Unintentionally I loved you escrita por Sophie
Notas iniciais do capítulo
Desculpem pela demora, mas é que eu tinha que terminar uma outra fic minha e fazer o terceiro capitulo de outra.
Bem, espero que gostem desse capitulo :3
*também é postada no Spirit
Passou-se uma semana depois de nosso encontro no shopping e, mesmo com as consultorias de moda de Rosalya, eu continuava a mesma coisa. Eu conseguia "combinar" as roupas novas com as minhas roupas velhas e isso deixava minha irmã irritada. Acho que como irmã mais nova, eu tenho o direito de infernizar a vida da irmã mais velha.
Acabei de chegar em casa. Hoje era Segunda, então a aula estava tranquila e eu ainda tivera Lysandre como companhia já que ele morava no mesmo prédio.
– Katherine! - grita uma irmã furiosa enquanto abre a porta do meu quarto - Você bagunçou o apartamento inteiro nesse final de semana! Levante essa bunda da cama e vá arruma-lo!
Reviro os olhos.
– Mas eu...
Ela me interrompe.
– Não quero saber! - ela sai e bate a porta - Você tem cinco minutos!
Me levanto da cama. Eu estou usando uma camiseta branca junto com um macacão jeans que, infelizmente, é meio curto. Não fui com essa roupa para a escola, eu apenas troquei quando cheguei em casa.
*
Limpo o apartamento inteiro em menos de meia hora. Kate estava exagerando quando disse que estava bagunçado.
– Lolita, - começa Kate - hoje Leigh e alguns sócios viram jantar aqui e quero que você suma daqui.
– O que?
Ela solta um suspiro.
– Falei com Leigh e ele disse que Rosalya vai sair com você hoje a noite e - ela me encara - você vai usar aquele vestido.
Droga. Eu não queria usar aquele vestido. Ele é lindo, preto com renda, mas ele é curto e de alcinha! Tenho o vestido desde o ano passado e não o usei nenhuma vez porque sempre consegui driblar minha irmã, mas agora o caso é diferente.
Pego na cozinha um saco preto de lixo. Estava cheio de porcarias que eu e minha irmã não usávamos mais e eu o levaria para o lixeiro lá na rua.
Desço pela escada e saio do prédio. Jogo o saco no lixeiro. Quando me viro esbarro num cara de cabelos castanhos escuro e calça militar.
– Oh, me desculpe... - ele olha nos meu olhos - Katherine?
Ergo uma sobrancelha.
– Quem é você?
Ele começa a rir. Tenho quase certeza que não o conheço, ate porque eu me lembraria de um cara lindo como esse.
– Sou eu, o Kentin. - ele sorri - Estou diferente agora por causa da escola militar e quando meu período lá terminou, vim morar em New Jersey com minha mãe.
Não acredito nisso. Ele era um dos meus melhores amigos. Estou me sentindo horrível por não ter o reconhecido.
– Estou... sem palavras. - digo.
Ele sorri.
– Foi bom te encontrar. Agora já vou indo.
E ele vai embora com as mãos nos bolsos na calça.
Entro no prédio e subo as escadas pensando no que acabou de acontecer.
*
Me encaro no espelho.
– Eu definitivamente não vou assim.
Rosalya solta um suspiro.
– Não fiquei dez minutos te maquiando e te aguentando cantar Animals pra você dizer isso!
Me levanto da cadeira e a encaro.
– Por favor.
Ela cruza os braços.
– Vamos, - ela pega sua bolsa - quero pegar um bom lugar.
Reviro os olhos. Nos iriamos num pub, daqueles com musica, e tipicamente boêmio. Ela ainda dizia que iria arranjar um bom partido pra mim mesmo contra a minha vontade.
Minha irmã me deu 150 dólares e disse "Divirta-se. Agora suma da minha frente" e eu fui.
*
Rosa e eu no sentamos numa mesa no meio do bar. O local era fechado, tinha vários garçons servindo os clientes, tanto os que estavam em mesas ou nos pufes no chão. A iluminação era fraca mais isso dava um ar mais sofisticado para o lugar.
– Impressionada? - pergunta Rosa.
– Com certeza não tem isso no interior!
Olho ao redor. Da cidade de onde eu venho o máximo que tinha era uma casa de festa que eu nunca ia, porque onde eu morava ficava mais afastado da parte urbanizada.
– Algum homem daqui te interessa?
A encaro.
– Já falei que não quero saber disso.
Ela revira os olhos e cobre os olhos com a mão.
– Você não tem jeito.
– Tenho apenas, - digo devagar - dezesseis anos.
Ela tamborila os dedos na mesa.
– Eu também tenho dezesseis.
– Essa sou eu. - aponta meu dedo para mim - E essa é você. - aponto meu dedo para ela - E nós somos diferentes.
Ela ri.
