth estava de costas sentado vestido em um macacão verde azulado, fazendo o cabelo verde forte se destacar com os tons claros da sala. Pelos braços juntos, pude declarar que estava com as mão algemadas e vendo através do vidro os pés também. Na verdade ele colocou o pedaço da corrente que unia suas pernas de baixo de um dos pés arrastando calmamente no chão, e fazendo um barulho que estava me irritando muito.

– pois entre logo, e peça pelo amor de deus que ele pare com isso! _ falei colocando as mãos no ouvido.

– calma é só alguns barulhinhos _ falou entrando na sala, sentou e tentou aparentar está calmo, mas, não estava, a forma como a boca se mexia diferente, o jeito como a caneta subia e descia na mão direita batendo na mesa de alumínio no mesmo ritmo que a corrente se arrastava no chão e a sua mão esquerda fazendo círculos invisíveis com o dedo da mão em cima da sua caderneta, fazia eu perceber como ele estava nervoso. Alaric estava puto de medo! E o outro cara na sala estava com uma postura relaxada como se nunca tivesse feito nada para se preocupar na vida.

Hipócrita! É isso que ele era!

Maluco hipócrita!

– ele tem sotaque britânico _ falou para mim ao sair da sala _ tente ignorar a sua aparência vazia e medonha, ajuda a não se sentir refém de qualquer coisa improvável. Ele pode ser britânico.

– conheço um cara que tem sotaque escocês e mesmo assim não é da Escócia, pode ser só algo para distrair, algo que prenda a atenção pra não repararmos no que realmente ele tem.

– é por isso que eu te escolhi, então, é sua vez. Vou ver a Cassie, aparentemente ela está avançando com os novos remédios. E Caroline...

– sim?

– acima de tudo, não tenha esperanças com ele, aquele cara é um merda, merece o pior pelas pessoas que matou, não seja piedosa, muito menos gentil!

– está bem! _ ele tinha razão, falei entrando na sala com a minha prancheta de madeira nobre e uma caneta preta em detalhes dourados com o nome FORBES estampado, ela era da minha mãe _ antes de qualquer coisa eu lhe peço que pare com o barulho da corrente, acha que pode fazer isso? _ falei indo em direção a cadeira na frente dele, me sentei olhando a prancheta e sem me focar no seu rosto, não estava nervosa mais sem querer deixei a minha caneta cair, e foi quando ela fez barulho se chocando no chão que ele finalmente atendeu a meu pedido, peguei a caneta agradecendo profundamente a mim mesma pelo silencio absoluto.

Respirei fundo e estava pronta para ver alguém feio pintado de branco com uma boca vermelha, eu realmente esperava um palhaço, mais o que vi não era nem um pouco parecido com isso. Seu rosto poderia ser descrito com uma só palavra, másculo, era lindamente perfeito mesmo com aquela tinta como uma segunda pele em cima.

Puta que pariu universo!! Porque você faz psicopatas gostosos?!

– obrigada _ ele não fez nada, simplesmente porra nenhuma _ meu nome é Caroline, Caroline Forbes. Vou ser sua psiquiatra, e eu realmente espero que colabore comigo, pra iniciar eu vou...

– mentira _ seu sotaque lindamente britânico ecoou pela sala.

– como?

– você franze a testa quando mente, significa que não espera minha colaboração efetiva, afinal eu sou louco, mas o mais estranho e que você franziu ao falar seu nome. Por que mente seu nome? E essa caneta, e para induzir as pessoas a acreditarem na sua mentira? É isso?

– eu que faço as perguntas aqui.

– tisc tisc _ estalou a língua _ você deve me induzir a te responder perguntas que eu nem ao menos devo perceber, e essa frase, só tenho algo a dizer. Ouvi ela a dois dias atrás da boca da... da.. como é mesmo? A é, Hayley. Mulher insuportável aquela _ não deixei de dar um pequeno sorriso e ele também deu um belo sorriso sedutor de lado.

Acho que se estivéssemos em um bar, e ele estivesse sem essa tinta toda e com esse sorriso estampado no rosto, não pensaria duas vezes em transar com ele.

Idiota! É isso que você é Caroline!

– Harley _ sua expressão vazia voltou _ meu nome é esse.

– está vendo, não e difícil, não se preocupe comigo, não quero te matar, não por enquanto _ abri um sorrio despreocupado.

– não estou preocupada, suas expressões faciais me deixam incrivelmente a vontade. Sua vez, qual é o seu nome?

– Joker, prefiro esse do que coringa se não se importa.

– não esses nomes, o seu verdadeiro nome.

– não acha mesmo que eu vá te dizer assim tão fácil não é Srta. Harley?

– não me chame assim, Caroline eu prefiro. Mas se é assim está bem, não se preocupe, não sou de desistir fácil. Está de cueca não? _ ele franziu a testa _ agora você que franziu.

