Segredos Amargos escrita por S Pisces


Capítulo 32
Capitulo 30


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem apareceu! huashuashuas Gente, serei sucinta nas explicações: Continuo sem pc, creiam. Tem tanto tempo que estou sem que nem lembro mais quando deixei de ter. Por causa disso estou sem escrever e sem postar. Os capítulos escritos já estão acabando, então tá um pouco complicado pra mim. Perdoem. Vou deixar os capítulos que tem programado.
Gostaria de agradecer imensamente a Elisa pela recomendação. E agradecer a todos os leitores que não desistiram e continuam acompanhando e comentando e recomendando. Um milhão de agradecimentos queridos!



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  Enquanto Maria procurava o kit de primeiros socorros, Clint permanecia sentado pressionando o abdômen onde fora atingido. Ele não notara o ferimento até começar a sujar o estofamento do carro da Maria de sangue.

“Não sou tão boa quanto a Pepper, mas acho que vou servir.” Maria comenta se sentando numa mesinha próxima ao sofá.

“Você vai servir sim... além do mais, pegou de raspão.” Clint fala tentando encorajar a mulher.

“Eu sinto muito pelo seu sobrinho.”

“É eu sei... você já disse isso algumas centenas de vezes.” Clint fala e Maria fecha a cara.

“Só queria ser gentil.” Defende-se.

“Não queira.” Clint devolve e os dois ficam em silêncio.

 Maria limpa o ferimento e faz todo o procedimento médico que achou necessário enquanto Clint permanecia com o semblante impassível. Ou ele era muito resistente a dor ou estava se esforçando muito para fingir que não sentia nada.

“Qual o seu lance com o Rumlow?” Clint pergunta quebrando silencio.

“Não tem lance nenhum.” Maria responde prontamente.

“Não foi o que pareceu...”

“O que você está insinuando?”

“Que você o conhece e pela sua reação no píer, o conhece muito bem.”  Esclarece num tom malicioso.

 Maria termina o curativo e fica ereta, olhando Clint de cima.

“Você também deu sinais de reconhecimento.” Devolve.

“Ele trabalhou comigona CIA há alguns anos.”

“Vocês eram parceiros?” pergunta curiosa.

“Mais ou menos. Tivemos algumas missões juntos mas nada que nos classificasse como parceiros.” Explica. “Ele foi expulso.”

“Eu sei” Maria diz voltando a se sentar “eu realmente conheço ele, não sei se tão bem quanto você acha, mas conheço o bastante para saber que se a Harrison quer entretenimento, o Brock é a pessoa certa para entretê-la.”

“Ele é um psicopata. Você devia alertar a ruivinha sobre ele.”

“A Nat não gosta que a chamem de ruivinha.” Maria o lembra e ele dá de ombros “E eu vou alerta-la.”

“Acho melhor eu ir embora.” Clint fala se pondo de pé.

“Você que sabe.” Maria dá de ombros.

“Isso é um convite?” Clint pergunta malicioso e Maria revira os olhos.

“Não. Isso é apenas um ‘você que sabe’”. Tenta esclarecer.

 Barton veste sua camisa que por sorte era preta e disfarçava a mancha de sangue enquanto Maria guardava o kit.

“Você não vai pra casa?”

“Talvez.” Maria responde ligando uma tela.

“Você é tipo, compulsiva com o seu trabalho?” Barton questiona e Maria o encara mas antes dela responder, a porta do escritório é aberta e uma Pepper completamente nervosa passa por ela.

“Você tá bem!” ela exclama indo até a morena e a analisando de cima a baixo. “Porque não atendeu o celular?”

“Eu esqueci de liga-lo. Desculpe.” Maria pede pegando sua bolsa e procurando o celular “O que você está fazendo aqui a essa hora?” pergunta confusa.

 Pepper se afasta um pouco de Maria e finalmente parece notar a presença de Clint.

“Oi” ele fala sem graça.

“Você deve ser o ex-CIA.”

“Exatamente.”

“O que faz aqui?”

“Longa história, depois eu explico. Mas agora me diz, o que você está fazendo aqui?” Maria insiste.

“Eu vim ver como você está a pedido da Nat, ela não conseguia falar com você e...”

“Eu vou ligar para ela e contar o que descobrimos.” Maria interrompe Pepper e disca o número da ruiva, mas a loira segura o celular da mesma.

“Não é uma boa hora.” Pepper fala e Maria ergue as sobrancelhas sem entender. “O pai da Nat morreu.”

+++

Algumas horas depois...

Eram pouco mais de 9 da manhã quando o avião pousou no pequeno aeroporto e o casal desembarcou com rapidez. Um taxi já os aguardava na saída e não demorou para chegarem na antiga casa que ficava num bairro tradicional da cidade. Enquanto Steve pegava a pequena mala que continha o necessário para uma estadia de no máximo 2 dias, Natasha permanecia dentro do taxi,procurando coragem para sair e encontrar o que restava da sua família de origem.