– Algum dia você irá namorar, - ela se apoia com o braço sob a mesa e sorri de lado - e eu estarei lá para vê-la.
– Se você acha isso - sorrio - quem sou eu para duvidar?
*
Rosalya e eu estamos a praticamente uma hora nesse pub e só ficamos sentadas conversando enquanto eu já estava no meu quinto copo de suco de laranja e ela estava tomando um drink com um pouco de álcool.
– Que tal um cara, - ela fica um pouco pensativa - calmo e inteligente?
Ela continuava a me perturbar com essa historia de namorado.
– Pode ser. - falo sem animação alguma.
– Que também sabe cozinhar?
Penso um pouco sobre.
– Esta melhorando.
– Goste de livros?
Sorrio enquanto imagino um homem com todas essas qualidades.
– Perfeito. - digo, mesmo não tendo interessa em namorar.
Rosalya solta um sorriso malicioso.
– Então, - ela me encara - seu par perfeito é o Lysandre.
Me engasgo com o gole de suco que havia colocado na boca. Começo a tossir desesperadamente ate que volto ao normal e, enquanto isso, Rosalya ficou rindo de mim.
– Esta rindo de que? - pergunto, indignada.
– Você fica tão fofa quando falamos de amor.
– Idiota.
Ela se levanta da cadeira pela primeira vez essa noite.
– Vou no banheiro.
E então ela sai andando.
Começo a mexer com o canudinho o resto de suco que estava presente em meu copo. Paro de brincar com o suco e logo o bebo.
Espero algum garçom aparecer para eu poder pedir outro, mas não avisto garçom algum. Resolvo me levantar e ir ate o balcão para pedir um.O balcão estava do outro lado e o lugar estava cheio, então resolvo ir pelos lados pois assim tenho menos chance de esbarrar em alguém.
Quando estou quase chegando, passo ao lado de um corredor - que provavelmente leva para o escritório do pub - e alguém me puxa pelo braço e me coloca contra a parede.
– Olá. - era Castiel. Sua voz estava diferente e pelo seu cheiro pude perceber que ele estava bêbado.
Conheci Castiel semana passada na escola e ele era um tanto bipolar, as vezes era chato e as vezes legal, só que ele passa a maior parte do tempo sendo mau humorado.
– Castiel, me solta.
Ele ri e aproxima seu rosto do meu.
– Farei qualquer coisa, menos te soltar.
Tento empurra-lo mas, infelizmente, ele é mais forte do que eu.
Ele segura meus pulsos com as mãos e coloca sua boca em meu pescoço, dando um chupão. Eu acharia bom se eu não estivesse querendo decapita-lo e colocar sua cabeça numa estaca.
Alguém puxa Castiel bruscamente, o fazendo bater com as costas noutra parede.
–Lysandre?
Ele se põe do meu lado com a mão em meu ombro.
– O que você esta fazendo aqui? - pergunta Castiel.
Antes de escutar qualquer que seja a resposta que Lysandre disse, eu sai o mais depressa dali. Passo a mão pelo meu pescoço, no local onde Castiel deixou "sua marca".
Alguém segura minha mão, mas logo é tirada por outro alguém.
– Castiel, pare. - pela voz pude perceber que Lysandre estava tentando parecer calmo.
– Você não manda em mim! - ele tenta avançar mas Lysandre o para.
– Ela já tem namorado, Castiel.
Agora eu fiquei confusa. Castiel bêbado tentando me agarrar, Lysandre me defendendo e eu tenho um namorado que eu nem sabia que tinha.
– Quem? - pergunta Castiel.
– Eu. - ele diz com toda certeza em sua voz.
Castiel começa a rir.
– Você é meu melhor amigo, - ele sorri - eu saberia se você tivesse uma namorada.
Fico congelada com tudo isso. Teria sido bem melhor ter ficado em casa, mofando no meu quarto enquanto minha irmã me xinga e me constrange me chamando de Lolita.
Lysandre me puxa pelo braço e sela seus lábios nos meus. Meu primeiro beijo, e ele tinha sabor de bebida e um leve toque de menta. Quando o beijo cessa eu fico paralisada enquanto meu cérebro tenta processar o que acabou de acontecer.
– Filho da puta. - escuto Castiel dizer antes de ir embora xingando qualquer um que aparecesse em sua frente.
Lysandre se vira para mim. Seu rosto estava um pouco vermelho.
– Desculpe-me, tinha que dar um jeito nele...
– Katherine! - escuto a voz de Rosalya me chamar.
Ela se aproxima de mim e de Lysandre.
– O que aconteceu? - ela pergunta e logo depois foca o olhar em meu pescoço - O que voce fez?
Não quero dizer nada nem fazer mais nada, apenas seguro Rosalya pelo pulso e a levo em direção a saída.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado e eu tentarei postar mais frequentemente :3
Aguardo comentarios
Até o proximo :3