– faço isso quando estou confuso, não achei que fosse tão rápido _ dei uma risada sarcástica, e ele aparentemente achou divertido.

– tenho que tirar essa tinta do seu corpo, vai causar problemas em você no futuro _ ops, você já tem problemas, eu realmente pensei em dizer isso.

– hum, porque não chamam, sei lá, alguém que é pago para isso?

– você ameaçando homens e com um histórico de algo parecido com uma compulsão mágica, não, ninguém se ariscaria tanto.

– mas você sim. Porque?

– além de ser paga pra isso pelo fato de acharem que sou imune a essa coisa que você tem para convencer as pessoas? Não acho que não tem outro motivo _ falei me levantando e indo até uma pequena abertura na porta onde passariam a comida dele, o tal solvente especial estava lá. A abertura é na parte de baixo, já sabe o que vai acontecer depois né? Pois é, exatamente isso _ sinto minha bunda queimar com seu olhar sabia?

– você é sempre tão peculiar assim com seus pacientes querida? _ “querida”? senti um arrepio descer na espinha ao ouvi-lo me chamar assim.

– na verdade não, aliás, não me chame assim.

– porque não? Achei que já tínhamos uma certa intimidade.

– achou errado _ abri a porta e Camille estava la _ olá! _ cof... cof... falsa.

– vim te ajudar a retirar a roupa dele e levalo até a ala do banheiro, o Tripp também veio, com uma arma _ ele se virou e ela pendeu para um lado dando um sorriso sacana, ele levantou uma das sobrancelhas _ olá!

Jesuuuuusss que vacaaaaa!

Ela nem ao menos conseguia disfarçar que ele havia literalmente destruído sua calcinha!!!

– vamos logo _ peguei no braço dele o induzindo a andar em direção a saída, e a outra louca também foi pegar no outro braço dele, mas com certeza o motivo dela era outro.

Ver se o bispeis dele era tão rígido quanto aparentava.

E aquela porra era!!!

O Tripp estava do lado de fora, como sempre com cara de quem comeu e não gostou.

– gostei! Belo AK105! _ Tripp congelou com o comentário do Joker.

– é... obrigada?

– calibre 5,45x39mm certo?

– exato _ péra aí, me perdi, eles estavam mesmo tendo uma conversa sobre armas antes do banho? Ta, lembre-se Car, ele é doido!!

– obrigada Tripp, Camille _ acenei com a cabeça para ela, indicando que já tínhamos chegado, ela fez uma cara emburrada e saiu junto com o Sr. Guarda costas.

– hum, o que tem entre vocês?

– han?

– a outra loira.

– transou com o meu ex.

– ah _ ele riu, deixando exposta covinhas adoráveis.

– vamos preciso tirar sua roupa _ o Tripp voltou.

– as ordens são você entrar com ele e eu ficar aqui de guarda Srta. Forbes, só fui deixar a Camille.

– claro _ entrei com ele.

– fui indicado a te dizer para não tirar as algemas, corte a roupa _ ele entregou um tesoura.

Sério universo!!

Já me imagino rasgando a roupa dele em quanto o mesmo dá um sorriso sacana!!

Estou fodidamente ferrada!!

Entrei e ele sentou em um banco de cimento revestido de cerâmica azul, assim como todo o banheiro. O local tinha uma forma retangular onde havia três chuveiros em uma parede só um banco de um lado e de outro do cômodo e um pequeno alvenaria a frente da porta que ficava do lado de uma das pontas do banheiro, que nem era tão banheiro assim já que só havia como tomar banho. De baixo de cada chuveiro havia um gancho onde eu deveria colocar a corrente que a minutos atrás estava me irritando.

– é, está bem fique em pé _ ele ficou estático _ por favor?

– posso ser louco Caroline, mas aprecio uma boa educação _ ele se levantou.

– obrigada _ fechei meu jaleco e coloquei os frascos de solvente na alvenaria _ vou cortar com uma tesoura sua roupa, para não ter que tirar isso _ falei segurando a corrente entre as mãos dele. Segurei o zíper que ficava na frente do macacão.

Deuuuuuss, aquilo seria tão constrangedor!!

Puxei devagar, me deparando com um peitoral definido. Engoli minha saliva, tentando não demonstrar o quanto ele me atraia fisicamente. Comecei a cortar o lado esquerdo e logo dei de cara com uma tatuagem de uma pena e pássaros saindo dela, aquilo era liricamente artístico. Quando cortei ambas as mangas, olhei para o seu rosto, ele parecia distante.

– ei, você não me respondeu.

– oque?

– se estava de cueca ou não _ ele sorriu de lado.

– sim, não se preocupe.


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Notas finais do capítulo

Comenteeeeemmm!!!



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