 “Nat, precisamos entrar.” Steve a chama baixo.

  Desde o momento da notícia, Natasha mergulhara num torpor causado pelador que obrigara Steve a tomar as rédeas da situação. Ele retornou o contato do advogado que ligara durante a madrugada e comprou as passagens de avião, ligara tanto para o próprio trabalho quanto para o de Natasha e explicou o ocorrido, enquanto Natasha permaneceu sentada no sofá da sala soluçando baixinho.

 Ele estende a mão e Natasha a segura, saindo do carro em seguida. Definitivamente ninguém esperava aquela reação dela. Steve conheceu o sogro durante o próprio casamento, e mesmo que desde então não o tenha visto novamente, ele lamentava imensamente a morte do homem. Ele sabia que o relacionamento dele e da filha desandou durante a adolescência da mesma e Natasha não gostava de falar sobre isso. Ele imaginava que a esposa ficaria abalada, mas não do jeito que estava, praticamente muda e distante.

 A própria Natasha não entendia o porquê da sua reação, afinal, ela e o pai não morriam de amores um pelo outro, ou assim ela pensava até o momento que soube que não haveria uma reconciliação entre eles. Seu pai estava inalcançável, completamente perdido para sempre e ela teria que viver com aquilo. Viver em um mundo sem a chance de um pedido de desculpas, sem ligações cobrando mais atenção ou até mesmo discordâncias de opiniões. Flashbacks da sua infância apareciam na sua mente a todo instante.

“Sr. e Sra. Rogers?” um homem de altura mediana e calvo os saúda na porta.

“Isso. Pode me chamar de Steve.” O loiro fala educadamente.

“Eu sou o Dr. Fordison, o advogado do Sr. Ivan Romanoff.” Se apresenta. “Se não for muito inconveniente eu gostaria de conversar com vocês, principalmente com a Sra. Rogers sobre os gêmeos.”

 Natasha que até aquele momento permanecera em silencio voltou a terra ao ouvir sobre os gêmeos. Obvio que se ela estava sofrendo, os irmãos caçulas dela deviam estar devastados.

“Onde eles estão?” pergunta para surpresa dos dois homens.

“Eles estão no quarto, mas talvez seja melhor conversamos primeiro.” O advogado sugere.

“O que você acha?” Steve pergunta para Natasha que parece em um dilema interno.

 Havia muito tempo desde a última vez que virá os irmãos e ela sabia em seu íntimo que a reação dos dois, principalmente da Wanda, não seria das melhores. Resolver as questões burocráticas primeiro lhe daria algum tempo para se preparar – se é que isso era possível – emocionalmente para o encontro com eles.

“Certo. Vamos resolver isso.” Ela decide por fim e entrelaçando seus dedos aos do marido, segue o homem.

+++

 “A Nat deve estar muito abalada.” Maria comenta e Pepper a encara.

“Sim, quem entrou em contato comigo foi o Steve, ele disse que a Nat estava meio ‘catatônica’.” Pepper informa.

“Duas mortes, dois enterros. Esse dia começou uma droga!” a morena exclama se jogando no sofá.

“O Barton me pareceu bem abalado também...”

“Ele assistiu o sobrinho morrer sem poder fazer nada. E ainda levou um tiro.”

“Eu sei, deve ter sido uma merda isso.” Pepper se senta no mesmo sofá que a morena“mas eu fico feliz que os baleados tenham sido eles e não você.”

“Obrigada.” Maria agradece com um pequeno sorriso. “Só não fui baleada também porque ele me empurrou.”

“Ele também gosta de você.” Pepper diz e Maria revira os olhos.

“Ele só não queria ter que explicar a morte de uma agente do meu nível a polícia.”

“Se você acha...” Pepper comenta com um suspiro “mas e o Brock hein?”

“Por favor, nem me lembre.” Quem suspira agora é Maria “Eu tenho que concordar com a Nat, o passado nunca fica onde deveria ficar, sempre está batendo na nossa porta e nos lembrando das merdas que fizemos.”

“Não seja tão dura consigo mesmo.”

“Não estou sendo.”

“Está sim! A culpa não é sua se ele se tornou um psicopata e jogou o relacionamento de vocês no lixo.”

“Eu realmente não quero falar sobre isso agora.”

“Desculpe.”

“Tudo bem.” Maria encara o teto. “Eu acho que vou ligar para o meu pai...” comenta sem tirar os olhos do teto.

“Eu também.” Pepper concorda já discando no próprio celular.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, não sei quando poderei responder os comentários, então peço desculpas se demorar muito para responder. Beijos a todos!